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Decapitações Entre os "Meninos" Por:Geziel Moura

Narciso Dias, Geziel Moura, Jorge Remígio e Jair Tavares
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O escritor e pesquisador Alcino Alves Costa em sua obra "Lampião em Sergipe" fez interessante discussão sobre o método das decapitações, utilizados pelas volantes nos cangaceiros, principalmente objetivando comprovar o feito, para futuras premiações de sus autores.Entretanto, Alcino também ressaltou, que este uso e costume, embora pouquíssimas vezes, ocorreram entre os cangaceiros, sendo que o objetivo era diferente, geralmente para obter salvo conduto diante da polícia.Este autor aponta, pelo menos, três casos de assassinatos com decapitações cujos autores foram seus próprios companheiros, temos portanto:

1 - O primeiro que se tem registro foi o cangaceiro Cocada, que fora morto e decapitado pelo companheiro, Esperança, sendo que este o matou, com tiro de fuzil pelas costas, e ato continuo levou a cabeça daquele para a polícia em Várzea da Ema (BA), para tentar sair da vida bandoleira, a pedido de sua mãe;
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2 - Outro registro de traição e decapitação, foi em 5 de junho de 1938, na região do povoado Caboclo (AL), região de Pão de Açúcar (AL), em que o cangaceiro Barreira, assassinou e decepou a cabeça de seu companheiro Atividade, para também obter atenuantes, de seus crimes;
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3 - O terceiro exemplo, que se tem noticia, foi realizado pelo cangaceiro Penedinho, logo após o acontecimento de Angico, em que, aquele assecla, assassinou e fez a decapitação no cangaceiro Canário, companheiro de sua prima Adília, e levou o troféu para o Ten. Zé Rufino na Serra Negra (BA), hoje município de Pedro Alexandre.
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É possível pensar que as leis do cangaço, não seguiam padrões de condutas, não havia lógicas em seus procedimentos, não há dúvida que Lampião e seus companheiros, surpreendiam em seus atos criminosos.
Geziel Moura
Pesquisador, Belém-PA

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