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Cariri Cangaço dentro dos Festejos de aniversário de Barbalha

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O II Seminário Cariri Cangaço, depois de ter acontecido na cidade de Crato, que abriu o evento regional, e ter ainda que percorrer os municípios de Juazeiro do Norte, Porteiras, Missão Velha e Aurora, ontem (18), foi a vez de ser apresentado na cidade de Barbalha, no Cine-Teatro Municipal Neroly Filgueiras. O evento fez parte das comemorações da Semana do Município, que completou 164 anos de emancipação política no último dia 17 (terça-feira).

O Cariri Cangaço, na sua segunda edição, foi uma forma de integração da Região Metropolitana do Cariri, onde aconteceram várias visitas por parte dos historiadores e pesquisadores do II Seminário Cariri Cangaço, apontado como sendo o maior do gênero no país, ligado às temáticas do cangaço no Nordeste, que tem como objetivo reunir cada vez mais conhecimentos culturais, turismo e o folclore regional.

Em Barbalha, o evento foi bastante concorrido e contou com as presenças de vários estudiosos, estudantes, pesquisadores e historiadores, além de autoridades locais. O evento foi aberto pelo curador e idealizador do Cariri Cangaço na região, Manoel Severo, que falou da importância do II Seminário Cariri Cangaço ser sediado em Barbalha, nesta data.

Barbalha, patrimônio arquitetônico do Cariri

O evento conta com o apoio e recebe patrocínio de várias instituições, como as prefeituras de Juazeiro, Crato, Aurora, Missão Velha e Barbalha, além da URCA, Centro Pró-Memória, Instituto Cultural do Cariri, SEBRAE, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), SESC, Instituto Cultural do Vale Caririense, Geopark Araripe e outros. Na oportunidade, foi lançado o livro “Massilon”, do escritor e pesquisador Honório de Medeiros. Ainda, dentro do evento, aconteceram as conferências relacionadas ao cangaço, sob o tema “Os Coronéis e os Mistérios do Ataque de Lampião a Mossoró”. Os conferencistas foram: Honório de Medeiros, de Natal, RN; e Geraldo Ferraz, da cidade de Recife, PE sobre Teophanes Torres. A mesa de debates foi coordenada por Raimundo Marins, de Salvador, BA.

“Há o aspecto... você sabe, o futuro depende muito do estudo do passado e do presente, e que se somando o passado ao presente é muito importante para se pensar o futuro, por isso se dá a importância ao conhecimento da história de Lampião”, foi o que disse o pesquisador Magérbio de Lucena, um dos convidados da noite. Para o historiador Napoleão Tavares Neves, o evento fortalece a cultura regional porque “cangaço não é coisa boa, mas é história, e o povo tem que estudar história positiva e negativa, pois isso fortalece a cultura”. O historiador barbalhense ainda disse: “A gente, que tem raciocínio, procura separar o joio do trigo, embora Lampião seja um anjo diante dos assaltantes de hoje”.

Manoel Severo e Danielle Esmeraldo
O curador Manoel Severo disse que o Cariri Gangaço nasceu com um sentimento de resgatar a historiografia do cangaço na região do Cariri. “O Cariri cearense foi um cenário do ciclo do cangaço, preponderantemente de Lampião. E Juazeiro do Norte, Aurora e Missão Velha foram pontos fundamentais dentro do ciclo cangaço do Lampião”. Essa segunda edição do Cariri Cangaço teve uma novidade: contou com o maior número de pesquisadores presentes à região do Cariri, chegando a 102 pesquisadores, e isso veio enriquecer o debate nessa conferência em Barbalha.

Barbalha tem história em relação ao cangaço. Por exemplo: os irmãos Marcelinos, que fazem parte do conteúdo dessa história do cangaço. Nesse contexto, está sendo criada uma rota turística nessa região do Cariri, passando pelos municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Aurora e outros. E isso é importante para toda a região, que cresce na sua intelectualidade, nos conhecimentos e em sua historiografia, que resgata valores culturais. E o prefeito José Leite tem sido um dos grandes incentivadores em dotar a cidade de Barbalha de uma rota turística na Região Metropolitana do Cariri pelo que ela representa hoje no cenário nacional.

FONTE: Site Oficial da Prefeitura Municipal de Barbalha
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