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Serra Negra e a Espetacular Visita do Cariri Cangaço !


Cidades Amigas:Povos Irmãos...Com essa apresentação o pesquisador e professor Orlando Nascimento Carvalho, grande anfitrião da chegada triunfal do Cariri Cangaço pela primeira vez em território baiano, justificou a sensacional programação do Cariri Cangaço Poço Redondo em Pedro Alexandre ou, na Serra Negra. "Aqui nossos povos cresceram juntos e a história de um se confunde com a história do outro: Pedro Alexandre na Bahia e Poço Redondo em Sergipe; seja bem vindo Cariri Cangaço 2018".

Pela primeira vez o empreendimento Cariri Cangaço chega em terras baianas, a estreita ligação; os laços afetivos e históricos entre os dois municípios, um na Bahia e o outro em Sergipe, umbilicalmente unidos; proporcionou contemplar dentro do Cariri Cangaço Poço Redondo 2018 uma programação especial em Pedro Alexandre. É inegável a força, a tradição e a história da Serra Negra, como costumava citar o Caipira Alcino Alves Costa. Terra dos Carvalhos; os lendários João Maria e seu irmão, Liberato Carvalho; base da valente e destemida volante de Zé Rufino,terra de homens de uma coragem incomum como Zé Serra Negra, João Doutor e Serra Negra... Aqui se fez história, aqui está fincada um pedaço dessa importante saga sertaneja, por aqui aportou o Cariri Cangaço.


Rangel Alves da Costa, Manoel Belarmino, Antônio Silvino e Manoel Severo
Ana Margareth Carvalho e Neli Conceição
 
Mesa de Abertura da Solenidade em Pedro Alexandre
"A área onde hoje está erguida Pedro Alexandre teve seu povoamento iniciado no século XVIII por colonos portugueses que ali se estabeleceram, desenvolvendo a criação de gado (ainda Sesmaria). Inicialmente, a criação de gado desenvolveu-se no litoral e nas áreas de agricultura da cana. Mas, em 1701, o próprio governo português, muito interessado no desenvolvimento da agroindústria da cana-de-açúcar, pois esta lhe fornecia bons lucros, adotou uma medida para tentar resolver a situação. Proibiu a criação de gado nas áreas de agricultura de cana no litoral. A expansão do gado para o interior do Nordeste foi responsável pelo povoamento do mesmo, funcionando como um instrumento de colonização do interior do Brasil. A fertilidade das terras atraiu novas famílias formando o arraial de Lagoa da Caiçara, um vilarejo que pertencia à comarca de Jeremoabo. Em meados de 1872, chegou nas terras do então vilarejo - atual Rua Velha - o então Pedro Alexandre de Carvalho, nascido no dia 25 de abril de 1865 e natural de Entre Montes, um povoado de Piranhas. Pedro Alexandre chegou neste arraial com aproximadamente 7 anos de idade junto ao seu pai adotivo (o velho Alexandre) que possuía o intuito de desmatar algumas áreas para fazer o plantio de algodão, produto esse introduzido para mudar o setor econômico da região. A sede, criada no distrito ganhou a denominação de Serra Negra em 1927 , topônimo alterado para Voturuna em 1943 e em 1962 se emancipa de Jeremoabo e se torna o município de Pedro Alexandre."
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Município de Pedro Alexandre, antiga Serra Negra, no Nordeste baiano, 
divisa com Poço Redondo em Sergipe
A Caravana Cariri Cangaço saiu de Poço Redondo por volta das 9 da manha, o sol já estava alto e os 65 km que separam os dois municípios; divisa entre Sergipe e Bahia; foram percorridos em pouco mais de meia hora, passando pelo distrito de Santa Rosa do Ermírio chegamos a Pedro Alexandre e ao plenário de sua Câmara Municipal onde haveria a solenidade de abertura do evento e a Conferência da manha.
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Público lotou as dependências da Câmara Municipal em Pedro Alexandre
Com a Câmara Municipal de Pedro Alexandre totalmente lotada, pesquisadores de todo o Brasil e moradores do lugar, deu-se a solenidade de abertura com a palavra do Presidente da Câmara Municipal Antônio Silvino. A mesa ainda foi composta pelo Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, pelo Prefeito e Vice-Prefeito de Poço Redondo, Junior Chagas e Manoel da Farmácia, pelo Presidente do Memorial Alcino Alves Costa, Rangel Alves da Costa, pelo Presidente da Comissão Local, Manoel Belarmino, pela representante do Conselho Cariri Cangaço, Lili Conceição e pela representante da Família Carvalho, senhora Ana Margareth Almeida Carvalho.
"Pedro Alexandre casou-se com Guilhermina Maria da Conceição e teve 14 filhos. Entre eles, vale destacar: João Maria de Carvalho (Coronel) e Liberato Matos de Carvalho (Coronel Liberato). Ao lado dos coronéis João Gonçalves de Sá (da atual cidade Coronel João Sá) que ministrava a região de Jeremoabo e o respeitado Coronel Petro, João Maria de Carvalho se impôs com maestria, domínio e autoridade não só na região de Serra Negra como em outras localidades além fronteiras. Ora, senhor de muitas terras na Bahia e também no sertão sergipano, sem falar na influência política que mantinha em ambos os lados. Muitos perseguidos chegavam naquela região pedindo ajuda para sobreviver, proteção política ou por medo das perseguições das autoridades, da polícia ou de inimigos comuns. Esse fato deu à cidade a fama de Terra de Coronéis." 
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Conselheiro Archimedes Marques apresenta o Cariri Cangaço aos presentes
A solenidade contou com a apresentação do Cariri Cangaço realizada pelo Conselheiro Archimedes Marques que ressaltou :"Esse evento apresenta um qualificado Fórum de Debates que terá como tema principal a força destes municípios, tanto Poço Redondo e aqui, Pedro Alexandre, a Serra Negra;  dentro da historiografia do Cangaço no nordeste do Brasil." Logo em seguida fizerem uso da palavra o Presidente da Câmara Municipal vereador Antônio Silvino que saudou a todos os pesquisadores e visitantes em nome do município, o prefeito de Poço Redondo, Junior Chagas e o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo que lembrou todo o esforço de todos os envolvidos na organização do evento para proporcionar "um momento tão importante como esse, nossa chegada a Bahia e pela porta da frente: Serra Negra, a histórica e tradicional terra do poderoso João Maria e do tenente Liberato de Carvalho".


 
Manoel Severo fala sobre a chegada do Cariri Cangaço a Bahia
 
Prefeito de Poço Redondo, Junior Chagas fala em Pedro Alexandre
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Em seguida foram entregues os Diplomas de Amigo do Cariri Cangaço ao Presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Silvino e ao conferencista da manha, professor Orlando Carvalho para em  ato seguinte receberem seus certificados de Lançamentos de Livro dentro do evento os escritores, Archimedes Marques, Junior Almeida e Leonardo Ferraz Gominho.


 Orlando Carvalho recebe seu Diploma das mãos de Luiz Ruben Bonfim
 Presidente da Câmara Antônio Silvino recebe seu Diploma das mãos de Ana Lúcia Souza
 Escritor Archimedes Marques e seu Certificado de Lançamento de 
Livro no Cariri Cangaço
 Ana Margareth Carvalho entrega ao escritor Leonardo Gominho seu Certificado de Lançamento de Livro no Cariri Cangaço
Jorge Figueiredo entrega ao escritor Junior Almeida seu Certificado de Lançamento de Livro no Cariri Cangaço
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"Para se ter uma ideia de seu poderio e mando além fronteiras, somente em Poço Redondo João Maria chegou a possuir nada menos que dez fazendas: Santo Antônio, Poço do Mulungu, Riacho Largo, Jurema, Recurso, Propriá, Exu, Pia da Barriguda,  São Clemente, Paraíso e Pindoba (em Canindé). O seu irmão Piduca era outro fazendeiro de renome na região, pois de sua propriedade eram as fazendas Queimada Grande, Santa Maria, Bate Lata, Caibreiro, Lagoa da Onça, Riacho Largo e Barraca dos Negros. Significa dizer que grande parte das terras de Poço Redondo pertencia aos filhos de Pedro Alexandre.
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Cel João Maria de Carvalho
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De sua Serra Negra enviava ordens, dava instruções, recebia missivas de governantes. Servindo também como conselheiro, não era raro que as decisões políticas importantes somente fossem tomadas após o seu parecer ou aval. Mesmo sendo amigo do poder, de onde extraía seu mando, tinha predileção especial em manter amizade e ajudar o sertanejo, fosse o matuto mais simples ou o perigoso de sangue no olho. Daí que protegeu desde Lampião ao desvalido ex-cangaceiro perseguido pela polícia." Rangel Alves da Costa.


 Pesquisador e professor Orlando Nascimento Carvalho, 
conferencista em Pedro Alexandre
Orlando Carvalho sob "as bençãos" de João Maria
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O pesquisador e professor Orlando Nascimento de Carvalho foi o responsável pela Conferência da manhã que teve como tema "A Importância de Serra Negra para o Ciclo do Cangaço". Por cerca de duas horas um público atento acompanhou a brilhante apresentação de Orlando que apresentou de forma didática e professoral os principais pontos ligados a espetacular história da Serra Negra e sua íntima ligação com ciclo do cangaço de Virgulino Ferreira notadamente nos idos entre 1929 e 1940.
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Orlando ressaltou "a estratégica localização geográfica da Serra Negra; no nordeste baiano divisa aqui dessa região que englobava boa parte do sertão sergipano ainda Porto da Folha; a força da família Carvalho representada principalmente pelo coronel João Maria e por seu irmão Liberato de Carvalho e posteriormente pela inegável força das volantes ali sediadas principalmente a de Zé Rufino acabou fazendo da Serra Negra um protagonista mais que importante na história do cangaço, principalmente na época do segundo reinado de Lampião; entre 1929 e 1940, após a morte de Corisco".
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Orlando Carvalho e dona Marlene, filha do volante João Doutor 
 Dona Marlene e a foto de seu pai: João Doutor


 Pesquisador Ivanildo Silveira: "Quem realmente estava envolvido 
na morte de Zé de Julião?"
Orlando de Carvalho:"Eu diria que a trama da morte de Zé de Julião passou por Poço Redondo, pela Serra Negra e por Pão de Açúcar"...
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O pesquisador e professor Orlando Nascimento de Carvalho dissecou a forte presença e "interferência do coronel João Maria em quase todas as coisas que aconteciam não só em Serra Negra e região mas sua influência se estendia até terras sergipanas. Quando Lampião atravessou o São Francisco foi orientado que procurasse tres destacados potentados baianos: Cel Petronilo de Alcântara Reis, o Coronel Petro, chefe político de Santo Antônio da Glória, Cel João Gonçalves de Sá de Jeremoabo e nosso João Maria de Carvalho, aqui da Serra Negra; pelo incontestável poder desses tres coronéis baianos que comandavam a vida de toda essa região sertaneja".
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"Em abril de 1929 Lampião pela primeira vez encontra João Maria. Lampião esteve em Serra Negra por tres vezes, poucos lugares receberam a visita do rei do cangaço por tres vezes, aconteceu em abril de 1929, também no final de 1929 e a ultima em 1930. Apenas dois filhos de Serra Negra entraram para o Cangaço, aqui na Serra Negra notabilizamos justamente pelo contrário, aqui muitos filhos entraram e se destaram nas volantes", acentua Orlando Carvalho.
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Tenente Liberato de Carvalho
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"Em 1931 com a vinda da 1ª Cia do 10º BC vinda de Juazeiro para Jeremoabo e com essa companhia a vinda do tenente de infantaria, Liberato de Carvalho; outro filho ilustre da Serra Negra e irmão de João Maria; ali houve a efetiva entrada das forças baianas no combate ao cangaço." E continua Orlando:"Já no final de 1931 Liberato assume o comando de uma volante, naquela época o governo baiano contrata mais de 60 pernambucanos; muitos nazarenos, e esses passaram a fazer parte da volante de Liberato; nesse contexto veio um pernambucano de nome José Osório de Farias, que viria se destacar e ficar famoso como um dos maiores matadores de cangaceiros da história: Zé Rufino".
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João Simplício e Manoel Florêncio
Manoel Severo e o filho de Zé Serra Negra,
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A platéia presente à Câmara Municipal de Pedro Alexandre contou com as presenças ilustres dentre outras, de descendentes dos ilustres João Maria e Liberato de Carvalho, também de parentes de volantes famosos que participaram das campanhas da época do cangaço, como a filha do volante João Doutor , dona Marlene, de filhos e netos de Zé Serra Negra, e ainda de seu Manoel Florêncio filho da primeira vítima de Lampião em terras de Poço Redondo.   
      
Pelas Ruas da Lendária Serra Negra...

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Orlando Carvalho mostra o casarão de João Maria e logo em frente, 
a pouco menos de 20 metros a casa de Zé Rufino...
 
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Logo após a Conferência de Orlando Carvalho a caravana Cariri Cangaço foi convidada para fazer uma caminhada pelas ruas históricas de Pedro Alexandre passando pelos principais pontos da história dessa saga chamada cangaço em terras do nordeste baiano. A primeira parada foi na casa de uma das filhas de João Maria, dona Maria, com mais de 100 anos. Em seguida o emblemático Casarão do poderoso João Maria e em frente, a pouco menos de 20 metros a casa de Zé Rufino, "ali lado a lado a casa do protetor de cangaceiros e seu principal algoz..."  


Localizada na praça principal da cidade a caravana do Cariri Cangaço foi anfitrionada no Casarão de João Maria pelo casal Zé Maria de Carvalho e Ana Margareth Carvalho, descendentes da tradicional linhagem Carvalho que abriu as portas da Casa que por muito tempo foi testemunha das principais decisões de tudo o que acontecia por aquelas bandas dos sertões baiano e sergipano.
 
 Ana Margareth Carvalho e Manoel Severo: As portas da Casa de João Maria abertas para o Cariri Cangaço.
 Mobília centenária da casa do poderoso João Maria de Carvalho, da Serra Negra; por entre essas paredes muitas decisões importantes para os sertões, baiano e sergipano. 
Archimedes e Elane Marques, Manoel Severo e Orlando Carvalho em 
frente a Casa de Zé Rufino
Wescley Rodrigues
Jorge Figueiredo e Maria Oliveira
Orlando Carvalho e a casa que acolheu Virgulino em 1929
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"...um quase poema drummondiano para Lampião: O Tenente Liberato de Carvalho amava seu irmão Coronel João Maria de Carvalho que amava seu compadre Zé Rufino, que amava os dois e que também amava matar cangaceiros. Liberato perseguia o cangaço, João Maria protegia cangaceiro e Zé Rufino ao compadre respeitava. Liberato nunca prendeu Lampião, Zé Rufino nunca arrancou sua cabeça e João Maria viveu seu coronelato sendo amigo de todo mundo."
 Rangel Alves da Costa.
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As novas gerações da Serra Negra...
Luciano Costa, Oleone Coelho Fontes, Manoel Severo e Orlando Carvalho
Oleone Coelho Fontes, Manoel Severo, Orlando Carvalho, Antônio Vilela, 
Jorge Figueiredo e Tássio Sereno
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Vamos recorrer mais uma vez ao pesquisador Rangel Alves da Costa:"torna-se claramente compreensível que os irmãos Liberato de Carvalho e João Maria de Carvalho, fraternos amigos enraizados na baiana Serra Negra (hoje Pedro Alexandre) tenham atuado de lado opostos perante o cangaço? E que Zé Rufino, com quartel na mesma cidade, fosse tão implacável na caçada aos cangaceiros e ao mesmo tempo devotado a seu compadre João Maria, abertamente protetor e acolhedor não só dos guerreiros do sol como de qualquer um renegado que chegasse à sua varanda?"   
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Zé Rufino um dos mais temidos caçadores de cangaceiros...
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E continua Rangel..."Liberato Matos de Carvalho (1903-1996), na condição de Tenente-coronel, foi comandante de volante e participou do famoso Fogo da Maranduba (ocorrido em 9 de janeiro de 1932, na Fazenda Maranduba, no então distrito sergipano de Poço Redondo), onde seus soldados - ao lado da força pernambucana sob as ordens do tenente Manoel Neto , foram fragorosamente derrotados pelos homens de Lampião. Chegou a ser nomeado comandante das forças unificadas nordestinas no combate ao banditismo e seu irmão João Maria de Carvalho (1890-1963), de patente militar e de latifúndio, caracterizou-se como líder local e além-fronteiras, exercendo seu poder de mando não só nos seus domínios baianos como no sertão sergipano, onde era dono de quase uma dezena de grandes propriedades. Tido por muitos como protetor de bandidos, comandante de jagunços e amigo de cangaceiros, a verdade é que exerceu sua primazia coronelista sendo obedecido e respeitado até o fim da vida."
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Caravana Cariri Cangaço em frente ao local onde foi a sede da volante de Zé Rufino, 
prédio comercial abaixo
Local onde nos anos 20 e 30 estava sediado quartel general de Zé Rufino
Jorge Figueiredo, Manoel Severo, Junior Almeida e Vandinha Costa
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E Rangel ainda provoca e gera a polêmica: "Há de se indagar, então: Havia algum compromisso entre João Maria, seu irmão Liberato e Zé Rufino. E mais: O compromisso firmado entre eles envolvia, não o bando cangaceiro em si, mas a figura de Lampião? Será que Lampião deveria ser preservado por ordem dada por João Maria ao irmão e ao compadre? Sabe-se que Liberato enfrentou Lampião no Fogo da Maranduba e foi derrotado, ainda que as volantes contassem com um número três vezes maior de homens do que cangaceiros. Será que o comando de Liberato não se empenhou suficientemente para a derrocada cangaceira?"
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Caravana Cariri Cangaço rumo à Rua Velha...
Rangel Alves da Costa, Orlando Carvalho, Marlene; filha de João Doutor, 
Manoel Severo e Manoel Serafim
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Agora vamos nos valer do pesquisador Manoel Belarmino para nos apresentar nossa próxima parada:"Uma Praça com um nome de Rua, no sopé da Serra Negra. Uma Praça que poderia se chamar de praça da matriz, mas se chama Rua Velha porque é poesia e história... Rua Velha oficialmente é Praça general Liberato de Carvalho. Numa cidade, Pedro Alexandre, que se divide em Rua Velha e Rua Nova. A Rua Velha está em baixo e a Rua Nova está em riba (na parte alta a cidade), dividindo-se por um riachinho. É assim a cidade de Serra Negra (Pedro Alexandre). Uma cidade sonho, uma cidade poema..." E assim chegaríamos a Praça General Liberato Carvalho, na Rua Velha, onde o povoado começou, ali, novamente o pesquisador Orlando Carvalho, descendente do fundador da cidade, fez as "honras da casa"...

Orlando Carvalho e o "Vaporzinho" monumento no centro da praça, homenagem ao empreendedorismo de seu bisavô e patrono da cidade, Pedro Alexandre
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A denominação do nome da cidade de Pedro Alexandre foi uma homenagem ao homem que aqui chegou e procurou mudar o processo produtivo já existente no município, que era à base de agricultura de subsistência, introduzindo aqui a cultura algodoeira como uma opção rentável para a época, quando a indústria têxtil constituía o principal parque industrial do Nordeste brasileiro, foi nesse contexto que Pedro Alexandre importou da Europa o maquinário para possibilitar o descaroçamento de algodão na Serra Negra e redondezas... 
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A história do Vaporzinho de Pedro Alexandre...
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Imagens por Bruno Luan Carvalho : Youtube
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E continua Orlando Carvalho:"Também podemos trazer a forte ligação de Serra Negra com o casal Sila e Zé Sereno. Sila antes de entrar para o cangaço, vinha a Serra Negra, tinha uma irmã, Maria, casada com um vaqueiro de João Maria, Ulisses, dizem até que parece ter tido um namorico com um dos homens da volante de Zé Rufino. Depois em 1937 mandou entregar um filho recém nascido de nome João para ser criado por Galdino Leite, a casa era aquela de portas marrom (Foto mais abaixo) , mas o pequeno viveu apenas 13 dias e foi aqui em Serra Negra que Zé Sereno resolveu se entregar em 1938, sem esquecer que foi nessa igreja de Nossa Senhora da Conceição que eles casaram". 
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Grupo de Zé Sereno
 Casa de Galdino Leite, casa cor creme com portas na cor marrom: Aqui Zé Sereno e Sila deixaram seu pequeno filho para ser criado sob a proteção de João Maria em 1937.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Rua Velha da Serra Negra; 
aqui casaram Sila e Zé Sereno
Rua Velha, aqui tudo começou...
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Corisco também teve sua história marcada pela presença de Serra Negra. Com a palavra Orlando Carvalho: "Aqui estava sediada a volante que deu cabo de Corisco em 1940, daqui ela saiu tendo a frente Zé Rufino e seus homens, mas também foi daqui da Serra Negra que Corisco empreendeu sua última fuga não sem antes receber a garantia de suas vidas por João Maria:
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Coronel João Maria no encontro com Corisco -"Se vocês se entregarem eu garanto a vida de vocês..."
Dadá se intrometeu na conversa: -"E quem garante nosso ouro?"
Coronel João Maria - "Eu garanto a vida..."
E eles resolveram fugir...
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O Almoço em Serra Negra...
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 Archimedes e Elane Marques
Padre Agostinho
Antônio Edson, Zilda Lima, Ingrid Rebouças, Maciel Moita, Wilma Silva e Tereza Barros
 Orlando Carvalho; anfitrião em Serra Negra, e Manoel Severo
A espetacular Arte de Eliane Giolo...
 Archimedes Marques, Camilo Lemos, Manoel Severo e Louro Teles
 Manoel Severo e Maria José Carvalho
Pedro Lucas Feitosa
Maria José, Ana Margareth, Ingrid Rebouças e Elane Marques 
Odisseia Cangaço no Cariri Cangaço, comandante Thiago Menezes
Jorge Figueiredo, Orlando Carvalho e Eliana Pandini
Archimedes Marques, Junior Almeida, Ivanildo Silveira, Orlando Carvalho, Manoel Severo, Dona Nice, Neli Conceição e Louro Teles.
Cecília do Acordeon e Maria Oliveira
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O almoço por volta das 13 horas foi recepcionado pela família Carvalho; Orlando e Maria José Carvalho, Ana Margareth e Zé Maria Carvalho, abriram as portas da chácara da família para o grande encontro da família Cariri Cangaço em terras do nordeste baiano, pela primeira vez.
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Arthur Holanda, Wescley Rodrigues, Ana Lúcia e Divonildo Sobreira
Cristiano Ferraz 
 Manoel Severo e Junior Chagas
 Arthur Holanda, Ingrid Rebouças, Wescley Rodrigues
 Antônio Vilela
 Tereza Barros, Antonio e Jel, Família Sertão Nordestino...
 Antônio Edson e Rangel Alves da Costa
 
Tassio Sereno, Rai, XXX, Manoel da Farmácia, Thaty Portela
Família Djalma Feitosa 
 
 
 
 Rodrigo Honorato, Elane e Archimedes Marques
 Manoel Belarmino e Rose Souza
 Maria Oliveira
Neidinha e Antônio Feitosa
Manoel Severo e dona Nice: Quando Zé de Julião roubou as urnas nas eleições de Poço Redondo em 1958 foi a ela que entregou as urnas em Serra Negra...

Cariri Cangaço Poço Redondo
16 de Junho de 2018, Câmara Municipal 
Pedro Alexandre, Bahia
Fotos:Ingrid Rebouças e Louro Teles

Serra Negra e a Festa do Cariri Cangaço
 

 
 
 
 
 
 
 


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Um comentário:

  1. Minha família Véio de Serra Negra fugindo da Volante,a família Julião avós tio

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