Maranguape, uma das mais bucólicas cidades serranas do meu Ceará. Localizada na região metropolitana da capital cearense, fica a pouco mais de 30km de Fortaleza, é hoje uma das dez maiores cidades do estado. Aqui vivi desde que me entendo por gente até os dezesseis anos, quando minha família mudou para Fortaleza. Morávamos na rua Major Agostinho, na mesma casa em que meu pai nasceu e onde nossa família fincou raízes; a "Major" como hoje é conhecida; por ser talvez a via mais importantes da cidade; testemunhou toda minha infância e adolescência, que me marcaram para toda uma vida. E ali, em pleno coração da Major Agostinho se localiza o nosso mais belo patrimônio arquitetônico, cheio de charme, beleza, natureza e muito afeto, gigantes afetos: a Praça Capistrano de Abreu.
Entretanto para trazer um pouco do muito que a Praça Capistrano de Abreu representa para todos nós maranguapenses, vamos nos valer do extraordinário texto de Neide Nunes, maranguapenses da gema, em seu blog neidenunes.com, senão vejamos:
"A Praça Capistrano de Abreu fica no coração da cidade
Quem passa por ela não resiste àquela paradinha básica para um click com um sorrisão no rosto, porque quem manda é a beleza do verdão predominante do conjunto de árvores plantadas no logradouro. Estou falando da Praça Capistrano de Abreu, principal logradouro situada no coração de Maranguape. É o point de encontro de amigos, namorados, crianças, idosos, lugar escolhido para caminhadas, para uma boa leitura e relaxar depois de um dia puxado. Em qualquer época do ano, a Praça Capistrano de Abreu chama atenção dos passantes que atravessam seus passeios, seja no tempo de florescimento dos Ipês amarelo, rosa e branco ou quando a Acácia Imperial (espécie de chuva de ouro) floresce dando sombra ao coreto de retretas, ou pelas florzinhas de jasmim brancos e do ipê amarelo que enfeitam o chão, proporcionando um visual encantador.
Além da estátua de Capistrano de Abreu há outra atração no espaço, uma escultura super famosa sentada no banco da praça. É a do gênio do humor, filho de Maranguape, Chico Anysio. De perna passada, nunca está sozinho, tem sempre uma boa companhia ao seu lado, ou de braço por trás do pescoço ou sentado no colo ou de cabecinhas juntas ou de selinho na boca. Rola muita criatividade para a foto do celular de quem vai levar a lembrança do sábio pra casa. A Praça Capistrano de Abreu é um bem público, é uma testemunha da história e dos costumes do povo de Maranguape. Está encravada entre as ruas Major Agostinho, Coronel Manuel Paula, Dr. João Bezerra e Sinfrônio Nascimento. Para muitos habitantes, ela guarda a lembrança de bons tempos, da grande movimentação das quermesses na época das festas tradicionais dos padroeiros, das conversas alegres, do primeiro amor, da ingenuidade dos jovens que outrora desfilavam nos passeios internos, das retretas no coreto e dos belos jardins que enfeitavam os canteiros coloridos e cheios de vida."
A Revolução de 1930 colocou na Prefeitura de Maranguape um interventor. O prefeito que estava em exercício, Otávio Albino de Oliveira, não conseguiu completar o mandato e assumiu o Dr. João Augusto Bezerra, medico que há 14 anos clinicava na cidade. Após reorganizar a administração, conforme convinha com os propósitos do movimento revolucionário, deu às ruas existentes , a arrumação que ainda hoje se preserva, mas o que marcou a sua administração foi a reforma da principal praça da cidade – a Praça Dr. João Pessoa. Era nesta que se situava a avenida, um longo passeio que se estendia da Rua Major Agostinho até a Rua Coronel Manuel Paula. Era ladeada por um coreto e um bar, além de frondosas mungubeiras, tamarindos e catolés. Após reorganizar a administração, conforme convinha com os propósitos do movimento revolucionário, deu às ruas existentes , a arrumação que ainda hoje se preserva, mas o que marcou a sua administração foi a reforma da principal praça da cidade – a Praça Dr. João Pessoa. Era nesta que se situava a avenida, um longo passeio que se estendia da Rua Major Agostinho até a Rua Coronel Manuel Paula. Era ladeada por um coreto e um bar, além de frondosas mungubeiras, tamarindos e catolés.
Manoel Severo no "Corêto" da Praça Capistrano de Abreu


















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