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O segundo dia de Cariri Cangaço Quixeramobim 2019 marcou a visita da caravana de pesquisadores ao "Sertão de dona Marica Lessa". A região da Canafístula; cerca de 22 quilômetros do centro , na rodovia que liga Quixeramobim ao município de Madalena; nos esperava por volta das nove e meia da manhã e um sertão alegre, ainda com as chuvas do final de maio, proporcionava um cenário deslumbrante da zona rural de Quixeramobim. Era o dia 25 de maio quando a caravana Cariri Cangaço chegou a Escola de Ensino Fundamental Damião Carneiro.
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O segundo dia de Cariri Cangaço Quixeramobim 2019 marcou a visita da caravana de pesquisadores ao "Sertão de dona Marica Lessa". A região da Canafístula; cerca de 22 quilômetros do centro , na rodovia que liga Quixeramobim ao município de Madalena; nos esperava por volta das nove e meia da manhã e um sertão alegre, ainda com as chuvas do final de maio, proporcionava um cenário deslumbrante da zona rural de Quixeramobim. Era o dia 25 de maio quando a caravana Cariri Cangaço chegou a Escola de Ensino Fundamental Damião Carneiro.
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Aílton Siqueira, Manoel Severo, Pedro Victor, Diretora Jacqueline e Pedro Igor: Escola Damião Carneiro recebe Cariri Cangaço Quixeramobim
Professores, alunos e pais recepcionam o Cariri Cangaço
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A surpresa foi geral quando ao desembarcarmos dos ônibus fomos recebidos por toda a comunidade escolar da Canafístula; a diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline, os professores e principalmente as crianças e seus pais, aguardavam o Cariri Cangaço para uma grande celebração das coisas e memórias do sertão. A mesa foi formada pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, pelo presidente da Comissão Local, poeta Bruno Paulino, pelo secretário de cultura de Exu, Conselheiro Rodrigo Honorato, pela diretora da escola, professora Jacqueline e pelos conferencistas, Carlos Alberto Silva de Natal e Carlos Alberto Carneiro, de Quixeramobim.
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Carlos Alberto Silva, Rodrigo Honorato, Bruno Paulino, Manoel Severo,
Carlos Alberto Carneiro e Diretora Jacqueline
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A manhã de Cariri Cangaço na terra da Marica Lessa iniciou com a apresentação dentro do painel "Ciclo do Gado" do cordel "O Rabicho da Geralda" pela artista mirim, Francine Maria. O Rabicho da Geralda, foi coletado pelo romancista José de Alencar e publicado em 1874 no jornal Globo do Rio de Janeiro, e posteriormente, na presente versão, por Silvio Romero em Contos Populares do Brasil, em 1954.
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"Preciso confessar uma coisa, colocamos a Francine na programação e só lembrei de passar o Rabicho da Geralda para que pudesse decorar há uma semana do evento e qual não foi minha surpresa em ver que Francine não só decorou como encantou a todos, realmente um momento espetacular" revela Manoel Severo. Já Bruno Paulino "O Rabicho da Geralda é sensacional, inaugura de forma magistral esse festejado ciclo do gado e o mais legal é que a narração do romance se dá a partir do próprio boi, isso é muito legal".
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Ali, no pátio espetacularmente decorado pelos professores e alunos, aconteceram as tres primeiras conferências da manhã, todas tendo como personagem principal a figura mítica e controversa da sertaneja Marica Lessa, ou; Maria Francisca de Paula Lessa; acusada de tramar o assassinato de seu marido e imortalizada a partir o romance ficcional do grande cearense Oliveira Paiva, "Dona Guidinha do Poço".o
Francine Maria e o "Rabicho da Geralda"
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"Um dos aspectos mais característicos do romantismo foi a valorização da cultura popular, que motivou escritores de diferentes países a compilar fábulas, contos e poemas transmitidos através dos tempos pela tradição oral. No Brasil, esse interesse deu lugar a uma importante pesquisa de José de Alencar sobre o cancioneiro popular cearense, romanticamente interpretado como uma espécie de repositório da nacionalidade: “É na trovas populares”, diz ele, “que sente-se mais viva a ingênua alma de uma nação”.1 Redigido na forma de quatro cartas enviadas a Joaquim Serra, esse estudo foi publicado no jornal O globo nos dias 7, 9, 10 e 17 de dezembro de 1874, e posteriormente editado nas Obras completas do romancista organizada por Afrânio Coutinho para a Editora Aguilar, onde aparece com o título de O nosso cancioneiro. Nas cartas, José de Alencar examina as cantigas populares do Ceará, detendo-se sobre dois poemas dedicados ao que Câmara Cascudo chamou de “ciclo do gado”.2 Com o auxílio de Capistrano de Abreu, na época um jovem de 21 anos de idade, Alencar obteve uma lição da cantiga d’O Rabicho da Geralda, e confrontando-a com as quatro versões incompletas e truncadas que já possuía, lançou-se ao trabalho de reconstituí-la. É a versão restaurada dessa cantiga que, juntamente do Boi Espácio, absorve suas considerações sobre o cancioneiro cearense.o
Carlos Alberto Carneiro, Francine Maria e seu presente:
A obra do escritor Marum Simão
Múcio Procópio
Pedro Lucas Feitosa, Suely e Cecília do Acordeon
Poeta e escritor Elton da Nana e a pequena Bibi
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Mas quem é Marica Lessa ?
A menina Maria Francisca, nasceu em janeiro de 1804, unica filha mulher do casal Francisca Maria de Paula e do Capitão-Mor José dos Santos Lessa. Com uma infância normal por entre a sociedade rural da época, costumava brincar e se sobressair entre os quatro irmãos homens e tinha sua vida juvenil entre a fazenda de seu rico pai e a vila de Quixeramobim. Por seu comportamento e personalidade forte, era muitas vezes considerada muito "avançada"para uma moça de sua época. em 1827 a jovem Marica, então com 23 anos seria desposada pelo pernambucano Domingos Victor de Abreu e Vasconcelos. Como dizíamos no inicio e segundo relatos a jovem Marica Lessa possuía uma personalidade muito forte e naturalmente acabaria se tornando o homem da casa, diante do papel de figurante do esposo Domingos Vasconcelos que apesar disso acabaria sendo o sucessor do sogro, Capitão-Mor José dos Santos Lessa "na vida pública de Quixeramobim como Juiz de paz, vereador, presidente da câmara, suplente de juiz municipal, coronel da guarda nacional, quando se encontrava ausente o presidente local, Cônego Antônio Pinto de Mendonça." como ressalta Jaqueline Cordeiro.o
Voltemos no tempo e ao casamento que aparentemente corria sob as bençãos dos céus... Vamos recorrer ao texto de Jaqueline Cordeiro: "Aconteceu que, após muitos anos de casados, um dia apareceu na fazenda um sobrinho do esposo; senhorinho Antônio da Silva Pereira; foragido da justiça de sua terra, onde fora denunciado como cúmplice da morte de seu padrasto. O tio o acolheu em sua casa, deu-lhe todo apoio e através da política, procurou livrá-lo do processo." Na verdade enquanto se esquivava da justiça, senhorinho acabou se fixando em Quixeramobim e assumiu o labor de comerciante para depois fixar-se em uma das fazendas do tio. O fato é que o mesmo acabou sendo absolvido pela justiça e por consequência houve grande celebração por parte da família, principalmente por parte da "tia afim" Marica que naquela época que se mostrava muito interessada em tudo que dissesse respeito ao sobrinho do marido...
Manoel Severo apresentou as boas vindas a todos que lotavam o pátio da escola Damião Carneiro e disse da grande emoção do Cariri Cangaço em ser "recepcionado com tanto carinho pela comunidade escolar da Canafístula" para logo em seguida passar a palavra para o primeiro conferencista da manha, pesquisador Carlos Alberto Silva, de Natal, que em sua apresentação traçou o perfil do sertão nordestino desde a época da colônia, passando pelo ciclo do gado e chegando até o século XIX, ambiente berço tanto de Antonio Conselheiro como de dona Marica Lessa, numa contextualização preciosa para entendermos os acontecimentos e suas repercussões de forma mais lúcida.
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Rodrigo Honorato, Bruno Paulino, Manoel Severo e Carlos Alberto Carneiro
Bruno Paulino, Manoel Severo e Carlos Alberto Carneiro
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O segundo conferencista da manhã foi o pesquisador Carlos Alberto Carneiro, de Quixeramobim, mas radicado em Fortaleza. Como ele mesmo se intitula, "pesquisador de Marica Lessa", Carlos Alberto Carneiro apresentou a biografia e os principais episódios da vida da sertaneja da Canafístula e o resultado de sua pesquisa ampla nos periódicos da época, nos cartórios e no arquivo público de Fortaleza e comenta: "Toda a documentação estava em sacos que são usados para cereais e haviam muitos e muitos, mas venho me dedicando a essa pesquisa e ainda não acabei de analisar em sua totalidade os documentos referentes a Quixeramobim". Carlos Alberto Carneiro apresentou ainda na mesma manhã uma exposição de fotografias importantes ligadas a região e à personagem.
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"Quando o sobrinho do marido; Senhorinho; possuía a casa comercial na vila, Marica Lessa tornou-se sua principal freguesa, depois quando o rapaz se interessou pela filha do juiz, ela não gostou, e através de críticas ferozes, procurou desfazer o namoro. Convidava-o frequentemente para passeios, festas nas fazendas vizinhas e outros eventos, com a finalidade de tê-lo sempre ao seu lado. Em pouco tempo o pessoal da fazenda passou a fazer comentários maldosos, mas o jovem não dava mais atenção ao tio que lhe dera a mão. Este, assistia a tudo impassível e parecia não acreditar no romance da esposa com o sobrinho. Só veio a ter certeza quando um dia no campo, viu e ouviu um grupo comentando sobre o caso à beira de uma cacimba. Foi a certeza do fato, e tão fraco era Domingos, que pensou em suicídio em vez de reagir forte e decidido contra os adúlteros. Teve porem, mais tarde, a altivez de expulsar o sobrinho de casa."
A Fazenda já não era um ambiente harmonioso, Marica Lessa parecia não temer o conhecimento de todos sobre o caso com o sobrinho do Marido ou mesmo a humilhação a esse submetido. O Cel. Domingos Victor, acabou a Fortaleza se dá com seu chefe politico Senador Thomaz Pompeu de Souza Brasil, queria proteção para sua vida diante do quadro que se desenhava em Quixeramobim. No retorno fixou residencia na cidade não mais voltando para a fazenda."
"Enquanto isso, Marica Lessa planejava uma maneira de matar o marido, seu primeiro pensamento foi contratar os serviços de um protegido seu acusado de matar a esposa por ciúmes, expôs seu plano ao criminoso e entregou-lhe um punhal que foi de seu avô, o assassino prometeu executar o plano, mas fraquejou, pois o Cel. Domingos Victor jamais havia lhe feito mal algum, devolveu então, o punhal e o dinheiro a Marica Lessa. Marica tinha fama de caridosa e benfeitora, e assim, tinha na sua fazenda um retirante da seca de 1845, de nome Antônio Silveira da Natividade, que se tornou seu amigo e compadre. Vendo-a enfurecida com o fracasso do primeiro mandante, este se ofereceu para executar o plano, porém, não iria fazê-lo pessoalmente, mandou então, Marica chamar um escravo conhecido por Corumbé, que aceitou a missão. Seguiram os dois a cavalo para a vila, ficando Antônio Silveira na casa de uma protegida de Marica, enquanto Corumbé seguiu para a casa do Cel. Domingos Victor, que estava na sala, diante de um espelho aparando a barba, ao vê-lo, vira-se o Coronel para guardar a tesoura na gaveta quando Corumbé o apunhala pelas costas. Tendo morte quase imediata, teve ainda tempo de gritar para a cozinheira da casa, apavorada, esta grita por socorro, logo aparecendo várias pessoas, inclusive o vigário, que retirou o punhal da vítima e o ouviu dizer o nome de seu homicida, antes de morrer.
"Enquanto isso, Marica Lessa planejava uma maneira de matar o marido, seu primeiro pensamento foi contratar os serviços de um protegido seu acusado de matar a esposa por ciúmes, expôs seu plano ao criminoso e entregou-lhe um punhal que foi de seu avô, o assassino prometeu executar o plano, mas fraquejou, pois o Cel. Domingos Victor jamais havia lhe feito mal algum, devolveu então, o punhal e o dinheiro a Marica Lessa. Marica tinha fama de caridosa e benfeitora, e assim, tinha na sua fazenda um retirante da seca de 1845, de nome Antônio Silveira da Natividade, que se tornou seu amigo e compadre. Vendo-a enfurecida com o fracasso do primeiro mandante, este se ofereceu para executar o plano, porém, não iria fazê-lo pessoalmente, mandou então, Marica chamar um escravo conhecido por Corumbé, que aceitou a missão. Seguiram os dois a cavalo para a vila, ficando Antônio Silveira na casa de uma protegida de Marica, enquanto Corumbé seguiu para a casa do Cel. Domingos Victor, que estava na sala, diante de um espelho aparando a barba, ao vê-lo, vira-se o Coronel para guardar a tesoura na gaveta quando Corumbé o apunhala pelas costas. Tendo morte quase imediata, teve ainda tempo de gritar para a cozinheira da casa, apavorada, esta grita por socorro, logo aparecendo várias pessoas, inclusive o vigário, que retirou o punhal da vítima e o ouviu dizer o nome de seu homicida, antes de morrer.
Não foi difícil prender Corumbé, que todo vestido com roupa de couro, tinha dificuldade para se locomover, e preso, logo confessou o crime, dizendo que Marica Lessa havia sido a mandante. Quando a notícia de sua prisão se espalhou pela cidade, Silveira tratou logo de fugir e nunca mais foi encontrado pela polícia. O sepultamento do Cel. Domingos Victor foi realizado naquele mesmo dia, 20 de setembro de 1853, uma terça-feira."Continua...
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Bruno Paulino
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O poeta e escritor Bruno Paulino foi o terceiro conferencista deste segundo dia de Cariri Cangaço, em sua apresentação Bruno Paulino comentou de sua profunda afinidade com a personagem de Marica Lessa, "quando era criança meu avô Luis Paulino foi quem primeiro me contou sobre “a história da mulher que mandou matar o marido” como ficou conhecida no imaginário dos rincões de Quixeramobim a tragédia greco-sertaneja ocorrida em 1853 envolvendo a matriarca e eterna personagem do sertão Maria Francisca de Paula Lessa e seu marido o cel. Victor de Abreu Vasconcelos. O coronel fora a assinado em seu lar, pelo escravo Corumbé, supostamente a mando de Marica Lessa."o
Bruno Paulino apresentou uma reflexão sobre a obra do grande romancista cearense Manuel de Oliveira Paula, Dona Guidinha do Poço , "O historiador Ismael Pordeus, natural de Quixeramobim, trouxe a luz em 1961, o festejado estudo À margem de Dona Guidinha do Poço: história romanceada, história documentada, em que comprovava que a ficção de Oliveira Paiva teria sido inspirada no caso real de Marica Lessa. Desse modo os nomes Marica Lessa e Guidinha do Poço são hoje indissociáveis na memória social de Quixeramobim, num entrelaçamento perfeito entre ficção e história, embora não esqueçamos o alerta do escritor Milan Kundera: o romance não tem compromisso com a realidade. Nesse sentido outra lenda que muito se divulgou e que ainda hoje encontra eco foi que Marica Lessa teria mandado construir – destinando a maior parte dos recursos – o prédio de Câmara e Cadeia e teria sido ela a primeira prisioneira do recinto. Esse fato é refutado por quase todos os historiadores que consultei, mas lembro de vovô me contá-lo como verdade absoluta."
"É um romance modelar do realismo
brasileiro. Compromissado com a realidade, ele mostra uma história que
realmente aconteceu, mudando os nomes dos personagens e acrescentando alguns
detalhes ficcionais e ilustrativos. Depois há a coragem do autor em introduzir
na sua linguagem o rico latifúndio linguístico regional. O falar da região
aparece como forma de trazer não só o homem mas principalmente sua fala para
dentro do enredo. Além disso há outra realidade cruciante no romance, que ainda
hoje se faz presente na região do semiárido nordestino que é a seca."
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...O que restou da Casa Grande de dona Marica Lessa
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Atualmente a outrora Casa Grande de dona Marica Lessa guarda apenas resquícios do que foi no passado o casarão dos Lessa na vila da Canafístula Velha... Apenas tijolos e pedaços pequenos de porcelana denotam a memória e a história da sertaneja... além dos tanques onde os serviçais da fazenda utilizavam para o curtume. Mesmo em tempos de chuva percebe-se o clima árido sertanejo com a vegetação rala mas viçosa da caatinga nordestina. Ali nasceu, viveu e saiu para morrer Marica Lessa.
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"Crime consumado, o Cel. Miguel Alves de Melo Câmara, delegado da cidade foi até a Canafístula e acabou prendendo dona Marica, que ao lado de seu amante senhorinho, chegariam a cadeia pública no final da tarde, há quem diga que dona Marica Lessa foi uma das principais colaboradoras na construção da cadeia; sendo depois uma de suas prisioneiras ao lado do amante e de Corumbé, o executor; era o dia 21 de setembro de 1853. "Processados, eles foram pronunciados no dia 28 de outubro daquele mesmo ano e no dia 8 de novembro, eles davam entrada na cadeia pública de Fortaleza." Marica Lessa aos 52 anos seria condenada a 30 anos de prisão em julgamento de outubro de 1855 ; já senhorinho Antônio da Silva Pereira já havia sido condenado a 4 anos de prisão em 19 de abril do mesmo ano, já o executor Corumbá foi julgado em 1864 sendo condenado e tendo sua perpetua no presídio de Fernando de Noronha. "Acredita-se que tanto Marica Lessa quanto senhorinho, foram defendidos pelos melhores profissionais da época. Logo após o crime , ela foi se desfazendo de suas propriedades para arcar com as despesas de advogados e outros gastos com a justiça, e em pouco tempo nada mais restava do que herdara de seu pai. Logo após o julgamento teve uma grande decepção, pois o senhorinho Antônio da Silva Pereira, conseguiu da justiça imperial, o direito de cumprir sua pena na prisão de Belém, no Pará. Maria Lessa sempre se disse inocente, e ao ser solta, semi enlouquecida e sem recursos, perambulou pelas ruas de Fortaleza até morrer como indigente."
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Escola Damião Carneiro recebe Diploma em memória de Marica Lessa
Coronel Marcel Leal e o presente ao Cantinho da Leitura
Diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline
Célia Maria, Ângelo Osmiro e Quirino Silva
Aderbal Nogueira
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Um dos momentos importantes da manhã Cariri Cangaço foi a entrega do Diploma de reconhecimento à Personagem de dona Marica Lessa; a Guidinha do Poço ; por parte do Conselho Alcino Alves Costa às mãos da diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline.
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Poeta Paulo de Tarso e o lançamento do cordel Marica Lessa
Ao final da manhã o publico presente acompanhou o lançamento do cordel "Dona Marica Lessa" do poeta cordelista Paulo de Tarso - O Poeta de Tauá, que apresentou outros de seus festejados trabalhos, sempre destacando e resgatando a força da cultura nordestina e sertaneja. A escola Damião Carneiro ainda haveria de proporcionar uma "merenda sertaneja" a todos os convidados do Cariri Cangaço presentes à Canafístula de Quixeramobim.o
Padre Agostinho e as bençãos ao Cariri Cangaço Quixeramobim
Maria Oliveira, Rai Arts, Manoel Severo, Rose, Belarmino e Zélia:
Caravana de Poço Redondo
Professor Ciro Barbosa, Pedro Igor, Manoel Severo, Pedro Victor,
Carlos Alberto Carneiro e Professora Goreth Pimentel
Aílton Siqueira e Pedro Victor
Segundo Dia de Cariri Cangaço Quixeramobim
Escola Damião Carneiro , Canafístula; Quixeramobim-Ceara
9 horas do dia 25 de Maio de 2019
Fotos de Louro Teles e Ingrid Rebouças