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Paixão e Cangaço Por:Jorge Remigio

Jorge Remígio ao lado de João de Sousa Lima, Manoel Severo e Urbano Silva

Nós e muita gente que estuda o fenômeno Cangaço, não pode de forma alguma se apaixonar pelos personagens. Até sobre Lampião, o estudioso e grande folclorista Luiz da Câmara Cascudo, falou: " Você pode entender Lampião sem se solidarizar com ele". A nossa análise tem que ser histórica. Se a pessoa objeto do estudo é um bandido, temos que entendê-lo e estudá-lo, à partir dessa condição. 

Olha, digo aos senhores, sem sombra de dúvidas: Não existe bandido bom. Claro que quando postamos algum artigo ou comentário explicitando um ponto de vista negativo sobre cangaceiros, até mesmo em um seminário ou mesa de bar, a reação é quase imediata dos que já sedimentaram uma defesa obtusa, " a polícia, as volantes eram pior"...

Pergunto de imediato se a pessoa tem elementos que possam provar ou se existe algum estudo de pesquisa nessa área, abordando a estatística. Claro que não somos ingênuos e sabemos as arbitrariedades, desvios de conduta, abuso de autoridade cometidos por policiais e alguns comandantes. Mas, vai longe a comparação com às atrocidades cometidas pelos bandoleiros do Sertão, principalmente na era lampiônica.

Jorge Remígio - Pesquisador João Pessoa, PB
Conselheiro Cariri Cangaço

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