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Debates e Visitas no Terceiro dia de Simpósio Cariri Cangaço Serra da Borborema – A Saga de Antônio Silvino

Kydelmir Dantas, Nerizângela, Manoel Severo e Marcelo Litwak

O sábado, dia 29 de abril de 2023, terceiro dia de Simpósio Cariri Cangaço Serra da Borborema – A Saga de Antônio Silvino, e segundo dia de conferências e debates na cidade de Campina Grande, teve como sede o Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba que recebeu no auditório do Centro de Ciências Jurídicas. Novamente a mesa foi conduzida pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo e pelo presidente da Comissão Organizadora, professor Julierme Wanderley.

Capitão Quirino e Célia Maria, Conselheiros Cariri Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço, Kydelmir Dantas e Nerizângela Silva
GPEC no Cariri Cangaço em Campina Grande
Manoel Severo, Fabiana Agra e Julierme Wanderley

A manhã foi inteiramente reservada para a presença feminina no debate. A primeira conferência teve a professora, pesquisadora e escritora Luma Holanda, Conselheira Cariri Cangaço da cidade de João Pessoa, com o tema “Cangaço e Seus Lugares de Memórias” quando a apresentou o resultado de seu trabalho de pesquisa identificando e respaldando cientificamente os principais aspectos e requisitos básicos para a consagração de um lugar de memória.

“Novamente a professora Luma Holanda se destaca e nos apresenta um trabalho primoroso, o resultado de todos os seus esforços ao longo de anos de pesquisa, hoje estão sendo referência e com a ação do Cariri Cangaço, os muitos lugares de memória do sertão e do cangaço, serão consagrados” revela o jornalista Heldemar Garcia, da cidade de Fortaleza.

Pesquisadora Luma Holanda e os "Lugares de Memórias"

A segunda expositora da manhã foi a professora Rafaella Teles de Campina Grande que trouxe um olhar novo e reflexivo sobre a questão de gênero dentro do fenômeno cangaço, a partir da leitura dos ambientes e dos personagens, dos desafios e das sagas individuais de cada menina ou mulher que adentrava o mundo estranho dos cangaceiros, com destaque para algumas das principais protagonista do cangaço lampiônico. “A professora Rafaella Teles foi para mim uma espetacular surpresa nesse Simpósio Cariri Cangaço, porque não é da área da pesquisa do tema e com muita sensibilidade e coerência apresentou um conjunto de reflexões que nos ajudaram e nos provocaram a uma maior compreensão do universo feminino na época do cangaço” revela Catarina Venâncio do GPEC – Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço.

Professora Rafaella Teles, segunda expositora da manhã 
Rafaella Teles trouxe um olhar novo e reflexivo sobre a questão de gênero dentro do fenômeno cangaço, a partir da leitura dos ambientes e desses mesmos personagens 

Seguindo a programação, a pesquisadora Simone Schereiner, de Foz do Iguaçu, apresentou os desafios de sua pesquisa sobre a temática cangaço voltada para a questão da estética. Desde o início do trabalho acadêmico, passando pelo desafio de vencer os preconceitos dentro da academia, as inúmeras visitas ao sertão; vindo do sul do país; as incontáveis horas de conversa e observação até a descoberta da força da estética dentro do cangaço, revelou a determinação e a perseverança na direção de consolidar sua tese. 

Por fim a pesquisadora, escritora, cordelista e multiartista Célia Maria, Conselheira Cariri Cangaço da cidade de João Pessoa, falou da força do cordel dentro da historiografia do cangaço, mostrando os desafios que o gênero enfrenta, na produção e divulgação das obras. “A querida Célia Maria é atualmente a maior cordelista do tema cangaço, no Brasil, um verdadeiro talento e que nos honra com suas obras na manha de hoje e sempre” comemora Kydelmir Dantas.

Simone Schereiner, de Foz do Iguaçu, entre os Conselheiros Cariri Cangaço, 
Professor Francisco Pereira Lima e Joaquim Pereira
Pesquisadora Simone Schereiner, de Foz do Iguaçu, apresentou os desafios de sua pesquisa sobre a temática cangaço voltada para a questão da estética
Palavras do Presidente do GPEC, Conselheiro do Cariri Cangaço, Narciso Dias
 Multiartista Célia Maria, Conselheira Cariri Cangaço da cidade de João Pessoa, falou da força do cordel dentro da historiografia do cangaço
Kydelmir Dantas e Luma Holanda
Joaquim Pereira e Luiz Ferraz Filho
Luma Holanda e Heldemar Garcia
Simone Schereiner
Luma Holanda, Manoel Severo, Rafaella Torres e Marcelo Litwak
Catarina Venâncio, Manoel Severo e Narciso Dias

Seguindo a programação a caravana do Simpósio Cariri Cangaço Serra da Borborema – A Saga de Antônio Silvino, realizou no final da manhã as visitas técnicas ao local onde anteriormente estava a casa da senhora Teodulina Cavalcante, que abrigou Antônio Silvino quando o mesmo deixou o cárcere e em seguida a visita foi ao Cemitério do Monte Santo, onde foi sepultado o corpo do “Rifle de Ouro”, encerrando de maneira espetacular o Simpósio de três dias, preparativo para o grande Cariri Cangaço Serra da Borborema entre os dias 29 e 30 de novembro e 01 de dezembro.

Cemitério do Monte Santo, onde foi sepultado o corpo do “Rifle de Ouro”
João Costa, Manoel Severo, Narciso Dias, Luiz Ferraz Filho
Julierme Wanderley, Marilene Costa, Catarina Venâncio e Luma Holanda
João Costa, Marilene Costa, Snides Caldas, Narciso Dias, Manoel Severo, Luma Holanda, Joaquim Pereira, Célia Maria, Quirino Silva e Luiz Ferraz Filho
Descerramento de Lápide Póstuma marcando o local de sepultamento de Antônio Silvino, iniciativa do pesquisador Julierme Wanderley
Simone Schereiner, Celia Maria, Joaquim Pereira, Tailene Nogueira, Luiz Ferraz Filho, Marcelo Litwak, Joselino, João Costa, Quirino Silva, Julierme Wanderley, Manoel Severo, Wellimar Silva, Luma Holanda e Marilene Costa

Quem conclui é o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo “esse Simpósio promovido pelo Cariri Cangaço e pela Escola de Ensino Fundamental e Médio Poetisa Vicentina Figueiredo Vital do Rego e pelo GPEC; com o importante e vital apoio do Museu de Arte Popular da Paraíba - UEPB, do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba e do Instituto Histórico de Campina Grande - IHGC; voltado para o público acadêmico e secundarista da região da Borborema teve o objetivo de aprofundar as bases de discussão e estudo sobre o Cangaço e um de seus principais protagonistas, pouco estudado; Antônio Silvino. Assim procuramos reunir destacados pesquisadores da temática e convidados especiais, num espetacular esforço preparativo para o Grande evento de novembro. Só temos a agradecer a todos os parceiros, ao nosso querido Julierme Wanderley, um gigante, a toda equipe organizadora e a todos que estiveram conosco, até novembro então”. 

Simpósio Cariri Cangaço Serra da Borborema, aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de abril de 2023 na cidade de Campina Grande na Paraíba.

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