Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, cearense da cidade de Ipu, um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Com um espetacular tino e talento empreendedor; desde muito cedo mostrou um invulgar talento para os negócios; acabou se tornando um dos maiores visionários e realizadores do sertão, pioneiro no desenvolvimento do Nordeste. Foi mártir da luta contra o imperialismo e de origem absolutamente humilde ; órfão de pai e mãe, ex-vendedor de passagens em trem e acabou fazendo fortuna e construindo um império a partir de seu talento, trabalho e coragem.
Comecemos do começo, Delmiro nasceu em 1863, em Ipu, interior do Ceará, havia perdido om pai quando tinha apenas e acompanhou a mãe migrando para Recife, Pernambuco, quando pouco tempo depois também veio a falecer, a partir dali o jovem e órfão Delmiro com 15 anos iniciava um das mais surpreendentes e espetaculares histórias de vida de todo o nordeste. Depois de um começo onde passou por vários empregos decidiu com uma intuição violente, olhar para o interior, realizando várias viagens acabou despertando para o comércio de peles e couros de bode, cabra, carneiro, com dedicação e ousadia logo se tornaria um "Ás" no mercado de couro na região tornando-se de uma firma americana, passando a exportar seus produtos para Europa e Estados Unidos.
O outrora órfão humilde, nascido no interior do Ceará e vivendo na periferia do Recife, rapidamente deu lugar ao promissor e ousado empresário; jovem, elegante e charmoso que despontava no mundo dos negócios. Em 1899, aos 36 anos, ele inaugura o Mercado do Derby; um complexo de negócios surpreendente para época, com centro comercial, hotel, velódromo e parque de diversões onde poderíamos encontrar desde alimento a artigos de luxo e sofisticados, itens para casa, aparelhos de louça, vestuário, tecidos, calçados, jornais, revistas e livros. O visionário Delmiro Gouveia criava ainda no final do século XIX o que iríamos conviver nos dias de hoje, com muita naturalidade: o shopping center.
Depois de desentendimentos com as elites politicas de Pernambuco, Delmiro testemunhou o incêndio criminoso da pérola da coroa de seus empreendimentos: em 1890 o Mercado do Derby seria a primeira vítima da coragem e destemor de seu criador; sendo incendiado por forças policiais. Três anos depois, o incômodo empresário e líder, Delmiro Gouveia, sai de Pernambuco e se estabelece nas Alagoas, povoado de Pedra.
Em Pedra, o inquieto e destemido empresário Delmiro inicia mais um empreendimento arrebatador; constrói uma fábrica de linhas de costura; as primeira do Brasil; e diante da necessidade de energia, enveredou simultaneamente no ramo hidroelétrico, em 1913 implanta uma usina hidrelétrica próxima à Cachoeira de Paulo Afonso (BA) — e daí sai a energia para a fábrica em Pedra, consolidava-se a surpreendente Usina de Angiquinho.
Delmiro Gouveia inovava em tudo o que se dedicava ; a Fábrica da Pedra chegou a ter cerca de 2.000 funcionários, submetidos a rígida disciplina tanto na fábrica como na vila onde tinham morada. A jornada de 8 horas de trabalho era compensada com educação e creche para os filhos e ampla área de lazer com sessões de cinema, festas e bailes, pista de patinação, campo de futebol e parque de diversões, algo absolutamente impensado para a época.
Ao longo de toda sua vitoriosa carreira empresarial, a partir dos desafios assumidos e vencidos e também em razão de seu forte temperamento arrogante e personalidade difícil, sem falar no caráter excessivamente mulherengo do elegante e charmoso Delmiro, acabaria amealhando inimigos de todos os naipes e tamanhos, desde as mais destacadas autoridades politicas da época até humildes colaboradores de seus empreendimentos; passando por comerciantes, industriais, pela elite rural do começo do século passado na região entre Pernambuco e Alagoas, chegando a capital federal Rio de Janeiro e incomodando até fortes corporações industrias internacionais.
USINA DE ANGIQUINHO
Em um tenebroso final de tarde do ano de 1917, no dia 10 de outubro, era friamente assassinado na varanda de seu Chalé, dando fim a uma das mais extraordinárias sagas que se tem noticia no sertão nordestino. Morria ali, de maneira covarde e infame, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, vítima de suas próprias ambições e
Para conhecermos essa história a fundo, os pormenores da saga vitoriosa, sua vida, suas conquistas, seus amores e dessabores, e principalmente sua trágica morte; as possíveis causas, os suspeitos e a grande rede de insatisfações que cercava Delmiro, o complô, os executores e os possíveis mandantes, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe os pesquisadores e escritores; Gilmar Teixeira, autor do festejado livro "Quem Matou Delmiro Gouveia"; Edvaldo Nascimento, autor de "Delmiro Gouveia e a Educação na Pedra" e o jornalista, historiador, escritor e apresentador de televisão, João Marcos Carvalho; para mais um eletrizante Grandes Encontros Cariri Cangaço com o tema: "Quem Matou Delmiro Gouveia - A Saga do Maior Visionário do Sertão", AO VIVO , nesta quarta-feira, dia 04 de agosto de 2021 as 19h30 no Canal do YouTube do Cariri Cangaço.
Grandes Encontros Cariri Cangaço
"Quem Matou Delmiro Gouveia"
A Saga do Maior Visionário do Sertão
Quarta, dia 04 de Agosto de 2021
Ao vivo - 19h30
Canal do YouTube do Cariri Cangaço
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