O aumento abusivo dos impostos e da dominação política exercida pela Coroa Portuguesa no país, gerou insatisfação das províncias. Estas organizaram um movimento contra Dom Pedro I. A Revolução Pernambucana de 1817 lutava pela Independência do Brasil de Portugal. O ato espalhou-se por todo o Nordeste e chegou ao Crato. José Martiniano, após missa no púlpito da igreja da Sé catedral, proclamou a independência do Brasil no dia 03 de Maio de 1817. Foi apoiado por sua mãe; Bárbara de Alencar, e pelo irmão Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, que tinham ideais republicanos. Esta atitude deixou muitas personalidades influentes da época insatisfeitas; dentre elas Leandro Bezerra Monteiro, o mais importante latifundiário da região, católico e cheio de ideais monárquicos; mandou prende-los.
Tristão Gonçalves,Bárbara de Alencar (aos 57 anos de idade) e José Martiniano são encontrados e presos em Jardim, em 05 de maio de 1817, pelo Capitão Mor José Pereira Filgueira, quando buscavam apoio do tio Leonel Pereira de Alencar, para a causa republicana. Enviados às masmorras de Fortaleza, depois para Salvador e Recife onde foram humilhados e torturados. Posteriormente receberam anistia da coroa e foram soltos. Os presos políticos foram denominados de “Infames Cabeças”. Enviados para Icó, no Ceará, em seguida para Fortaleza; de lá transferidos para Recife, em Pernambuco e finalmente para a Bahia. Dentre eles estava D. Bárbara, a primeira mulher presa por motivos políticos no Brasil.
Bandeira do Estado de Pernambuco, idealizada
pelos revolucionários de 1817
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Durante os três anos e meio que passou na prisão, D. Bárbara foi afastada de sua família, tratada com crueldade e submetida a diversos tipos de humilhações, porém nunca desistiu de seus ideais. Foi libertada em 1820. Veio à óbito em 1832, aos 72 anos, .em na fazenda Touro, no Piauí.
Em 1824 Tristão Gonçalves, aderiu ao movimento da Confederação do Equador e foi aclamado pelos rebeldes presidente da Província do Ceará. Faleceu em combate com as forças contrárias ao movimento em 31 de outubro de 1825.O Crato ficou dividido entre monarquista e republicanos. Merece destaque o monarquista que ordenou a prisão dos revolucionários: Capitão Joaquim Pinto Madeira, chefe político da Vila de Jardim. Com a renúncia de D. Pedro I em 07 de Abril de 1831, inimigos da monarquia aproveitaram para se vingar de Pinto Madeira, que, na ocasião, armou dois mil Jagunços, com ajuda do vigário de Jardim, Antônio Manuel de Sousa e invadiu o Crato em 1832. Sua tropa Começou vencendo a batalha, porém sucumbiu.
Pinto Madeira e Padre Antonio foram presos e Enviados à Recife e ao Maranhão. Em 1834 Pinto Madeira foi condenado a forca, em Crato. Porém, alegando patente de coronel, morreu fuzilado.Fechando um parêntese da história do cariri, faleceu em 15 de março de 1860, o Senador José Martiniano de Alencar, sem nunca ter desistido de lutar pelas causas republicanas .Houveram muitos acontecimentos marcantes que marcaram a história do Crato.
FONTE: Site oficial do Município do Crato e Blog do Crato
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Muito obrigado confrade Severo por este belo resumo, como diria o rei do Baião
ResponderExcluir...Quero louvar os grandes desse lugar
Luis Pereira, Dona Bárbara de Alencar...
Abraçando!
Valeu Severo,
ResponderExcluirÉ preciso trazer para as gerações mais jovens o real valor de brasileiros que fizeram história, Dona Bárbara é história, é a nossa história.
Professor Mário Hélio.
Estimado Kiko Monteiro,
ResponderExcluirNós é que nos sentimos estimulados recebendo suas verdadeiras "aulas cibernéticas" com o maravilhoso Lampiâo Aceso. Muito obrigado por tudo.
Manoel Severo - Cariri Cangaço
Dizem que Barbara de Alencar nunca foi presa no Forte do Ceara....alguem pode me confirmar isso
ResponderExcluirFeliz ao descobrir a importância da ancestral de minha filha (parte de pai) para a história do país
ResponderExcluirÉ uma tristeza se por abaixo a casa de uma revolucionária para se construir uma secretária para enxugar os bolsos do contribuinte. Até imagino de quem foi tal idéia.
ResponderExcluirHistória marcante da nossa guerreira cratense
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