O Cariri Cangaço chega ao Casarão de Patos

Caravana Cariri Cangaço no Casarão de Patos

Após a Conferencia de João Antas na Capela de São Sebastião, manhã de sexta, dia 20 de março de 2015, a Caravana Cariri Cangaço se dirigiu para o famoso Casarão de Patos, a cerca de 1 km do centro do povoado, quando foram recebidos pelos descendentes do Major Floro; pai de Xanduzinha e sogro de Marcolino Diniz; representados pela senhora Maria Lucilene Rodrigues Diniz. "É importante notar que aqui no começo do século vinte tínhamos um forte parque industrial, mostrando a pujança de Patos de Irerê, que além disso ainda tinha e tem um dos melhores solos da região" complementa o pesquisador de Natal, Ivanildo Silveira.

O Casarão de Patos atualmente se encontra em adiantado estado de abandono, o patrimônio histórico representado pelo imóvel corre sérios riscos, inclusive, de não suportar o quadro de chuvas que se avizinha. "Aqui Marcolino botou os olhos em Xanduzinha, filha do Major Floro e deu a ela 15 dias para ela acabar seu noivado com um primo médico de Recife; com dois dias Xanduzinha havia enviado uma carta ao noivo, acabando tudo; daí em pouco meses estavam casados. Foi uma semana de festa neste terreiro aqui do Casarão", revela João Antas.

Neli Conceição, Louro Teles, Jair Tavares e Emmanuel Arruda
Alcides Carneiro e... Afranio Gomes, Tomaz Cisne e Vagner Ramos
Diana Rodrigues, Maria Amélia, Lucilene Diniz e Manoel Serafim
Carlos Alberto

Para o Secretário de Cultura de Aurora, pesquisador e escritor José Cícero Silva: " Um evento como diria o velho sertanejo: Porreta ! Iniciativa da "bexiga lixa" que a propósito podia muito bem ser mais bem vista pelo poder público no sentido de gerar divisas, emprego e renda para a comunidade através do fomento ao turismo, e e´vital a restauração e o tombamento deste patrimônio". Já o pesquisador e profissional da área de turismo, Rostand Medeiros lamenta: " Infelizmente o velho Casarão de Patos está arquejando e prestes a cair o resto que ainda esta de pé, quando eu o conheci, na companhia de meu amigo Sérgio Dantas, ainda tinha muita coisa para se ver, infelizmente hoje a situação é tristemente diferente".

Emmanuel Arruda e Ana Lúcia
Josefa Neta, Carlos Eduardo, Ângelo Osmiro e João Antas
Cristina Amaral Lira e Manoel Severo
Sousa Neto e Professor Pereira
José Tavares Neto
Caçula Aguiar, Manoel Severo e Humberto Paz
Ivanildo Silveira, João de Sousa Lima, José Tavares Neto, Juliana Pereira e a Caravana Cariri Cangaço
 Jose Cicero Silva e Manoel Serafim
Sônia Jaqueline, Ingrid Rebouças, Diana Rodrigues, Reginaldo Rodrigues e Patricia Brasil
Lívio Ferraz e Vagner Ramos

Com o cuidado que a situação do Casarão de Patos inspirava, no que diz respeito a integridade física dos participantes, foi orientado pela organização do Cariri Cangaço que não entrassem no imóvel, resumindo apenas nos registros externos do grande casarão. "E Pensar em tanta história que aconteceu aqui, a invasão a Patos de Irerê, a tomada do Casarão por Clementino Quelé e a grande retomada do mesmo por parte dos homens de Marcolino Diniz, resgatando sua amada Xanduzinha, realmente é algo sensacional. É uma pena que esteja nesse estágio de abandono" comenta a pesquisadora Juliana Pereira de Quixadá.

A secretária de cultura de Lavras da Mangabeira, no Ceará, poetisa e escritora Cristina Couto " nos resta parabenizar ao Cariri Cangaço pelo belo evento, um verdadeiro resgate da historia do nordeste brasileiro, possibilitando a reedição dessa mesma história". Já o representante da Academia de Letras de Crateús, também do Ceará, escritor Humberto Paz, "O Cariri Cangaço foi o evento mais grandioso e espetacular que já participei, fico extremamente agradecido por ter tido a oportunidade de viver este momento tão especial e rico. É fato incontestável que nenhum movimento de cunho cultural, no Brasil, se assemelha à grandiosidade do projeto Cariri Cangaço, parabéns!"

Joao Vanildo, Manoel Severo e Josefa Neta
Roberto Soares e Manoel Severo
João Antas e Miran Basílio
Pedro Bruno e Pedro Barbosa
Raimundo Cândido
Ezequias Aguiar, Sousa Neto e Carlos Eduardo
Oleone Coelho Fontes, Edson Lima e Cristina Couto
Bacamarteiros do Pajeú
 Ezequias Aguiar, Ângelo Osmiro, José Cícero, Sousa Neto, Professor Pereira
Pedro Bruno e Ingrid Rebouças
Casal Lamartine Lima

Manoel Severo curador do Cariri Cangaço fala do significativo momento em Patos de Irerê: "São dois sentimentos; primeiro de imensa gratidão a João Antas, a Rúbia Matuto, a Neta, a Elizabeth, a Lucilene, enfim a todos que nos proporcionaram momentos tão importantes e emocionantes. Sem dúvidas testemunhamos nesta manha de sexta-feira, dia de 20 de março, uma grande festa, e que tomou o coração e a alma de todos. Foi sensacional. O segundo sentimento é de preocupação. Desde a primeira vez que estivemos visitando o Casarão de Patos que entendemos ser urgente uma ação decisiva na direção da restauração de tão precioso patrimônio, com humildade entendemos a longa caminhada a ser percorrida para que possamos ter esse intuito. Hoje tivemos a grata satisfação de sermos recebidos por uma das descendentes; herdeiras do imóvel, a senhora Lucilene Diniz; como também testemunhamos a boa vontade e a disposição do poder público municipal em assumir ao lado de todos, esse desafio. Dessa forma esperamos que possa haver um diálogo franco, sincero, profícuo, entre todos os interessados; herdeiros, poder público, ministério público, grupos de pesquisa, universidades, para concretizarmos esse sonho. O Casarão de Patos, não pertence só a Patos de Irerê, não pertence só a Paraíba, pela sua grandeza e a magnitude de sua história, na verdade, pertence ao Brasil."

Cariri Cangaço Princesa
Dia 20 de Março de 2015
Casarão de Patos
Patos de Irerê, São José de Princesa, Paraíba

Um comentário:

josé sabino bassetti disse...

Olá pessoal.

Nessas fotos só vi gente escolhida a dedo, só madeira de lei´. Não é fácil reunir tanta gente boa.
Parabéns amigo Severo.

Sabino Bassetti