O Ferro de Zé Baiano Por:Alfredo Bonessi


O Professor, Historiador, Pesquisador da Cultura Nordestina e Cangaço,  Alfredo Bonessi, recentemente fez  uma descoberta importante e relevante para os estudos do Cangaço. Descobriu  o paradeiro do ferrete  “JB” do cangaceiro Zé Baiano,  do Grupo de Lampião. O ferrete se encontra afixado na parede do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, junto uma porção de ferros utilizados no tempo da escravidão no fim século XIX, aqui no Brasil.  
O ferrete era considerado pelo Museu como  um utensílio de tortura dessa época. Com esse instrumento de tortura Zé Baiano ferrava as vítimas, a maioria mulheres, no rosto, nas nádegas e nas partes íntimas, às vezes porque tinham cortado os cabelos, e outras vezes,  porque eram mulheres de militares, soldados da polícia, que perseguiam o bando de cangaceiros. 
Zé Baiano era tido com um cangaceiro rico e sua vida no cangaço ficou caracterizado  como um cangaceiro malvado, que não tinha dó de suas vítimas. Possuía  uma mulher muito bonita de nome Lídia, cangaceira  também, que era alvo de todas as atenções desse cangaceiro a ponto de receber comida na boca, e de ganhar jóias e muito presentes de parte dele. 
Pega no flagra, no meio do mato, em amores com o cangaceiro Bentevi, do bando de Corisco, Lídia foi amarrada a uma árvore, onde passou a noite gritando e chorando muito, implorando pela vida e pelo perdão do seu amado. Zé Baiano refugiou-se em sua tenda onde passou a noite em claro.  O dia vinha nascendo quando Zé Baiano cavou a cova ao lado da árvore onde estava presa a Lídia, e a matou a pauladas. A seguir enterrou o corpo e sentou-se em cima da cova, onde desandou a chorar.
Zé Baiano foi morto por Antonio da Chiquinha e mais três sertanejos, armados de facão, durante a comilança de uma fatada de bode, regada a cachaça, a mando dos devedores de Zé Baiano, que eram muito e as somas eram vultuosas, segundo dizem, ou segundo outros, para se apossarem das riquezas do cangaceiro.
Enviado por:alfredobonessi@gmail.com

6 comentários:

Rubens Antonio disse...

Que legal... Mas se conferiu com o pessoal do Museu? Consultou-se o tombo?

Anônimo disse...

NA VERDADE, O CRUEL CANGACEIRO ZE BAIANO NÃO FERRAVA MULHERES, ESSE FEITO FOI UMA UNICA VEZ, EM SERGIPE COM MARIA MARQUES, IRMÃ DO SOLDADO ELIAS MARQUES, QUE ESPANCOU A MAE DE ZE BAIANO. O CANGACEIRO AO AVISTA-LA, PROCUROU O VAQUEIRO DE JOSE BRITO, TIO DE CIRA BRITO, ESPOSA DE JOAO BEZERRA. E MANDOU O VAQUEIRO IR BUSCAR O FERRO DE MARCAR GADO DO FAZENDEIRO JOSE BRITO, POR ISSO AS INICIAS DO FERRO, COINSIDENTEMENTE TEM AS INICIAIS DE JB, QUE NA VERDADE NÃO É ZE BAIANO. E SIM JOSE BRITO......PAGINA DO FACEBOOK, " GOVERNADOR DO SERTAO".

Marlon disse...

Taí uma excelente informações, todo conto que vi agora só o mostra como um monstro, mas vejo que os motivos dos "heróis" foram mais financeiros do que humanistas.

Unknown disse...

Li que só se tem comprovação de uma única vítima, Maria Marques, que foi ferrada por vingança pelo fato de seu irmão, que era militar, ter agredido a mãe do cangaceiro a pauladas, tendo afundado o crânio dela e deixado a senhora meio desaprumada do juízo.

Unknown disse...

Muito bom esses contos. Adoro histórias do sertão

Unknown disse...

O Cagaco tem histórias interessanted