Os assentados que residem na Fazenda Cobra,
em Água Branca, pedem ao Governo do Estado que transforme o o casarão do
lendário coronel Ulisses Luna, seja transformado em um museu rural para
visitação pública. O Casarão tem mais de 150 anos e pertenceu ao colonizador do
Sertão de Alagoas Ulisses Luna e atualmente está prestes a desabar necessitando
de reparos para continuar de pé.
O imóvel teve seus moveis
levados pela família do coronel Ulisses Luna e atualmente o local possui espaço
para se implantar um projeto de turismo rural, já que possui área
estacionamento nos jardins que ainda tem resquícios do período que o lendário
coronel viveu com sua família. Uma pequena capela também existe no local com o
túmulos da esposa e da filha do colonizador do Sertão. O velho casarão foi
usado também para gravação e várias cenas da novela Velho Chico e filmes e no
inicio do seculo 20 abrigou o industrial Delmiro da Cruz Gouveia, que havia
fugido de Pernambuco com a filha do governador daquele estado.
O casarão do coronel
Ulisses Luna era usado para reuniões políticas daquela região e também foi um
dos redutos, que o cangaceiro Lampião nunca tentou tomar ou saquear, pois temia
o velho líder político. O casarão, segundo Maria Aparecida Sandes, neta do
coronel Ulisses Luna, era uma dos mais belos do Sertão de Alagoas.
Possuía um lindo jardim com muitas rosas e arvores. Ao lado uma capela
erguida para as celebrações religiosas da família, principalmente no Natal,
quando todos se reuniam. A Capela ainda resiste ao tempo junto com o casarão.
A estrada em frente ao
Engenho Cobra era passagem obrigatória dos colonos da época, que tinham o
costume de sempre reverenciar o velho líder político. Os homens tiravam o
chapéu e as mulheres se inclinavam um pouco, em respeito ao “coroné”, que era o
protetor de todos na região. Engenho produzia cana e havia também a criação de
gado e cabras e ovelhas.
Coronel Ulisses Luna
Atualmente o antigo
Engenho Cobra pertence aos assentados do Movimento Sem Terra. São doze famílias
que foram beneficiadas com a propriedade do local que havia sido abandonada
pela família do Coronel Ulisses Luna. O imóvel possuía um mobiliário raro do
século 19 e inicio do século 20. Peças lindíssimas foram retiradas pela família
e levadas, que segundo relatos dos moradores atuais, para o estado do Rio de
Janeiro.
Atualmente o velho
casarão se encontra em precárias condições, já que é de todo de sapé e possui
um sobrado, que pesa sobre a estrutura, precisando urgentemente de reparos. Os
lideres do MST, que são hoje os proprietários das terras, utilizavam até pouco
tempo atrás, o casarão para o funcionamento de uma escola de crianças, mas
diante do perigo de desabamento, as atividades foram suspensas. O local também
foi utilizado nos últimos meses como cenário para gravação de cenas da
telenovela Velho Chico, da Rede Globo.
Mozart Luna: Jornalista graduado pela Universidade Federal de Alagoas e pós graduado em Gestão Estratégica de Empresas e Markenting pelo Cesmac/Maceió. Exerceu o cargo de coordenador de sucursais da Gazeta de Alagoas e O Jornal.Foi apresentador e diretor executivo do Programa Circuito Alagoas na TV Pajuçara (Record)e TV Alagoas (SBT) durante 11 anos.Atualmente é produtor de programas de televisão e apresentador dos programas de televisão Conheça Alagoas e Conexão Municípios da TV Mar, canal 25 da net. Editor da Coluna Integração da Gazeta de Alagoas,e repórter do Boletim Integração da Rádio Gazeta de Alagoas.
Fonte:http://meioambienteeturismo.blogsdagazetaweb.com/2016/12/06/assentados-cobram-recuperacao-de-casarao-para-se-transformar-em-museu-do-sertao/
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