E se o assunto é Cariri Cangaço, esse festival que junta memória e resistência nordestina, ele é presença certa. Não importa se é no Ceará, na Paraíba, na Bahia ou no fim do mundo — lá está ele, firme como mandacaru no lajedo, sempre ao lado da esposa, que é fã de carteirinha de Luiz Gonzaga. Falando no Rei do Baião, foi dele a receita que Kydelmir adotou com gosto: “Cavalo veio gosta de capim novo.” E é assim que ele anda: com alma de menino, brilho nos olhos e um passo leve, como quem descobriu que envelhecer é só um detalhe de fora pra dentro. Por dentro, Kydelmir ainda escuta, A volta da Asa Branca, de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, com o mesmo arrepio da primeira vez.
Eu mesmo, lá de Feira de Santana, peguei essa receita emprestada. E não é que tem dado certo? A gente se alimenta de juventude quando se cerca de arte, de verso, de amizade boa. E nos próximos Cariris da vida, espero de novo cruzar com esse poeta de Nova Floresta — terra de sol, carne de sol e de um sujeito que é, por si só, sol em dia de festa.
Que venha Kydelmir, com suas rimas e causos, pra mais uma roda de conversa, cantoria e abraço. Porque certos encontros, como o cheiro de terra molhada, a gente nunca esquece.
Gilmar Teixeira, Conselheiro Cariri Cangaço
Feira de Santana, BA
2 comentários:
Após esta demonstração de apreço, por parte do Gilmar, gratidão é a palavra que usamos para saudá-lo.
Abraços meu irmão do Cariri Cangaço.
KD
Merecidíssima homenagem!
O Prof. Kildemir é um daqueles que iluminam o ambiente onde estão!👏👏👏
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