Melquíades lança em Fortaleza.



Fortaleza terá a honra de receber mais um grande lançamento da literatura ligada ao Cangaço; neste terça-feira a partir das 19 horas na Editora IMEPH; à rua Carlos Vasconcelos, 1926 , na Aldeota , o escritor e pesquisador Melquíades Pinto Paiva lança seu mais novo trabalho:
"CANGAÇO, uma ampla bibliografia comentada"
Imperdível !!!

Cariri Cangaço
 

GPEC se reune em João Pessoa Por:Narciso Dias

Grupo GPEC da Paraíba

O Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço - GPEC , promoveu na noite da última terça-feira, dia 24, mais uma reunião ordinária. As presenças de vários amigos dentre eles Celestino Sousa ( Neto do Maj. Zé Inácio do Barro). A reunião foi realizada na casa do confrade Demétrius ,bisneto de Zé Inácio , e também José Otávio Maia, grande conhecedor da história na região de Catolé do Rocha-PB.

Foi exibido o filme de Benjamim Abraão, bem como uma  sequencia de 75 fotos relacionadas ao cangaço. Em seguida um debate bem proveitoso. Grande abraço aos amigos.

Narciso Dias
O Volante/Cangaceiro  
Conselheiro Cariri Cangaço

Confirmado III Congresso Nacional do Cangaço Por:SBEC

Caros sócios e amigos da SBEC
Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço,

"CONFIRMADO"

O III CONGRESSO NACIONAL DO CANGAÇO SERÁ NA CIDADE DE
VITÓRIA DA CONQUISTA/BAHIA
NA SEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO DE 2013.

Os trabalhos de organização já começaram.

Divulguem.

Abraços,
Lemuel Rodrigues
PRESIDENTE DA SBEC

Natimorto Literário... Por:Antonio Sobrinho


Autor Archimedes Marques e Manoel Severo

Acabo de ler o livro "Lampião Contra o Mata Sete", e confesso, embora eu já considerasse o autor Archimedes Marques um bom escritor, que estou impressionado com a sua capacidade de, em frases e períodos tão longos, mas com clareza e objetividade, num linguajar até certo ponto jornalístico, sem perder de vista a técnica investigativa, fazendo disso, talvez, o maior "inquérito" de sua vida; formular argumentos tão lógicos, utilizando-se, inclusive, de forma constante, da ironia para dizer com humor das suas críticas e censuras aos ditos de Pedro Morais e, principalmente, para impor a este a obrigação de provar as suas acusações, ironia esta que também lhe serve para desvalorizar mais ainda o texto deste senhor. Trata-se de obra equilibrada, parecendo até que foi feita num só instante. Ao mesmo tempo, o novel escritor Archimedes Marques, inteligentemente, dividiu o ônus desta contestação com as principais vozes da historiografia do cangaço, sem falar do cuidado de não atingir moralmente a pessoa de Pedro Morais. 

Realmente, mesmo considerando a sua vasta experiência como delegado de polícia, a sua paixão pela cultura nordestina, notadamente o cangaço, associado a um impulso natural que conduz os homens de bem a insurgir-se contra as injustiças, confesso mais uma vez a minha grande e grata surpresa, até porque o autor construiu tudo isso em tão pouco tempo, visto que "Lampião, o Mata Sete" foi publicado um dia desses.Embora eu não seja um crítico literário, considero o livro LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE uma obra completa no seu propósito de rebater as mal intencionadas acusações de Pedro Morais, e tenho certeza de que os leitores estão se deleitando com tão boas explicações e excelentes raciocínios.

"Lampião Contra o Mata Sete", portanto, não apenas contesta de forma robusta e insofismável as aleivosias infundadas de Pedro Morais, mas condena este autor a viver doravante como um natimorto literário. Além do mais, o que é pior, o sentencia a ter que se explicar e ser criticado o resto da vida.Daqui pra frente, o escritor Archimedes Marques pode considerar-se inscrito nos anais da história do Cangaço, com todos os méritos, não apenas pelo ineditismo da sua obra, mas pela excepcional defesa que fez, em última análise, dessa história cultural nordestina, o que orgulha e enche de honra todos os sergipanos.Minhas efusivas congratulações!

Antonio Corrêa Sobrinho " tonisobrinho@uol.com.br 
(Advogado/escritor, autor do livro "O fim de Virgulino Lampião " O que disseram os Jornais sergipanos"

Um olhar mais apurado Por:Paulo Britto

Tenente João Bezerra 

O que dizer? Será a irreverência dos tempos atuais? Será a liberalidade desmedida e irresponsável, respaldada na impunidade? E o que pensar?
Em terra de cego quem tem um olho é rei? Não, em terra de cegos fura-se o próprio olho para comungar com eles.

Os cães ladram e a caravana passa? Não, os cães ladram, atacam e mordem, e a caravana passa molestada e desmerecida. Vemo-nos agora submetidos à anticultura que confunde e desnorteia os menos informados que anseiam conhecer a verdade histórica e não têm o conhecimento necessário para excretar esses dejetos pseudo-literários. Abre-se espaço para as improbabilidades grotescas e desmedidas. Fomenta-se a irreverência, a ficção, a criatividade irresponsável, calcada em elucubrações, e devaneios de uma verdade insípida e renitente.

Deparamo-nos com escritos como: “Lampião, o invencível. Duas Vidas, duas mortes – O outro lado da Moeda” cheio de fundamentações infundadas, chegando ao absurdo de asseverar que o Lampião, morto na Grota do Angico, era um sósia: “arranjar o dublê de Lampião – um ladrão de cavalo preso em Alagoas adequado ao papel pela cegueira do olho direito”. Enquanto Maria Bonita, sua companheira, era “representada por um jovem (um homem, portanto), cujas feições lembravam as de quem ia tomar o lugar”. A despeito de todas as identificações feitas, não se conseguira descobrir que Maria Bonita era um homem.

No escrito “Lampião o mata sete”, que mexeu com o mito Lampião, causando grande rebuliço no ceio dos cangaceirólogos, coloca Virgulino Ferreira da Silva como homossexual, conivente com um romance entre a sua companheira e o seu mais fiel cangaceiro (Luiz Pedro do Retiro) de inúmeros combates. A verdade é que por mais que se antagonize o Rei do Cangaço, se chegar a alegações dessa natureza, choca os reais escritores e revolta os familiares.

Primeiro Cruzeiro em Angico

Agora, recentemente, nos vemos diante de mais um escrito, “A OUTRA FACE DO CANGAÇO - VIDA E MORTE DE UM PRAÇA”, que ao invés de procurar ressaltar a vida militar e morte do praça, ocorrida durante o combate de Angico, muda o foco, e de forma primária se expõe ao lançar calúnias e controverter os fatos, seguindo a linha dos antecessores citados. Embora trafegando, com as suas pesquisas recentes, nos mesmos caminhos que tantos já percorreram – distando mais de 70 (setenta) anos do ocorrido – esse autor descobriu fatos que pesquisadores que buscaram informações no momento próximo ao ocorrido e ao longo desses anos todos não descobriram.

O pesquisador, data vênia os demais pesquisadores, em entrevistas inéditas com participantes do combate, que nas suas existências longevas, não se cansaram em atender o intrépido autor que, em tempestuosos pensamentos contraditórios e formulando perguntas capciosas de sua conveniência para que o entrevistado, em resposta, num gesto de olho ou canto de boca confirme fatos que os demais deixaram escapar.

No escrito, (i) o comandante da volante (João Bezerra) mata o seu desafeto (o Soldado Adrião) de outra volante, que com ele disputava o amor de uma prostituta; (ii) se vê obrigado a matar seu companheiro (Lampião) de noitadas de carteado; e (iii) que 02 dias anteriores ao combate de Angico, com este estava carteando na fazenda do seu sogro (Francisco Corrêa). Por aí segue na mácula, no total desvario e com o pleno desconhecimento das personalidades de Francisco Corrêa de Britto e do próprio João Bezerra.

Victor Júnior, Paulo Gastão e Paulo Britto em momento de Cariri Cangaço

A censura é incabível, antipática e reprovável, mas a liberalidade desmedida e caluniadora desvirtua os valores morais. O que teremos para oferecer aos nossos descendentes e almejar para o futuro? Em sua folha de serviços prestados à corporação, segue abaixo um resumo da vida do Coronel João Bezerra da Silva, comandante das volantes por hierarquia e por se fazer líder irretocável dos que ali estavam tomando parte no combate de 28 de julho de 1938, em Angico/SE:

No combate de Angico, como Primeiro Tenente, já havia; participado de 03 (três) expedições de guerra fora do Estado de Alagoas, nas revoluções de 1925, 1930 e 1932; nomeado 09 (nove) vezes delegado; recebido 09 (nove) elogios e louvores em boletins da corporação; exercido o cargo de Prefeito Interventor na Cidade de Piranhas/AL; cumprido várias missões especiais; e travado vários combates com cangaceiros, inclusive Lampião.
Ao longo dos seus 35 (trinta e cinco) anos de carreira militar, consta nos seus apontamentos:

·       12 (doze) nomeações como delegado; 02 (duas) vezes como subdelegado;  02 (duas) vezes subcomandante da corporação;  12 (doze) vezes comandante de unidades da corporação; 17 (dezessete) vezes citados em elogios e louvores em boletins;  03 (três) expedições de guerra da história do Brasil; e 11 (onze) combates com grupos de cangaceiros liderados por Luiz Pedro do Retiro, Corisco, Gato, Zé Baiano, Português, Manoel Moreno, Moita Brava e o próprio Lampião.

Homem que dentro dos padrões éticos de liberdade, igualdade e fraternidade, alcançou o grau 18 do filosofismo, dentro daquela que é conhecida como a consciência oculta da humanidade, a maçonaria. Para esse homem não pedimos acalentos e salamaleques, mas se não temos afinidade com o que é justo e correto, e não tivermos provas irrefutáveis, pela total falta de veracidade das informações, não conturbemos o trabalho daqueles que empenharam anos de estudos num esforço sobre-humano para preservar a história como ela realmente se desenvolveu.

E agora? Diante da perplexidade... Qual é a regra dos tempos atuais? A regra é não ter regra? Como sempre, me coloco à disposição e um forte abraço a todos os amigos desse conceituado blog.

Paulo Britto .'.
Filho do Tenente João Bezerra
Recife-PE

Osmiro Mata Sete Por:Angelo Osmiro


Antonio Amaury, Joao de Sousa, Angelo Osmiro e Leandro Cardoso

Há alguns meses foi lançado com bastante polemica, ao ponto de ter sido proibido pela Justiça, o livro Lampião o Mata Sete, trabalho muito contestado por todos os pesquisadores sensatos do tema Cangaço. Foi sugerido por alguns colegas que não se comprasse o livro em foco, entretanto não concordei com a idéia e procurei adquirir o trabalho, o que fiz através de um amigo na capital baiana onde o livro havia sido lançado. 

Como já expressei em vezes anteriores, em centenas de livros que li sobre o tema não encontrei um que se aproxime de tantas aberrações contidas nesse trabalho, um verdadeiro desserviço à pesquisa do cangaço. Archimedes Marques em trabalho de fôlego fez em seu livro de contestação Lampião Contra o Mata Sete o que a maioria dos pesquisadores queriam ter feito, um trabalho que acaba com qualquer tipo de duvidas, se é que chegou a existir, sobre a verdadeira personalidade de Lampião. 


Não se trata aqui de querer transformar Lampião num herói, até porque ele nunca foi, mas sim relatar os fatos o mais perto da verdade que for possível. Lampião foi um cangaceiro cruel, causou muitos danos ao sertanejo nordestino, assaltou, matou, castrou, infringiu a lei de varias maneiras, teve sete policias de estados diferentes em seu encalço por cerca de vinte anos, tornou-se famoso, foi tema de filmes, musicas e incontáveis livros, inclusive esse que quis transformar esse cruel e temível cangaceiro, contra todas as evidencias, em homossexual, corno manso e o pior, todos sabiam, inclusive seus comandados, e ninguém nunca disse nada. Todas essas aberrações e outras mais são rebatidas por Archimedes, item por item, não deixando duvidas quanto ao delírio que foi escrito no livro que ele vem contestar; o que faz com muita competência.Caro Archimedes, você não só atendeu as expectativas e atingiu os seus propósitos, como o fez com muita competência. Parabéns.


Ângelo Osmiro Barreto
Presidente GECC (Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará)
Conselheiro Cariri Cangaço

Mais reedições com a marca do Professor Pereira Por:Lampião Aceso

Kydelmir Dantas, Professor Pereira e Honório de Medeiros

Nosso confrade e colaborador Pereira, além de ser o sebista mais festejado do ramo, tomou a iniciativa e passou a desempenhar um maravilhoso serviço em pró da históriografia nordestina. O homi agora é editor de livros. No afã de resgatar obras principalmente as que estavam esgotadas a décadas, para que os colecionadores e pesquisadores possam adquirir as mesmas com qualidade e o principal "um preço acessível".

Eis aqui mais três rebentos, proporcionados pela parceria com os respectivos autores. Posteriormente vamos publicar uma entrevista realizada com o professor tratando de detalhes e propostas para familiares que detém os direitos autorais de um livro extinto nos catálogos ou você escritor que guarda na gaveta ou no pen drive uma obra do gênero e ainda busca condições de realizar o sonho da publicação do seu trabalho.

Lampião: Luta, Sangue e Coragem - Romance Histórico - Vilma Maciel - 2ª Edição.

A escritora Vilma Maciel nos oferece a 2ª Edição, atualizada e acrescida, do Romance Histórico Regional de primeira linha, “Lampião: Luta, Sangue e Coragem”,  em que  a autora criou as falas  fictícias para os personagens reais, pois Antônio, José Ferreira, Livino, José Saturnino, os Nazarenos, Corisco, Maria Bonita e demais personagens fazem parte da vida do Cap. Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Essa obra demandou milhares de horas de trabalho e recebeu uma atenção e zelo todo especial da autora, pois foi cuidadosamente elaborado, obedecendo à sequência  cronológica da vida e ações do rei do cangaço.

O romance inicia com a história de José Ferreira e Maria Lopes, os pais de Lampião;  segue narrando os primeiros desentendimentos dos irmãos Ferreiras com Zé Saturnino ; a mudança para Poço do Negro  e depois para Alagoas;  continua com a morte dos pais de Virgolino e sua entrada definitiva no cangaço, fazendo parte dos grupos de Antônio Matilde,  dos Porcinos e depois de Sinhô Pereira.

Com a ida de Sinhô Pereira para Goiás, Lampião assume definitivamente a chefia do grupo, que passou a aterrorizar  o interior de sete Estados nordestinos. Destaca a visita de Lampião ao Juazeiro do Padre Cícero, em 1926; sua ida para a Bahia em 1928.

Continua narrando a presença da mulher no Cangaço, iniciando com Maria Bonita a partir de 1930. A formação de um grande bando, divididos em pequenos grupos, chefiados por Corisco, Labareda, Zé Sereno, Virgínio, Moreno, entre outros. Segue com  a tragédia de Angico, em Sergipe, onde morreram Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros. Por último,  o morte de Corisco e o fim do cangaço no nordeste brasileiro em 1940.

Podemos destacar várias qualidades positivas nesse romance, como por exemplo, a escrita acessível e leitura agradável. Também destacamos a sua preocupação pedagógica de facilitar a compreensão e o entendimento dos fatos ocorridos durante o cangaço lampiônico, mesmo que o leitor seja um iniciante no estudo deste fenômeno.


Serviço
Livro "Lampião: Luta, Sangue e Coragem - Romance Histórico" - Vilma Maciel - 2ª Edição. 187 págs. R$ 33,00 (Trinta e três reais) com frete incluso.


Os Fuzilados do Leitão, Uma Revisão Histórica - Vilma Maciel -  2ª Edição.

O fato se passou no local denominado alto leitão em Barbalha no cariri cearense na madrugada do dia 5 de janeiro de 1928. Foram mortos os irmãos Miguel e Pedro Miranda, João Marcelino e Manoel Toalha, além do mais famoso deles, o cangaceiro "Lua Branca".

A professora e escritora Vilma Maciel, nesse seu trabalho “Os Fuzilados do Leitão,  Uma Revisão Histórica” procurou resgatar  a memória histórica dos conhecidos e afamados “Irmãos Marcelinos”, Bom de Veras, João Vinte e Dois e o cabra Lua Branca, que palmilharam o Cariri cearense, cometendo crimes cruéis.

Em seguida,  a autora narra com lucidez e competência, os fatos ocorridos naquela madrugada onde ocorre o assassinato e sepultamento de cinco pessoas no Alto do Leitão, acontecimento que ensejou o título desse trabalho.

Vejamos o comentário do cientista e escritor Melquíades Pinto Paiva no seu extraordinário  trabalho “Bibliografia Contada do Cangaço”. Vol. II: 52-53, 2002, sobre o livro
“Os Fuzilados do Leitão” aborda aspectos do Cangaço no sul do Ceará e Oeste de Pernambuco  -  vale do Cariri/chapada do Araripe e áreas limítrofes. Estuda o envolvimentos dos Coronéis com os bandidos  e ressalta que o cangaceirismo é um produto nefasto do coronelismo vigente no espaço considerado. Concede especial atenção ao bando dos Marcelinos, desde sua formação, reportando lutas e o final destroço, chefiado por Bom de Veras e contado com a participação dos irmãos João "Vinte e Dois" e "Lua Branca". Descreve o fuzilamento de cinco pessoas, na manhã de 05 de janeiro de 1928, pela escolta policial comandada pelo sargento José Antônio da Acauã no sítio Alto do Leitão, à margem da estrada da feira ligando Crato a Barbalha (estado do Ceará):  Os fuzilados foram Lua Branca, Manoel Toalha, Joaquim e João Gomes (irmãos) e Pedro Miranda. De maior importância são os depoimentos recolhidos sobre o fuzilamento e a transcrição de trechos do caderno de ocorrências deixado pelo coronel/prefeito de Jardim ( Estado do Ceará)  - Luís Aires de Alencar. Um outro destaque é o diálogo de Lampião com o coronel Chico Romão (Serrita - Estado de Pernambuco )”
 Depois desse esclarecedor comentário só nos resta desejar uma boa leitura, dessa obra, a todos.
                                                                
Serviço
"Os Fuzilados do Leitão, Uma Revisão Histórica" - Vilma Maciel -  2ª Edição. 86 págs. - R$ 25,00 (Vinte e cinco reais)  com frete incluso.

Para adquirir esses dois livros -  Autora: vil.maciel@zipmail.com.br  - Tel. (88) 9700 7008 - ou Editor: franpelima@bol.com.br Tel. (83) 9911 8286.

Antônio Silvino: O Cangaceiro, o Homem, o Mito - Sérgio Augusto S. Dantas - 2ª Edição.

Com primeira edição esgotada até mesmo em sebos um dos melhores tratados sobre o governador so sertão está ao seu alcance. Manoel Baptista de Moraes, celebrizado no cangaço como Antônio Silvino, foi o mais famoso antecessor de Virgolino Ferreira, o Lampião, nas guerras da caatinga, no alvorecer do Século XX. O período de atuação de Silvino vai de 1897 a 1914, quando é ferido em combate com a Polícia e, posteriormente, preso. O livro Antônio Silvino: O Cangaceiro, O Homem, O Mito refere-se a algo inédito na historiografia nacional. De efeito, são poucos os títulos que cuidam da sua vida, e quando o fazem, a contam de forma exagerada e sem caráter científico. Em verdade, os melhores livros sobre a atribulada vida do cangaceiro foram escritos tendo como fonte quase única, folhetos de “literatura de cordel”. O livro foi iniciado em 2002.

De acordo com o autor Sérgio Dantas, foi concebido dentro dos mais rígidos critérios de pesquisa histórica. A busca de informações e dados para a composição do texto final, foi realizada em três vertentes: A primeira, através de pesquisas em jornais, em “Arquivos Públicos” da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A segunda, a partir da análise de documentos governamentais e comunicações entre Chefes de Polícia dos três Estados citados acima; e a terceira, por fim, utilizando-se de depoimentos de pessoas que tiveram conhecimento de alguns fatos relevantes em torno da polêmica personagem.

O livro – escrito não somente para estudiosos do tema, mas igualmente para leigos – pode ser dividido em três partes distintas, as quais refletem três diferentes fases do cangaceiro. Importante, também, é o registro de encontros do cangaceiro – após seu aprisionamento – com intelectuais de expressão, como o potiguar Câmara Cascudo, o cearense Leonardo Mota, os pernambucanos Nilo Pereira e Jayme Griz, além do alagoano Graciliano Ramos e do líder comunista Gregório Bezerra, com quem o cangaceiro travou profunda amizade na Casa de Detenção do Recife. A narrativa é finalizada com a descrição da morte do cangaceiro e seu funeral, repleto de populares, admiradores e curiosos, na cidade de Campina Grande, em 1944.

Serviço
Livro "Antônio Silvino: O Cangaceiro, o Homem, o Mito" - Sérgio Augusto S. Dantas - 2ª Edição - 313 págs. - R$  37,00 (Trinta e sete reais) com frete incluso. Para adquirir esse livro - entre em contato com o Editor pelo email: franpelima@bol.com.br

Abraços
Francisco Pereira Lima
Professor e estudioso do cangaço,
Conselheiro do Cariri Cangaço

FONTE: www.lampiaoaceso.blogspot.com de nosso querido amigo  Kiko Monteiro.

O Chôro do Gado Por:Napoleão Tavares Neves

Jadílson Bin Laden ao lado do Mestre Napoleão Tavares Neves



O gado descia mansamente da planura araripana para as verdes pradarias do sertão, enfastiado do capim agreste da Chapada do Araripe e sedento do verde capim mimoso com que as primeiras chuvas do inverno revestiam as chapadas das fazendas dos sertões do Cariri. Os trovões já reboavam no horizonte chamando o gado para o sertão. E o gado obedece!Eraproximadamente 200 reses. A melodia dos aboios dos vaqueiros era reforçadapelo tintilar dos chocalhos das vacas paridas e amojadas.Tudo muito alegre e sonoro!Na guia do gado ia meu pai, no coice ia eu, adolescente e de cada lado dois vaqueiros evitavam que algumas reses mais ariscas se desgarrassem
Ao atingirmos o Lambedouro do Mulungú, lugar onde o gado sempre matava a sua carência de sal, lambendo a terra salgada daquele rincão, uma cena para mim inusitada: um touro mestiço do pescoço grosso parou, deu um forte esturro como se fora um grito de guerra, levantou as patas dianteiras e ao baixá-las, retorcia com os chifres as moitas do mato verde e cavava o chão jogando a terra para traz! Instintivamente, todo o rebanho o imitava. Paramos todos! Os vaqueiros deixaram de aboiar! O vaqueiro Zé Feliz, muito místico, levou o chapéu de couro ao peito e parou também.


Esta dolente cena durou alguns segundos ou minutos.

Em seguida, o touro mestiço parou e tomando a frente do gado, começou a caminhar, seguido por todo o rebanho, mostrando que sua liderança era inconteste. Curioso, fui ver a causa de tudo aquilo e boquiaberto, vi que ao pé da moita de mato retorcida pelos chifres do touro estava a ossada de um rês recentemente morta, ainda com pedaços de couro pregada nos ossos cuja limpeza os urubús de plantão ainda não haviam concluído.

Meus pelos estavam eriçados pela emoção daquela bucólica cena que igual jamais vira antes.A natureza tem os seus mistérios e suas lições!Jamais vira eu os humanos chorarem tão convulsivamente os seus mortos!Eu tinha 13 anos e nunca esqueci até hoje cena tão tocante.

Napoleão Tavares Neves
Barbalha-Ceará
Conselheiro Cariri Cangaço

O Homem


“Era brabo, era malvado,
o Virgulino Lampião,
mas era por que negar,
nas fibras do coração
o mais perfeito retrato das
caatingas do sertão”.

De onde vem este Mito Heróico ? Por:Manoel Severo


Lampião por telaetinta.com.br

Não obstante o fenômeno do cangaço tenha abrangido sete dos nove estados do nordeste, foi o interior pernambucano que deu origem aos mais destacados personagens desta epopéia brasileira; Sebastião Pereira e Virgulino Ferreira. Na verdade ambos nasceram na chamada microrregião do Vale do Pajeú, mas precisamente na cidade de Vila Bela, que a partir de 1942, passou a se chamar Serra Talhada por proposta do interventor de Pernambuco na época, Agamenon Magalhães, filho ilustre do lugar. O Vale do Pajeú é composto por dezessete municípios, tem clima semi-árido na grande maioria de seu território, com exceção da região do chamado “brejo de altitute” onde se localiza a bela Triunfo. Seria ali no Vale do Pajeú, com seus municípios e vilarejos, entre os quais: Afogados da Ingazeiras, São José do Egito, Solidão, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores, onde se desenrolariam os primeiros atos da sinfonia cangaceira de Lampião.

Os maiores destaques do Vale do Pajeú, sem dúvidas eram os municípios de Triunfo e Vila Bela. Triunfo, uma bela cidade serrana onde se localiza o ponto mais alto do estado de Pernambuco (1.004 metros), região brejeira, possuia uma economia baseada na agromanufatura de rapadura e no minifúndio, dessa forma possuia uma vida um tanto mais urbanizada e de comércio mais organizado e desenvolvido que Vila Bela, sua elite política e intelectual composta de comerciantes, médicos e juristas se distinguiam da de Vila Bela formada basicamente pelos coronéis do gado; a aristocracia rural; que com o desenvolvimento da pecuária bovina e caprina juntamente com a agricultura eram a base da economia vilabelense. Ali estariam o berço dos irmãos Ferreira, Antônio, Livino e Virgulino, ligados ao clã dos Pereira, que ao lado dos Carvalho, disputavam o poder político local.  

Caravana Cariri Cangaço em Serra Telhada: Severo, Jack de Witt, Anildomá, Bosco André e Zé Cícero 

Muito se tem estudado sobre o real caráter do cangaço: suas origens, implicações, correlações, enfim. Historiadores, sociólogos, antropólogos, médicos, acadêmicos como um todo; escritores, curiosos, enfim têm se dedicado ao longo dos últimos anos ao estimulante e desafiador estudo sobre o que realmente representou tão emblemático fenômeno nordestino. É natural que as causas principais de tão comentado fenômeno estejam ligadas às condições sociais a que os sertanejos nordestinos do início de século estavam submetidos. As desigualdades sociais inerentes a uma política desastrosa de ocupação da terra; nascida com certeza, desde a colonização e as famosas sesmarias; que privilegia os grandes latifúndios; as constantes épocas de estiagem e pobreza, a ausência de um poder central forte e atuante diante das mais elementares demandas da pobre gente do sertão, concentrando de forma exacerbada o poder dos famosos coronéis de barranco, sujeitos à expropriação e à exploração, às injustiças, à violência, enfim; entretanto, esse seria apenas o pano de fundo de um fenômeno que não se encerra nos pontos acima citados.
           
Seriam os cangaceiros vingadores dos oprimidos? Seriam os cangaceiros elementos que estavam a serviço da justiça social e de uma melhor distribuição de terra? Seria o cangaço um movimento armado que nasceu para combater o poder dos coronéis, ou seriam apenas indivíduos de natureza condenável que diante de circunstancias desfavoráveis passaram a fazer parte do mundo do crime?

Bando de Lampião enquanto fotografado pela epopéia de Abrahão Benjamim

Podemos nos deter sobre vários correntes de estudo. Uma delas tem como referência o trabalho do renomado historiador britânico; nascido no Egito; Eric Hobsbawm, em seus livros Primitive Rebels, de 1959, e Bandits de 1969. Principalmente neste último, com a tese do Banditismo Social, que é enfocado como uma forma de resistência camponesa, sendo um fenômeno universal, uma vez que segundo Hobsbawm, os camponeses teriam todos eles um modo de vida muito parecido, pela forma como se davam suas relações de trabalho e sociais, deste modo se traçariam as similaridades com os sertanejos do nordeste brasileiro; notamente de formação populacional eminentemente rural. Ainda recorrendo a Hobsbawm definiríamos a delinqüência rural em três tipos de bandidos: o nobre, tipo Robin Hood; os guerrilheiros primitivos; e o vingador.  Temos ainda o antropólogo e estudioso holandês Anton Blok que em um artigo de 1972 critica em alguns pontos o modelo do banditismo social de Hobsbawm, quando enfatiza que as populações rurais na verdade foram muitas vezes vítimas dos bandidos, que atendiam na verdade aos interesses das elites dominantes, em detrimento dos mais humildes, elites essas sem as quais não se sustentariam.

Em tese o cangaço poderia até ser compreendido como um movimento criado para combater a dominação dos coronéis; o que vamos observar, no entanto, é que acabaria sendo estabelecida uma relação simbiótica entre as partes; teoricamente de interesses contrários; cangaceiros e coronéis tornaram-se parte de um mesmo corpo, corpo doente e nocivo, um dependendo do outro, e que muito mal acabou causando principalmente aos mais humildes deste lado do Brasil. É interessante pontuar que os cangaceiros não defendiam apenas e unicamente os interesses da elite dominadora, eles próprios tinham seus interesses e motivos; nobres ou não; e lutavam por eles. Já os coronéis absortos em sua sede permanente de poder, precisavam estar sempre atentos ás suas próprias disputas contra famílias e clãs concorrentes, aqui abrimos um parêntese para ilustrar o caso mais emblemático que era a disputa dos clãs Pereira e Carvalho, no Vale do Pajeú. Devido à fraqueza do Estado na época e à dificuldade que este tinha em chegar a regiões mais remotas do país, como o sertão nordestino, os conflitos, nessa região, eram resolvidos de acordo com a lei do mais forte, daí a aliança com os grupos cangaceiros ser vital para a manutenção de poder.

Dentro de meu humilde esforço de curioso sobre o tema; para contextualizar social e antropologicamente o fenômeno do cangaço, acho interessante observar algumas considerações desenvolvidas por outros estudiosos e pesquisadores com relação ao fenômeno, mas me permito deter-me para encerrar esse pequeno artigo, a Carlos Alberto Dória, quando provoca: “o cangaço perpetuou-se na cultura nacional como elemento de nossa mitologia heróica. E Lampião, símbolo de primeira grandeza neste quadro, continua a ser uma individualidade polêmica...” 

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

Lampião contra o Mata Sete Por: Sabino Bassetti

Antônio Amaury, Aderbal Nogueira e Sabino Bassetti, no Cariri Cangaço


Quando no ano passado saiu o livro Lampião, o Mata Sete, houve um verdadeiro alvoroço entre os pesquisadores e historiadores do cangaço. Todos aqueles que entendem pouco ou bastante sobre a história de Lampião ficaram escandalizados. Eu disse aos meus amigos pesquisadores que me recusava a comprar ou ler o citado livro. Depois, pensando bem no assunto resolvi comprar o livro. Como eu iria poder contestar o livro sem conhecer seu conteúdo? Comprei o livro e o li com bastante atenção. Desde a minha mocidade que leio sobre cangaço, li quase tudo aquilo que foi escrito sobre o tema. Confesso que nunca na minha vida havia lido tanta besteira juntas. A primeira coisa que notei, foi que o autor nada entende sobre o cangaço e nem sobre Lampião.
 
O autor diz claramente no livro, que Lampião era um covarde, além de corno e viado. Só que o autor faz essas acusações, baseado-se em fatos sem nenhum fundamento. A argumentação que ele usa são fraquissimas. Só que dizendo isso, o autor jogou na lata de lixo o trabalho de tantos anos de todos aqueles que pesquisam o cangaço. Francamente, eu achei que aqueles pesquisadores tidos como os  mais famosos, aqueles que tem acesso a imprensa seja ela escrita, falada ou televisada, iriam estrilar, iriam responder a altura, isto é, iriam peitar o autor do tal livro, porém, isso não aconteceu. Sem citar nomes para não cometer injustiça, eu e vários outros pesquisadores postamos algumas matérias contrárias ao tal livro em diversos blogs que tratam do assunto cangaço, mas a coisa parou por aí.

A pouco tempo atrás, soubemos que o delegado de polícia Dr. Archimedes Marques, também lá da bela Aracaju, estava escrevendo um livro contestando tudo o que está escrito no livro Lampião, o Mata Sete. Para minha alegria, recebi a título de cortesia um exemplar do livro Lampião CONTRA o Mata Sete enviado pelo autor.
 
No livro, o autor além dos seus conhecimentos, utiliza trechos de diversos livros e depoimentos de diversas pessoas, para devagar, porém com muito critério, ir apontando a avalanche de erros cometidos pelo autor do tal livro. Felizmente, agora já podemos dizer que a afronta cometida contra a história de Lampião, teve a resposta merecida. Todos nós que pesquisamos, escrevemos, ou apenas gostamos da história do cangaço, devemos agradecer a atitude e a coragem do Dr. Archimedes Marques.
 
Abraço a todos
Sabino Bassetti


NOTA CARIRI CANGAÇO: Para adquirir a excelente obra de Archimedes Marques - "Lampião contra o Mata Sete" entrar em contato com autor através do email: archimedes-marques@bol.com.br

O Abraço à familia Mariano

Comendador Francisco Mariano e Dra. Maria Amélia

Hoje é com pesar que convidamos a todos os amigos a se fazerem presentes à Missa de Sétimo dia de Geovane Gomes Mariano; filho de nosso querido confrade Comendador Mariano. Nos unimos às orações de toda a família e que Deus possa continuar a abençoar a todos.

Missa de Sétimo Dia 
10 Horas da manhã
Capela da Santa Casa de Misericórdia
Fortaleza-CE

1938 - Angico, mais mentiras e mistérios Por:Ivanildo Silveira

O pesquisador e escritor pernambucano Paulo Medeiros Gastão, fundador da SBEC - Soc. Bras. de Estudos do Cangaço, lançou extra-oficialmente, mais um livro sobre cangaço. Trata-se da obra  "1938 - Angico " impressa na ind. gráfica e editora Montaigne Ltda., de Mossoró/RN. 


O livro tem 144 páginas. É diferente, constam centenas de perguntas e respostas, diretamente relacionadas ao combate em Angico, em que morreram Lampião + 10 cangaceiros, além do soldado Adrião. O autor que tem mais de 20 anos de pesquisa sobre o tema, procura  dar uma resposta, na sua ótica, sobre  as principais dúvidas verificadas neste combate, e de seus personagens ( volantes e cangaceiros ).

A aquisição do livro, pode ser feita diretamente com o autor ( não está á venda em livrarias ), ao preço de R$ 20,00 ( vinte reais + frete ), através do email: paulomgastao@hotmail.com

Abraço a todos, e, parabenizo o autor por mais essa contribuição ao estudo do cangaço.
Fonte:www.lampiaoaceso.blogspot.com

Ivanildo  Alves  Silveira - Natal RN
Colecionador do cangaço
Membro da SBEC e Cariri-Cangaço

São João do Gonzagão Por: Globo Reporter

Temos a satisfação de trazer à toda Família Cariri Cangaço,  a marcante presença de nosso confrade Wilson Seraine, profundo pesquisador e conhecedor do universo Gonzagueando no programa Globo Reporter da Rede Globo, sobre o São João do Gonzagão. Quem não viu, agora vê! Caro amigo Seraine, receba o abraço de toda 
família Cariri Cangaço.


Globo Reporter

João de Sousa LIma na trilha dos descendentes do Cangaço.

João de Sousa Lima ns trilha de Lampião

Desde a última vez em que estive com o cangaceiro Moreno que prometi a ele encontrar familiares do seu irmão Jacaré. Jacaré foi um dos acusados da morte de Delmiro Gouveia e por isso foi preso e assassinado. Conversando com Nely (filha de Moreno e Durvinha) reafirmei a promessa que havia feito ao pai dela. Certo dia recebi um telefonema do sr. Aldiro, residente do povoado Alto dos Coelhos, Água Branca, Alagoas. Aldiro queria me conhecer pessoalmente e me apresentar seu tio João Maurício, filho do cangaceiro Barra Nova. Segui para o Alto dos Coelhos e depois de conversarmos um pouco e travar alguns contatos conheci enfim João Maurício. alguns dias depois desse encontro retornei ao Alto dos Coelhos e Aldiro me falou sobre umas sobrinhas de Jacaré que residiam nas proximidades, de imediato liguei pra Nely, minha promessa estava caminhando para ser paga.

 Deivid, Aldiro, Maria, Nely, Irene e sua filha Andrea. 
 A decoberta de senhor Gonçalo...

Agora no mês de junho Nely chegou em Paulo Afonso e de imediato seguimos para o Alto dos Coelhos e de lá seguimos com Aldiro e seu Filho para o povoado   Tabuleiro. Lá reside Alexandrina, uma neta de Jacaré. O encontro foi marcado por uma forte emoção. Do Tabuleiro seguimos para o Km 35 onde reside mais duas filhas de Bianor (filho único de Jacaré): Maria e Edilene.  Do Tabuleiro seguimos até o povoado Tinguí onde fomos conhecer Gonçalo Joaquim de Oliveira, que teve seu pai, o sr. Joaquim Soares de Oliveira, assassinado por Lampião. no Tinguí encontramos Gonçalo sentado, curtindo a sombra da igreja, frente a sua casa.

Gonçalo não gosta de relembrar a morte do pai, que era proprietário da fazenda Craunã. Lampião mandou pedir dinheiro e mesmo Joaquim enviando o montante e alguns maços de cigarros desabafou com o vaqueiro Antonio Zezé, encarregado de levar o dinheiro, que era duro trabalhar e mandar o dinheiro para quem não trabalhava. Lampião enfurecido seguiu ao encontro do velho sertanejo e lá chegando, mesmo tendo Joaquim oferecido café e sua esposa estando em adiantado estado de gravidez, Lampião matou o o pai e os filhos Zequinha  e Luquinha. Gonçalo se resigna na sua dor eterna e mesmo assim conseguimos extrair alguns sorrisos de sua face sofrida.

João de Sousa Lima
Conselheiro Cariri Cangaço
Sócio da SBEC
www.joaodesousalima.blogspot.com