"Conhecida como figura de destaque do coronelismo, cujo espírito encarnou com a sua armadura de guerreira, Fideralina sempre levou às últimas consequências as vinditas com os seus adversários, ganhando ou perdendo as demandas com as quais se envolveu. Falecida aos 16 de janeiro de 1919, foi casada com o major Ildefonso Correia Lima, e entre os fatos marcantes da sua trajetória podem ser enumerados: a detenção do poder político supremo, em Lavras da Mangabeira, e a derrubada do seu próprio filho, Honório Correia Lima, da chefia da Intendência local.
Senhora de vastos domínios territoriais e de grande vocação para o exercício da política, em Lavras estabeleceu residência em casarão localizado na então Rua Grande, hoje Major Ildefonso, e sua vivenda de campo foi construída no sítio Tatu do mesmo município, ostentando, além da casa-grande, a senzala, a capela e o engenho, símbolos máximos da autonomia do sistema latifundiário. Vastíssima tem sido a crônica histórica a seu respeito, valendo destacar algumas opiniões de abalizados conhecedores da nossa história política, selecionadas entre a complexa bibliografia que regista a sua trajetória. Em torno de sua pessoa disse Antônio Barroso Pontes: “Dona Fideralina, que na sua época dominou toda a região sul do Ceará”. E Joaryvar Macedo: “Mulher forte, Dona Fideralina tornou-se uma das maiores expressões da política cearense do seu tempo". O autor do texto, Dimas Macedo e Cristina Couto, são os convidados de Manoel Severo para esta noite ímpar, sobre uma das mais preciosas personagens do coronelismo sertanejo: Entre Caneta e Bacamarte - A Saga de Fideralina.
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