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Grande Festa Marca Posse da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço em Aracaju

A noite da última sexta-feira, 13 de março de 2020, marcou a solenidade de posse da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço. A noite solene aconteceu no auditório Padre Melo, campus Farolândia, da UNIT - Universidade Tiradentes em Aracaju, capital sergipana e contou com a presença de representantes  de várias instituições e academias culturais sergipanas, lotando as dependências do auditório numa noite especial para a historiografia do estudo e pesquisa do cangaço. 

Mesa Solene da Posse da ABLAC

Tendo como mestre de cerimônias o acadêmico representante, Rossi Magne, de Propriá, a Mesa Oficial contou dentre outras autoridades com o presidente da ABLAC, Archimedes Marques; do Reitor da UNIT, professor Uchôa de Mendonça; da vice-reitora da UNIT, professora Amélia Uchôa; do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo; do ex-governador Albano Franco; do deputado estadual Inácio de Loiola. 

Hino Nacional e Pavilhão da ABLAC

A ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço foi criada e lançada oficialmente na noite do dia 25 de julho de 2019 durante a Programação Oficial do Cariri Cangaço 10 Anos, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. A ABLAC apresenta como acadêmicos fundadores, representantes de oito estados da federação, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo e Piauí, que tomaram posse de forma coletiva na noite solene. 

Ao todo foram empossados; 46 acadêmicos titulares, 3 honorários, 6 beneméritos e 9 correspondentes; em solenidade de posse e entrega dos fardões, diploma e colar, capitaneados pela secretária da arcádia; escritora Elane Marques. Um a um, os membros titulares; imortais da ABLAC; foram empossados, acompanhados por seus padrinhos, sendo seguidos pelos correspondentes, honorário e beneméritos.

 Secretária Elane Marques realizou a chamada dos Acadêmicos que tomariam posse...
Cadeira número 1 : Archimedes Marques, recebe fardão das mãos de Elane Marques
Cadeira número 2 : José Bezerra Lima Irmão
Cadeira número 3 : Luiz Ruben Bonfim 
Cadeira número 6 : Lourinaldo Teles
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O pesquisador e escritor sergipano Archimedes Marques, primeiro presidente do ilustre sodalício ,em suas palavras de boas vindas e saudações aos presentes, ressaltou os princípios e objetivos da ABLAC, como também a alegria de testemunhar a criação da Academia contando com o apoio das mais destacadas personalidades do estudo da temática.

Para o curador do Cariri Cangaço e imortal da ABLAC, Manoel Severo Barbosa; a "fundação da ABLAC marca um novo momento do estudo e pesquisa sobre o cangaço e temas nordestinos, nesta noite resgatamos e colocamos em seu verdadeiro patamar esse conjunto de importantes temas que consolidam a força da verdadeira alma nordestina. É uma noite de festa em que vemos unidos a SBEC, o Cariri Cangaço e os principais grupos de estudo com um único objetivo, avante".   

Cadeira número 8 : Ana Lúcia Souza
Cadeira número 9 : Euclides Almeida Junior 
Cadeira número 10: Rangel Alves da Costa
Cadeira número 12: Ivanildo Alves Silveira
Cadeira número 14: Severino Neto de Sousa

Para o Imortal Rangel Alves da Costa, da cidade sergipana de Poço Redondo,"nesta noite , durante a cerimônia de posse na Cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, na condição de Membro Efetivo, tendo como Patrono Alcino Alves Costa, vivo mais uma conquista, mais uma vitória na imortalidade das letras, da pesquisa e da história, honrando sempre o nome de Poço Redondo."

Luiz Ruben Bonfim, imortal da cidade de Paulo Afonso, afirma a "felicidade de estar em Aracaju tomando posse na Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço - ABLAC, cadeira numero 3, patrono Ariano Suassuna, juntamente com outros confrades e amigos de todo nordeste que está aqui representam"


Cadeira número 15: Narciso Dias 
Cadeira número 16: Elane Marque
Cadeira número 18: Antônio Vilela de Sousa
Cadeira número 19: Geraldo Ferraz

Discurso de posse
Representando todos os acadêmicos titulares que tomavam posse na noite solene, fez uso da palavra o imortal Geraldo Ferraz, da cidade de Recife, Pernambuco:

"Antes de adentrar na difícil tarefa que me foi definida pelos valorosos companheiros deste novo sodalício, ou seja, ser o orador oficial de tão importante evento, gostaria de agradecer ao Bondoso Deus por este grandioso momento.Para os que ainda não conhecem o que vem a ser uma academia de Letras e Artes digo que se trata de uma instituição de cunho literário e artístico, que reúne um ajuntamento limitado de componentes efetivos, fazendo valer uma tradição iniciada no Século XVII com a Academia Francesa. O termo "academia" remonta à Academia de Platão - escola fundada pelo célebre filósofo grego nos jardins que um dia teriam pertencido ao herói Akademus (de onde vem o nome).  As Academias, caríssimos, constituem-se em importantes espaços para a divulgação da literatura e arte local e reconhecimento dos valores de cada Estado da nossa Federação. Muitas cidades brasileiras, por sua vez, têm na sua Academia o órgão literário máximo, no qual se reúnem os expoentes locais.No princípio eram criadas Academias Literárias. Várias cidades brasileiras, entretanto, não possuindo "literatos" em número suficiente para que viessem a justificar a fundação de um "silogeu", optaram pelas Academias "mistas", ou seja: de "letras e artes".Destarte, por outro lado, certas categorias profissionais ou associativas, reunindo em seu bojo muitos escritores, passaram a criar Academias específicas: médicos, militares, maçons, passaram também a ter "suas" próprias Academias de Letras, nominadas como no caso dos formados em Direito, das chamadas academias "de Letras Jurídicas". Este é o caso que pertine e norteia a criação da nossa tão importante instituição.

Como surgiu a Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço – ABLAC? Nossa Academia nasceu de um sonho do historiador Paulo Medeiros Gastão, tornado realidade pelo seu amigo Archimedes Marques, que apostando e arregimentando uma leva de estudiosos, em 25 de julho de 2019, na cidade do Juazeiro do Norte, Ceará, durante o desenvolvimento do não menos importante evento Cariri Cangaço. Naquela oportunidade, ocorreu à convocação da assembleia de instalação e aqueles que assinaram a ata se firmaram como fundadores da entidade.Era a concretização de um sonho de congregar nomes expressivos que se destacam nas letras e nas artes da temática do Ciclo do Cangaço. A ABLAC é uma associação cultural, sociedade civil sem fins econômicos, pessoa jurídica de direito privado e tempo indeterminado de duração, uma entidade representativa dos escritores, estudiosos, pesquisadores, poetas, músicos, artistas plásticos e das artes cênicas do Brasil, ligados aos temas Cangaço, Messianismo, Misticismo, Sertões e afins.

Nossa associação visa promover o estudo, a pesquisa e a divulgação dos seus propósitos, discutindo e incentivando os escritores e demais artistas nos seus respectivos trabalhos relacionados aos temas centrais da instituição. Dessa forma, busca-se estimular os novos talentos nestas mesmas vertentes, valorizando e preservando as diversas culturas regionais presentes em nosso Brasil, em especial em nosso Nordeste. Buscamos, com isto, caríssimos, preservar o pensamento criativo para um Brasil melhor, que resgate nossas raízes culturais e educativas, base de toda a prosperidade e harmonia de um povo. Neste modesto e rápido discurso de posse, peço licença ao Machado de Assis, e parafraseio sua fala ocorrida quando da sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em 20 de julho de 1897, ao empossar-se Presidente, dizendo que: “...a Academia nasce com a alma nova, naturalmente ambiciosa... Tal obra exige, não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância...Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira”. Longa vida a ABLAC!"

Cadeira número 20: Aderbal Nogueira
 Cadeira número 21: Manoel Severo Barbosa
Cadeira número 22: Oswaldo Abreu 
Cadeira número 23: Gilmar Teixeira Santos

"Emocionei-me no momento da nossa posse,como membro da Cadeira 38, cujo Patrono é o jornalista, escritor, pesquisador do cangaço e folclorista, Leonardo (Leota) Mota. Agradeço a todos os Confrades hoje juntamente conosco foram empossados" enaltece o imortal João Dantas da cidade de Campina Grande, Paraíba. Já o imortal Kiko Monteiro, da cidade Lagarto em Sergipe: "A Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC) reuniu pesquisadores de todo o país neste final de semana em Aracaju. Além da SBEC e do Cariri Cangaço o estudo de um dos capítulos mais sangrentos e complexos da história deste país ganha mais uma importante confraria. É a realização do sonho de um saudoso amigo, o chanceler Paulo Medeiros Gastão. Como vice-presidente o meu muito obrigado a Universidade Tiradentes e ao deputado Estadual Inácio Loyola (AL) por todo apoio a este evento".

Cadeira número 24: Bismarck Oliveira
Cadeira número 25: Dênis Carvalho
Cadeira número 26: Raimundo Marins
Cadeira número 27: Lamartine Lima
Cadeira número 28: Marcos Damasceno
Cadeira número 30: Francisco Pereira Lima 
Cadeira número 32: Pedro Sampaio
Cadeira número 33: Edvaldo Feitosa
Cadeira número 35: Alessandro "Kiko" Monteiro
Cadeira número 36: João Paulo Carvalho
Para o imortal João Paulo Carvalho, da cidade de Dores em Sergipe, "felicidade partilhada com amigos, gratidão e responsabilidade multiplicadas, representar minha cidade na Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço é buscar tecer novos fios que façam inserir as memórias de Nossa Senhora das Dores na rede de memórias que compõem a nordestinidade, como diria o amigo Manoel Severo, o "Brasil de Alma Nordestina" que deve conhecer sua parcela de dorensenidade. Cadeira 36 da ABLAC - Luiz Gonzaga do Nascimento, Gonzagão, o eterno "rei do baião" e ícone da nordestinidade."


Cadeira número 37: Severino Coelho 

Cadeira número 38: João Dantas
Cadeira número 40: João Tavares Calixto Junior
Cadeira número 42: Paulo Britto

Lamartine Lima, imortal da cidade de Salvador ressalta, "essa noite de 13 de março de 2020, a solenidade da fundação oficial da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, no interior da sede da Universidade Tiradentes, em Aracaju, com a presença das maiores autoridades do Estado de Sergipe, foi marcante para a vida cultural do Nordeste e do Brasil, a cerimonia transcorrendo em um clima de harmonia e bom humor sem perder a respeitabilidade do momento histórico, ficando este registro para cumprimentar os organizadores".

Cadeira número 44: Wilson Seraine 
Cadeira número 45: Eduardo Marcelo Rocha
Cadeira número 46: Wescley Rodrigues
Cadeira número 47: João Bosco André

Wilson Seraine, imortal de Teresina, Piauí "recebo com muito orgulho a generosa honraria franqueada pelos confrades da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC). Agora, sou membro dessa Casa que tem sede em Aracaju, capital de Sergipe, e reúne escritores e pesquisadores brasileiros que estudam o movimento cangaço e outras manifestações culturais nordestinas. É uma honra vestir o fardão da ABLAC com o apoio do amigo e escritor pernambucano Antônio Vilela. Ocuparei a cadeira nº 44, que tem como patrono o músico, cantor e compositor maranhense João Batista do Vale. Todos sabem da imensa admiração que tenho por ele. Agradeço, mais uma vez, aos amigos da ABLAC pela oportunidade e os parabenizo também pela bonita solenidade que presenciamos. Nesse momento, reafirmo a missão que tenho de valorizar e preservar as diversas culturas regionais presentes no Brasil, em especial, no Nordeste".
Acadêmicos Correspondentes

 João de Sousa Lima e Gláucia Feitosa
 Célia Maria e Quirino Silva
 Valdir Nogueira e Denis Carvalho
Paulo Britto, Rossi Magne e Elane Marques

Tomaram posse além dos membros efetivos titulares da ABLAC, os acadêmicos beneméritos, entre eles; a Vice-Reitora da Universidade Tiradentes, Amélia Uchôa; o ex-governador Albano Franco;o Conselheiro do Tribunal de Contas Carlos Pina, membro da Academia Sergipana de Letras e o deputado estadual por Alagoas, Inácio Loiola. O título de Acadêmico Benemérito é outorgado a personalidades que prestaram relevantes serviços à instituição. “Essa homenagem foi uma surpresa. Me sinto honrada pelo reconhecimento de um trabalho ainda em vida, apesar de achar que eu não sou tão merecedora”, revelou a vice-reitora da UNIT, Amélia Uchôa.

Acadêmicos Honorários e Beneméritos
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Acadêmico Honorário, Domingos Pascoal de Melo, ao lado do reitor Uchôa de Mendonça, do governador Albano Franco, da vice-reitora Amélia Uchôa 
e do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo
Acadêmico Benemérito Albano Franco ao lado do reitor da UNIT, Uchôa de Mendonça  
Acadêmica Benemérita Amélia Uchôa, ao lado do reitor Uchôa de Mendonça e da Secretaria da ABLAC, Elane Marques
Acadêmicos Beneméritos, Carlos Pinna e Inácio Loiola

"Foi um dia memorável e histórico, e de um grande encontro de pesquisadores e pesquisadoras, escritores e escritoras. A ABLAC proporcionará essa junção de pesquisadores e pesquisadoras, em prol da Cultura e da Literatura brasileiras, em especial, as nordestinas. Gratidão a Deus, pela existência e por ter me permitido estar aqui, aos amigos acadêmicos e acadêmicas, pela união e parceria, e, de forma especial, ao casal protagonista e anfitrião: Archimedes e D. Elane. Este dia marcou minha vida, e a ABLAC será providencial para nós e para a pesquisa dos temas do Brasil rural. Um abraço a todos!" relata o imortal da cidade de Teresina, Marcos Damasceno.

Acompanhe a Solenidade de Posse da ABLAC
Imagens da Laser Video 

Fonte: You Tube Canal: Aderbal Nogueira

Produção: Laser Video


Solenidade de posse da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço. 
UNIT - Universidade Tiradentes, Aracaju-Sergipe
13 de Março de 2020 

Um comentário:

  1. Feliz é o Cariri Cangaço, que parece ter também o dom de projetar pessoas maravilhosas rumo aos bons caminhos da arte e da cultura.

    Feliz é aquele que faz parte dessa FAMÍLIA.

    O nordeste não é mais o mesmo depois que o Cariri Cangaço se aportou nesse pedaço de chão.

    Na verdade, ele já havia nascido. Estava morando um pouco em cada coração do sertão nordestino, aguardando o melhor momento para emergir e tornarmo-nos mais nordestinos ainda.

    Alguém, com muita responsabilidade e esmero, teve a brilhante ideia de formulá-lo e inseri-lo no cotidiano daqueles que se dispuseram a conhecê-lo.

    O nordeste brasileiro é um palco onde ainda hoje ocorrem e ocorreram várias histórias, correntes de pensamentos, ideologias. Teve de tudo, um pouco. Faltava o Cariri Cangaço.

    E ele veio. Nasceu com base forte.

    Pronto!

    Nordeste completo.

    Nordeste repleto.

    Esse evento que é mais que um sentimento, evoluiu de tal modo, quem veio aos poucos ajudando a esmiuçar e desenterrar fatos históricos das mais variadas vertentes e os evidenciando aos quatro ventos. Auxiliou aberturas de oportunidades diversas.

    Sentimo-nos num compêndio de curiosos, escritores, historiadores, pesquisadores e simplesmente apaixonados.

    Ampliou a força para àqueles que pretendiam mostrar os seus trabalhos com palestras e/ou os literários, com dados colhidos em trabalhos de campo, muitas vezes de forma árdua.

    Pois, o campo foi o laboratório utilizado inúmeras e incansáveis vezes.

    O campo foi e ainda é o próprio sertão, a caatinga, o semiárido.

    Corre um sangue diferente nas veias do povo nordestino, sangue esse que os torna forte, que não desiste nunca.

    No Cariri Cangaço, tem o cangaço propriamente dito, tem o coronelismo, messianismo, a religiosidade, a literatura, o cordel, a poesia, a música, as comidas nordestinas, os cantadores, repentistas, as paisagens mais lindas de se vê e as mais belas histórias. E tem também VOCÊ.

    Parabéns, FAMÍLIA CARIRI CANGAÇO!

    Parabéns, MANOEL SEVERO BARBOSA!

    AVANTE, SEMPRE!

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