Cel. Antonio Luis Alves Pequeno
Segundo o
historiador americano Ralph Della Cava, em seu livro Milagre em Joaseiro,
reportando-se à Sedição de Juazeiro “Contrariamente à maioria das
interpretações tanto contemporâneas quanto atuais, parece certo que o cel.
Antônio Luís (foto acima) foi o arquiteto principal do plano no Cariri;
Floro foi o executor-chefe e Padre Cícero, seu cúmplice atônito e indeciso. É
hoje evidente que não poderia ter sido de outra forma. Antônio Luís,
primo-irmão do ex-governador Accioly, chefe deposto do Crato, antigo deputado
estadual e outro "Grande Eleitor" de todo o Vale do Cariri, era quem mais
tinha a lucrar com a "revolução".
Além disso, tratava-se de um
político experiente, enquanto que Floro não conhecia uma única personalidade
política do Ceará e jamais estivera em Fortaleza! Somente depois de ter ido ao
Rio de Janeiro, em agosto de 1913, travou relações com os Accioly, com o
senador Cavalcante e com o próprio Pinheiro Machado! Quanto ao Padre Cícero,
era ele prisioneiro dos boatos que corriam sobre os incontáveis atos de
hostilidade de Franco Rabelo, objeto de adulação por parte dos poderosos e
egoístas exilados do Rio de Janeiro e o penhor confiante de Floro e Antônio
Luís. Tornaram-se estes, juntamente com seus subordinados, os principais
porta-vozes do solitário clérigo no referente à crise política de 1913.
Daniel Walker por ocasião da apresentação do "Sedição de Juazeiro" no Cariri Cangaço
Até que
ponto era sincera a confiança implícita que o Patriarca depositava em Floro
e em Antônio Luís só se pode julgar pelos fatos posteriores,
especialmente pelo seu último testamento. Nesse documento, o clérigo designou
Floro e Antônio Luís testamenteiros de seu legado, o que representava uma
indiscutível prova de confiança numa sociedade em que somente os amigos podiam garantir
o cumprimento da lei. Admite-se que Antônio Luís e Floro não foram os únicos
conspiradores. Havia, ainda, o imprevisível João Brígido, redator-chefe do
jornal Unitário, a primeira pessoa a partir para o Rio de Janeiro em 1913 com o
fim de conspirar contra o governo de Franco Rabelo.”
Adianta ainda Della
Cava: “O alter ego (Dr. Floro) e o "oligarca mirim" (Cel.
Antônio Luís) tornaram-se grandes amigos e aliados políticos. Uma prova
dessa camaradagem foi a importante atuação de Antônio Luís garantindo a
nomeação de Floro para deputado estadual na chapa derrotada do PRC-C marreta,
nas eleições de novembro de 1912. Desse momento em diante, as relações entre
Floro e Antônio Luís ficaram mais íntimas; Floro visitava, com freqüência, a
casa de Antônio Luís no Crato. Um encarnava a ambição e a audácia, o outro a
esperteza política e o gosto pelo poder; juntos, galvanizaram o desespero dos
chefes da velha guarda do Vale, levando-os a se comprometerem com a revolta
dirigida contra o governo de Franco Rabelo.”
Daniel Walker
Fonte:http://historiadejuazeiro.blogspot.com.br/2012/10/surpresa-sedicao-de-juazeiro-de-1914.html
Estou lendo o livro História do Ceará, de Airton de Farias, e quis fazer uma pesq1uisa sobre o Coronel Antonio Luís Alves Pequeno, que segundo entendi nasceu no Icó, era primo/irmão do Oligarca Nogueira Accioly e foi Prefeito do Crato
ResponderExcluirGostaria de saber sobre o primeiro PEQUENO que surgiu no Icó
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