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Noite de Luxo para a Invasão de Lavras em Livro de Calixto Junior

Assembléia recebe lançamento da Obra de Calixto Junior

O Auditório Murilo Aguiar, na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, recebeu na noite desta quinta-feira, dia 23, o Lançamento do mais novo livro do pesquisador e escritor, professor doutor João Tavares Calixto Junior; " Considerações sobre a Invasão de Lavras em 1910" , numa segunda edição, revisada e ampliada, que nos traz um dos recortes mais importantes e significativos da historiografia do ciclo da velha república e das deposições pela força, que imperavam no sul do estado do Ceará nos primeiros idos do século passado.

Com a brilhante apresentação do poeta e escritor, membro da Academia Cearense de Letras, Dimas Macedo, todos que estiveram presentes ao lançamento puderem perceber a grandiosidade da Obra do professor Calixto Junior, dentro do esforço de recontar de maneira magistral e a partir de um trabalho minucioso de pesquisa cientifica esse que se configura como um dos maiores episódios daquela época, onde despontava o "império do bacamarte": " Essa monarquia, essa república, esse império dos coronéis foi uma instituição constitucional no Ceará, legitimada pela força da politica e em Lavras esse ciclo acontece de uma forma diferente pois os figurões da politica do cariri tentavam depor o coronel Gustavo Augusto Lima  e Gustavo a despeito de ser um politico extraordinário, era filha de Fideralina Augusto Lima, e era o predileto;  e foi aí que a ousadia não conseguiu triunfar. Foi o primeiro episódio do ciclo de deposições pelas armas, no cariri, onde o mandatário não foi deposto pelo ousado e destemido Quinco Vasques...Um episódio extraordinário, que por si só daria um sensacional filme."Reforça Dimas Macedo e conclui:"O professor Calixto Junior rastreou desde os primeiros momentos e os bastidores do antes e as repercussões desse episódio, sem dúvidas, fantástico."


Mesa que presidiu a solenidade e a apresentação do escritor Dimas Macedo 

A mesa da solenidade foi presidida pelo deputado estadual Heitor Ferrer, descendente direto do clã dos Augusto de dona Fideralina de Lavras. "Quando menino pequeno me acostumei a ouvir meu pai contando todos esses episódios com riqueza de detalhes. O professor Calixto Junior está de parabéns e a Assembléia Legislativa do Ceara se sente honrada por acolher esse lançamento" reforça o deputado Heitor Ferrer. Para a Presidente da Academia de Letras de Lavras da Mangabeira, Conselheira Cariri Cangaço, poetisa e escritora Cristina Couto, "uma noite memorável quando novamente o Júnior nos presenteia a todos com um livro fenomenal".

 Manoel Severo, Desembargador Lincon, Calixto Junior e deputado Heitor Ferrer
Escritor Calixto Junior apresenta sua obra... 

"Nosso livro retrata um dos momentos mais marcantes do coronelismo do nordeste, talvez os mais importantes e significativos episódios desse ciclo. Começo trazendo desde a deposição do Coronel Honório Augusto Lima em 1907 em Lavras pela própria mãe, dona Fideralina e seu outro filho coronel Gustavo, passando pelo episodio da deposição do coronel Totonho do Monte Alegre em Aurora em 1908, por vários coronéis da região, episódios esses interligados e sem dúvidas configurando-se como os principais motivos da invasão a Lavras por Quinco Vasques dois anos depois, em 1910, aqui retratado." Revela o autor, João Tavares Calixto Junior.

 Antônio Tomaz, Cristina Couto, Calixto Junior, Manoel Severo, 
Professor Rui, Dimas Macedo
 Dimas Macedo e Manoel Severo
 Manoel Severo e Deputado Heitor Ferrer
 Malvinier Macedo e Manoel Severo
 Aderbal Nogueira, Manoel Severo e casal Dimas Macedo
Manoel Severo, Joao de Lemos e Angelo Osmiro
 Manoel Severo e poeta Vicente Furtado
Ingrid Rebouças, Tomaz e Afranio Gomes

"No amanhecer de sete de abril de 1910 o centro da cidade de Lavras da Mangabeira, no Centro-Sul cearense, era invadido por cangaceiros comandados por Joaquim Vasques Landim, o Quinco Vasques. Era político o intento, e como alvo, o mandão provisionado do feudo de Dona Fideralina – o Coronel Gustavo Lima. Não são muitos os relatos literários que atentem com riqueza de detalhes a este objeto, e ao presente trabalho, interessa uma tentativa de interpretação através do comparativo de duas versões díspares, principalmente. Nas páginas de O Rebate, periódico que circulou no Cariri entre julho de 1909 e setembro de 1911, nota-se uma destas versões, assegurada por seu redator principal, o Padre Joaquim de Alencar Peixoto. No jornal, uma série de cinco artigos atribui aos coronéis do Crato, inimigos declarados do Pe. Peixoto, participação crucial no evento. A outra versão apoia-se em autos de inquérito e em depoimentos do próprio Quinco Vasques, assim como de testemunhos e atenta à participação dos deportados de Aurora junto aos inimigos políticos lavrenses, próprios parentes do Cel. Gustavo, a fim de expulsarem-no, à bala, do poder municipal. Este episódio configurou-se como um dos de maior repercussão no cenário coronelístico do Nordeste do Brasil, à época, não só pela tentativa de deposição, propriamente, mas pela audácia na violação da predominância política estabelecida pela matrona Fideralina 
e o clã dos Augustos."   

Dentre os presentes, o Presidente do Instituto dos Advogados do Ceará, João Gonçalves de Lemos, o Presidente do GECC, Ângelo Osmiro, a Presidente da Academia Lavrense de Letras, escritora Cristina Couto, o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, os pesquisadores Aderbal Nogueira, Tomaz Cisne, Afrânio Gomes, Vicente Furtado, Malvinier Macedo, Professor Rui, Lucia Macedo, Fátima Lemos, dentro muitos outros.

 Antonio Tomaz e Calixto Junior
Ingrid Rebouças, Calixto Junior e Manoel Severo

Cariri Cangaço
Lançamento, Assembléia Legislativa do Ceara
23 de março de 2017

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