Manoel Severo e Edvaldo Feitosa
A
noite do segundo dia do Cariri Cangaço Piranhas teve como palco o Centro
Cultural Miguel Arcanjo. Antes mesmo das conferencias da noite, os
pesquisadores e escritores, Edvaldo Feitosa de Água Branca e Luiz Ruben de Paulo Afonso, realizaram os
lançamentos de suas mais novas obras; Água Branca - História e Memória e Fim do
Cangaço - As Entregas.
Em
seu livro Água Branca - História e Memória, o pesquisador e escritor Edvaldo
Feitosa, filho de Água Branca traz em suas linhas a história dessa que sem dúvidas é uma das aconchegantes cidades das Alagoas; anteriormente o território de Água Branca fazia parte das sesmarias de Paulo Afonso,depois foi denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, até se tornar atualmente no município de Água Branca.
Água Branca entrou para a historiografia do Cangaço, a partir do ataque de Lampião, ainda em 1922, o ataque foi o primeiro do rei do cangaço liderando pela primeira vez seu próprio bando, outrora bando de Sinho Pereira; ao Casarão da Baronesa de Água Branca. Recorremos ao pesquisador Raul Meneleu :"O livro do amigo Edvaldo traz fatos pitorescos como por exemplo, em terras da Vila de Viçosa e Anadia, Raimundo José Vieira, antepassado da família Vieira Sandes, escravizou uma índia Caeté e quando saía do vilarejo costumava trancá-la em uma gaiola feita de bambu, para que ela não fugisse pois seu intento era casar-se com ela, o que aconteceu no ano de 1815 onde a índia recebeu o nome de Maria Barbosa de Jesus."
Casa da Baronesa de Água Branca e Foto da cidade em 1919
Para o autor, escritor e pesquisador Edvaldo Feitosa, "Neste universo literário descobrimos que um livro é um mundo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, e um morto que vive! O livro Água Branca: História e Memória, foi contemplado com mais um cerimonial de lançamento, desta vez aqui na cidade de Piranhas, Alagoas, reunindo escritores, pesquisadores e historiadores de todo Brasil. As edições do Cariri Cangaço, além do contexto histórico-cultural nos proporciona a construção de um novo ciclo de amizades. Essa é a família Cariri Cangaço que conheço...de corpo e alma nordestina!"
O outro momento da noite de lançamentos foi com Luiz Ruben, pesquisador e escritor de Paulo Afonso lançando seu mais novo livro que reúne em sua obra "Fim do
Cangaço - As Entregas", episódios marcantes dos últimos dias do ciclo cangaceiro
de Virgulino Ferreira logo após Angico, entre os anos de 1938 e 1940. A obra é resultado de uma longa pesquisa
realizada pelo autor nos jornais baianos e na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
De acordo com Luiz Ruben, "buscava saber tudo que foi publicado sobre o
cangaço, especialmente sobre Lampião nos jornais daquela época. Daquele
trabalho mais abrangente, fiz um recorte que apresento agora, tratando
especificamente do fim do cangaço, através das entregas dos grupos cangaceiros,
mostrando tudo que o jornal A Tarde, Diário de Notícias,Diário da Bahia, Estado
da Bahia, O Imparcial, A Noite, Correio da Manhã, Diário da Noite, Jornal de
Alagoas, Gazeta de Alagoas e O Globo, publicaram sobre o assunto."
E completa: "Esse trabalho é dividido em quatro partes. A primeira mostra as
entregas dos cangaceiros liderados por Zé Sereno, Ângelo Roque e o grupo do
cangaceiro Pancada. Os primeiros se entregaram na Bahia, e o último em Poço
Redondo estado de Sergipe, para as polícias alagoanas e sergipanas.A outra parte deste trabalho foi realizada no Quartel dos Aflitos, atual QG da
Polícia Militar, também em Salvador. São os documentos oficiais dos Boletins da
Polícia Militar da Bahia sobre o combate ao banditismo, obtidos graças à
gentileza do amigo, na época tenente Marins, que me deu total acesso aos
arquivos da Polícia Militar da Bahia do período de 1928 a 1940."
Manoel Severo e Luiz Ruben em noite de Lançamento
E por fim revela Ruben: "Na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, localizada no bairro dos Barris em
Salvador, fiz o levantamento dos jornais locais a partir da morte de Lampião em
julho de 1938, mostrando o que a imprensa baiana publicou sobre as entregas dos
cangaceiros à Polícia Militar da Bahia, com menor destaque ao grupo de Zé
Sereno, ao contrário do grande destaque dado a rendição do grupo de Ângelo
Roque, com fotografias e páginas inteiras sobre o fato.As entregas à Polícia alagoana obtive o material da imprensa Caetés, como troca
de documentos com o pesquisador David Bandeira e Marcos Edilson. Também de
pesquisa feita por Ana Paula Arruda, por mim contratada para essa missão em
Aracaju, onde foram pesquisados os jornais tanto sergipanos quanto alagoanos."
Apresento neste trabalho uma série de fotografias, entre outras,
mostrando aspectos urbanísticos de algumas das cidades que tiveram alguns fatos
ligados às visitas dos cangaceiros, na área de atuação dos grupos que andavam
com Lampião no cangaço. Quero deixar registradas minhas homenagens à imprensa alagoana e baiana pelos
seus profissionais anônimos e os que estão identificados neste trabalho.
Cariri
Cangaço Piranhas 2015
Piranhas,
Alagoas 26 de Julho
Lançamentos - Centro Cultural Miguel Arcanjo
NOTA CARIRI CANGAÇO: Para adquirir as obras em tela, entrar em contato direto com os autores através dos emails - Edvaldo Feitosa:ed-valdofeitosa@hotmail.com /
Luiz Ruben:graf.tech@yahoo.com.br
Lançamentos - Centro Cultural Miguel Arcanjo
NOTA CARIRI CANGAÇO: Para adquirir as obras em tela, entrar em contato direto com os autores através dos emails - Edvaldo Feitosa:ed-valdofeitosa@hotmail.com /
Luiz Ruben:graf.tech@yahoo.com.br
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