O estado das Alagoas guarda em seu território; desde o litoral passando por suas serras e a brava caatinga; cenários espetaculares, cheio de beleza, história e tradição, O Cariri Cangaço possui com Água Branca uma relação de muita proximidade, aqui já realizamos dois grandes eventos; 2016 e 2017; reunindo mais de 250 pesquisadores de todo o país. Neste último mês de fevereiro de 2025 mais uma vez o Cariri Cangaço esteve em Água Branca, no radar; rever e visitar os muitos amigos e preparar mais uma agenda do Cariri Cangaço; Água Branca 2026.
O mais destacado cenário de Água Branca, considerando a historiografia do cangaço, sem dúvidas é o Casarão da Baronesa de Água Branca, Joana Sandes, esposa do Barão de Água Branca, Joaquim Siqueira Torres. O ano era 1922 e aqui veio a acontecer o primeiro assalto de vulto perpetrado por Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, investido na condição de chefe de bando pela primeira vez, quando assumiu o bando de Sinho Pereira.
"A baronesa de Água Branca, dona Joana Vieira Sandes, era viúva do Barão de Água Branca; Joaquim Antônio de Siqueira Torres; e já contava mais de 90 anos quando sua residência foi invadida e assaltada por Lampião e seu bando, nesse que é contado em prosa e verso, como o primeiro ato do Rei do Cangaço, como chefe efetivo de um bando. Era o mês de Junho de 1922. Por muito tempo as joias roubadas da Baronesa de Água Branca, ornaram a figura da rainha do Cangaço, Maria Bonita. Joana Vieira Sandes nasceu em Água Branca no dia 30 de dezembro de 1830 e morreu no dia 27 de dezembro de 1923, com 93 anos de idade."
"No segundo casamento, com sua cunhada Joana Vieira Sandes — irmã mais nova de Joaquina —, tiveram os seguintes filhos: Misseno de Siqueira Torres; padre Cícero Joaquim de Siqueira Torres; juiz de direito Miguel Arcanjo de Siqueira Torres; Manuel Vieira de Siqueira Torres; engenheiro geografo, deputado e senador estadual Antônio Vieira de Siqueira Torres; capitão da guarda nacional Alexandre Vieira de Siqueira Torres; engenheiro Luiz Vieira de Siqueira Torres, que também foi senador federal e vice-governador do estado de Alagoas; Brandina Vieira de Siqueira Torres; Manoel Antônio Firmino de Godoy e Cecilia Dourado. Uma das maiores realizações de Joaquim Antônio de Siqueira Torres foi a construção da Igreja Matriz de Água Branca. Avalia-se que gastou parte considerável de sua fortuna para erguer um dos mais belos templos do país. Esse desprendimento foi reconhecido pelo imperador D. Pedro II, que lhe concedeu, pelo Decreto Imperial de 15 de novembro de 1879, o título de barão, e do Papa Leão XIII recebeu a comenda da Ordem de São Gregório Magno."
2016 o Cariri Cangaço invade pela primeira vez Água Branca
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