Eu dedico uma atenção especial à contribuição histórica de muitos autores que se debruçam sobre documentos e fatos que compõem a memória histórica de seus municípios de origem ou de adoção. Assim, tenho uma vasta prateleira sobre quase todos os municípios do Ceará. Uns mais alentados, outros mais modestos. Interessante que isto nasceu, até este zelo mais típico de bibliófilo, verificando que as questões de maior interesse em Juazeiro do Norte, frequentemente estão lá, por personagens, fatos, imagens, e acontecimentos de destaque. São particularidades que nos ajudam a compreender esta relação que tanto contribuiu para a realidade desta hegemonia que a terra do Pe. Cicero goza. Destaco nesta lembrança recente Venda grande d´Aurora, de João Tavares Calixto Júnior (Expressão Gráfica e Editora, Fortaleza: 2012, 300p, ilus.). O autor a produziu estilizando-a à maneira de uma cronologia, bem sistematizada, à moda de efemérides contadas desde os primórdios do atual município de Aurora, ainda no alvorecer do século XVIII.
Um primor de trabalho, uma contribuição inestimável que fica para gerações futuras trabalhar em aprofundamentos e complementações com novas fontes. São tão poucas as referências em livro para uma melhor história de Aurora que o autor, ao meu sentimento, abriu enormes espaços para a continuidade destas pesquisas, envolvendo o seu crescimento social, a presença da religião católica, uma vereda para imprensa, etc. No caso de Juazeiro do Norte, a interface se dá, especialmente com a chegada de Floro Bartholomeu da Costa e do conde Adolphe Aquille van den Brule ao município, interessados em prospecção de cobre na região da fazenda Coxá, a sua demarcação e exploração do minério que ali ocorre. Junte-se a isto a participação de líderes políticos do município nos entendimentos para a emancipação e inauguração da vila de Joazeiro. Excelente trabalho que louvo e divulgo.
Outra contribuição importante também foi dada por Elisandro Pereira de Carvalho ao publicar este Araripe: “lugar onde nasce o dia” – 100 anos de gênese documentada, tomo I (1859-1959) (Bureau de Serviços Gráficos: Juazeiro do Norte, 2011, 156p, ilus.). Neste caso, Araripe começa ter a sua história relatada em livros. Tudo o que importa ao conhecimento da história deste município parece ainda jazer em arquivo e velhos documentos do século XIX, em arquivo públicos. Enalteço o incentivo proporcionado pelo prefeito Humberto Germano Correia que compreendeu o alcance da empreitada de Elisandro Carvalho.
Renato Casimiro
colunaderenato.blogspot.com.br
“ENCONTRO COM A ACADEMIA”
ResponderExcluirA Academia Machadense de Letras realizará durante suas reuniões, o “Encontro com a Academia”.
Este acontecimento tem como objetivo, a interação e divulgação das manifestações culturais, através de debates com membros da nossa cidade e região.
Contatos:
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(35) 3295-6106
(35) 8833-9255
Bog da Academia: http://academiamachadense.blogspot.com.br/
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Conheça um pouco sobre a revista que lancei em 2005 contando a história do cinema da nossa cidade (Machado-MG).BRASIL
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