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Abre-te Sésamo !!!


Não foi o lendário Ali-Babá em "Mil e Uma Noites"... Mas no começo da tarde do último dia 29 de julho de 2016, com o esforço do Conselheiro Cariri Cangaço, professor Edvaldo Feitosa e a intercessão da querida Professora Maria Stela Torres Barros Lameiras, pela primeira vez na história foram abertas as portas da Casa do Barão de Água Branca, para a visita de um grupo de estudiosos. O Cariri Cangaço agradece a enorme atenção e deferência por parte da família dos descendentes, na pessoa de Inácio Loiola - Loia; que nos recebeu neste dia histórico de Cariri Cangaço em Água Branca.

Gilmar Teixeira, Elane e Archimedes Marques e Manoel Severo
Ana Gleide e Betinho Numeriano e Manoel Severo
Manoel Severo e o clã Tavares, abaixo: Detinha, Nicolas e Nicole Tavares e Neli Conceição

Com  a palavra o pesquisador Geziel Moura: "Por ocasião do assalto em Água Branca -AL Lampião, ainda, estava sob ordem de Sinhô Pereira, é certo que ele comandou o bando, neste assalto, mas Pereira, ainda não havia se retirado para Goiás, hoje estado de Tocantins. Outros autores, apontam este caso, como o primeiro de Lampião, como comandante. Para pensar um pouco mais sobre o assalto em Água Branca e a Chefia de Lampião: Segundo o escritor José Bezerra Lima Irmão em sua obra "Lampião, a Raposa das Caatingas" na pág 116 - Sinhô Pereira após reunião com familiares,reuniu com a cabroeira, no dia 08.08.1922, passando efetivamente o comando do bando para Lampião, sendo que no dia 22.08.1922, Pereira segue para o então, estado de Goiás. 

Diversas são as datas apontadas, pelos autores e jornais, para o assalto da Baronesa de Água Branca, considerando o Diário de Pernambuco, cuja publicação informa que a data foi em 28.06.1922. Portanto, penso que na ocasião do assalto e utilizando um jargão do meio jurídico, Virgolino era um chefe de fato e não de direito.Em tempo: segundo o autor alagoano Clerisvaldo Chagas o dia do assalto foi 26.06.1922 sendo acompanhado do mesmo entendimento, por Geraldo Ferraz e Jose Bezerra Lima Irmão"

Yasmim, Netinho, Maiara e Junior Almeida
Ingrid Rebouças
Edvaldo Feitosa grande anfitrião em Água Branca

A baronesa de Água Branca, dona Joana Vieira Sandes, era viúva do Barão de Água Branca;  Joaquim Antônio de Siqueira Torres; e já contava mais de 90 anos quando sua residencia foi invadida e assaltada por Lampião e seu bando, nesse que é contado em prosa e verso, como o primeiro ato do Rei do Cangaço, como chefe efetivo de um bando. Era o mês de Junho de 1922. Por muito tempo as jóias roubadas da Baronesa de Água Branca, ornaram a figura da rainha do Cangaço, Maria Bonita.

  Imagens do Casarão do Barão de Água Branca
 Tomaz Cisne e Louro Teles
Ivanildo Silveira
Raul Meneleu
Família Cariri Cangaço na Casa do Barão de Água Branca 
 Camilo Lemos e Quirino Silva no local onde no passado os cangaceiros entraram no casarão da Baronesa
  Louro Teles

A arquitetura e os detalhes do belo casarão do século XIX chegam a impressionar por sua beleza e grande significado histórico, ainda é possível identificar marcas de balas possivelmente daquele junho de 1922. A mobília de época nos transporta para o cotidiano de uma das mais tradicionais e influentes família do sertão de Alagoas. 




 Louro Teles e a marcas de bala que persistem e trazem a lembrança do ataque
Aline Melo, João de Sousa Lima, Petrucio Rodrigues, José Tavares, Francimary Oliveira, Alan , Detinha, Nicole e Nicolas Tavares
Louro Teles, Petrúcio Rodrigues, João de Sousa Lima, Wescley Rodrigues e Abreu Mendes
 Oleone Coelho Fontes
Inácio Loiola, descendente do Barão de Água Branca
Oleone Fontes, Ana Lucia Gomes, Maria Oliveira, Neli Conceição e Catarina
Junior Almeida

Joaquim Antônio de Siqueira Torres, filho do capitão Teotônio e de Gertrudes Maria da Trindade, nasceu em 8 de setembro de 1808 vindo a falecer em 29 de janeiro de 1888. Nobre proprietário rural do sertão alagoano, recebeu a comenda da Ordem de São Gregório Magno, pelo Papa Leão XIII por ter patrocinado a construção da belíssima Matriz de Água Branca. Por concessão de Dom Pedro II, recebeu o Título de Barão de Água Branca por Decreto Imperial em 15 de novembro de 1879.

  Imagens do interior da Casa do Barão de Água Branca, inclusive os aposentos da Baronesa, senhora Joana Sandes Vieira

Na mesma oportunidade da visita inédita à Casa do Barão de Água Branca, os convidados do Cariri Cangaço Água Branca participaram também da visita à Casa de dona América Fernandes Torres; primeira mulher eleita prefeita em Água Branca, mais uma joia da arquitetura local e do casario ímpar da bela cidade de Água Branca no seu centro histórico.

 Nicole , Nicolas e Detinha Tavares em visita a Casa de dona América Fernandes Torres
 Petrucio Rodrigues, Juliana Pereira e Emmanuel Arruda
A mobília nos transporta no tempo, na visita a Casa de dona América Fernandes Torrres
 As portas e janelas de Água Branca ficaram abertas para o Cariri Cangaço: Amélia Araujo, Lucinha Gomes de Lira e Mabel Nogueira
 Evanilson Sousa e Ingrid Rebouças
  Ingrid Rebouças e Evanilson Sousa

Fotos: Louro Teles, Ingrid Rebouças, José Tavares e Junior Almeida
Cariri Cangaço Água Branca 
Casa do Barão de Água Branca
29 de Julho de 2016

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