Serra Talhada

 Serra Talhada e a Noite de Festa da Abertura do Cariri Cangaço


"Chegamos a Serra Talhada com no mínimo uma década de atraso !" Com essas palavras Manoel Severo Barbosa, curador do Cariri Cangaço deu as boas vindas aos convidados da edição do Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome, na noite do dia 11 de novembro de 2022, nos salões do plenário da Câmara Municipal de Serra Talhada, região do Pajeú pernambucano. Os convidados do Cariri Cangaço foram recepcionados pela Filarmônica Vilabelense.

Tendo como mestre de cerimônia o poeta e escritor Rossi Magne, o presidente da Câmara Municipal, Ronaldo de Dja, presidiu a mesa solene de abertura ao lado de Manoel Severo Barbosa e de Luiz Ferraz Filho, presidente da Comissão Organizadora Local. A mesa foi composta ainda por autoridades e representantes de instituições acadêmicas de toda região, dentre elas a Prefeita em exercício de Floresta, Bia Numeriano, os presidentes da ABLAC, Archimedes Marques; do GECC, Ângelo Osmiro; vice-presidente do GPEC, Bismarck Oliveira; Dierson Ribeiro da Academia Serra Talhadense de Letras; Augusto Martins do IHGP; Erivelton Silva do CEHM; Hesdras Souto do CPDOC; Valdir Nogueira da Associação Pedra do Reino; Allan de Sá da OAB; além de Cilene Pereira representando o distrito de Bom Nome e Jacielma Silva, representante de Calumbi.

Jacielma Silva, Luiz Ferraz, Manoel Severo, Ronaldo de Dja, 
Bia Numeriano e Bismarck Martins
Quirino e Célia Maria: entrada do Estandarte do Cariri Cangaço
Bandeiras de Serra Talhada com a Cangaceira Dorotéia, de Calumbi com Felipe Teles e de Bom Nome com Bruna Vaqueira
Apresentação de Célia Maria e Capitão Quirino
Acolhida aos convidados com o aboio de Bruna Vaqueira de Bom Nome

Tradicionalmente como em edições anteriores, a solenidade contou com a entrada do Estandarte Comemorativo do Cariri Cangaço com o casal Quirino Silva e Célia Maria, em seguida as bandeiras dos municípios de Serra Talhada, Calumbi e do distrito de Bom Nome, de São José de Belmonte foram solenemente a apresentadas aos mais de 400 convidados que lotavam o auditório da Câmara Municipal.

Os Conselheiros Cariri Cangaço; Bismarck Oliveira e Elane Marques; foram responsáveis pela apresentação do Cariri Cangaço aos convidados da noite, com destaque para os expressivos números apresentados pelo empreendimento nesses 13 anos de existência. Bismarck Oliveira lembra,"o Cariri Cangaço atualmente se configura como o maior e mais respeitado fórum de debates e aprofundamento sobre temas ligados ao Cangaço e temáticas capilares ligadas ao fenômeno, como: Messianismo, Coronelismo, Religiosidade, Tradição, Cultura, Musica , Culinária e Estética, unidos a partir de um evento único no Brasil e no mundo que chega hoje a querida Serra Talhada", já Elane Marques ressalta "foram 275 Conferência e Debates, 321 Visitas Técnicas, 81 Lançamentos de Livros, dentre outras realizações, são verdadeiramente números mais que expressivos que mostram o nosso compromisso, enquanto Cariri Cangaço, com o fomento e o resgate de nossa memória e historia, estamos todos de parabéns".

Rossi Magne
Filarmônica Vilabelense
Conselheiro Bismarck Oliveira e a apresentação do Cariri Cangaço
Conselheira Elane Marques e a apresentação do Cariri Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço e presidente da ABLAC, Archimedes Marques

Em suas palavras, o presidente da Comissão Organizadora local, Luiz Ferraz Filho, ressaltou a honra de Serra Talhada esta recebendo pesquisadores de todo o Brasil para a festa do Cariri Cangaço e ressaltou o grande trabalho de toda Comissão; "Valdir Nogueira, Clênio Novaes, Louro Teles, Vilson da Piçarra e Joaquim Pereira, que junto a uma grande equipe de colaboradores tornaram possível a realização deste grande evento", Luiz Ferraz ainda ressaltou "o espetacular trabalho de Cilene Pereira em Bom Nome e de Jacielma Silva ao lado de Louro Teles em Calumbi, coroando a edição do Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome". Em seguida o presidente da Câmara Municipal, vereador Ronaldo de Dja, falou da alegria de receber na casa do povo "um evento com a força e a credibilidade do Cariri Cangaço, reunindo historiadores de 14 estados de todo o Brasil, o que é uma honra".

Mestre Folheteiro Jurivaldo e Filarmonica Vilabelense
Bismarck Oliveira, Erivelton Silva, Valdir Nogueira, Cilene Pereira, 
Hesdras Souto e Allan de Sá
Renato Santana, Augusto Martins, Dierson Ribeiro, Ângelo Osmiro e Archimedes Marques
Luiz Ferraz Filho e as boas vindas aos convidados do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022

"É uma grande honra para Serra Talhada receber o Cariri Cangaço pela primeira vez, agradecemos a toda a Comissão Organizadora e a toda equipe que tornaram possível esse grande evento. Hoje temos em Serra neste Cariri Cangaço quase 300 pesquisadores de 15 estados brasileiros, sejam todos muito bem vindos"

Ronaldo de Dja, presidente da Câmara Municipal
Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço
"Reunir a partir de hoje, alguns dos mais destacados pesquisadores e escritores das coisas de nosso sertão aqui no solo sagrado de Serra Talhada é uma grande honra, esse auditório possui 420 cadeiras e vê-lo totalmente lotado agiganta nossa felicidade e na mesmo dimensão aumenta nossa responsabilidade..."
"Não poderíamos deixar de agradecer e reconhecer o esforço hercúleo de toda essa Comissão que tem a frente o querido irmão Luiz Ferraz Filho; o grande Valdir Nogueira, os amigos queridos Clênio Novas, Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira e meu irmãozinho Louro Teles, sem falar de Joelson e Jacielma em Calumbi e essa gigante Cilene Pereira e todo o pessoal da Napoleão Araújo, em Bom Nome, muito, muito, muito obrigado em nome da enorme família Cariri Cangaço de todo o Brasil por essa grande festa"

Manoel Severo Barbosa curador do Cariri Cangaço deu prosseguimento a solenidade com as homenagens da noite. Em princípio houve a posse de personalidades do universo da pesquisa e estudo do cangaço e do sertão, como novos Conselheiros do Cariri Cangaço. 


Em Serra Talhada tomaram posse no Conselho Alcino Alves Costa; Luiz Ferraz Filho de Serra Talhada, Clênio Novaes de São José de Belmonte, Ana Gleide Leal da cidade de Floresta, Vilson da Piçarra de Brejo Santo, Josué Santana de Saquarema, Zé Tavares de Pombal, Moustafa Veras de Afogados da Ingazeira, Leonardo Gominho de Floresta e Joaquim Pereira de Recife. "Essa noite extraordinária, com esse auditório totalmente lotado marca a chegada de mais 9 novos Conselheiros do Cariri Cangaço, personalidades de destaque em todo o nordeste e que em muito irão engrandecer nosso Conselho Alcino Alves Costa" confirma o Conselheiro Júnior Almeida, da cidade de pernambucana de Capoeiras.

Novos Conselheiros Cariri Cangaço e seus respectivos padrinhos de quem receberam o Diploma e Estola do Conselho:
Joaquim Pereira recebe de Jorge Remígio
Leonardo Gominho recebe de Luiz Ruben
Ana Gleide recebe de Professor Pereira
Josué Macedo recebe de João de Sousa Lima
José Tavares recebe de Carlos Alberto
Clênio Novaes recebe de Junior Almeida
Moustafa Veras recebe de Flávio Motta
Luiz Ferraz Filho recebe de Celsinho Rodrigues
Vilson da Piçarra recebe de Gilmar Teixeira

Luiz Ferraz Filho recebe do Conselheiro Celsinho Rodrigues seu Diploma 
e Estola de Conselheiro Cariri Cangaço
Clênio Novaes recebe do Conselheiro Junior Almeida seu Diploma 
e Estola de Conselheiro Cariri Cangaço
Ana Gleide Leal recebe do Conselheiro Professor Pereira seu Diploma 
e Estola de Conselheira Cariri Cangaço
Joaquim Pereira recebe do Conselheiro Jorge Remígio seu Diploma 
e Estola de Conselheiro Cariri Cangaço
José Tavares recebe do Conselheiro Carlos Alberto seu Diploma 
e Estola de Conselheiro Cariri Cangaço
Moustafá Veras empossado Conselheiro Cariri Cangaço pelo Conselheiro Flávio Motta

Em seguida o próprio Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço concedeu Comendas de Mérito Cultural à prefeitura municipal de Serra Talhada, à Câmara Municipal, à Academia Serra-Talhadense de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú - IHGP, ao Centro de Estudos de História Municipal e à Filarmônica Vilabelense. "Já é praxe nas edições do Cariri Cangaço, prestarmos essa homenagem à instituições de destaque no município e na região e nessa grande festa aqui em Serra Talhada não poderia ser diferente" diz João de Sousa Lima, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Paulo Afonso.

Conselheira Elane Marques entrega Comenda para Prefeitura Municipal de Serra Talhada, representado pelo presidente da Câmara, Ronaldo de Dja

"A noite de hoje reforça o que todos já sabemos e testemunhamos ao longo dos anos, o Cariri Cangaço é sem dúvidas um dos maiores indutores de integração da alma nordestina em nosso país. Hoje esse auditório totalmente lotado com as mais significativas representações não só do sertão pernambucano, mas de todo o Brasil, é uma prova inconteste disso" confirma o Conselheiro Cariri Cangaço, Vilson da Piçarra, de Brejo Santo.

Conselheiro Ivanildo Silveira entrega  Comenda para 
Câmara Municipal de Serra Talhada
Conselheiro João de Sousa Lima entrega Comenda para 
Academia de Letras de Serra Talhada
Conselheiro Louro Teles entrega Comenda para Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú, representado pelo presidente Augusto Martins
Conselheiro Joaquim Pereira  entrega Comenda para Centro de Estudos Municipais, representado por Geraldo Ferraz
Conselheiro Luiz Ferraz Filho entrega Comenda para Filarmônica Vilabelense

Um dos momentos emocionantes da noite foi a homenagem; in memoriam; prestada pelo Cariri Cangaço a três das mais destacadas personalidades do sertão e que possuíam fortes ligações com o Cariri Cangaço: Manoel Serafim, da cidade de Floresta, Mabel Nogueira e Ulisses Flor, do distrito de Nazaré do Pico. "Realmente as homenagens aos queridos Manoel Serafim; nosso Conselheiro; Mabel Nogueira e seu Ulisses; os três que já não se encontram entre nós, nos enche de saudade, pela grande ligação que sempre possuíram com nosso Cariri Cangaço, pelo exemplo de retidão e de pessoas honradas que sempre foram e pelo grande legado que deixaram, uma homenagem mais que justa e que nos honra a todos" revela o Conselheiro Cariri Cangaço Ivanildo Silveira da cidade de Natal.

Prefeita de Floresta, Bia Numeriano entrega a Comenda em memória do grande Nazareno Ulisses flor, a seu filho, Euclides Neto
Amélia Araújo e a homenagem ao inesquecível Manoel Serafim
Zinho Flor e Amélia Araújo; representam o Cariri Cangaço nas 
homenagens a Manoel Serafim e Mabel Nogueira

"Agradecemos a família Cariri Cangaço, na pessoa do Curador Manoel Severo, a homenagem a nossa adorável irmā Mabel Nogueira.Ela que tanto se esforçou para que os nazarenos que combateram Lampião tivesse também seu reconhecimento na história." Marcia Nogueira

Os vultos históricos com ligação com a região também foram homenageados. O grande comandante das tropas volantes, Theophanes Ferraz Torres, recebeu a Comenda de "Personalidade Eterna do Sertão" quando na oportunidade a comenda foi recebida por seu neto, pesquisador e escritor, Conselheiro do Cariri Cangaço, Geraldo Ferraz. Em seguida receberam Comendas; Luiz Andrelino Nogueira representado pelo Conselheiro Cariri Cangaço Valdir Nogueira; Luiz Wilson de Sá Ferraz, representado pelo Conselheiro Cariri Cangaço Joaquim Pereira; recebendo ainda comenda de mérito cultural in memoriam, o grande pesquisador e escritor, um dos políticos mais destacados de Serra Talhada, Luiz Conrado de Lorena e Sá e Manoel Martins, um dos precursores do grupos de xaxado da região.

Luiz Ferraz Filho recebe de Rita Pinheiro a comenda em homenagem a
 Luiz Wilson de Sá Ferraz
Joaquim Pereira recebe de Luiz Ferraz Filho a comenda em homenagem a
 Luiz Conrado de Lorena e Sá
 O grande comandante das tropas volantes, Theophanes Ferraz Torres, recebeu a Comenda de "Personalidade Eterna do Sertão" , na oportunidade a homenagem foi recebida por seu neto, pesquisador e escritor, Conselheiro do Cariri Cangaço, Geraldo Ferraz,
Comenda entregue pelos Conselheiros, Ivanildo Silveira e Professor Pereira.

A noite de abertura do Cariri Cangaço ainda contou com o lançamento de um dos livros mais aguardados do ano. Com a apresentação do autor; pesquisador e escritor, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de São José de Belmonte, Valdir Nogueira; foi lançado em grande estilo  "Lampião e a Aliança de Gonzaga", obra que nos trouxe os pormenores e toda a trama que envolveu o ataque a Belmonte pelo bando de Lampião e o assassinato de Luiz Gonzaga Ferraz, empreendedor e comerciante destacado da cidade, no ano de 1922.


 Pesquisador e escritor, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de São José de Belmonte, Valdir Nogueira; fez o lançado em grande estilo "Lampião e a Aliança de Gonzaga" na noite de Abertura do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022.

O encerramento da solenidade em Serra Talhada marcou também um momento valioso; inaugurado justamente no Pajeú Pernambucano. Foi apresentada solenemente a próxima sede da agenda Cariri Cangaço que acontecerá em março de 2023: Cariri Cangaço Princesa Isabel - Triunfo - Patos de Irerê; em mais uma grande festa da Alma Nordestina, desta vez num consórcio ousado e inédito, reunindo os estados da Paraíba, com Princesa e Patos de Irerê e, Pernambuco com Triunfo.

Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Serra Talhada - Calumbi - Bom Nome
Diretor de Cultura de Princesa Isabel, Lucinaldo Feitosa recebe 
o Estandarte do Cariri Cangaço 2023

Manoel Severo e o Diretor de Cultura de Princesa Isabel e a festa do 
Cariri Cangaço Princesa Isabel - Triunfo - Patos de Irerê 2023

Na oportunidade o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo ao lado da Comissão Organizadora de Serra Talhada passou às mãos do Diretor de Cultura de Princesa Isabel o Estandarte do Cariri Cangaço, que marca oficialmente a próxima edição do evento que acontece em março de 2023 em mais uma extraordinária edição do encontro da Alma Nordestina.

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome................................................................ 11 11 de novembro de 2022 - Noite de Abertura, Câmara Municipal

Créditos da Fotos: Magno Araújo e outros

Uma Noite para não Esquecer : Abertura do Cariri Cangaço em Serra Talhada

Betinho Numeriano, Ana Gleide, Manoel Severo e Bia Numeriano

A noite do último dia 11 de novembro de 2022 marcou a chegada do Cariri Cangaço ao município de Serra Talhada; antiga Vila Bela, berço de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, mas também berço de Sinhô Pereira, Luiz Padre e tantos outros personagens importantes da historia do nordeste. Serra Talhada encravada no maravilhoso e emblemático Pajeú pernambucano; uma área densa e tradicional do estado com seus 8.689,7 km² e formada por 17 municípios e uma população estimada de quase de 350 mil habitantes; recebeu em festa o Brasil de Alma Nordestina para mais uma edição do Cariri Cangaço, a 29ª Edição em 13 anos de existência.

Luiz Ferraz Filho, Bismarck Oliveira, Adriano Carvalho, Luiz Ruben Bonfim, Archimedes Marques, Professor Pereira, Valdir Nogueira e José Bezerra
Mestre Folheteiro Jurivaldo e Rita Pinheiro
Padre Agostinho e Bia Numeriano
Junior Almeida, Zé Bezerra, Geraldo Ferraz, Fagner Lopes, Vilson da Piçarra, 
Otavio Cardoso e Ciço do Pife
Mestre Jurivaldo e Felipe Teles
Gilmar Teixeira
Ivanildo Silveira, Betinho Numeriano, Ana Gleide, Luiz Ferraz Filho e Moustafa Veras
Quirino Silva
Betinho Numeriano, Valdir Nogueira e Ana Gleide
Ivanildo Silveira, Manoel Severo e Fábio Vila
Luiz Ruben Bonfim, Valdir Nogueira, Bruna Vaqueira, Cilene Pereira e Quirino Silva

Costumamos dizer que o Cariri Cangaço é uma construção de muitas mãos e muitos corações. Os propósitos que norteiam nosso empreendimento agrega o que temos de mais precioso: o amor por nosso chão, nossas raízes, por tudo aquilo que nos faz sentir verdadeiramente nordestinos. Em Serra Talhada não foi diferente, sertanejos daqui e de lá, de todas as partes, fizeram de toda agenda do evento; Serra Talhada, Calumbi e Bom Nome; um verdadeiro Território de Grandes Encontros.

A Alma Pernambucana recebe a 
Alma Nordestina do Cariri Cangaço

A cada aperto de mão, a cada abraço, a cada reencontro, a certeza de que estamos no caminho certo, como em Paulo Afonso e Piranhas, novamente pesquisadores, escritores, jornalistas, documentaristas, artistas de todas as artes, professores, estudantes, brasileiros apaixonados por nossa historia e memória, nos davam a certeza de que tudo vale a pena. "Um evento desse aqui em Serra Talhada, Calumbi e Bom  Nome, à exemplo de Paulo Afonso e Piranhas; demanda muito tempo, planejamento, pesquisa, trabalho árduo para proporcionar o melhor. Aqui em Serra começamos a preparar esse Cariri Cangaço há um ano, foram 12 meses de uma gestação prazerosa e que hoje colhemos este espetacular fruto" Confessa Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.

Jorge Remígio, Bismarck Oliveira, Augusto Martins, Archimedes Marques, Ronaldo de Dja, Zenon Pereira, Valdir Nogueira e Adriano Carvalho
Idemberg Sena e João de Sousa Lima
Célia Maria, Jorge Figueiredo e Dorotéia
Manoel Severo e Alysson Frazão
Archimedes Marques, Luiz Ruben Bonfim, Ivanildo Silveira, 
Bismarck Oliveira e Leonardo Gominho
Jacielma Silva e caravana de Calumbi
Felipe e Louro Teles
Fernando Ferraz , Adriano Carvalho e Luiz Gonzaga Ferraz
Dona Lúcia, Padre Agostinho, Augusto Martins, Diana Rodrigues, Louro e Felipe Teles
Poeta Rossi Magne
Idemberg Sena e João Paulo

Contamos com a presença de participantes de 15 estados do Brasil: Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina, mostrando o tamanho do fôlego do Cariri Cangaço, realmente uma iniciativa que mostra a verdadeira essência da integração da pátria sertaneja. "Penso que essa força toda do Cariri Cangaço, por exemplo aqui em Serra reunindo 15 estados do país; é resultado sim, de um grande trabalho em equipe, desenvolvido ao longo dos anos, mas tem um "tempero" especial que  nosso curador, Manoel Severo sempre nos lembra, "O Cariri Cangaço cuida acima de tudo das pessoas" e penso que é isso que o torna diferente e grande, surpreendente" revela Luma Holanda, Conselheira Cariri Cangaço da cidade de João Pessoa.

Junior Almeida, Bismarck Oliveira, Julierme do Nascimento, Adriano Carvalho, José Tavares, Celsinho Rodrigues, Thiago Pereira, Luiz Ferraz Filho e João Costa
Junior Almeida, Adriano Carvalho, Manoel Belarmino e Rose Souza
Vilson da Piçarra e Padre Agostinho
Geraldo Ferraz, Quirino Silva, Ivanildo Silveira, Moustafa Veras e Luiz Ferraz Filho
Jair Tavares e Luiz Antônio
Geraldo Ferraz, Quirino Silva, Ivanildo Silveira e Moustafa Veras
Bismarck Oliveira
Augusto Martins, Junior Almeida, Luiz Ferraz, Luís Bento, Ivanildo Silveira, Ciço do Pife, Klécio Novaes, João de Sousa Lima, Felipe e Louro Teles
Júnior Almeida, Archimedes Marques, Vilson da Piçarra, Zé Bezerra e Ismael Maria
Ivanildo Silveira, Ana Gleide Leal e Padre Agostinho
José Bezerra, Zenon Pereira, Sérgio Wanderley, Joaquim Pereira e Abelardo
Criscélio Carvalho, João Paulo, Ângelo Osmiro, Tomaz Cisne, Luiz Ferraz, Julierme do Nascimento, Luiz Antônio, Jorge Remígio, José Tavares, Ismael Maria e Junior Almeida

"Nessa maravilhosa noite de abertura aqui em Serra Talhada, podíamos mensurar o tamanho do sucesso do evento, não só pelo número de pessoas, mas pelo numero de municípios representados, sinceramente extraordinário. Chegou fulano de tal cidade em tal estado, chegou beltrano de tal cidade de tal estado e isso todo tempo, realmente espetacular" conta Manoel Belarmino, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Poço Redondo.

A força de Calumbi no Cariri Cangaço
Gilmar Teixeira, Ivanildo Silveira e Manoel Severo
Euclides Flor Neto, Archimedes Marques, Adriano Carvalho, Luiz Ferraz Filho, 
Geraldo Ferraz e Joaquim Pereira
Família Numeriano
Ângelo Osmiro, Adriano Carvalho e Bismarck Oliveira
Ivanildo Silveira, Padre Agostinho, Joao de Sousa Lima e Ciço do Pife
Moustafa Veras e Ivanildo Silveira
Moustafá Veras
Ivanildo Silveira e João Paulo
João Paulo, Ezequias, Ângelo Osmiro, Tomaz Cisne, Ivanildo Silveira, 
Clênio Novaes e Criscélio Carvalho
Diana Lopes Rodrigues, Manoel Severo e dona Lúcia
Quirino Silva, Kécia, Luma Holanda, João de Sousa e Telma

Realmente chamou a atenção de todos a grande representatividade de municípios, estados, instituições literárias e de estudos, governos municipais, academias de letras e artes, enfim, prestigiando o fomento ao estudo, pesquisa e aprofundamento da historia do sertão. "O Cariri Cangaço é sem dúvidas uma das mais exitosas, talvez a mais exitosa experiência do gênero. Em seus 13 anos de existência já realizou quase 300 conferencias e debates, quase o mesmo numero de visitas técnicas, quase 90 obras literárias lançadas em seus encontros e esse trabalho todo se traduz em credibilidade, confiança, seriedade. Com certeza isso tudo esta traduzido na grande festa de abertura dessa noite aqui em Serra Talhada" fala Valdir Nogueira, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de São José de Belmonte. 

Adriano Carvalho, Luiz Ruben Bonfim, Archimedes Marques, 
Professor Pereira e Valdir Nogueira
Klécio Novaes, Manoel Severo e Luís Bento
Célia Maria, Diana Rodrigues e Dorotéia
Adriano Carvalho, Ângelo Osmiro, João Paulo e Jorge Figueiredo
Junior Almeida, Luiz Ferraz Filho, Luís Bento, Ivanildo Silveira e Ciço do Pife
Idemberg Sena e Bismarck Oliveira

Pernambuco recebeu de braços e corações abertos o Cariri Cangaço. Anteriormente já havia acontecido edições do Cariri Cangaço nos territórios pernambucanos de Exu, Serrita, Floresta; Nazaré do Pico; e São José de Belmonte, edições marcantes e inesquecíveis que agora com Serra Talhada, Calumbi e Bom Nome, consolidam ainda mais Pernambuco como território sagrado Cariri Cangaço. "Vejam; toda essa mobilização, gente de todo o Brasil lotando os auditórios, participando ativamente das palestras e das visitas, curiosos em aprofundar o assunto, são sem dúvidas o principal combustível de todos nós que fazemos o Cariri Cangaço. Esses dias estava dizendo a Severo: Severo você tem notado que a cada edição a família aumenta? novos pesquisadores, novos escritores, sedentos de conhecimento? Isso é muito bom, a isso chamo Cariri Cangaço" revela Professor Pereira, livreiro e Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Cajazeiras.

Valdir Nogueira
Amélia Araújo e Artemis Diniz
Manoel Severo
Cilene Pereira Valões
Valdir Nogueira
Hesdras Souto
Augusto Martins, Louro Teles, Quirino Silva e Rossi Magne
Vilson da Piçarra e Cardinale Gomes

A noite de Abertura foi um recado a todos do que estava por vir. Cinco dias de intensa agenda reunindo programações nos três municípios anfitriões: Serra Talhada, Calumbi e Bom Nome que é distrito de São Jose de Belmonte. A certeza de que muita coisa boa virá. Cariri Cangaço, mais que um evento, um sentimento!

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome ; 11 de novembro de 2022 - Noite de Abertura, Câmara Municipal - Créditos da Fotos: Vários

Fazenda Pitombeira do Barão do Pajeú recebe Comenda de "Lugar de Memória" no Cariri Cangaço Serra Talhada


O primeiro dia de atividades do Cariri Cangaço reservou para a caravana de pesquisadores de todo o Brasil a visita histórica à Fazenda Pitombeira; a emblemática e significativa propriedade pertenceu ao Barão do Pajeú, coronel Andrelino Pereira da Silva; "daqui o Barão comandava toda a política de Serra Talhada e região, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Foi aqui que dentre outros importantes momentos, o Barão hospedou várias autoridades e personalidades sertanejas, tais como o Padre Cícero Romão Batista na viagem que fez para Roma-ITA e o juiz de direito paraibano, Augusto Santa Cruz, realmente um dos cenários mais importantes de toda região" reforça Luiz Ferraz Filho, Conselheiro Cariri Cangaço.

Eram por volta das 11h da manha quando a Caravana Cariri Cangaço chegou às terras da Pitombeira. Cerca de 250 convidados foram recepcionados pelos atuais proprietários da fazenda; o casal, Antônio Alves Filho, seu Antônio Caiçara; empresário serra-talhadense do  grupo Pajeú Nordeste ; e sua esposa dona Zélia Pereira, neta e herdeira do major Isidoro Conrado de Lorena e Sá; ex-prefeito de São José do Belmonte e que comprou a Fazenda Pitombeira em 1911 ao coronel Antônio Andrelino Pereira da Silva, filho do Barão do Pajeú. 

Júnior Almeida, Yasmin, Sr Antônio Caiçara, Dona Zélia, Ranaíse e Eveline
Júnior Almeida e Mário Victor
João Costa, Julierme do Nascimento, Ivanildo Silveira e José Tavares
José Bezerra
A exuberância da Fazenda Pitombeira por Magno Araújo
Conselheiro Joaquim Pereira e Antônio Caiçara
José Francisco e Conselheiro Ivanildo Silveira

O emblemático cenário da Pitombeira se vestiu de festa para receber o Cariri Cangaço nessa manhã histórica. "Realmente é um grande prazer voltar a Fazenda Pitombeira do Barão do Pajeú, olhando a casa grande, a capela, os arredores dessa fazenda extraordinária ficamos a imaginar, quantas decisões importantes e decisivas para os destinos de todo Pajeú pernambucano passaram por aqui, sem dúvidas uma visita de primeira grandeza, parabéns a Serra Talhada, parabéns ao casal Antônio Caiçara e dona Zélia e parabéns ao grande Cariri Cangaço por essa manhã simplesmente histórica" confessa o Conselheiro Cariri Cangaço Vilson da Piçarra.

As linhas tradicionais com o requinte da modernidade, equilíbrio 
encontrado por dona Zélia

Logo após a saudação à familia dos anfitriões e aos convidados do Cariri Cangaço, feita por Manoel Severo Barbosa, curador do evento, seguiram-se os  momentos mais importantes da visita quando tivemos as apresentações do contexto histórico e principais acontecimentos que tiveram como cenário a Fazenda Pitombeira, apresentação realizada pelos Conselheiros Cariri Cangaço; Valdir Nogueira e Luiz Ferraz Filho, além de Zenon Pereira.

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço e as boas vindas aos convidados 
na Fazenda Pitombeira
"Hoje é um dia histórico. Nesta manha instituímos a Fazenda Pitombeira como o primeiro Lugar de Memória Cariri Cangaço..." Manoel Severo
Manoel Severo curador do Cariri Cangaço
A fazenda Pitombeira testemunhou o encontro da Alma Nordestina

Os Conselheiros Cariri Cangaço, Luiz Ferraz Filho e Valdir Nogueira apresentaram aos presentes o contexto histórico, a força e a tradição da Fazenda Pitombeira para todo o Pajeú e também Pernambuco. "Hoje o Cariri Cangaço Serra Talhada realiza um marco verdadeiramente histórico com essa visita, quase 300 pesquisadores pisando aqui o chão da fazenda Pitombeira, momento realmente de uma grandeza histórica imensa" fala Luiz Ferraz Filho. "Quantas decisões, quantos episódios, o quanto do destino de todo o Pajeú foi traçado aqui por entre as paredes da fazenda Pitombeira, aqui realmente temos um verdadeiro templo da memoria de toda região" confirma Valdir Nogueira.

Luiz Ferraz Filho, Sr Antônio Caiçara e dona Zélia
"Momento Histórico essa Visita do Cariri Cangaço à Fazenda Pitombeira"
Zenon Pereira e o relato da historia da Fazenda Pitombeira
Valdir Nogueira e o contexto histórico
"A Fazenda Pitombeira era um grande latifúndio de 12 mil hectares, que compreendia as Fazendas Caiçara, Ipueira, Cedro e Belém, essa última; herança que o Barão do Pajeú recebeu do seu pai, o comandante-superior Manoel Pereira da Silva, o mesmo, responsável pelo ataque aos fanáticos da Pedra do Reino em maio de 1838..."

Conselheiros Cariri Cangaço , Calixto Júnior e Jorge Remígio
Conselheiros Cariri Cangaço , Jorge Figueiredo e Moustafa Veras


Conselheiro Cariri Cangaço Valdir Nogueira
Luiz Antônio e Conselheiros Cariri Cangaço: Junior Almeida e Vilson da Piçarra
Jose Francisco e equipe: Pedro Henrique e Rafael 
Conselheiro Cariri Cangaço Júnior Almeida
Manoel Belarmino e Rose Souza
Onofre Lacerda e Adriano Carvalho
Flávio e Conselheiros, João de Sousa e Flávio Motta
Conselheiro José Tavares entre Julierme Vanderlei e Cícero Aguiar

"O Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú, nasceu em 1823. Proprietário fundador da fazenda Pitombeira, em Serra Talhada, era filho do Comandante Superior Manuel   Pereira. A Fazenda Pitombeira foi destaque na história do Pajeú, aclamado Barão em dezembro de 1888, substituiu o pai no comando político local, foi primeiro Prefeito de Vila Bela, entre os anos de 1892 a 1895, faleceu no ano 1901...."

Primeira Comenda "Lugar de Memória Cariri Cangaço" consagrada a Fazenda Pitombeira

Em seguida o ponto alto da programação: A concessão pelo Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço da Comenda "Lugar de Memória Para Perpetuação das Tradições do Sertão" a Fazenda Pitombeira. A solenidade de entrega da comenda acontecida diante da majestosa Casa Grande da Pitombeira contou com a apresentação do conceito e respaldo cientifico dos "Lugares de Memórias" pela pesquisadora e escritora, Conselheira Cariri Cangaço, Luma Holanda, filha de Serra Talhada radicada em João Pessoa.

Conselheira Cariri Cangaço Luma Holanda e os Lugares de Memórias 
ao lado do Conselheiro Vilson da Piçarra
 
Luma Holanda e os "Lugares de Memória"
Padre Agostinho, capelão do Cariri Cangaço, consagrando a fazenda Pitombeira como Lugar de Memória Cariri Cangaço
Padre Agostinho, capelão do Cariri Cangaço, e as bênçãos sacerdotais ao primeiro 
"Lugar de Memória" Cariri Cangaço
Rossi Magne, Antônio Caiçara, Clênio Novaes e Eveline 
Ana Gleide, Betinho Numeriano, Antônio Caiçara, Dona Zélia, Eveline e Nivaldo Pereira
Conselheiro Cariri Cangaço Clênio Novaes e Rossi Magne

"Acompanho o Cariri Cangaço já há 10 anos e com muita honra recebi o titulo de Capelão do Cariri Cangaço, o que muito me orgulha. Através do Cariri Cangaço tive a oportunidade de conhecer os mais importantes cenários do cangaço e o privilégio de fazer parte dessa grande família que me acolheu com tanta generosidade. Muito obrigado ao nosso líder Manoel Severo e a todos os Conselheiros" revela Padre Agostinho.

Padre Agostinho, Capelão do Cariri Cangaço
Conselheiro Valdir Nogueira: O Barão do Cariri Cangaço
Kauã Silva: o talento e a arte do povo sertanejo do Pajeú

"Esta é minha primeira experiência em um Cariri Cangaço. Via as fotos, as filmagens, os programas , tudo pelas redes sociais e conversava com os amigos mais próximos sobre o evento. Hoje eu entendo porque dizemos que o Cariri Cangaço é "mais que um evento, é um sentimento" , simplesmente sensacional entrar e fazer parte dessa familia Cariri Cangaço, não pretendo perder mais nenhuma edição" diz o jovem poeta e sanfoneiro da cidade de Tabira, Kauã Silva.

Fazenda Pitombeira, Morada do Barão do Pajeú; 
"Lugar de Memória Cariri Cangaço" 
primeira visita técnica em Serra Talhada 2022
Conselheiros: Jorge Figueiredo, Luma Holanda, Luiz Ferraz Filho 
e  Antônio Caiçara, dona Zélia
Manoel Severo, Joao Andrade, Vilson da Piçarra e Darlan
Conselheiro João de Sousa Lima
Conselheiro Valdir Nogueira,  Onofre Lacerda e Adriano Carvalho
Divanildo, Rubia Lóssio e Conselheiro Josué Macedo

Na oportunidade da agenda Cariri Cangaço em Serra Talhada, o Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço concederá à Fazenda Pitombeira a Comenda "Lugar de Memória Para Perpetuação das Tradições do Sertão". Quem explica é o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, "neste Cariri Cangaço Serra Talhada inovamos e instituímos a concessão da Comenda "Lugar de Memória Para Perpetuação das Tradições do Sertão", relevando a decisiva importância de cenários preciosos e decisivos para a perpetuação da memória do sertão e a Fazenda Pitombeira será o primeiro cenário a receber esta comenda". 

Conselheiro Valdir Nogueira e Fábio Vila
Conselheiro Ângelo Osmiro entre Fernando Ferraz e Luiz Gonzaga
Conselheiros Ana Gleide, Jair Tavares e ainda; Luiz Antônio, Nierson Ferraz e Ciço do Pife
Conselheiros Luiz Ruben, Valdir Nogueira e Manoel Severo

Jair Tavares, José Tavares, Joaquim Pereira, Calixto Junior, João de Sousa Lima, Ivanildo Silveira, Julierme Vanderlei, Jorge Remígio e Célia Maria
A fé do sertão e o Cariri Cangaço: Bispo André Nunes e Padre Agostinho

"Muitos imaginam que o Cariri Cangaço funciona como uma varinha de condão; ou seja; de um momento para o outro se define uma sede, uma programação, reúne os pesquisadores e pronto...Qual o segredo? Ora, o Cariri Cangaço é o resultado de muito trabalho, trabalho exaustivo de muitos e talentosos amigos, dedicação integral, sensibilidade e o mais absoluto compromisso com a ética e o respeito mútuo e às diferenças, assim tem sido desde sempre, em Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome não foi diferente, e nunca será...Avante!" Manoel Severo


Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome................................................................ 12 12 de novembro de 2022 - Fazenda Pitombeira do Barão do Pajeú .............................   Primeira Primeira Comenda Lugar de Memória

A Lendária Fazenda Carnaúba, Berço da Família Pereira do Pajeú "Lugar de Memória Cariri Cangaço"

Cariri Cangaço 2022 na Fazenda Carnaúba

Seguindo a agenda do primeiro dia de atividades o Cariri Cangaço partiu da Fazenda Pitombeira em Serra Talhada para visitar outro dos principais cenários históricos de toda região do Pajeú. Chegamos ao Distrito do Bom Nome, território precioso do município pernambucano de São José de Belmonte e ali à Fazenda Carnaúba; berço de uma das mais tradicionais famílias do sertão nordestino; a família Pereira, sem dúvidas outro dos cenários mais emblemáticos de todo o Pajeú. A Fazenda Carnaúba do lendário Né da Carnauba, palco de alguns dos mais significativos e simbólicos episódios do começo do século XX na Pajeú.

Fazenda Carnaúba; berço de uma das mais tradicionais famílias do sertão nordestino; a família Pereira, sem dúvidas outro dos cenários mais emblemáticos de todo o Pajeú. A Fazenda Carnaúba do lendário Né da Carnauba

Eram cerca de meio dia e meia do sábado, dia 12 de novembro de 2022, quando a caravana de pesquisadores Cariri Cangaço de todo o Brasil chegou a Fazenda Carnaúba, sendo recepcionada pelas atuais proprietárias; Francisca  Conrado (dona Santinha) e sua filha Lilianne e de maneira muito especial poCilene Pereira Valões; neta de Né da Carnaúba e anfitriã do Cariri Cangaço Bom Nome e ainda, pelo vereador Paulo Pereira.  

Do patamar da singela Capela da Fazenda Carnaúba o Conselheiro Cariri Cangaço, Joaquim Pereira, fez a apresentação do contexto histórico e principais acontecimentos que tiveram como cenário a emblemática Fazenda , desde o casamento do senhor José Pereira da Silva com Jacinta Océria de Santo Antônio que recebeu do pai, José Carlos Rodrigues, como dote de casamento, a Fazenda Carnaúba ate se tornar o feudo principal e berço da tradicional família Pereira do Pajeú."

Conselheiro Joaquim Pereira
Joaquim Pereira e o contexto histórico da fazenda Carnauba
Conselheiro Carlos Alberto

"A sede da Carnaúba data dos princípios do século XIX, época do Brasil Imperial, e era uma das mais prósperas fazendas de gado de toda a região do Pajeú. Cenário de embates entre Pereira e Carvalho, e do cangaço, cada detalhe dessa lendária fazenda exala história." cita Valdir Nogueira.

A Fazenda Carnaúba atualmente pertence a Francisca  Conrado; dona Santinha; e as filhas Lilianne e Norma, por herança do esposo e pai Vanildo Pereira, este filho do tantas vezes Deputado  Argemiro Pereira e neto de Né da Carnaúba. Quem nos conta é Joaquim Pereira da Silva, Conselheiro Cariri Cangaço, "a interação entre as duas sedes; Pitombeira e Carnaúba; sempre foi muito normal, fosse a cavalo ou a pés, nas veredas de ligação entre as duas sedes tinha alguém levando ou trazendo notícias/recados. Coincidentemente, nossas visitas no Cariri Cangaço agora de novembro, a comitiva fara o mesmo trajeto que era feito pelo pequeno grupo em número de sete, dos irmãos Ferreiras (Antônio, Livino e Virgolino), Antônio Rosa, Primo, Meia Noite e João Mariano indo da Pitombeira para Carnaúba para se juntar ao bando de Sinhô Pereira em agosto de 1920"

Cariri Cangaço na Capela da Fazenda Carnaúba pelas lentes de Magno Araújo
Fazenda Carnaúba e o encontro da Alma Nordestina

E continua Joaquim Pereira: "...acontece que eles se apresentaram a Isidoro Conrado , na Pitombeira, inclusive, na ocasião gerou um certo alvoroço pois quando vistos não sabia se cangaceiros ou volantes (para os Pereiras não fazia diferença, ambos causavam medo/terror na época); o próprio Isidoro foi chamado e ao observar disse: tenham calma, estão se aproximando de forma ordeira, ou seja, em fila indiana e mão nas bandoleiras dos seus rifles 44 ou de suas armas. Chegaram, se apresentaram e disseram o motivo, daí foi enviado à campo um vaqueiro de confiança para localizar o bando de Sinhô e foi fácil, ali próximo na Fazenda Carnaúba o encontrou e resto da história todos nós sabemos; nascia logo em seguida o Mito Lampião, assim também foram as duas últimas visitas da Pitombeira para a Carnaúba".

Poeta Cícero Aguiar e Conselheiro Luiz Ferraz Filho
Poeta Cícero Aguiar: "Por aqui andou Sinhô de bravura inquietante, Luiz Padre e Simplício de Manoel comandante ,Lar de Né da Carnaúba, uma figura cativante"

"Que maravilha visitar a lendária fazenda Carnaúba (A nascente dos Pereiras) e o povoado de Bom Nome em São José do Belmonte, local de muita história. Temos o privilégio de visitar esse solo por onde muitos dos meus antepassados caminharam. Um dia realmente emocionante para mim, onde tive a honra de recitar uma poesia na calçada da capela que fica ao lado do cemitério da Carnaúba no Cariri Cangaço Bom Nome 2022" revela o pesquisador e poeta Cícero Aguiar:

Capela e cemitério da Carnaúba

FAZENDA CARNAÚBA
"A nascente dos Pereiras"
Na fazenda Carnaúba
Nesta terra avermelhada
Morou José e Jacinta
Pais de toda Pereirada
Nesta fazenda importante
Foi a primeira morada
Hoje a história contada
Vem lá da povoação
Da lendária Vila Bela
Que é rubrica de sertão
Terra de sangue e bravura
Onde nasceu Lampião
Neste pedaço de chão
A história tem valor
Onde o terreno vermelho
Revela a face da dor
Se teve dor e lamento
Certamente teve amor
Por aqui andou Sinhô
De bravura inquietante
Luiz Padre e Simplício
De Manoel, comandante
Lar de Né da Carnaúba
Uma figura cativante
De Alexandre o gigante
E também de Cipriano
Mortos na Pedra do Reino
Num episódio tirano
Lá no século dezenove
Trinta e oito foi o ano
Vitorino também mano
Francisco agora citado
Mais Antonio e Joaquim
Entes deste pontentado
Filhos desta Carnaúba
Este torrão respeitado
Neste chão abençoado
De Mariana e de João
A prole não é pequena
Tem Ana e Sebastião
Terra de padre Pereira
De Andrelino o Barão
São estampas do sertão
Esses que eu me refiro
Terra de Zé Aguiar
Que com razão eu prefiro
De Izidoro e Cajueiro
De Leônidas e Argemiro
Eu já citei Argemiro
Baraúna do nordeste
Sem esquecer Padre Mina
Geni figura inconteste
Lá de Bernardo Vieira
Com raízes no Agreste
Deus por favor me empreste
Um pouco de inspiração
Lembrar Antonio Andrelino
Que era filho do Barão
Dos Valões e João de Ciba
E de José Sebastião
E nas lutas do sertão
Muitas vezes traiçoeira
Não tem como não falar
Do valente Né Pereira
E de Antônio Cassiano
E da fazenda Cachoeira
Dr. Arcôncio Pereira
Foi o primeiro letrado
Que militou na política
Como Custódio Conrado
Lorena grande político
Historiador respeitado
Luiz Wilson aclamado
Um renomado escritor
Luiz do Triângulo foi
Um Pereira de valor
Foi cabra de Zé Pereira
E também foi de Sinhô
Bom nome que tem valor
A Belmonte pertencente
Como a fazenda Cristóvão
De Ioiô e sua gente
Um Pereira de Araújo
Com insígnia de valente
Valentia era patente
Naquele sertão raivoso
Que foi forjado na bala
Por isso tão perigoso
Terra onde o destemido
Se tornava poderoso
Mais tudo foi oneroso
Pra o sertanejo inocente
O estado não protegia
Por ser tão incompetente
Nada tendo a oferecer
Sendo apenas negligente
É preciso que a gente
Procure se aprofundar
Olhar todo o ocorrido
Para poder afirmar
Se havia outro contexto
Para o sertão povoar
E por aqui vou parar
Dando meu simples recado
Falei de meus ancestrais
Alguns, lendas do passado
Perdoem a minha retórica
Tudo que foi rabiscado
Cicero Aguiar Ferreira
2022


Tendo o sol tórrido das caatingas sertanejas como testemunha, tivemos em Bom Nome na Fazenda Carnaúba mais uma vez, o momento alto da programação, que foi a concessão da Comenda 
"Lugar de Memória Para Perpetuação das Tradições do Sertão" à Fazenda Carnaúba. Na oportunidade o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, destacou a decisiva importância da Carnaúba como "cenário precioso e decisivo para a perpetuação da memória do sertão, principalmente aqui na Fazenda Carnaúba que testemunhou e foi protagonista de páginas importantes e únicas dessa mesma história sertaneja."

A Comenda "Lugar de Memória Para Perpetuação das Tradições do Sertão" à Fazenda Carnaúba foi recebida pela neta de Né da Carnaúba e anfitriã do Cariri Cangaço em Bom Nome, Cilene Pereira Valões e pelo vereador Paulo Pereira
Gabriel Barbosa e Manoel Severo
Professor Urbano Silva
Aglézio Britto
Cariri Cangaço na Fazenda Carnaúba

Foi também na Fazenda Carnaúba que a famosa carta convocando Lampião para formar junto aos Batalhões Patrióticos em 1926; hipoteticamente escrita por Padre Cícero, veio parar; é Luiz Ferraz Filho que nos conta, "ora, Né da Carnaúba já havia hospedado Padre Cícero aqui na fazenda Carnaúba, então Lampião quando recebeu a carta convocando para o Juazeiro em 26, trouxe a carta aqui para autenticar a veracidade da mesma, pois Né da Carnauba conhecia a letra do padre Cícero".

Né da Carnaúba

Manoel Pereira Lins, conhecido por Né da Fazenda Carnaúba, nasceu no dia 23 de junho de 1868, foi Coronel da Guarda Nacional, filho de Joaquim Pereira da Silva (Joaquim da Carnaúba), exerceu grande liderança no seio da Família Pereira, renomado fazendeiro, foi Prefeito de São José do Belmonte entre os anos de 1902 a 1904, também Vereador em Serra Talhada por três legislaturas, quando precisou nos momentos mais críticos do século passado envolvendo a Família Pereira, também segurou armas. Ao lado do Coronel Antônio Pereira financiou vários gastos nas contendas, faleceu em 1964. Seu Né da Carnaúba foi um dos parentes que aconselhou Sinhô Pereira e Luiz Padre a encostar armas e ir para o planalto central.

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome
12 de novembro de 2022 - Fazenda Carnaúba, Distrito de Bom Nome - Belmonte, Comenda Lugar de Memória

Bom Nome, Tradicional Distrito de São José de Belmonte Recebe em dia de Grande Festa o Cariri Cangaço 2022

Grande Festa do Cariri Cangaço em Bom Nome

Em seguida às visitas as Fazendas Pitombeira e Carnaúba, a caravana Cariri Cangaço seguiu para espetacular recepção aos convidados realizada pelo tradicional e acolhedor distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte. Tendo como grande anfitriã Cilene Pereira Valões e toda a equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, a comunidade e as família de Bom Nome realizaram uma das maiores festas de toda a programação do Cariri Cangaço 2022.


Cilene Pereira Valões ao lado de Manoel Severo

"Cilene abraçou o Cariri Cangaço de uma forma absolutamente extraordinária, talvez com a mesma força do tamanho de seu amor por sua querida terra: Bom Nome. Hoje vivemos uma festa inesquecível aqui em Bom Nome, todo o compromisso de Cilene foi assumido por toda comunidade do lugar, que lotou essa quadra esportiva, proporcionando uma das maiores recepções ao Cariri Cangaço. Uma festa cheia de história, memória e afeto. Nossa gratidão a toda equipe da escola de Referência Napoleão Araújo que se desdobrou com o que tem de melhor; arte, cultura, artesanato, culinária... Sairemos daqui hoje levando Bom Nome em nosso coração, a partir de hoje, Bom Nome é terra do Cariri Cangaço". Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço 

Equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, um show a parte...

Por volta das 13h30 do dia 12 de novembro de 2022, chegava a Bom Nome a caravana Cariri Cangaço, a recepção ficou a cargo do Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino. O estampido seco e ensurdecedor dos destemidos bacamartes e o entusiasmo dos participantes nos lembravam a força inegável do sertão. Neste dia Bom Nome escreveu sua historia com a força de sua tradição e de seu povo ao receber pesquisadores de todo o Brasil em mais uma grande festa do Cariri Cangaço. 

Quem nos conta é o Conselheiro Cariri Cangaço, Valdir Nogueira: "Surgido em 1902, com a primitiva denominação de “Malhada do Bom Nome”, impulsionado com uma concorridíssima feira, dada a sua excelente localização, Bom Nome, 2º Distrito do município de São José do Belmonte, tem suas preliminares originadas no século XIX, surgido na antiga fazenda Sabonete, de propriedade de José Carlos Rodrigues, remanescente da Casa da Torre da Bahia, e onde foi estabelecido um dos grandes currais pertencente aos membros da família Pereira do Pajeú. Todavia, além dessa família, no início, seu principal contingente humano também se constituiu dos Rodrigues do Nascimento, Ferreira da Cunha, Bezerra,  Gomes e Barbosa Leal, Ribeiro de Freitas, Araújo, dentre tantas outras.

Conselheiros Cariri Cangaço Clênio Novaes e Valdir Nogueira
Manoel Severo e os Bacamarteiros da Pedra do Reino
Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino, uma festa a parte 
no Cariri Cangaço Bom Nome 2022

Ora, quando foi criado o município de Belmonte em 02 de outubro de 1890, emancipado do município de Vila Bela, através de lei, o novo município foi dividido em três distritos com as respectivas denominações:1º Distrito: Belmonte (Sede); 2º Distrito: Boqueirão;3º Distrito: Santa Maria. Por portaria de 22 de dezembro de 1902, o 2° distrito de Boqueirão teve sua sede transferida para a fazenda Carnaúba, dada a influência política do seu proprietário o coronel Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba). No entanto, por portaria de 3 de julho de 1919,  o povoado de Bom Nome se tornou então nesta data sede do 2º Distrito de São José do Belmonte.

coronel Manoel Pereira Lins, o Né da Carnaúba, sentado à direita

A história é uma colcha de retalho onde cada pedaço se completa e dar novo espaço e nova tonalidade para aquilo que se quer construir. Pois bem, a história de Bom Nome está intrinsecamente ligada a lendária fazenda Carnaúba do coronel Manoel Pereira Linz, que também foi um dos doadores no ano de 1918 do Patrimônio de Santo Antônio de Bom Nome. Prefeito de Belmonte, figura importante no sertão do Pajeú, grande liderança política, este senhor vivenciou todo período do cangaço lampiônico e a última fase da luta entre os dois tradicionais clãs Pereira e Carvalho que por muitos anos se digladiaram no sertão do Pajeú, tendo participação ativamente nos eventos de defesa e ataque da sua família Pereira contra os Carvalhos. E foi justamente nesse momento agudo da questão Pereira e Carvalho que no distrito de Bom Nome foi instalado um comando com reforço de praças numa ferrenha perseguição a Sinhô Pereira e Luiz Padre, primos do coronel Né da Carnaúba, onde se destacaram nomes como o capitão José Caetano e o capitão Theófhanes Torres.  A partir de então Bom Nome começou a fazer parte constante nos noticiários de jornais.

Conselheiros Clênio Novaes, Valdir Nogueira, Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho
A beleza e o talento artístico e cultural da meninas de Bom Nome, alunas da Escola de Referência Napoleão Araújo e a homenagem ao padroeiro do distrito Santo Antônio

"De parabéns estão todos os bonomenses que de alguma maneira contribuíram para que este acontecimento cultural pudesse acontecer como realmente aconteceu: pleno de sucesso e brilho intenso. Muito especialmente pela determinação e ousadia desta figura incansável; uma baluarte chamada Cilene Pereira, gestora da Escola Napoleão Araújo neste distrito e toda a sua dinâmica equipe por sinal muito atuante naquele tradicional educandário, também o apoio da Prefeitura Municipal de São José do Belmonte, por meio da Secretaria de Turismo, Diretoria de Cultura, Câmara de Vereadores e movimentou a vila com uma rica programação que surpreendeu e encantou a todos os ilustres visitantes." Comenta Valdir Nogueira.

Professora Lurdes e a canção Ave Maria Sertaneja
"Gente de Raiz, Força e Fé..."
O xaxado tradicional dos sertões nordestinos, na pisada doce e precisa das meninas de Bom Nome passando pela força e o talento dos jovens aboiadores que a todos emocionaram. Foi a grande festa do Cariri Cangaço em Bom Nome.

"Testemunhar a extraordinária festa que a comunidade de Bom Nome aqui em São José de Belmonte proporcionou nessa tarde para o Cariri Cangaço foi realmente algo que nos emocionou a todos. O pessoal das escolas, as crianças, as famílias, todo o zelo com o resgate histórico, as apresentações, o almoço com cardápio regional, enfim, Bom Nome hoje escreveu seu bom nome nos anais de nosso Cariri Cangaço, estão todos de parabéns , principalmente nossa anfitriã, Cilene Pereira" fala Gilmar Teixeira, Conselheiro Cariri Cangaço de Feira de Santana na Bahia.
Conselheiro Cariri Cangaço Gilmar Teixeira
José Francisco e Elita Maria
Manoel Severo e Klyvio Barros
Conselheiro Cariri Cangaço Quirino Silva e Zenon Pereira
Rita Pinheiro, Garimpeira da Cultura
Conselheiros Archimedes e Elane Marques, Geraldo Ferraz e Rosane
Conselheiro Leonardo Gominho e Cássia Gominho 
Conselheiro Luiz Ruben e Ângela Maria 
Conselheiro Joaquim  Pereira e Erivelton Silva
Delegado Luiz Antônio
Conselheiro Junior Almeida e Israel Maria
Darlan Valverde e Bacamarteiros da Pedra do Reino
Afrânio Oliveira, Conselheiros Calixto Junior, Ivanildo Silveira e Ângelo Osmiro 
e Tomaz Cisne
Conselheiros Moustafa Veras e Manoel Severo

Da extraordinária recepção festiva, almoço e apresentações artísticas no Ginásio Estadual em Bom Nome, a caravana Cariri Cangaço seguiu pelas ruas do distrito conhecendo os principais cenários de episódios marcantes da época áurea do cangaço no Pajeú, como por exemplo a "cruz de Pedro Santa Fé"... Na vila de Bom Nome, dentro da cronologia do cangaço alguns eventos importantes merecem serem lembrados: Em Bom Nome em 28 de janeiro de 1917 foi assassinado por forças policiais o cangaceiro Pedro Santa Fé, vulgo “Pedro Braquió”, do grupo de Manoel Pereira da Silva Filho (Né Dadu). Pedro Santa Fé foi um dos assassinos de Eustáquio de Carvalho, morto em 1907. 

Conselheiro Cariri Cangaço Manoel Belarmino e a "cruz de Pedro Santa Fé"
Anita Paixão e Manoel Severo
Conselheiros Cariri Cangaço, Joaquim Pereira, Clênio Novaes e Valdir Nogueira 
e pesquisador Zé Bezerra
Padre Agostinho Capelão do Cariri Cangaço, presença marcante em todas as agendas 

Logo a Caravana Cariri Cangaço chegava à Capela de Santo Antônio, tradicional templo em devoção ao padroeiro do lugar. Ali com a capela totalmente lotada as boas vindas foram dadas por Manoel Severo e Valdir Nogueira para logo em seguida a anfitriã da tarde, Cilene Pereira Valões fazer uma apresentação da historia do distrito e de seus principais episódios ligados ao cangaço.

No dia 2 de setembro de 1919, por volta das 4 horas da tarde, depois de várias ameaças, o povoado de Bom Nome foi atacado pelo grupo de Sinhô Pereira e Luiz Padre. Após incendiar a propriedade do coronel Francisco Ramos Nogueira (avô de José Ramos, ex-governador de Pernambuco), da família Carvalho, o grupo atacou Bom Nome, havendo tiroteio com as praças que ali se achavam, chegando logo depois o capitão José Caetano com sua força, tiroteando com o referido grupo que conseguiu romper o cerco em que fora envolvido pela polícia.

Cilene Pereira Valões e as memórias e Bom Nome
Cilene Pereira Valões recebe do poeta Cícero Aguiar Diploma de 
"Amiga da Academia de Poetas do Sertão Central de Pernambuco"
Manoel Severo e Valdir Nogueira 

Em Bom Nome foi assassinado José Gomes de Sá, primeiro nazareno vítima do banditismo. Primogênito do Sr. Manoel Gomes de Sá Ferraz, florestano e primo do Coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, José Gomes de Sá, do sítio Caneta onde residia, no dia 7 de novembro de 1920 se dirigiu para a feira de Bom Nome, onde foi vender uma carga de algodão e resolver outras questões atinentes aos seus negócios comerciais, todavia ao retornar para a sua residência foi cruelmente atacado próximo aquele vilarejo por cangaceiros do bando de Sinhô Pereira, que saquearam a carga de alimentos que trazia nos animais além de todo o dinheiro que foi levado. Seu corpo, varado por tiros e punhaladas foi ali abandonado.

Sinhô Pereira e Luiz Padre

Em 29 de julho de 1921 Bom Nome sofreu outro ataque por parte de cangaceiros do grupo de Sinhô Pereira. Mesmo com a resistência do capitão José Caetano, os bandidos conseguiram ainda incendiar uma bolandeira, de propriedade do comerciante Cícero Bezerra e cortaram também o fio telegráfico. Na tarde de 24 de agosto de 1921, depois de uma peleja na fazenda Carnaúba com a força do capitão José Caetano, onde travou-se renhido tiroteio que resultou na morte do bandido Luiz Macário, cabra de total confiança de Sinhô Pereira, seguiu este com seu grupo em direção a Bom Nome, porém no caminho, bem próximo à vila encontraram com o Sr. João Bezerra do Nascimento, no entanto, na ira em que estava possuído, em decorrência da morte de Luís Macário, desfechou Sebastião Pereira um tiro naquele inocente homem e o matou.

Capela de Santo Antônio em Bom Nome

visitas as Fazendas Pitombeira e Carnaúba, a caravana Cariri Cangaço seguiu para espetacular recepção aos convidados realizada pelo tradicional e acolhedor distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte. Tendo como grande anfitriã Cilene Pereira Valões e toda a equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, a comunidade e as família de Bo

Cilene Pereira Valões e família na festa do Cariri Cangaço Bom Nome 2022 
Valdir Nogueira, Luiz Ferraz Filho, Cícero Aguiar, Joaquim Pereira e as homenagens da Academia de Poetas do Sertão Central de Pernambuco
Otávio Cardoso, Manoel Severo e Julierme Vanderlei
Elita Maria e Manoel Severo
Poeta Cícero Aguiar e Seu Raimundo
Otávio Cardoso e Fagner Lopes
Nierson Ferraz, Manoel Severo, Ciço do Pife, Darlan Valverde, Clênio Novaes, 
Tony Clovis e Joaquim Junior

Em princípios de novembro de 1921, nas proximidade de Bom Nome a polícia travou mais um tiroteio com o grupo de Sinhô Pereira. O delegado de Belmonte, acompanhado de uma força policial, depois de minuciosas indagações, conseguiu descobrir o roteiro do grupo de cangaceiros chefiado por Sebastião Pereira. Tratou de emboscá-lo, o que, com efeito, realizou. Em seguida, rompeu fogo contra o grupo sendo correspondido. Com a força policial participou gente dos Carvalhos: o destemido Antônio Alves de Carvalho (Antônio Cipriano), Mariano Mendes de Moura (esse participou do assassinato de Padre Pereira) e Miguel Umbuzeiro. O tiroteio durou mais de uma hora, terminando com a debandada da polícia, em face do grupo ter se livrado da emboscada. Nesse fogo morreram dois policiais e dois outros saíram gravemente feridos. Outros desapareceram. Consta que os componentes do grupo de cangaceiros nada sofreram. O delegado de Belmonte temendo a derrota do resto da força, diante da audácia dos bandidos, recuou para o povoado de Bom Nome, onde ficou aguando o auxílio do capitão José Caetano, que ali chegou de Vila Bela acompanhado de um contingente de 60 praças.

Vista panorâmica do distrito de Bom Nome, São José do Belmonte, a partir do Monte de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

De Bom Nome também saiu o famoso cangaceiro, o negro Vicente de Marina. Sua fama de bom atirador chegou aos ouvidos de Sebastião Pereira que o convidou a entrar no seu bando vingador. Vicente se tornou o homem de melhor pontaria do bando de Sinhô. Em Bom Nome ainda reside familiares seus. Contar a história do distrito do Bom Nome sem falar no pequeno santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é impossível. Bem próximo da Vila, está localizado numa elevação, que por sinal, é a mais alta da redondeza, um bucólico morro conhecido como Monte de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que ao mais descuidado observador denota a devoção e a simplicidade do seu povo. É voz corrente no lugar que o bandoleiro Lampião sempre que por Bom Nome passava, subia o monte para rezar para sua madrinha e protetora Nossa Senhora. O Distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte é Cenário do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022.

Veja o Cariri Cangaço Bom Nome 2022
por José Francisco

Canal Lampião, Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco
YouTube

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome  .                                                       .....
12 de novembro de 2022 - Recepção no Distrito de Bom Nome - Belmonte
Quadra Esportiva e Capela de Santo Antôni


Serra Vermelha e a Casa do Major João Nogueira no Cariri Cangaço 2022

Cariri Cangaço na Serra Vermelha

O segundo dia de atividades do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022 reservou para a caravana de pesquisadores de todo o Brasil a visita a histórica Serra Vermelha, território de mando da família Nogueira, dentre seus principais protagonistas, o Major João Nogueira, 
 personagem crucial das questões e vindictas familiares que ocasionaram o "ciclo do cangaceirismo de Virgulino Ferreira", e a questão Carvalhos e Pereiras da época, e seu filho Zé Nogueira, covardemente assassinado por Antônio Ferreira, irmão mais velho do rei do cangaço.

Tailene Nogueira e Manoel Severo
Célia Maria e Quirino Silva

As várias caravanas sediadas em Serra Talhada e Calumbi, sob o comando de Luiz Ferraz e Louro Teles, partiram na manha do dia 13 de novembro de 2022, domingo, pela rodovia PE-390 que nos liga a Nazaré do Pico e Floresta e é justamente às margens desta rodovia que vamos encontrar um recorte importante da historia da região do Pajeú; essa rodovia também nos levará à Serra Vermelha, Fazendas; Pedreira, Maniçoba e Passagem das Pedras, sem falar na lendária Fazenda São Miguel de seu Luiz de Cazuza. São casas e fazendas com vários logradouros que somente pesquisadores ou familiares dos personagens poderão decifrar em uma longa e boa prosa nos alpendres das casas velhas.  Nossa primeira parada a casa de Zé Nogueira na Serra Vermelha.


Cariri Cangaço chega a Serra Vermelha, "terra dos Nogueira..."
Saturnino Alves Nogueira (neto de  Nogueira - assassinado por Antônio Ferreira,
e bisneto do major Joao Nogueira).  
Casa de Zé Nogueira...
Capela da Serra Vermelha
Cruz que marca o lugar onde foi assassinado Zé Nogueira
Tomaz Cisne de Fortaleza
Luiz Bento do Jati
                      Tailene Nogueira da Fazenda São Miguel , neta de Luiz de Cazuza
Padre Agostinho
Ana Gleide e Manoel Severo
Junior Almeida e a Caravana Cariri Cangaço na Serra Vermelha

Eram por volta das 10h da manha quando a Caravana Cariri Cangaço chegou às terras da Serra Vermelha, à casa grande da fazenda de Zé Nogueira. Mais de 200 pesquisadores de todo o Brasil acercaram todos os espaços do "terreiro" da casa grande e capela do lugar. Os anfitriões; João Nogueira Neto e Saturnino Alves Nogueira, descendentes diretos do Major João Nogueira e do próprio Zé Nogueira. Com o passar do tempo e as inúmeras histórias ouvidas dos parentes, faziam dos anfitriões fontes importantes dos episódios acontecidos ali e além...  

A imponente Serra Vermelha
Quirino Silva e Célia Maria
Casa de Zé Nogueira na Serra Vermelha
Manoel Severo e o Teatro de Nazaré do Pico na Serra Vermelha
Caatinga brava da Serra Vermelha...
Extraordinário Grupo de Teatro de Nazaré do Pico


"Sem dúvidas um dos momentos altos de nossa visita a Serra Vermelha foi a extraordinária apresentação do Grupo de Teatro de Nazaré do Pico, que tem o amigo Zinho Flor como grande incentivador, eles encenaram o episódio do assassinato covarde de Zé Nogueira por Antônio Ferreira, irmão de Lampião" comenta Manoel Severo
Nazarenos: Presença forte na Serra Vermelha com o Cariri Cangaço
Nivaldo Pereira, Ranayse e Yasmim Almeida, Joao Nogueira Neto, 
Padre Agostinho, Amélia Araújo
Valdir Nogueira, vereador Pinheiro, Leonardo Gominho, Joao Nogueira Neto,
 Luiz Ferraz e Luís Bento
Manoel Severo ao lado do Grupo de Teatro de Nazaré do Pico na Serra Vermelha
Divanildo de Olinda e os Nazarenos

Quem nos fala da Serra Vermelha é o pesquisador Luiz Ferraz, Conselheiro Cariri Cangaço, "não há nenhum estudioso do tema que nunca tenha lido sobre este nome. Foi ai na casa velha desta fazenda que nasceu o major João Alves Nogueira (ou João Barbosa Nogueira - filho este de Jose Barbosa Nogueira e Claudiana Maria das Virgens, esta filha de Francisco Alves da Fonseca Barros, da Barra do Exu), personagem crucial nas questões e vindictas familiares que ocasionaram o "ciclo do cangaceirismo".

E continua Luiz Ferraz, "Como era filho de um abastado e conceituado fazendeiro, João Nogueira, foi prometido e casou com uma prima legitima de nome, Bevenuta Pereira Nogueira, filha do fazendeiro Manoel Pereira da Silva e Sá (Manoel Senhor, da Passagem do Meio) e Úrsula Alves de Barros (esta também filha de Francisco Alves da Fonseca Barros, da Barra do Exu -  irmã de Úrsula, mãe de João Nogueira). Diante deste entrelaçamento entre Joao Nogueira e Bevenuta Pereira, surgiria uma rivalidade familiar sem precedentes entre os parentes de ambas as famílias. Disputa está que seria única e exclusivamente por causa da herança e do espólio do patriarca Francisco Pereira da Silva, fundador do próspero povoado de São Francisco e avô paterno de Bevenuta Pereira, esposa de João Nogueira."

Ivanildo Silveira e Padre Agostinho
Vereador Pinheiro, Nivaldo Pereira, Joao Nogueira Neto
Ivanildo Silveira e Padre Agostinho

"Como tradicionalmente acontece nas edições do Cariri Cangaço, também na fazenda Serra Vermelha da família Nogueira, houve a benção sacerdotal ministrada por nosso Capelão, padre Agostinho. Um momento solene que consolida e reflete o caráter da fé do sertanejo" comenta Ivanildo Silveira, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Natal.

Caravana Cariri Cangaço assiste a apresentação do Teatro de Nazaré do Pico
Onde o Brasil de Alma Nordestina se encontra
Clênio Novaes, Zé Bezerra, Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira, 
Luiz Antônio e Valdir Nogueira
Otavio Cardoso e Fagner Lopes
José Tavares e João Costa
Tailene Nogueira da fazenda São Miguel

E a história segue com Luiz Ferraz: "Sabendo que seria duro enfrentar uma questão com os cunhados (Pereiras) por uma maior participação na herança que cabia a sua esposa, o major João Nogueira, se valeu de seus familiares Alves de Barros/Carvalho. Era ele sobrinho do todo-poderoso, coronel Antônio Alves da Fonseca Barros (da Barra do Exu), na época chefe politico da numerosa família Carvalho e que fazia oposição politica a família Pereira. Foi este o ponto-chave da questão. Por ser o responsável pelas partilhas das heranças deixadas pelo pai (Francisco Pereira da Silva) e pelo irmão (Manoel Pereira da Silva e Sá), o ex-prefeito de Vila Bela (Serra Talhada), Manoel Pereira da Silva Jacobina (o Padre Pereira) seria o alvo principal. Em 16 de outubro de 1907, era ele assassinado em emboscada na Fazenda Poço do Amolar, próximo a vila de São Francisco. O crime recaiu de imediato para o major João Nogueira, como um dos mandantes, dando inicio assim a uma rixa familiar que atravessaria as fronteiras sertanejas" emenda Luiz Ferraz.

Célia Maria e o Teatro de Nazaré...o encontro da arte sertaneja
Mascotinho Henrique Novaes...
Luiz Antônio, Zé Tavares, Ciço do Pife, Tonny Gomes, Rossi Magne e Padre Agostinho
Rúbia Lóssio, Clênio Novaes, Joaquim Pereira, Zé Bezerra, Helga Diniz e Henrique Novaes
Luiz Gonzaga, Fagner Lopes e Manoel Severo
Hesdras Souto
Luiz Antônio, Fernando Ferraz e Leonardo Gominho
Flávio Motta, Gilmar Teixeira, Luma Holanda, Ângela e Luiz Ruben

"Inconformado com a morte de Padre Pereira, um sobrinho dele, Manoel Pereira da Silva Filho (Né Pereira - cunhado de João Nogueira), toma a frente na vingança familiar. Dias depois, ainda em outubro de 1907, são assassinados de emboscada Eustáquio Gomes de Sá Carvalho (primo legitimo de Antonio Clementino de Carvalho - Antônio Quelé) e Joaquim Alves Nogueira (rico-fazendeiro da Fazenda Tabuleiro - irmão de João Nogueira), talvez na cabeça de Né Pereira, o assassinato de Joaquim Nogueira foi no intuito de cessar parte dos recursos da família Alves Nogueira, para financiar e sustentar a questão contra eles. Já a morte de Eustáquio foi devido ele ter o mesmo perfil pacifico e de liderança sobre a família Carvalho, tal como Padre Pereira tinha sob a família Pereira.

A casa velha da Fazenda Serra Vermelha , fica exatamente as margens do Riacho São Domingos, menos de 1 km , da Fazenda Matinha e do Sitio Passagem das Pedras (onde nasceu Lampião). Do outro lado do Riacho São Domingos (bem pertinho da casa velha da Serra Vermelha) existe o cemitério local onde estão enterrados o major João Nogueira e Ze Saturnino (primeiro inimigo de Lampião).  
Lampião havia cercado a casa velha de Ze Nogueira para tocar fogo.
 Os irmãos Luiz e Raimundo na foto acima (já órfãos do pai assassinado por Antônio Ferreira) sustentaram o combate até que Lampião começou a incendiar a casa. Nisso, vendo a casa incendiada, os dois (Luiz e Raimundo) e mais um amigo (Ze Barros) e um morador (Zé Paixão) pularam no terreiro para se salvarem e correram. Ao pular a cerca, Zé Paixão foi ferido mortalmente. 
 Local onde o morador Zé Paixão foi ferido mortalmente após escapar do incêndio na casa velha da Serra Vermelha. 
Interior da Capela ao lado da casa ; aonde estão enterrados Luiz Alves Nogueira e Raimundo Alves Nogueira que combateram o bando de Lampião com 95 cangaceiros .
Parede com as marcas do incêndio de agosto de 1926.

E conclui Luiz Ferraz Filho: "Diante desta questão toda com toda a família Pereira, o major João Nogueira fez de sua casa na Fazenda Serra Vermelha uma "fortaleza de resistência" aos possíveis ataques dos cunhados (Né Pereira, Praxedes Pereira, Luiz Pereira, Quinca Pereira, Zé Menino, Joãozinho Pereira e depois Sinhô Pereira) e demais familiares da numerosa e poderosa família Pereira. Joao Nogueira era cunhado e inimigo mortal de Né Pereira e Sinhô Pereira. E foi justamente nesta casa ao pé da serra que dá o nome da secular fazenda, há cerca de 2 km da rodovia, que sentei no banco velho de aroeira e voltei no tempo onde a honra pessoal estava acima de qualquer sentimento de parentesco familiar."

Vereador Pinheiro e as boas vindas a Serra Vermelha
Jair Tavares, Conselheiro Cariri Cangaço
Edilma e Fábio Vila
Quirino e Célia
Leonardo Gominho e Fernando Ferraz
Célia Maria
Betinho Numeriano e Manoel Severo
Tonny Gomes e Manoel Severo
Erivelton e Silva

A Morte, a covardia, o terror...

José Nogueira estava voltando para sua Fazenda Serra Vermelha , ao chegar, pediu para um dos moradores ir avisar aos parentes e familiares que estava tudo bem com ele e que  estava em casa. E nisso, aproveitou para ir na vazante (plantação no baixio) olhar uma cacimba que abastecia o lugar. Depois de algum tempo lá, José Nogueira recebeu um recado de Antônia Isabel da Conceição (Isabel de Luís Preto) que inocentemente disse que a força volante de Nazaré (comandada por Manoel Neto) estava no terreiro da casa esperando ele. Desconfiado, José Nogueira ainda perguntou: - Tem certeza que é a força ?. Tenho sim, respondeu Isabel. 

Ao subir da cacimba em direção ao terreiro da casa, José Nogueira avistou o bando de Lampião com 45 cangaceiros enfurecidos após sairem derrotados na tentativa de invasão ao povoado de Nazaré do Pico. Homem de firmeza, continuou José Nogueira o trajeto mesmo sabendo que dificilmente escaparia da morte. Nisso, o cangaceiro Antônio Ferreira, aproximou-se dele e falou: - É hoje José Nogueira ao que respondeu: - Seja o que Deus quiser. 

Lampião mandou todos baixarem as armas e começou a conversar com o velho fazendeiro. Após a palestra, Lampião observou ele muito cansado, doente e asmático, liberando o fazendeiro. Deu voz de reunir e começou a seguir no destino da caatinga quando escutou um tiro. Tinha sido o cangaceiro Antônio Ferreira que havia covardemente atirado nas costas de José Nogueira. Vendo o ocorrido, Lampião reclamou dizendo que o velho estava doente e quase "morto". Então, Antônio Ferreira (que era irmão mais velho de Lampião) falou:

- Matei , tá morto e pronto. 

Era 26 de fevereiro de 1926. Calçou Antônio Ferreira as alpercatas (sandalias de couro) do falecido e seguiu junto ao bando caatinha a dentro. Segundo o fazendeiro João Nogueira Neto (neto de José Nogueira), durante anos o local onde o avô paterno foi assassinado ficou manchado com o sangue nas pedras. No local, os filhos do fazendeiro depois fincaram uma cruz para demarcar a tragedia. O corpo de José Nogueira foi enterrado no dia seguinte, do outro lado do riacho, no cemitério da Serra Vermelha. Deixou ele a viúva Francisca Nogueira de Barros (Dona Dozinha, tia dele) e sete filhos. 

Casa de José Nogueira
Capela da Serra Vermelha
Ranayse Almeida, Rúbia Lóssio e Yasmim Almeida
Quirino Silva
Ana Gleide, Amelia Araujo e Márcia Nogueira
Denis Carvalho, Valdir Nogueira e Onofre Lacerda
Padre Agostinho
Primo, Vereador Pinheiro, Fagner Lopes, Saturnino Alves , 
Valdir Nogueira, Ivanildo Silveira e Jorge Remígio

Oswaldo e Zé Tavares

"Nunca tinha vindo tanto escritor junto aqui na Serra Vermelha, rapaz esse Cariri Cangaço é um negócio impressionante, e agente fica feliz por poder contar a verdadeira história de como tudo aconteceu aqui por essas terras, desde os tempos dos nossos avós" lembra João Nogueira Neto, anfitrião da Caravana Cariri Cangaço na Serra Vermelha.

"A grandeza do Cariri Cangaço em proporcionar um momento histórico como esse, trazendo esse numero extraordinário de pesquisadores para essas visitas de campo, para conhecer de perto os detalhes dos episódios que muitos só conhecem através dos livros, é sem dúvida algo a ser comemorado", comenta Valdir Nogueira, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de São José de Belmonte.

João Costa, Manoel Severo e Zé Tavares
Ciço do Pife

Encenação da morte de Zé Nogueira
Roberto Batista, Carlos Alberto e Manoel Severo
André Nunes e Luciano Costa
Maria do Socorro Pereira Diniz e Joaquim Pereira
Getulio Bezerra, Jorge Figueiredo e Marcus Vinicius
João Costa, Manoel Severo e Zé Tavares
Fabio Villa e Manoel Severo
Rossi Magne e Anita e Ivanildo Silveira
Geovanna Carneiro


"Essa manhã aqui na Serra Vermelha foi histórica, mais uma vez o Cariri Cangaço mostra a força que possui de congregar em torno da história do cangaço e do sertão pesquisadores de todos o Brasil que hoje se encontram aqui num cenário sensacional dos tempos de Lampião. Essa história do assassinato de Zé Nogueira é aterradora pelo requinte de perversidade por parte do cangaceiro Antônio Ferreira. Hoje ficara na história do Cariri Cangaço" comemora Jorge Figueiredo, Conselheiro do Cariri Cangaço, de Entre Rios na Bahia.

Quirino Silva e João Costa
Padre Agostinho
Betinho Numeriano e Manoel Severo
Fagner Lopes
Nivaldo Pereira, Manoel Severo e Edson Araújo
Cariri Cangaço, território de grandes encontros
Junior Almeida e Luiz Antônio

"Não temos palavras para definir essa visita do Cariri Cangaço aqui na Serra Vermelha. Os anfitriões, seu João Nogueira Neto e seu Saturnino Alves, que nos receberam e nos passaram tantas informações importantes. O zelo e cuidado com toda a programação por parte da Comissão Organizadora que tem a frente Luiz Ferraz Filho, enfim, foi um dia espetacular para a história" revela Júnior Almeida, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Capoeira em Pernambuco.

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome  
13 de novembro de 2022 - Fazenda Serra Vermelha
Casa Grande de José Nogueira e Casa Grande do Major João Nogueira

José Saturnino, Luiz de Cazuza e a Festa do Cariri Cangaço na Fazenda São Miguel


Cariri Cangaço e a Festa na Fazenda São Miguel

Ainda era o inicio da tarde do dia 13 de novembro de 2022, um domingo quente, terceiro dia de Cariri Cangaço Serra Telhada, eram quase 13 horas, o sol queimava alto nos céus da caatinga sertaneja das terras do Pajeú. A caravana Cariri Cangaço que havia partido no final da manhã da Serra Vermelha do Major João Nogueira, chega a um dos mais tradicionais torrões sertanejos, a emblemática Fazenda São Miguel, berço das famílias Alves, Barros e Nogueira, terra do inesquecível Luiz Alves de Barros, ou, "seu Luiz de Cazuza".

Ali já havíamos estado em tantas outras oportunidades em caravanas da SBEC e do próprio Cariri Cangaço, bebendo da fonte; da fonte da sabedoria, simplicidade e imensa generosidade de um dos mais ilustres filhos, Luiz de Cazuza; que hoje é saudade e que iria ser homenageado nesta mesma tarde. Está em São Miguel é compartilhar de um cenário que é a mais pura manifestação da braba caatinga sertaneja, com toda sua vegetação exuberante, fauna e flora que se agigantam sertão adentro. Dali avistamos a majestosa Serra Vermelha, tão famosa e tão falada na vasta literatura do cangaço como também o aconchego geográfico com as não menos famosas, fazenda Pedreira, de Zé Saturnino e a Passagem das Pedras, berço de Virgulino Lampião. 

" ...de Serra Talhada é sair pela mesma rodovia que nos liga ao município de Floresta, cerca de 20 km de estrada vamos encontrar a "estrada José Saturnino", agora é entrar a esquerda e rodar mais uns 4 a 5 km até chegar ao Sítio Passagem das Pedras,  e logo em seguida a Fazenda São Miguel"

Luiz de Cazuza e Zé Alves Sobrinho, dois dos ilustres homenagens no Cariri Cangaço Serra Talhada 2022 na fazenda São Miguel

A Caravana Cariri Cangaço foi recepcionada pela generosidade conhecida das famílias; Alves, Barros , Nogueira; ali, a segunda, terceira e quarta gerações desta extraordinária família sertaneja recebeu os pesquisadores de todo o Brasil para mais uma autêntica e extraordinária festa da alma sertaneja do Cariri Cangaço.

O primeiro compromisso da programação foi a doação de mais de 350 exemplares de livros sobre as temáticas nordestinas à Biblioteca Comunitária Luiz de Cazuza; doação de inúmeros escritores e pesquisadores do Cariri Cangaço e da ABLAC. A doação foi oficializada pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, pelo presidente da ABLAC , Archimedes Marques e esposa, secretária da ABLAC, Elane Marques.

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço e as boas vindas na Fazenda São Miguel
Conselheira Cariri Cangaço Ana Gleide faz a leitura da Comenda 
Conselheiros Cariri Cangaço, Ana Gleide e Ângelo Osmiro, entregam a comenda de "Equipamento Imprescindível à Cultura do Sertão"
 à Biblioteca Comunitária Luiz de Cazuza
Junior Almeida, Ranayse Almeida, Assisão e Yasmim
Valdir Nogueira e Hesdras Souto

O segundo momento da programação marcou a entrega da Comenda de "Equipamento Imprescindível à Cultura do Sertão" à Biblioteca Comunitária Luiz de Cazuza, comenda essa, concedida pelo Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço e que foi entregue pelos Conselheiros Ângelo Osmiro e Ana Gleide Leal aos descendentes de seu Luiz de Cazuza, mantenedores da biblioteca. "A ABLAC se une ao Cariri Cangaço nesse momento de reconhecimento pleno ao grande papel que desempenha a Biblioteca Luiz de Cazuza não só aqui no São Miguel, mas em toda região" assevera Archimedes Marques, presidente da ABLAC e Conselheiro Cariri Cangaço.

A Biblioteca... 
Inaugurada em 18 de maio de 2018, a Biblioteca Comunitária Luiz de Cazuza, na  Fazenda São Miguel, no distrito Logradouro, município de Serra Talhada, mantem um espetacular acervo sobre as temáticas ligadas ao sertão e atende não só aos moradores do distrito, mas a toda região. A iniciativa foi da Associação Comunitária do São Miguel com os familiares e amigos do patrono; Antônio Filho Neto, José Alves Sobrinho, Espedito Alves de Barros, Paulo Medeiros Gastão e o vereador Francisco Pinheiro de Barros, dentre outros. A biblioteca já conta com um acervo de mais de 3000 exemplares, disponíveis para a consulta da comunidade. O espaço possui ainda computadores, sala de leitura e espaço para palestras. A iniciativa é mantida pelos familiares e moradores do local.

Conselheiro Cariri Cangaço Junior Almeida
Tailene Nogueira, neta de seu Luiz de Cazuza

A tarde quente de novembro reservava o almoço e as demais homenagens para o Clube da Fazenda Miguel, ali ao lado da biblioteca e das residências da família. O cardápio traduzia a espetacular hospitalidade típica de nosso sertão, o bode, o carneiro assado, o baião, a macaxeira, a paçoca, a galinha caipira, podiam ser brindados com uma boa pinga da região ou uma cerveja gelada para amansar o sol brabo e ao som do autentico forró pé de serra a programação seguiu com as homenagens da tarde.

Conselheiro Cariri Cangaço Ângelo Osmiro e a homenagem do Conselho 
à memória de seu Luiz de Cazuza
Conselheiros Cariri Cangaço, Ângelo Osmiro e Leonardo Gominho passam às mãos dos descendentes de seu Luiz de Cazuza a Comenda "Personalidade Eterna do Sertão" in memoriam a Luiz Alves de Barros - "seu Luiz de Cazuza"

Ângelo Osmiro e seu Luiz de Cazuza

"Para nós do Cariri Cangaço, do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e para mim especialmente, é uma grande honra entregar essa Comenda que homenageia seu Luiz de Cazuza, ainda mais nesta solenidade do Cariri Cangaço aqui no São Miguel, ao lado de seus filhos, netos, enfim. Estive aqui por muitas vezes e sempre fui acolhido por seu Luiz e sua familia como um próprio membro da sua família, e essas demonstrações de afeto e respeito, levamos por toda vida. Seu Luiz de Cazuza já não está conosco fisicamente, mas de onde estiver esta celebrando a força a alma nordestina nesta tarde", testemunha Ângelo Osmiro, presidente do GECC e Conselheiro Cariri Cangaço. Seu Luiz de Cazuza veio a faleceu no dia 28 de março de 2011.

A tarde seguiu com as homenagens prestadas pelo Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço. Para um plateia que lotou o Clube de São Miguel, reunindo familiares dos homenageados e pesquisadores de todo o Brasil, foi concedido a Comenda "Personalidade Eterna do Sertão" in memoriam a Luiz Alves de Barros - "seu Luiz de Cazuza", e logo em seguida foi concedida a Comenda "Mérito Cultural Cariri Cangaço" in memoriam ao pesquisador e escritor José Alves Sobrinho. "Zé Alves era um sujeito extraordinário, um amigo exemplar, um entusiasta do Cariri Cangaço, hoje homenageamos não só a sua obra mas a sua figura humana que deixou um legado invejável" comenta entrega a esposa, dona Iraci Magalhães e a Dayanne Magalhães Alves.

Ângelo Osmiro e a homenagem do Cariri Cangaço a seu Luiz de Cazuza
na foto: Luiz Ferraz , dona Valdete, dona Maria Sueli, dona Marina, dona Aurita, 
Dogival Alves, Lourinaldo Barros, Ângelo Osmiro, Dona Maria Anete, 
Leonardo Gominho, Vereador Pinheiro e Manoel Severo
Descendentes de Luiz de Cazuza recebem Comenda do Cariri Cangaço
Dona Iraci Magalhães e Dayanne Magalhães Alves, recebem a Comenda em homenagem ao escritor José Alves Sobrinho, das mãos do Conselheiro Cariri Cangaço João de Sousa Lima e dos pesquisadores Magno Araújo e Hesdras Souto.

Ato contínuo foi a vez de um dos mais autênticos representantes do forró genuinamente sertanejo, receber a Comenda do "Mérito Cultural Cariri Cangaço". Subia ao palco   Francisco de Assis Nogueira, o famoso cantor e compositor, Assisão; filho da Fazenda São Miguel. 

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço e a homenagem ao grande artista Assisão
Conselheiros Cariri Cangaço; Vilson da Piçarra, Moustafa Veras e Joaquim Pereira, entregam comenda do "Mérito Cultural Cariri Cangaço". 
Subia ao palco Francisco de Assis Nogueira, o famoso Assisão. 
Assisão e Manoel Severo no Clube São Miguel

"Assisão é um verdadeiro patrimônio, não só do São Miguel ou mesmo de Serra Talhada, mas de todo o nordeste para nós que fazemos o Cariri Cangaço é uma enorme honra e uma alegria poder homenageá-lo na tarde de hoje nesta festa inesquecível" fala Betinho Numeriano , pesquisador do Cariri Cangaço da cidade de Floresta. 

Assisão e a emoção da homenagem prestada pelo Cariri Cangaço.

Francisco De Assis Nogueira, mais conhecido por Assisão, nasceu na Fazenda São Miguel, zona rural de em Serra Talhada em 05 de Maio de 1941, conhecido pela sua dedicação ao forró, desde criança já mostrava talento para cantar e compor. Durante sua adolescência pensou em ser médico, chegou a ir para o Recife estudar no Colégio Salesiano, onde fez curso preparatório para prestar vestibular. Entretanto acabou desistindo antes da conclusão e voltou para sua terra natal, onde permanece até hoje.

O cantor faz parte de uma geração de forrozeiros, que são os baluartes do verdadeiro forró, o original, aquele de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, do Trio Nordestino e de Dominguinhos. Sua carreira iniciou em 1962, quando gravou um compacto com quatro músicas de sua autoria. Nesta época ele fazia parte do grupo Azes do Baião. Na década de 1970 tornou-se conhecido nacionalmente, quando assumiu seu apelido Assisão".


José Alves de Barros , ou Zé Saturnino, da fazenda Pedreira, primeiro inimigo de Lampião


"José Saturnino foi um ser humano com virtudes e defeitos como qualquer pessoa normal. Um homem honrado, um  cidadão de bem, honesto e respeitado que teve a desventura de ter sido o primeiro inimigo de Virgolino Ferreira da Silva, O Lampião...

 Como nasceu a amizade entre José Saturnino e Lampião?

"Seus pais eram amigos e vizinhos. Saturnino Alves de Barros e Alexandrina Gomes de Moura, pais de José Saturnino eram padrinhos de batismo de Antônio Ferreira, irmão de Lampião e testemunhas do casamento civil dos pais de Virgolino Ferreira da Silva. Foram criados brincando juntos e foi nesse contexto que nasceu a amizade entre os dois e permaneceu firme até a primeira desavença entre eles, em 1914." 

Qual foi o motivo para o desentendimento inicial entre os dois?

"A primeira desavença entre José Saturnino e Virgolino Ferreira aconteceu no início do ano de 1914, tendo como principal motivo a quebra, por parte José Saturnino, de um acerto entre eles, na pega de uma novilha indomada. Depois desse episódio, vários outros se sucederam ..." Por que José Saturnino é considerado injustiçado?

"Zé Saturnino sentia-se injustiçado quando o seu nome era citado em livros, jornais e revistas como sendo o responsável pelo ingresso de Virgolino Ferreira no Cangaço e pelo fato de alguns escritores e jornalistas não publicarem as entrevistas feitas com ele e, quando o faziam, suas palavras eram distorcidas com objetivo de colocá-lo na condição de vilão e Lampião na de herói."


José Saturnino, veio a falecer aos 87 anos no dia 05 de agosto de 1981 em sua propriedade, a fazenda Maniçoba


 Escritor Antônio Neto,  autor do livro "Pegadas de Um Sertanejo. Vida e Memórias de José Saturnino" em entrevista ao Projeto Divulga Escritor da revistaacademicaonline


Conselheiros Cariri Cangaço, Manoel Belarmino, Clênio Novaes e Calixto Junior para a homenagem a Zé Saturnino, primeiro inimigo de Lampião
Conselheiros Cariri Cangaço, Manoel Belarmino, Clênio Novaes e Calixto Junior passam às mãos dos descendentes de José Saturnino a Comenda de "Personagem Histórica do Sertão" in memoriam.
Luiz Pinheiro de Barros, Expedito Alves de Barros, Pedro Alves de Barros e Francisco Pinheiro de Barros; recebem Comenda do Cariri Cangaço em homenagem a Zé Saturnino
Conselheiro Cariri Cangaço Clênio Novaes

Encerrando a tarde de homenagens, o Cariri Cangaço concedeu a Comenda "Personagem Histórica do Sertão" in memoriam,  a um dos mais importantes personagens de toda a saga cangaceira da era lampiônica. Foi homenageado José Alves de Barros, ou, José Saturnino , "primeiro inimigo" de Lampião.

Conselheiro Cariri Cangaço Luiz Ferraz Filho saúda os homenageados
Valdete, Junior Almeida, Tailene Nogueira e Fred Santos
José Bezerra, Joaquim Pereira, Junior Almeida, 
Clênio Novaes e Expedito Pinheiro

"A Visita de agora à célebre Fazenda São Miguel; enraizada na cultura nordestina através da linda canção de Antônio Barros na voz do filho da terra, Assisão; e sermos recebidos pelos filhos de Luiz de Cazuza e com netos de Zé Saturnino, visitar a Biblioteca Luiz de Cazuza, é uma grande alegria para todos nós do Cariri Cangaço" confirma Luiz Ferraz Filho.

Vereador Pinheiro fala em nome dos homenageados

"Hoje é um dia histórico para o São Miguel, receber o amigo Manoel Severo e essa extraordinária familia Cariri Cangaço, pesquisadores de todo o Brasil, nos enche a todos de muita honra e imensa alegria. Em meu nome , de toda família e de todos os homenageados, agradecemos ao meu grande amigo Severo e a todos que fazem o Cariri Cangaço"
Vereador Francisco Pinheiro de Barros.

Ao final das homenagens seguiu-se as bênçãos sacerdotais às dependências do Clube e de toda fazenda São Miguel pelo capelão do Cariri Cangaço, Padre Agostinho.
A festa do Cariri Cangaço na fazenda São Miguel
Clênio Novaes e Helga Diniz

Pisar as terras da Fazenda São Miguel, berço de seu Luiz de Cazuza, as terras da Passagem das Pedras, das Pedreiras... onde nasceram José Saturnino e Virgulino Ferreira da Silva, ambas na antiga Vila Bela, atual Serra Talhada na belíssima região da Serra Vermelha é como voltar no tempo para compreender como tudo começou e entender de fato histórico desse conflito secular, a briga entre os dois amigos que se tornariam os maiores inimigos e o surgimento do maior cangaceiro de todos os tempos.

E o Forró tomou conta do São Miguel...

Capitão Quirino e Célia Maria
Assisão e Banda
Tailene Nogueira e o forro pé de serra
Cariri Cangaço, Território de Festa e de Grandes Encontros...

Reminiscências da Memória...

SBEC, GECC e CARIRI CANGAÇO, várias trilhas percorridas na Fazenda São Miguel

Cariri Cangaço na Fazenda São Miguel
Por: José Francisco


Forró na Fazenda São Miguel
Canal YouTube: Lampião Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome                                                  .....
13 de novembro de 2022 - Recepção na Fazenda São Miguel
Serra Talhada, Pernambuco


Calumbi - Serra Grande

Cariri Cangaço na Serra Grande

A segunda-feira, 14 de novembro de 2022, marcou o quarto dia do grande Cariri Cangaço Serra Talhada. A caravana composta de pesquisadores, escritores e entusiastas da temática, de 14 estado do Brasil, partiram para a cidade de Calumbi, ali a programação reservava a visita técnica seguida de conferência, ao cenário da maior batalha do cangaço: Serra Grande.

Luiz Antônio
Yasmim, Junior e Ranayse Almeida

Serra Grande, pedaço de chão encravado no sertão pernambucano de Virgulino Ferreira, serra enigmática com seus mais de 900 metros de altitude situada entre os municípios de Calumbi, Flores e Serra Talhada, no famoso Vale do Pajeú. Serra Grande, palco do maior combate que o cangaço de Lampião protagonizou ao longo de seus 20 anos de reinado.

Manoel Severo e as boas vindas no distrito de Varzinha
Os convidados vindos de toda a região começavam a chegar ao ponto de encontro na rodovia que interliga os municípios de Serra Talhada e Calumbi, na localidade de Monte Alegre em Varzinha, quando a municipalidade de Calumbi aguardava a todos para o credenciamento, sob o comando do Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e escritor Louro Teles. A recepção ficou a cargo do prefeito municipal de Calumbi, Joelson ,da Secretária Jacielma Silva e de equipe da gestão municipal. As boas vindas foram dadas pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa e pelo Prefeito Joelson. 

Caravana  Cariri Cangaço chega ao distrito de Varzinha

Bismarck Oliveira, Otavio Cardoso, Ivanildo Silveira e Fagner Lopes
Vilson da Piçarra, Francisca Ferraz e Isalete
Manoel Severo, Joaquim Pereira, Erivelton e Silva, José Alberto
João Costa e Zé Tavares
Marcus Vinícius, Luma Holanda e João de Sousa Lima
José Alberto, Zé Bezerra, Valdir Nogueira, Zé Tavares e Luiz Antônio
Junior Almeida e Anita Paixão

Os números são impressionantes até para aqueles que são afeitos ao estudo do fenômeno: 10 mortos, 14 feridos, quase 300 militares numa sanha desesperada em busca de dar fim a Virgulino com seus mais de 115 cangaceiros; foram cerca de 3 mil tiros em quase 10 horas de combate naquele longínquo 26 de novembro de 1926.

Fred Santos, Clênio Novaes, Vilson da Piçarra, Luiz Antonio, Zé Bezerra, Francisca Ferraz, Isalete, Risonete e Bismarck Oliveira e Amélia Araujo 
Quirino Silva e Célia Maria
Fagner Lopes, Roberto Batista, Otavio Cardoso, Clênio Novaes, Ivanildo Silveira, Nivaldo Pereira e Divanildo
Bismarck Oliveira e familia Siqueira: Família do Cangaceiro Luiz Pedro, do Retiro
Zé Bezerra, Clênio Novaes, Vilson da Piçarra e Bismarck Oliveira
Luiz Antônio e Rubelvan Lira
Gláucia Feitosa e Joseane Teles
João de Sousa Lima, Luma Holanda, Renata, Ivanildo Silveira, Bismarck e Risonete, Flávio, Célia e Quirino
Flávio, Vilson e Renata
Zé Bezerra, Joaquim Pereira e José Alberto
Manoel Severo e Simone 
Marcus Vinicius, Luma Holanda, João de Sousa e Manoel Severo

Eram cerca de 10 horas da manha quando o Cariri Cangaço chegou ao local onde seria apresentada a epopeia do Combate de Serra Grande. No palco central da programação o Conselheiro Cariri Cangaço, Louro Teles, certamente uma das maiores autoridades quando o assunto é o referido combate, capitaneou a conferencia que trouxe a todos os presentes os detalhes da trama; conferencia que contou ainda com as participações dos Conselheiros Cariri Cangaço, Ivanildo Silveira e Vilson da Piçarra.

Com a palavra Louro Teles: "aqui nesse distrito de Varzinha foi o local onde Lampião exigiu a entrega do resgate de 20 contos pelo sequestrado Pedro Paulo Magalhães Dias; inspetor da Standard Oil Company; ali também localizava-se a residência de Silvino Liberalino; que tinha sido subdelegado de Vila Bela, em 1911; local onde Lampião estacionou com seu bando antes do fogo e acabou levando o mesmo como refém."

Manoel Severo e prefeito Joilson
Manoel Severo e as boas vindas na Serra Grande
Secretária Jacielma, Rosinete e Bismarck, Manoel Severo, Prefeito Joelson, 
Felipe Teles, Vilson da Piçarra e Louro Teles
Manoel Severo e o Cariri Cangaço na Serra Grande

"O combate de Serra Grande vem situar-se entre duas das mais polêmicas passagens da saga do filho de seu Zé Ferreira, vulgo Lampião, a saber; em março do mesmo ano o rei dos cangaceiros visita Juazeiro do Norte para se integrar às forças dos Batalhões Patrióticos e receber fardamento e armas na Meca de padre Cícero Romão Batista e logo em seguida ao combate que ocorreu em novembro, escreveria a ousada carta ao governador de Pernambuco, Júlio de Melo, sugerindo a divisão do território pernambucano entre os dois."

Louro Teles e o maior combate do Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço Louro Teles e a visita a Serra Grande

"Serra Grande com quase dez horas de fogo serrado; com o combate iniciando depois das oito da manha e estendendo-se até o anoitecer, o que se viu foi a ampla vantagem numérica das forças volantes; que somavam quase 300 homens; ser pulverizada pela estratégia cangaceira, boa parte dela referente à extraordinária posição assumida pelo bando. As forças volantes sob o comando de Higino Belarmino e ainda contando com Arlindo Rocha, Manoel Neto e Euclides Flor acabaram sendo submetidas a um revés histórico com quase 30 soldados entre mortos e feridos. Entre as "vítimas morais" o destaque para o valoroso Arlindo Rocha; que teria comentado que os cangaceiros almoçariam bala e acabou recebendo um balaço no rosto que lhe fraturou o maxilar inferior; e o bravo nazareno Manoel Neto, que recebeu balaço nas duas pernas, além do episódio onde Euclides Flor recolocou ainda em combate as vísceras abdominais de Vicente Ferreira, ou Vicente Grande, baleado no estômago; desastre total para as forças volantes, enquanto no bando cangaceiro, nenhuma vítima registrada."

Conselheiro Cariri Cangaço Vilson da Piçarra e a presença de 
Arlindo Rocha no fogo da Serra Grande
Conselheiro Cariri Cangaço Ivanildo Silveira e os volantes mortos 
no fogo da Serra Grande
Padre Agostinho, capelão do Cariri Cangaço, e as bênçãos sacerdotais na Serra Grande

O Brasil de Alma Nordestina tinha um encontro com a maior batalha do cangaço de Virgulino Ferreira: O Fogo de Serra Grande

Geovanna Carneiro
Zé Tavares
Renata, Gláucia e Felipe
Padre Agostinho e Ana Gleide
Simone e a obra prima de Louro Teles
João Costa
Getúlio Bezerra
Anita, Rossi Magne e Niécio Ferraz
João Andrade, Joaquim Pereira e Manoel Severo
Gilmar Teixeira


.Cariri Cangaço Calumbi 2022 - O Combate de Serra Grande 
Canal YouTube: Lampião Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco

TAMBORIL

Cariri Cangaço Calumbi 2022 em Tamborilvisita à casa do Senhor Francisco Braz no Sitío Tamboril, para onde foram levados os soldados baleados na Serra Grande

Depois da visita ao primeiro cenário da maior batalha do cangaço de todos os tempos, a caravana Cariri Cangaço seguiu para a localidade de Tamboril. "Aqui em Tamboril, Severo, foi justamente onde Lampião dormiu com seus cabras na véspera do combate, dormiu num engenho do outro lado da estrada de onde estamos e aqui nesta casa, chegaram ao amanhecer, as tropas volantes; por pouco não pegaram os cangaceiros aqui mesmo, daqui saíram no encalço do grupo e no final do dia, para esse alpendre, trouxeram os 14 soldados baleados no fogo da Serra Grande, foi um desmantelo..." completa Louro Teles.

Localidade de Tamboril, em Calumbi
Tamboril: nestas baixas Lampião dormiu na véspera do fogo da Serra Grande 

O Pilão
Pilão usado pelas forças volantes para atender aos feridos da Serra Grande;
O pilão onde foram preparada a beberagem remédio para os soldados feridos, "Não sobrou nenhum pintos desse terreiro, todos foram pisados com água no pilão e dai os soldados tomaram para vomitar e colocar tudo o que não prestava para fora..."

A casa do Senhor Francisco Braz no Sitio Tamboril, para onde foram levados os 14 soldados baleados na Serra Grande acabou se tornando um grande hospital. Entre os baleados levados ao lugar estavam Arlindo Rocha; colocado deitado em um banco de madeira e Mané Neto, que acabou deitando no chão junto ao banco. Dali enviam comunicado ao comando em Vila Bela. De Vila Bela parte o  major Theófhanes Ferraz Torres, que chega ao Tamboril com um comboio de cinco caminhões para transportar as volantes e os feridos para Vila Bela.

 
Cariri Cangaço Calumbi 2022 - Tamboril e o Combate de Serra Grande 
Canal YouTube: Lampião Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco

...de Tamboril o Cariri Cangaço parte para a sede de Calumbi


Depois das visitas técnicas ao cenário do maior combate do cangaço; Serra Grande; e da passagem pelo emblemático sítio Tamboril: A Casa dos Baleados; a caravana Cariri Cangaço chega à sede do município de Calumbi, recebidos em grande estilo pelo Conselheiro Cariri Cangaço Louro Teles, o prefeito Joílson e pela secretária Jacielma, em mais uma grande festa da alma nordestina.

Banda Marcial municipal em desfile pelas ruas de Calumbi ao lado da 
caravana Cariri Cangaço

Em Calumbi, recepcionados pela Banda Marcial municipal, a caravana Cariri Cangaço percorreu as principais ruas do centro em direção ao Museu do Cangaço de Calumbi; antigo sonho do pesquisador Louro Teles, inaugurado justamente nesta tarde histórica do Cariri Cangaço em Calumbi. "Testemunharmos a realização de um sonho há tanto tempo acalentado pelo querido irmão Louro Teles, sonho esse ao qual dedicou boa parte de sua vida e recursos próprios, ver a inauguração do Museu do Cangaço de Calumbi, propriedade de Louro Teles, dentro da Programação do Cariri Cangaço, é uma honra sem tamanho", confessa Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.

Joao de Sousa, Louro Teles, Manoel Severo e Jacielma na inauguração do 
Museu do Cangaço de Calumbi
Joaquim Pereira, Ivanildo Silveira, Manoel Severo, Louro Teles, Roberto, João de Sousa, Francisca , Niecio Ferraz e Zé Bezerra
Manoel Severo e Louro Teles , discurso na inauguração do Museu do Cangaço de Calumbi
Caravana Cariri Cangaço na Festa de Inauguração do Museu do Cangaço de Calumbi

A grande jornada do Cariri Cangaço em  Calumbi ainda reservava uma recepção seguida de almoço e solenidade de entrega de Diplomas na quadra esportiva da escola Edmilson Cordeiro, seguida de apresentações culturais tradicionais .

Rita Pinheiro a Garimpeira da Cultura
Conselheiros Cariri Cangaço, Valdir Nogueira e Jorge Remígio
Rita Pinheiro, Prefeito Joilson e Secretária Jacielma
Poeta Rossi Magne
Manoel Severo
Manoel Severo e prefeito Joílson

Cariri Cangaço Calumbi 2022 - Festa na Recepção em Calumbi
Canal YouTube: Lampião Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome  .                                                       .....
14 de novembro de 2022 - Município de Calumbi
Visita ao Cenário da Batalha de Serra Grande
Visita ao Sítio Tamboril
Recepção na sede da cidade -  Museu do Cangaço de Calumbi
Quadra Esportiva Escola Edmilson Cordeiro



A noite de encerramento do grande Cariri Cangaço Serra Talhada 2022 também teve como cenário o plenário da Câmara Municipal. Capitaneados por Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho, os convidados de todo o Brasil acompanharam o lançamento de 14 obras literárias sobre a temática. Cada autor apresentou seu livro numa noite antológica.

Marcus Vinicius e o cordel "Ode a Vila Bela"

No início tivemos a apresentação do cordel "Ode a Vila Bela", de autoria do Conselheiro Cariri Cangaço Marcus Vinícius da cidade de Paulo Afonso na Bahia, em seguida o curador do Cariri Cangaço passou a apresentação de todos os autores presentes. "Já realizamos nestes 13 anos de Cariri Cangaço, cerca de 70 lançamentos e relançamento de livros, mas hoje registramos um recorde com 14 obras em um só evento, isso nos enche de satisfação" revela Manoel Severo.

Ângelo Osmiro, de Fortaleza, presidente do GECC, lançou sua mais nova obra: 
"Lampião & Benjamim Abrahão"
João de Sousa Lima, de Paulo Afonso, presidente do IHGPA, lançou
 "A Biografia de Maria Bonita"

Os Conselheiros Cariri Cangaço; Ângelo Osmiro, de Fortaleza, presidente do GECC, lançou sua mais nova obra: "Lampião & Benjamim Abrahão"; João de Sousa Lima, de Paulo Afonso, presidente do IHGPA, lançou "A Biografia de Maria Bonita"; Luma Holanda, de João Pessoa trouxe "Lugares de Memórias"; Bismarck Martins, de Pocinhos, vice-presidente do GPEC, lançou "As Forças Volantes - Os Homens que Combateram Lampião - de A a Z".

Luma Holanda, de João Pessoa trouxe "Lugares de Memórias"
 Bismarck Martins, de Pocinhos, vice-presidente do GPEC, lançou "As Forças Volantes - Os Homens que Combateram Lampião - de A a Z"

O Conselheiro Cariri Cangaço Luiz Ruben Bonfim, de Recife, realizou o lançamento em conjunto de quatro novos livros: "Lampião e Seus Cangaceiros - 1920 a 1940 Caderno de Anotações" , "Lampião e a Revolução de 1930", "Lampião em 1931 - O Imperador dos Sertões" e " Lampião em 1932 - O Terror dos Sertões".

Conselheiro Cariri Cangaço Luiz Ruben Bonfim, de Recife, realizou o lançamento em conjunto de quatro novos livros
Hesdras Souto, de Tuparetama trouxe seu "De Princesa a New York: A História da Revolta de Princesa contada a partir das notícias do Jornal The New York Times"

Abrilhantando ainda mais a noite de lançamentos, os escritores Hesdras Souto, de Tuparetama trouxe seu "De Princesa a New York: A História da Revolta de Princesa contada a partir das notícias do Jornal The New York Times"; já o escritor José Márcio, de Jardim, lançou "Jardim - De João Calangro a Lampião"; Israel Maria, de Caicó no Rio Grande do Norte lançou "O Tiro que Matou Lampião.

Israel Maria, de Caicó no Rio Grande do Norte lançou 
"O Tiro que Matou Lampião"
Rubelvan Lira, de Nazaré do Pico trouxe a mais nova edição da obra de seu pai, Tenente João Gomes de Lira, "Lampião - Memória de um Soldado de Volante" 

Adriano Carvalho, de Jardim, apresentaria também no evento, "Sertanejos e Cangaceiros" do grande escritor Abelardo Parreira; Rubelvan Lira, de Nazaré do Pico trouxe a mais nova edição da obra de seu pai, Tenente João Gomes de Lira, "Lampião - Memória de um Soldado de Volante" e o poeta e escritor Nando Poeta, de Natal, lançou seu mais novo livro "Dias-Noites-Madrugadas: Vida, Paixão e Sangue no Sertão do Cangaço.

Nando Poeta, de Natal, lançou seu mais novo livro "Dias-Noites-Madrugadas: Vida, Paixão e Sangue no Sertão do Cangaço".

"Para nós que fazemos o Cariri Cangaço, uma noite como a que testemunhamos hoje aqui no encerramento do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022, nos enche de entusiasmo, foram 14 lançamentos, tanto reunindo consagrados pesquisadores e escritores como escritores da nova geração, muito bom mesmo. O Cariri Cangaço tem se notabilizado pelo incentivo e apoio sempre" confirma o Conselheiro Cariri Cangaço, Luiz Ferraz Filho.

Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome  .                                                       .....
14 de novembro de 2022 - Noite de Lançamentos
Câmara Municipal de Serra Talhad

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