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O que meus olhos viram de belo...meus olhos contemplaram a beleza, vi a essência do que nos aproxima de fato dos nossos sentimentos humanos: vi uma filha emocionar-se com as lembranças de um bom pai, vi um caminho iluminado por candeeiros, luzes quase apagadas de nossas memórias, o caminho iluminado nos levou até um verde e extenso jardim, vi no jardim flores, flores chamadas ANICETOS, flores musicais, rítmos angelicais, sonoras composições que abrandam a alma, acalmam o espirito, fazem dançar os anjos; vi a imensidão do Vale do Cariri e o verde da Chapada do Araripe, percorri mundos, vivi momentos, compreendi os momentos e conheci os motivos de inspiração do grande Patativa do Assaré e do maior cantor: Luiz Gonzaga, saudades eternas; Vi o horto da fé, a fé que abala, o momento que cala na oração aos pés do Padre Cicero Romão, o outro Batista; Vi todos os grandes do estudo do cangaço, apertei mãos, abracei, compreendi sorrisos e olhares, vi tantos lugares, lugares de morte, da morte de Lourenço, Beato da Vida; vi exaltados, emocionados, felizes, tristes; eu vi um mundo, um mundo de artistas, nos cordeis, artesanatos, na transformação do couro em arte, a arte que não está presa as normas e leis, a arte natural, do homem, da vida; vi o futuro, o futuro do Brasil, jovens, estudantes, aprendizes na arte do escrever, do ver, do compreender, eu vi tudo isso e queira meu Deus dar-me força para ver muito mais, quando novamente cruzar meu caminho o próximo Cariri Cangaço, quero estar lá, quero ver tudo novamente, quero ver vidas, pessoas, amigos, arte, sabedoria e beleza; quero que meus olhos vejam novamente o que poucas vezes avistei e que eu possa novamente saborear os sabores do Cariri, vislumbrar a paisagem do Araripe, ser maleável e ser SEVERO, Severo amigo, meu castigo é não fazer parte da tua confraria, pois sei que aí meus olhos deixariam de ver beleza, quando for o próximo CARIRI CANGAÇO.
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João de Sousa Lima
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Muita linda a cronica. parabens
ResponderExcluirRenia
Novamente parabens amigo João, sua sensibilidade é incrível por retratar em seu texto tudo que viu no cariri cangaço, mas, tenha certeza que traduziu o sentimento de todos nõs.
ResponderExcluirE ao elegante Severo, digo: Parabens.
Professora Vilma
Muito Bacana João.
ResponderExcluirValeu
Assis.
O poeta sempre acaba vendo aquilo que até muitos conseguem ver, mas não conseguem traduzir. É assim que vejo o texto do grande João de Souza, de Paulo Afonso, todos que estivemos no Cariri Cangaço poderíamos ter visto o mesmo, mas só o poeta consegue traduzir dessa forma.
ResponderExcluirProfessor Mario Hélio.
Além do mais não posso deixar de falar de sua espetacular palestra falando das mulheres e o cangaço, Maria Bonita e Durvinha, foi elucidativa, principalmente vindo de um pesquisador que se empenhou ao máximo para buscar a verdadeira história da reainha do cangaço.
ResponderExcluirProfessor Mario Helio.
Como pude não saber, por tanto tempo, que esse poeta e escritor é primo legítimo do meu saudoso pai, Antônio Piancó? Baixo a cabeça e até me envergonho em saber que esse monstro da literatura teve acesso aos meus rabiscos sobre nossas raízes. Encontrá-lo na grande rede foi o meu melhor presente de Natal. Encontra-lo-ei por onde passou, acompanha-lo-ei por onde passar e não perderei a esperança de conhecê-lo pessoalmente. Linda crônica!
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