O Fogo da Piçarra e a Morte de Sabino nos Grandes Encontros Cariri Cangaço


Hoje, os Grandes Encontros Cariri Cangaço nos traz mais um episódio marcante da historiografia do cangaço no estado do Ceará. Um ou outro desavisado poderia imaginar que não houve presença forte do cangaço no estado cearense, ledo engano, aqui por nossas bandas, mas especificamente na região do cariri, sul do estado, tivemos a presença marcante do cangaço através de personagens emblemáticos notadamente dentro do ciclo de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. Poderíamos citar o Coronel Santana da Serra do Mato, o Major Zé Inácio do Barro, o Coronel Isaias Arruda de Missão Velha dentre outros, sem falar num dos mais importantes ícones desse recorte do momento histórico que estudamos: seu Antônio Leite Teixeira, o conhecido “seu Toim da Piçarra”; personagem principal de nosso artigo de hoje com destaque para o famoso “Fogo da Piçarra” aonde viria a perder a vida o lugar-tenente do rei do cangaço, Sabino das Abóboras em 27 de março de 1928. Seu Antônio da Piçarra passou de anjo a demônio diante do rei vesgo de Vila Bela.

A Fazenda Piçarra localiza-se no município de Porteiras, extremo sul do estado do Ceará, a 570 km da capital Fortaleza. A Piçarra está encravada na região limítrofe entre os estados do Ceara, de Pernambuco e da Paraíba, portanto extraordinariamente bem localizada do ponto de vista estratégico, pois se configurava como ponto de passagem constante de mascates, almocreves, viajantes e... Grupos cangaceiros. Ali é o lar da família Leite Teixeira, berço de seu Antônio Leite Teixeira, o Antônio da Piçarra. Terra boa, propícia para a agricultura e pecuária, na Piçarra de seu Antônio havia um engenho de cana de açúcar, um grande rebanho de gado, tanto bovino como ovino, cavalos e burros para a lida diária, muita água, enfim, um paraíso sertanejo encravado entre os municípios cearenses de Porteiras, Brejo Santo e Jati. 

A Fazenda Piçarra também veio a ser palco de um dos episódios mais marcantes do cangaço de Lampião: O Fogo que seguiu com a morte do cangaceiro Sabino Gomes em março de 1928. Para contar a saga de Seu Toim da Piçarra e o enigmático cerco e morte de Sabino, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe o pesquisador Wilton Santana Filho, neto que foi criado por Antônio da Piçarra e seu confidente ao longo de anos, tudo isso nesta sexta, dia 30 as 20 horas no canal do You Tube do Cariri Cangaço.

Grandes Encontros Cariri Cangaço - O Fogo da Piçarra e a Morte de Sabino, nesta sexta-feira, dia 30 de outubro as 20 horas.

Cangaço no Cordel-Origens, Formação e Narrativas em noite de Grandes Encontros Cariri Cangaço


Os universos do Romanceiro, das Cantorias e do Cordel invadem os Grandes Encontros Cariri Cangaço. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe nesta sexta-feira, dia 23, os pesquisadores, Kydelmir Dantas da Paraíba e Carlos Alberto Silva do Rio Grande do Norte; para um bate-papo especial sobre a magia e talento dos poetas sertanejos de todos os tempos, imortalizados por suas magnificas obras e pelo legado deixado. 

Nomes como Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, João Martins de Athayde e famosa família Batista de, Francisco das Chagas, Pedro, Sabino e Antônio, passando pela extraordinária Serra do Teixeira; a verdadeira Matriz da Cantoria; serão personagens de destaque de mais esse momento Ao Vivo do Cariri Cangaço. 

Grandes Encontros Cariri Cangaço

Cangaço no Cordel - Origens, Formação e Narrativas

Sexta, 23 de Outubro de 2020 às 20 horas

Canal do YouTube do Cariri Cangaço

Cangaço, um Movimento Eterno Por:Jailton dos Santos Filho

Se falarmos em identificação, encontramos relatos de apoio e idolatrismo. Se tratarmos de repúdio, temos depoimentos de revolta e injustiça. Diante da ambiguidade presenciada no estudo de um tema tão significante à história nordestina, e consequentemente, brasileira, é preciso ressaltar o legado histórico, acadêmico e cultural que o cangaço oferece. A condição salutar da literatura na construção social nos faz refletir sobre a perpetuação dos escritos que não deixam definhar o legado (heroico ou covarde) dos bandoleiros (ou justiceiros?) que rasgavam as caatingas e exacerbavam as falhas de um sistema governamental para justificar suas ações

O ser humano, dotado de imperfeições, tem na sua imprevisibilidade uma característica que nos intriga diariamente, não cabendo aos interessados tentar compreender os motivos pelos quais levaram homens e mulheres a praticar atrocidades e benfeitorias em nome de uma ideia. Resta-nos, desse modo, o aguçar da curiosidade na contemplação dos estudos voltados à atuação e consolidação de tal movimento revolucionário. A história, como ciência da memória, sustenta-se do empenho daqueles que vivem em prol do resgate e valorização do passado no intuito da construção do futuro. 

A iniciativa promovida pelo Cariri Cangaço, em especial na live “Lampião em Sergipe”, é um dos afluentes que compõe o majestoso rio que flui no ritmo dos cangaceiros. Desta feita, a minha posição de leigo me faz exaltar àqueles que se debruçam em manter viva, nas memórias e nos registros, uma história que personifica o amado torrão nordestino. Meus agradecimentos aos pesquisadores Manoel Severo, Archimedes Marques e João Paulo Carvalho por suas inestimáveis contribuições à preservação dessa corrente ideológica, fonte de inesgotável riqueza material e imaterial. Viva ao Nordeste! Viva ao Cangaço!

Jailton dos Santos Filho, Presidente do GEEL- Grupo Enforcadense de Estudos Literários.

Lampião em Sergipe é hoje nos Grandes Encontros Cariri Cangaço


Sergipe viria a se consolidar como um verdadeiro "feudo" do rei do cangaço por todo o período em que durou seu segundo reinado; entre 1929 e 1938. Foi a partir dali que Lampião estabeleceu um novo "estilo" de atuação dos bandos cangaceiros; consolidando a divisão de seu numeroso bando em pequenos grupos comandados por sub chefes, atuando em vários lugares ao mesmo tempo, confundindo e desmobilizando os esforços das forças policiais perseguidoras, como o Mestre Alcino Alves Costa, patrono do Conselho do Cariri Cangaço indica: "O poder de Lampião era tão grande que ele teve a ousadia de dividir partes do Estado de Sergipe nos moldes das antigas sesmarias, colocando seus principais homens, como se fossem sesmeiros, à frente de vastas glebas de terras".

Seria também em Sergipe que o Rei do Cangaço encontraria seus mais destacados "coiteiros", todos da mais alta "patente" e também em Sergipe teríamos seu último ato: Angico; no antigo município de Porto da Folha; atualmente em território emancipado de Poço Redondo, berço de Alcino Alves Costa, território de muitas histórias, tradição, e território onde localiza-se a famosa Maranduba , além de episódios marcantes como a "Ferração em Canindé", O "Fogo do Coité", "A Morte de Zé Baiano", entre outros eletrizantes capítulos da historiografia do Cangaço. Para nos contar tudo isso e muito mais,

Manoel Severo Barbosa, curador do Cariri Cangaço, recebe logo mais as 20 h , os pesquisadores e escritores; Archimedes Marques e João Paulo Carvalho; para mais um Ao Vivo no Canal do Cariri Cangaço no You Tube, com o tema: Lampião em Sergipe-Historiografia. Imperdível.


Floresta - Terra de Bravos nos Grandes Encontros Cariri Cangaço


O município de Floresta, a tradicional "Terra dos Tamarindos”, a “Filha do Pajeú”, ou ainda : “Floresta do Navio”; encravado em uma das mais importantes regiões de nosso sertão pernambucano, com história marcante e pujante desde os tempos quando era primitivamente ocupada por aldeia indígena, catequizada pelas primeiras missões dos jesuítas e capuchinhos franceses, passando pelas fazendas Curralinho, Paus Pretos e Fazenda Grande, ainda no século XVIII às margens do Rio Pajeú, e desaguando como o principal berço combatente ao banditismo rural – o Cangaço; através de seus filhos, os mais ferrenhos e tenazes perseguidores de Lampião. Para contar a historia dessa extraordinária terra, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe na noite de hoje, os pesquisadores e escritores; Cristiano Ferraz e Leonardo Gominho; para mais um sensacional Ao Vivo no canal do YouTube do Cariri Cangaço.

"Para nós que fazemos o Cariri Cangaço e para mim em especial que tive, como uma das maiores honras de minha vida, a permissão e o presente de receber o Título de "Cidadão Honorário de Floresta"; proposição da querida amiga Bia Numeriano; é uma grande honra reviver a extraordinária historia da Saga Florestana, desde suas raízes até os dias de hoje, notadamente dentro da historiografia do combate ao cangaço, ainda mais com os convidados mais que especiais, amigos queridos, experts no assunto; Cristiano Ferraz e Leonardo Gominho; esse será o primeiro de uma série de programas "ao vivo" sobre Floresta, quando ainda teremos capítulos especiais ainda com Floresta e Nazaré do Pico e com os grandes pesquisadores; Denis Carvalho, Fabiano Ferraz, Odilon Nogueira, Euclides Neto, Zinho Flor, Netinho Flor, Cristina Amaral e Rubelvan Lira, vale a pena esperar, avante Floresta e Nazaré." Manoel Severo.


"FLORESTA-TERRA DE BRAVOS"
nesta sexta, dia09 de Outubro as 20 horas. Imperdivel !
VENHA CONOSCO, FAÇA SUA INSCRIÇÃO E ATIVE AS NOTIFICAÇÕES.

Os Coronéis do Crato Por:Armando Rafael

Cel. Antônio Luís Alves Pequeno, o 2º com este nome.

Há uma vazio na historiografia do Crato! De uma maneira geral os coronéis de Crato foram homens bons, progressistas, e mesmo quando brigaram entre si não mandaram matar os desafetos como acontecia com outros coronéis nordestinos... Até agora nenhum historiador escreveu sobre os coronéis Antônio Luís Alves Pequeno. Houve três coronéis com o nome de Antônio Luís Alves Pequeno, avô, filho e neto. O segundo deles, sem desmerecer os outros dois, foi um homem extraordinário! Sua biografia bem merece uma tese de doutorado...

Este coronel era um abastado comerciante com matrícula no Tribunal do Comércio de Recife. Para a capital pernambucana ele viajava costumeiramente indo de cavalo até Aracati ou Fortaleza. De lá pegava um navio com destino a Recife, à época o maior empório comercial do Norte do Brasil, onde comprava mercadorias para abastecer sua loja, a maior de Crato. As mercadorias vinham pelo mar de Recife até Aracati. Desta cidade – em carros de boi, que atravessavam todo o Ceará – seguiam em direção a Crato.  

O coronel Antônio Luís vendia muitos produtos na sua loja, dentre eles: tecidos, livros, ferragens, remédios, louças, charutos, rapé, vinhos, remédios e até manteiga que vinha acondicionada em barris. Graças à hospitalidade que o abastado coronel ofereceu ao Bispo do Ceará, nas vezes em que este visitou Crato surgiu entre os dois um clima recíproco de admiração e respeito. Mais do que isso, viraram compadres e amigos. Basta lembrar a atuação do coronel, junto ao bispo, em favor do seminarista Cícero Romão Batista, este afilhado de crisma de Antônio Luís. Quando ficou órfão do pai, em 1862, o jovem Cícero Romão Batista teve de interromper seus estudos, no Colégio do Padre Rolim, em Cajazeiras (PB). Retornando a Crato, Cícero, então com dezoito anos, acompanhou as dificuldades financeiras da mãe viúva e das duas irmãs órfãs de pai.

Armando Rafael

A partir daí, o coronel Antônio Luís tomou sob sua proteção os estudos do afilhado. Em 1864 o jovem Cícero Romão Batista foi matriculado no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Como a família de Cícero não dispunha de recursos financeiros para pagar as despesas com o estudo, o coronel Antônio Luís conseguiu com Dom Luís que seu afilhado fosse matriculado gratuitamente. Entretanto, já em 1868, o reitor do Seminário, o padre francês Pedro Chevalier, resolveu dispensar o seminarista Cícero, taxando-o de aluno fraco em teologia, além de dado à leitura de obras de ocultismo.  Mas, oficialmente, a desculpa para a dispensa de Cícero foi a falta de recursos do Seminário, para manter o estudante gratuitamente.

Segundo Nertan Macedo: “O coronel Antônio Luís montou no seu cavalo e atravessou o sertão do Ceará para garantir a educação do afilhado. Cícero pôde, então, passar à condição de pensionista e concluir o curso. Em novembro de 1870, o reitor Pedro Chevalier fazia ver a Dom Luís Antônio dos Santos que Cícero não estava em condições de ser ordenado, alegando tratar-se de um moço teimoso e dado a visões do outro mundo. Mas o prestígio do padrinho, junto ao bispo, valeu-lhe, mais uma vez, e Cícero, no dia 30 de novembro de 1870, recebia a ordem do presbiteriato, voltando para Crato, a fim de ensinar latim, na escola do primo José Joaquim”.

Armando Rafael , pesquisador e escritor - Crato, Ceará.
Fonte: http://blogdosanharol.blogspot.com/2016/05/noticias-comentarios-de-armando-rafael.html

Os Coronéis do Cariri nos Grandes Encontros Cariri Cangaço !

Manoel Severo recebe na noite de hoje os pesquisadores e escritores, João Tavares Calixto Junior e Bosco André; ambos Conselheiros do Cariri Cangaço; para mais um Grandes Encontros no Canal do YouTube do Cariri Cangaço: CORONEIS DO CARIRI, ORIGENS !!!


O Coronelismo nos mais distantes rincões do nordeste perdurou durante mais de um século. A partir de seus potentados, "coronéis de barranco", vieram a se tornar verdadeiros imperadores do sertão. No Cariri cearense a partir do Engenho de Santa Teresa, nomes como Cel Santana, da Serra do Mato; Cel Isaias Arruda de Missão Velha; Cel Alves Pequeno e Cel Belém do Crato, Joca do Brejão de Barbalha, Quinco Vasques, Major Zé Inácio do Barro, os Inácio Santos-Chicote de Brejo Santo, Domingos Furtado de Milagres, os Dantas, os Jamacaru, os poderosos Augustos de dona Fideralina de Lavras, enfim... acabaram escrevendo com o bacamarte e muito sangue a historia deste lado do Brasil.

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NESTA SEXTA, DIA 02 DE OUTUBRO AS 20H.

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