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O Sertão de Marica Lessa no Segundo dia de Cariri Cangaço Quixeramobim

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O segundo dia de Cariri Cangaço Quixeramobim 2019 marcou a visita da caravana de pesquisadores ao "Sertão de dona Marica Lessa". A região da Canafístula; cerca de 22 quilômetros do centro , na rodovia que liga Quixeramobim ao município de Madalena; nos esperava por volta das nove e meia da manhã e um sertão alegre, ainda com as chuvas do final de maio, proporcionava um cenário deslumbrante da zona rural de Quixeramobim. Era o dia 25 de maio quando a caravana Cariri Cangaço chegou a Escola de Ensino Fundamental Damião Carneiro.
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Aílton Siqueira, Manoel Severo, Pedro Victor, Diretora Jacqueline e Pedro Igor: Escola Damião Carneiro recebe Cariri Cangaço Quixeramobim
 Professores, alunos e pais recepcionam o Cariri Cangaço
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A surpresa foi geral quando ao desembarcarmos dos ônibus fomos recebidos por toda a comunidade escolar da Canafístula; a diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline, os professores e principalmente as crianças e seus pais, aguardavam o Cariri Cangaço para uma grande celebração das coisas e memórias do sertão. A mesa foi formada pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, pelo presidente da Comissão Local, poeta Bruno Paulino, pelo secretário de cultura de Exu, Conselheiro Rodrigo Honorato, pela diretora da escola, professora Jacqueline  e pelos conferencistas, Carlos Alberto Silva de Natal e Carlos Alberto Carneiro, de Quixeramobim.
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 Carlos Alberto Silva, Rodrigo Honorato, Bruno Paulino, Manoel Severo, 
Carlos Alberto Carneiro e Diretora Jacqueline
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A manhã de Cariri Cangaço na terra da Marica Lessa iniciou com a apresentação dentro do painel "Ciclo do Gado" do cordel "O Rabicho da Geralda" pela artista mirim, Francine Maria. O Rabicho da Geralda, foi coletado pelo romancista José de Alencar e publicado em 1874 no jornal Globo do Rio de Janeiro, e posteriormente, na presente versão, por Silvio Romero em Contos Populares do Brasil, em 1954.
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"Preciso confessar uma coisa, colocamos a Francine na programação e só lembrei de passar o Rabicho da Geralda para que pudesse decorar há uma semana do evento e qual não foi minha surpresa em ver que Francine não só decorou como encantou a todos, realmente um momento espetacular" revela Manoel Severo. Já Bruno Paulino "O Rabicho da Geralda é sensacional, inaugura de forma magistral esse festejado ciclo do gado e o mais legal é que a narração do romance se dá a partir do próprio boi, isso é muito legal". 
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Francine Maria e o "Rabicho da Geralda"
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"Um dos aspectos mais característicos do romantismo foi a valorização da cultura popular, que motivou escritores de diferentes países a compilar fábulas, contos e poemas transmitidos através dos tempos pela tradição oral. No Brasil, esse interesse deu lugar a uma importante pesquisa de José de Alencar sobre o cancioneiro popular cearense, romanticamente interpretado como uma espécie de repositório da nacionalidade: “É na trovas populares”, diz ele, “que sente-se mais viva a ingênua alma de uma nação”.1 Redigido na forma de quatro cartas enviadas a Joaquim Serra, esse estudo foi publicado no jornal O globo nos dias 7, 9, 10 e 17 de dezembro de 1874, e posteriormente editado nas Obras completas do romancista organizada por Afrânio Coutinho para a Editora Aguilar, onde aparece com o título de O nosso cancioneiro. Nas cartas, José de Alencar examina as cantigas populares do Ceará, detendo-se sobre dois poemas dedicados ao que Câmara Cascudo chamou de “ciclo do gado”.2 Com o auxílio de Capistrano de Abreu, na época um jovem de 21 anos de idade, Alencar obteve uma lição da cantiga d’O Rabicho da Geralda, e confrontando-a com as quatro versões incompletas e truncadas que já possuía, lançou-se ao trabalho de reconstituí-la. É a versão restaurada dessa cantiga que, juntamente do Boi Espácio, absorve suas considerações sobre o cancioneiro cearense.
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Carlos Alberto Carneiro, Francine Maria e seu presente: 
A obra do escritor Marum Simão
Múcio Procópio
Pedro Lucas Feitosa, Suely e Cecília do Acordeon
Poeta e escritor Elton da Nana e a pequena Bibi
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Ali, no pátio espetacularmente decorado pelos professores e alunos, aconteceram as tres primeiras conferências da manhã, todas tendo como personagem principal a figura mítica e controversa da sertaneja Marica Lessa, ou; Maria Francisca de Paula Lessa; acusada de tramar o assassinato de seu marido e imortalizada a partir o romance ficcional do grande cearense Oliveira Paiva, "Dona Guidinha do Poço".
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Mas quem é Marica Lessa ?
A menina Maria Francisca, nasceu em janeiro de 1804, unica filha mulher do casal Francisca Maria de Paula e do Capitão-Mor José dos Santos Lessa. Com uma infância normal por entre a sociedade rural da época, costumava brincar e se sobressair entre os quatro irmãos homens e tinha sua vida juvenil entre a fazenda de seu rico pai e a vila de Quixeramobim. Por seu comportamento e personalidade forte, era muitas vezes considerada muito "avançada"para uma moça de sua época. em 1827 a jovem Marica, então com 23 anos seria desposada pelo pernambucano Domingos Victor de Abreu e Vasconcelos. Como dizíamos no inicio e segundo relatos a jovem Marica Lessa possuía uma personalidade muito forte e naturalmente acabaria se tornando o homem da casa, diante do papel de figurante do esposo Domingos Vasconcelos que apesar disso acabaria sendo o sucessor do sogro, Capitão-Mor José dos Santos Lessa "na vida pública de Quixeramobim como Juiz de paz, vereador, presidente da câmara, suplente de juiz municipal, coronel da guarda nacional, quando se encontrava ausente o presidente local, Cônego Antônio Pinto de Mendonça." como ressalta Jaqueline Cordeiro.o
Voltemos no tempo e ao casamento que aparentemente corria sob as bençãos dos céus... Vamos recorrer ao texto de Jaqueline Cordeiro: "Aconteceu que, após muitos anos de casados, um dia apareceu na fazenda um sobrinho do esposo; senhorinho Antônio da Silva Pereira; foragido da justiça de sua terra, onde fora denunciado como cúmplice da morte de seu padrasto. O tio o acolheu em sua casa, deu-lhe todo apoio e através da política, procurou livrá-lo do processo." Na verdade enquanto se esquivava da justiça,  senhorinho acabou se fixando em Quixeramobim e assumiu o labor de comerciante para depois fixar-se em uma das fazendas do tio. O fato é que o mesmo acabou sendo absolvido pela justiça e por consequência houve grande celebração por parte da família, principalmente por parte da "tia afim" Marica que naquela época que se mostrava muito interessada em tudo que dissesse respeito ao sobrinho do marido...
Continua...
Carlos Alberto Silva, de Natal-RN
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Manoel Severo apresentou as boas vindas a todos que lotavam o pátio da escola Damião Carneiro e disse da grande emoção do Cariri Cangaço em ser "recepcionado com tanto carinho pela comunidade escolar da Canafístula" para logo em seguida passar a palavra para o primeiro conferencista da manha, pesquisador Carlos Alberto Silva, de Natal, que em sua apresentação traçou o perfil do sertão nordestino desde a época da colônia, passando pelo ciclo do gado e chegando até o século XIX, ambiente berço tanto de Antonio Conselheiro como de dona Marica Lessa, numa contextualização preciosa para entendermos os acontecimentos e suas repercussões de forma mais lúcida.
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Rodrigo Honorato, Bruno Paulino, Manoel Severo e Carlos Alberto Carneiro
Bruno Paulino, Manoel Severo e Carlos Alberto Carneiro

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O segundo conferencista da manhã foi o pesquisador Carlos Alberto Carneiro, de Quixeramobim, mas radicado em Fortaleza. Como ele mesmo se intitula, "pesquisador de Marica Lessa", Carlos Alberto Carneiro apresentou a biografia e os principais episódios da vida da sertaneja da Canafístula e o resultado de sua pesquisa ampla nos periódicos da época, nos cartórios e no arquivo público de Fortaleza e comenta: "Toda a documentação estava em sacos que são usados para cereais e haviam muitos e muitos, mas venho me dedicando a essa pesquisa e ainda não acabei de analisar em sua totalidade os documentos referentes a Quixeramobim". Carlos Alberto Carneiro apresentou ainda na mesma manhã uma exposição de fotografias importantes ligadas a região e à personagem.
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"Quando o sobrinho do marido; Senhorinho;  possuía a casa comercial na vila, Marica Lessa tornou-se sua principal freguesa, depois quando o rapaz se interessou pela filha do juiz, ela não gostou, e através de críticas ferozes, procurou desfazer o namoro. Convidava-o frequentemente para passeios, festas nas fazendas vizinhas e outros eventos, com a finalidade de tê-lo sempre ao seu lado. Em pouco tempo o pessoal da fazenda passou a fazer comentários maldosos, mas o jovem não dava mais atenção ao tio que lhe dera a mão. Este, assistia a tudo impassível e parecia não acreditar no romance da esposa com o sobrinho. Só veio a ter certeza quando um dia no campo, viu e ouviu um grupo comentando sobre o caso à beira de uma cacimba. Foi a certeza do fato, e tão fraco era Domingos, que pensou em suicídio em vez de reagir forte e decidido contra os adúlteros. Teve porem, mais tarde, a altivez de expulsar o sobrinho de casa."
A Fazenda já não era um ambiente harmonioso, Marica Lessa parecia não temer o conhecimento de todos sobre o caso com o sobrinho do Marido ou mesmo a humilhação a esse submetido. O Cel. Domingos Victor, acabou a Fortaleza se dá com seu chefe politico Senador Thomaz Pompeu de Souza Brasil, queria proteção para sua vida diante do quadro que se desenhava em Quixeramobim. No retorno fixou residencia na cidade não mais voltando para a fazenda." 
"Enquanto isso, Marica Lessa planejava uma maneira de matar o marido, seu primeiro pensamento foi contratar os serviços de um protegido seu acusado de matar a esposa por ciúmes, expôs seu plano ao criminoso e entregou-lhe um punhal que foi de seu avô, o assassino prometeu executar o plano, mas fraquejou, pois o Cel. Domingos Victor jamais havia lhe feito mal algum, devolveu então, o punhal e o dinheiro a Marica Lessa. Marica tinha fama de caridosa e benfeitora, e assim, tinha na sua fazenda um retirante da seca de 1845, de nome Antônio Silveira da Natividade, que se tornou seu amigo e compadre. Vendo-a enfurecida com o fracasso do primeiro mandante, este se ofereceu para executar o plano, porém, não iria fazê-lo pessoalmente, mandou então, Marica chamar um escravo conhecido por Corumbé, que aceitou a missão. Seguiram os dois a cavalo para a vila, ficando Antônio Silveira na casa de uma protegida de Marica, enquanto Corumbé seguiu para a casa do Cel. Domingos Victor, que estava na sala, diante de um espelho aparando a barba, ao vê-lo, vira-se o Coronel para guardar a tesoura na gaveta quando Corumbé o apunhala pelas costas. Tendo morte quase imediata, teve ainda tempo de gritar para a cozinheira da casa, apavorada, esta grita por socorro, logo aparecendo várias pessoas, inclusive o vigário, que retirou o punhal da vítima e o ouviu dizer o nome de seu homicida, antes de morrer.
Não foi difícil prender Corumbé, que todo vestido com roupa de couro, tinha dificuldade para se locomover, e preso, logo confessou o crime, dizendo que Marica Lessa havia sido a mandante. Quando a notícia de sua prisão se espalhou pela cidade, Silveira tratou logo de fugir e nunca mais foi encontrado pela polícia. O sepultamento do Cel. Domingos Victor foi realizado naquele mesmo dia, 20 de setembro de 1853, uma terça-feira."Continua...
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Bruno Paulino
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O poeta e escritor Bruno Paulino foi o terceiro conferencista deste segundo dia de Cariri Cangaço, em sua apresentação Bruno Paulino comentou de sua profunda afinidade com a personagem de Marica Lessa, "quando era criança meu avô Luis Paulino foi quem primeiro me contou sobre “a história da mulher que mandou matar o marido” como ficou conhecida no imaginário dos rincões de Quixeramobim a tragédia greco-sertaneja ocorrida em 1853 envolvendo a matriarca e eterna personagem do sertão Maria Francisca de Paula Lessa e seu marido o cel. Victor de Abreu Vasconcelos. O coronel fora a assinado em seu lar, pelo escravo Corumbé, supostamente a mando de Marica Lessa."
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Rodrigo Honorato, Bruno Paulino e Manoel Severo
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Bruno Paulino apresentou uma reflexão sobre a obra do grande romancista cearense Manuel de Oliveira Paula, Dona Guidinha do Poço , "O historiador Ismael Pordeus, natural de Quixeramobim, trouxe a luz em 1961, o festejado estudo À margem de Dona Guidinha do Poço: história romanceada, história documentada, em que comprovava que a ficção de Oliveira Paiva teria sido inspirada no caso real de Marica Lessa. Desse modo os nomes Marica Lessa e Guidinha do Poço são hoje indissociáveis na memória social de Quixeramobim, num entrelaçamento perfeito entre ficção e história, embora não esqueçamos o alerta do escritor Milan Kundera: o romance não tem compromisso com a realidade. Nesse sentido outra lenda que muito se divulgou e que ainda hoje encontra eco foi que Marica Lessa teria mandado construir – destinando a maior parte dos recursos – o prédio de Câmara e Cadeia e teria sido ela a primeira prisioneira do recinto. Esse fato é refutado por quase todos os historiadores que consultei, mas lembro de vovô me contá-lo como verdade absoluta."

"É um romance modelar do realismo brasileiro. Compromissado com a realidade, ele mostra uma história que realmente aconteceu, mudando os nomes dos personagens e acrescentando alguns detalhes ficcionais e ilustrativos. Depois há a coragem do autor em introduzir na sua linguagem o rico latifúndio linguístico regional. O falar da região aparece como forma de trazer não só o homem mas principalmente sua fala para dentro do enredo. Além disso há outra realidade cruciante no romance, que ainda hoje se faz presente na região do semiárido nordestino que é a seca."
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...O que restou da Casa Grande de dona Marica Lessa
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Atualmente a outrora Casa Grande de dona Marica Lessa guarda apenas resquícios do que foi no passado o casarão dos Lessa na vila da Canafístula Velha... Apenas tijolos e pedaços pequenos de porcelana denotam a memória e a história da sertaneja... além dos tanques onde os serviçais da fazenda utilizavam para o curtume. Mesmo em tempos de chuva percebe-se o clima árido sertanejo com a vegetação rala mas viçosa da caatinga nordestina. Ali nasceu, viveu e saiu para morrer Marica Lessa.
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"Crime consumado, o Cel. Miguel Alves de Melo Câmara, delegado da cidade foi até a Canafístula e acabou prendendo dona Marica, que ao lado de seu amante senhorinho, chegariam a cadeia pública no final da tarde, há quem diga que dona Marica Lessa foi uma das principais colaboradoras na construção da cadeia; sendo depois uma de suas prisioneiras ao lado do amante e de Corumbé, o executor; era o dia 21 de  setembro de 1853. "Processados, eles foram pronunciados no dia 28 de outubro daquele mesmo ano e no dia 8 de novembro, eles davam entrada na cadeia pública de Fortaleza." Marica Lessa aos 52 anos seria condenada a 30 anos de prisão em julgamento de outubro de 1855 ; já senhorinho Antônio da Silva Pereira  havia sido condenado a 4 anos de prisão em 19 de abril do mesmo ano, já o executor Corumbá foi julgado em 1864 sendo condenado e tendo sua perpetua no presídio de Fernando de Noronha. "Acredita-se que tanto Marica Lessa quanto senhorinho, foram defendidos pelos melhores profissionais da época. Logo após o crime , ela foi se desfazendo de suas propriedades para arcar com as despesas de advogados e outros gastos com a justiça, e em pouco tempo nada mais restava do que herdara de seu pai. Logo após o julgamento teve uma grande decepção, pois o senhorinho Antônio da Silva Pereira, conseguiu da justiça imperial, o direito de cumprir sua pena na prisão de Belém, no Pará. Maria Lessa sempre se disse inocente, e ao ser solta, semi enlouquecida e sem recursos, perambulou pelas ruas de Fortaleza até morrer como indigente."
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Escola Damião Carneiro recebe Diploma em memória de Marica Lessa
Coronel Marcel Leal e o presente ao Cantinho da Leitura
Diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline
Célia Maria, Ângelo Osmiro e Quirino Silva
Aderbal Nogueira
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Um dos momentos importantes da manhã Cariri Cangaço foi a entrega do Diploma de reconhecimento à Personagem de dona Marica Lessa; a Guidinha do Poço ; por parte do Conselho Alcino Alves Costa às mãos da diretora da Escola Damião Carneiro, professora Jacqueline.  
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 Poeta Paulo de Tarso e o lançamento do cordel Marica Lessa
Paulo de Tarso e Manoel Severo
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Ao final da manhã o publico presente acompanhou o lançamento do cordel "Dona Marica Lessa" do poeta cordelista Paulo de Tarso - O Poeta de Tauá, que apresentou outros de seus festejados trabalhos, sempre destacando e resgatando a força da cultura nordestina e sertaneja. A  escola Damião Carneiro ainda haveria de proporcionar uma "merenda sertaneja" a todos os convidados do Cariri Cangaço presentes à Canafístula de Quixeramobim.
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Louro Teles e Heldemar Garcia
Lisbela Pandini
Padre Agostinho e as bençãos ao Cariri Cangaço Quixeramobim
Maria Oliveira, Rai Arts, Manoel Severo, Rose, Belarmino e Zélia: 
Caravana de Poço Redondo
Professor Ciro Barbosa, Pedro Igor, Manoel Severo, Pedro Victor, 
Carlos Alberto Carneiro e Professora Goreth Pimentel
Aílton Siqueira e Pedro Victor
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Segundo Dia de Cariri Cangaço Quixeramobim
Escola Damião Carneiro , Canafístula; Quixeramobim-Ceara
9 horas do dia 25 de Maio de 2019
Fotos de Louro Teles e Ingrid Rebouças

Abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim 2019

Abertura do Cariri Cangaço em Quixeramobim 
SerTão Tv - You Tube

Festa do Cariri Cangaço em Quixeramobim 2019 !

Festa do Cariri Cangaço em Quixeramobim
O Memorial Antonio Conselheiro no centro da cidade de Quixeramobim acolheu a solenidade de abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim; 23ª edição da marca Cariri Cangaço; na tarde-noite deste ultimo dia 24 de maio de 2019, sexta-feira. Toda a programação solene de abertura teve como homenageado o mais ilustre filho da cidade: Antônio Vicente Mendes Maciel - O Conselheiro. 

Abertura do Cariri Cangaço em QuixeramobimSerTão Tv - You Tube

A tarde-noite também celebrou o Decreto do Congresso Nacional que instituiu o nome de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves em Brasilia, Distrito Federal.
Manoel Severo, Everardo Junior, Jose Wilson Paulino e Gleydison Araujo
A solenidade de abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim 2019 teve seu inicio com Sessão Solene Extraordinária da Câmara Municipal de Quixeramobim quando foi outorgado o Título de Cidadão Honorário de Quixeramobim ao curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa. A sessão foi presidida pelo vereador Everardo Junior e na oportunidade a justificativa da proposição coube ao vereador José Wilson Paulino, proponente do Projeto Legislativo, já a apresentação do homenageado coube ao jornalista e marqueteiro Heldemar Garcia.
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Manoel Severo Barbosa e Vereador José Wilson Paulino
Vereador José Wilson Paulino proponente do Decreto Legislativo que concedeu o Título de Cidadão Honorário de Quixeramobim a Manoel Severo Barbosa
Jornalista Heldemar Garcia
"Hoje trago a emoção não apenas de minha pessoa, mas de toda minha família, que tem origens aqui em Quixeramobim, para mim receber o Título de Cidadão Honorário é uma honra sem tamanho" Revela Manoel Severo Barbosa.
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Na oportunidade o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa;  em momento de muita emoção; passou às mãos de representantes da escola José Mario Barbosa; nome de seu pai, deputado que por muito tempo representou Quixeramobim na Assembléia Legislativa; um quadro com a imagem do deputado José Mario, para que fosse afixado nas dependências da escola. 
Manoel Severo Barbosa;  em momento de muita emoção; passou às mãos de representantes da escola , quadro com a foto de seu pai,
deputado José Mario Barbosa
"Fazia muito tempo que gostaríamos de ter a fotografia do deputado José Mario em nossa escola que leva o nome dele no bairro Jaime Lopes, e hoje concretizamos esse sonho" fala a diretora Marilene Paulino Ribeiro Bezerra , da escola José Mario Barbosa. A Escola José Mario Barbosa de Quixeramobim acabou de ganhar o Prêmio Escola Nota 10 eleita pelo Governo do Estado do Ceará.
Manoel Severo Barbosa passa às mãos da Diretora Marilene Bezerra o quadro com a foto do deputado José Mario Barbosa
Em cerimonial conduzido por Aílton Siqueira e com a Mesa Solene formada pelo representante do Prefeito Municipal, senhor Secretário de Cultura Gleydison Araujo, pela Chefe de Gabinete Guida Pimenta, pelos vereadores, Everardo Junior e José Wilson Paulino, além do Presidente da Comissão Organizadora Local do Cariri Cangaço, Bruno Paulino , Terezinha Oliveira, presidente da AquiLetras, Everardo Nascimento do IPHANAC, Amanda Magalhães da Fundação Canudos, Professor Pereira representando a SBEC, Ângelo Osmiro representando o GECC, Elane Marques representando o Conselho Alcino Alves Costa e Rodrigo Honorato, secretário de cultura de Exu a solenidade seguiu com diversas homenagens a instituições e personalidades locais de destaque no campo das artes, cultura e educação.  
 Manoel Severo e Everardo Junior
Professor Pereira, Bruno Paulino, Amanda Magalhães e Rodrigo Honorato
Manoel Severo e Linda Lemos
Rodrigo Honorato e Elane Marques
Professor Pereira e Ângelo Osmiro
Guida Pimentel
O Conselheiro Cariri Cangaço, escritor Ângelo Osmiro 
fez a Apresentação do Cariri Cangaço
O Conselheiro Cariri Cangaço, escritor Ângelo Osmiro, presidente do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e vice-presidente da Sociedade Cearense de Geografia e História na apresentação do Cariri Cangaço lembrou também o grande pesquisador Paulo Gastão, fundador da SBEC:"Hoje Iniciamos aqui em Quixeramobim o ano de nosso aniversário. São 10 anos percorrendo as trilhas maravilhosas de nosso sertão: da Bahia a Pernambuco, do Ceará a Paraíba; das ribeiras do São Francisco de Sergipe e Alagoas. Nada mais emblemático do que começar nossa grande festa de aniversário no berço de um dos maiores mitos do nosso Brasil: Antônio Vicente Mendes Maciel - Antônio Conselheiro.Dessa forma é com muita honra que o Cariri Cangaço desembarca a partir de hoje na querida e tradicional Quixeramobim, no sertão central de nosso estado do Ceará." 

Títulos de Amigo do Cariri Cangaço...
"Costumo dizer que o Cariri Cangaço é uma grande e exitosa construção coletiva, um empreendimento construído por muitas mãos e muitos corações o Cariri Cangaço é mais que um Evento e passou a se consolidar como um Sentimento; e o principal sentimento que norteia o Cariri Cangaço sem dúvidas nenhuma é a Gratidão, dessa forma gostaríamos de homenagear valorosas personalidades de especial destaque no campo das artes, cultura e educação em Quixeramobim" iniciou Manoel Severo Barbosa para convidar os vários Conselheiro do Cariri Cangaço para passar às mãos de várias personalidades o Título de Amigo do Cariri Cangaço.
Jorge Figueiredo entrega Título a Bruno Paulino
Luiz Ruben entrega Título a Pedro Igor Azevedo
Professor Pereira entrega Título a Goreth Pimentel
Manoel Serafim entrega Título a Neto Camorim
Aglézio Brito entrega Título a Antônio Rabelo
Receberam a honraria o presidente e o vice-presidente da Comissão Local Organizadora do Cariri Cangaço Quixeramobim; Bruno Paulino e Pedro Igor Azevedo; respectivamente; a professora e pesquisadora Goreth Pimentel, o professor e pesquisador Neto Camorim e o artesão e designe de jóias, Antônio Rabelo. Os Títulos foram entregues pelos Conselheiros; Professor Pereira, Luiz Ruben Bonfim, Manoel Serafim além dos pesquisadores Jorge Figueiredo e Aglézio Brito.

Títulos de Equipamento Cultural Imprescindível para a perpetuação da Memória e Tradições do Sertão...
Em seguida o curador do Cariri Cangaço convidou as Instituições distinguidas para receber o Título de Equipamento Cultural Imprescindível para a perpetuação da Memória e Tradições do Sertão. Receberam a honraria a Aquiletras -  Academia Quixeramobinense de Letras, Ciências e Artes, representada pela sua presidente; Terezinha Oliveira; o IPHANAC - Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim, representado por Edmilson Nascimento, a Fundação Canudos, representada por Amanda Magalhães e as escolas; Profissional Dr. José Alves da Silveira, representada pela Diretora Irecê Maia e Humberto Bezerra , representada pela diretora Liduina Simão. Os homenageados receberam seus títulos das mãos dos Conselheiros, Elane e Archimedes Marques, Cristina Couto, Wescley Rodrigues, Aderbal Nogueira e Ana Lucia Souza.
Elane e Archimedes Marques entregam Título a Terezinha Oliveira da AquiLetras
Aderbal Nogueira entrega Título a Edmilson Nascimento do IPHANAC
Wescley Rodrigues e Ana Lucia Souza entregam os Títulos a Irecê Maia da Escola Dr José Alves e Liduina Simão da Escola Humberto Bezerra
Cristina Couto entrega Título a Amanda Magalhães da Fundação Canudos
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"Nós da Fundação Canudos ficamos muito honrados em receber este título e reconhecimento pelo trabalho que buscamos desenvolver a cada dia. Enquanto grupo organizado temos um papel fundamental na sociedade. Acreditamos estar no caminho certo", fala Amanda Magalhães, que representou a Fundação Canudos durante o evento.
Conselheiros Cariri Cangaço; Wescley Rodrigues, Ana Lucia Souza, Cristina Couto, Aderbal Nogueira, Elane e Archimedes Marques em Quixeramobim
Personalidade Eterna do Sertão...
Um dos pontos altos foi a outorga por parte do Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço do Título de Personalidade Eterna do Sertão "in memoriam" a Antônio Vicente Mendes Maciel - Antônio Conselheiro, honraria entregue ao IPHANAC - Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim, representado por vários membros da instituição que receberam o título das mãos do Conselheiro Múcio Procópio e da Antropóloga Luitgarde Cavalcanti de Oliveira Barros.
Luitgarde Barros e Mucio Procópio entregam Prêmio a representantes do IPHANAC: Antonio Conselheiro - Personalidade Eterna do Sertão
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Ainda dentro da programação da abertura do Cariri Cangaço foi nomeado mais um Conselheiro da instituição. Tomou posse como o mais novo Conselheiro Cariri Cangaço, o secretário de cultura de Exu, Rodrigo Honorato que passará a tomar assento no Conselho que leva o nome do pesquisador sergipano, Alcino Alves Costa.
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Novo Conselheiro Rodrigo Honorato recebe o Diploma das mãos de Francine Maria
Rodrigo Honorato, Manoel Severo e Elane Marques
Fazem parte do Conselho Consultivo Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço: Napoleão Tavares Neves, Barbalha CE - Juliana Pereira, Quixadá CE - Ivanildo Silveira, Natal RN Ângelo Osmiro, Fortaleza CE - Honório de Medeiros, Natal RN - Narciso Dias, João Pessoa PB Sousa Neto, Barro CE - Gerado Ferraz, Recife PE - Wescley Rodrigues, Sousa PB Ana Lúcia Granja, Petrolina PE - Kiko Monteiro, Lagarto SE - João de Sousa Lima, Paulo Afonso BA - Archimedes Marques, Aracaju SE - Aderbal Nogueira, Fortaleza CE - José Cícero Silva, Aurora CE - Antônio Vilela, Garanhuns PE - Bosco André, Missão Velha CE Múcio Procópio, Natal RN - Kydelmir Dantas , Nova Floresta PB - Cristina Couto, Lavras da Mangabeira CE - Jorge Remígio, Custódia PE - Professor Pereira, Cajazeiras PB Leandro Cardoso, Teresina PI - Luiz Ruben, Paulo Afonso BA, Edvaldo Feitosa, Água Branca AL - Celsinho Rodrigues, Piranhas AL - Manoel Serafim, Floresta PE, Raul Meneleu, Aracaju SE - Júnior Almeida, Capoeiras PE - Elane Marques, Aracaju SE, Rangel Alves da Costa, Poço Redondo SE - Neli Conceição, Belo Horizonte MG - Louro Teles, Calumbi PE - Emmanuel Arruda, João Pessoa PB

Antônio Conselheiro e as lutas de Canudos nos dias atuais...
Durante a construção do Cariri Cangaço Quixeramobim, as instituições promotoras: AQUILetras, Fundação Canudos e Cariri Cangaço, promoveram um grande concurso de redações, envolvendo as escolas do município. Com o tema "Antônio Conselheiro e as lutas de Canudos nos dias atuais". O concurso foi aberto para todos os estudantes do ensino médio da rede pública e privada do município de Quixeramobim com a classificação dos ganhadores estabelecida pela Comissão Organizadora Local com representantes das instituições promotoras e que receberam suas premiações na sequencia da solene abertura do evento em Quixeramobim. 
Fátima Lemos da Academia Maria Ester, Amanda Magalhães da Fundação Canudos, Everardo Junior da Câmara Municipal, Terezinha Oliveira da AquiLetras, Linda Lemos da Academia Juvenal Galeno e Paulo Neves da ACLA.
 Bruno Paulino
"Para nossa grande satisfação e honra, hoje estamos premiando as 10 melhores redações apresentadas e para nossa alegria, temos entre as 10 redações vencedoras, 9 escolas distintas de nossa Quixeramobim, isso é maravilhoso " comenta o presidente da comissão organizadora local, poeta e escritor Bruno Paulino. A premiação recebeu o nome de Marcílio Maciel, em homenagem ao grande pesquisador da cidade de Quixeramobim.
Yarlei Leitão, primeiro lugar do Concurso Literário Cariri Cangaço, é aluno colégio Sensus
Ganhadores do Concurso Literário Cariri Cangaço
Para o vice-presidente da Comissão, Dr Pedro Igor Azevedo, "a repercussão desse concurso foi tão extraordinária que recebemos uma carta de uma mãezinha de um aluno do ensino fundamental; o concurso era para alunos do ensino médio; pedindo para seu filho participar, isso é muito bacana" e Manoel Severo completa, "na noite de hoje já está definido que vamos em parceria com a AquiLetras publicar um livro contendo as redações vencedoras como também os desenhos do meninos e meninas que venceram o concurso de desenho e gravuras".
 Ganhadores do concurso de desenho e gravura Cariri Cangaço
No hall de entrada do Memorial Antonio Conselheiro, os convidados foram recepcionados por uma especial exposição de desenhos e gravuras com a temática de Antônio Conselheiro. O trabalho foi desenvolvido por alunos da Escola Humberto Bezerra, escola essa já homenageada na mesma noite ; e o tres melhores trabalhos receberam também premiações pela organização do Cariri Cangaço Quixeramobim 2019. Os prêmio foram entregues pela Diretora Liduina Simão e pelos professores Bruno Paulino e Goreth Pimentel.
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Luitgarde e Antônio Conselheiro...
O Cariri Cangaço chegou pela primeira vez ao sertão central cearense; em Quixeramobim, berço de Antônio Conselheiro, e celebrando-o pela primeira vez como Herói Nacional a noite de abertura ainda reservava em um momento nobre a Conferência da festejada pesquisadora e escritora, antropóloga Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros da UFRJ e UERJ que apresentou com maestria a Conferência "Igreja e República Frente ao Mundo Beato- O Martírio de Antonio Conselheiro". 
 Luitgarde Barros na Abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim 2019
"Numa região de cultura integrada, como o sertão nordestino, com sua especificidade estrutural, esse contato, quando vivido coerentemente pelo intelectual católico como pelo menos intelectualizado seguidor, desenvolveu, naquele período de profundo abalo das convicções centenárias, um posicionamento muito mais próximo das tendências autonomistas e voltadas para a vida prática da concepção de mundo do catolicismo popular. Essa foi a tendência que galvanizou muitos dos padres ordenados no recém-criado seminário de Fortaleza. Alguns deles, como o Padre Cícero e outros padres sertanejos, haviam sido alcançados pela pregação do conteúdo utópico religioso, isto é, haviam conhecido a potencialidade revolucionária da utopia cristã. Libertada do idealismo teórico, fora traduzida por um pregador que fala a linguagem e sofre o sofrimento de seus seguidores. Esse missionário é o Padre Mestre Ibiapina, ordenado em Olinda sem passar pela formação do seminário." 
 Bruno Paulino, Pedro Igor, Luitgarde Barros, José Wilson e Everardo Junior
Luitgarde Barros e Manoel Severo
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E Luitgarde ainda conclui que não existem apenas traços comuns entre Antônio Conselheiro, de Canudos, Pe. Cícero, de Juazeiro do Norte, e José Lourenço, de Caldeirão, na verdade, existe uma relação orgânica entre esses três personagens da história nordestina pois fazem parte do mesmo movimento social, cuja ideologia e práticas são manifestações históricas do catolicismo popular. O movimento dos beatos entrou em conflito com a sociedade capitalista e, consequentemente, com a alta hierarquia da Igreja Católica que exercia o papel de intelectual orgânico do sistema dominante.
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Ao final do encontro os convidados ainda participaram de apresentação cultural do casal Quirino Silva e Célia Maria.

Noite de Abertura
Cariri Cangaço Quixeramobim
Memorial Antônio Conselheiro , Quixeramobim-Ceara
18 horas do dia 24 de Maio de 2019
Fotos de Louro Teles