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E a Rodagem Para Outros Fins...Por: Carlos Alberto

Floro Bartolomeu ao centro na foto

A história de Juazeiro do Norte-CE não se resume aos macros fatos, tais como: o “milagre” acontecido em 1889 ou a independência do Município em 1911 ou a Sedição juazeirense em 1914 ou a visita de Lampião e o seu bando em 1926. Também existem os micros fatos, de suma importância, para a historiografia da Terra de Padre Cícero. Aqui e agora, destaca-se a uma estrada, quase vicinal, que ligava Juazeiro do Norte ao Crato, onde trafegavam: cavaleiros, carreiros e veículos automotores . No entanto, aqui não se vai tratar do fluxo dessa estrada e sim, como local de execução de malfeitores e moradores da Meca caririense e tais execuções, sendo acusado o então Deputado Federal Floro Bartolomeu de determinar tais crimes e tendo o seu ápice, o ano de 1925.


Vários pesquisadores escreveram sobre esse fato, através de Livros, como se pode destacar: Nertan Macedo, em FLORO BARTOLOMEU: O Caudilho dos Beatos e Cangaceiros; o Professor M. Dinis, em MISTÉRIOS DE JOAZEIRO; a Professora Amália Xavier, em O PADRE CÍCERO QUE EU CONHECI (Verdadeira História de Juazeiro) e além de Outros. 


Segundo informações do Pesquisador, geógrafo e morador juazeirense, professor Feitosa Landim, a "Rodagem" começava numa comunidade denomina de Muxila (grafia da época), onde, também se pode localizar através do Mapa de Juazeiro, de autoria Octávio Aires de Menezes, visão interpretativa de como era o Lugarejo em 1827. (Foto imediatamente acima).

No Mapa atual de Juazeiro do Norte, acessa-se a Avenida Leandro Bezerra, situada por trás do Memorial Padre Cícero, segue-se em frente, na primeira grande curva do Logradouro, vai-se em frente e encontra-se uma rua pavimentada que se estende até um condomínio fechado em construção. 

Carlos Alberto, pesquisador de Natal

A paisagem que se vislumbrava dos lados da "Rodagem" era: no sentido Juazeiro do Norte/Crato, quanto ao relevo, à direita, a Serra do Catolé, hoje denominada de Serra do Horto. No tocante à hidrografia, cruzava-se o Rio Salgadinho. Referente à agricultura existia a tradicional cana-de açúcar para abastecer engenhos e alambiques na produção de rapadura, açúcar bruto, cachaça, etc., e, a agricultura de subsistência, como milho, feijão, mandioca, etc.

Grandes críticos do Parlamentar Floro Bartolomeu eram Antônio Xavier e Padre Macedinho, por sinal, críticas transformadas em Livros: BEATOS E CANGACEIROS (de 1920) e JUAZEIRO EM FOCO (de 1925), respectivamente. Também vinham críticas do Parlamento Federal, de que, Juazeiro era uma terra que dava guarida a cangaceiros e isso incomodava muito ao Doutor Floro.

A Rodagem tinha em torno de 18 quilômetros de extensão e a noite era deserta e de bom acesso. Na visão florista, um cenário ideal para executar malfeitores e com o objetivo de “limpar” a Cidade. Como síntese: CAUSAVA MEDO QUANDO SE FALAVA NA RODAGEM...

Carlos Alberto
Pesquisador e Professor, Natal-RN

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