Uma História a Ser Contada


O último compromisso da agenda Cariri Cangaço para 2018 acabou surpreendendo a todos. Não só pela força e grandeza da cultura e tradições contidas neste lado do querido estado de Pernambuco; bem ali no sopé das serras do Catolé, Bonita, da Pedra do Reino onde se ergue o extraordinário reino da Pedra Encantada, dos Mouros e Cristãos, de Gonzaga, dos Pereira e Carvalho: São José de Belmonte; mas e preponderantemente pela imensa harmonia e incontida alegria percebida e vivificada nos rostos e corações de todos os presentes, não foi só mais um Cariri Cangaço, na verdade nunca é, nunca será, cada uma das edições guardam emoções que se perpetuam para sempre na alma nordestina.




Desde os primeiros momentos; envolvendo toda a preparação, as reuniões de trabalho, todo o planejamento, os cuidados com cada detalhe, o zelo no encontro das melhores alternativas para apresentar a todos o que tínhamos de melhor passando pelo contato individual com cada convidado; razão maior de nossa existência; o Cariri Cangaço ao lado de acolhedor município de São José de Belmonte estava pronto para mais um encantador desafio...


Não apenas o enorme desafio de trazer em apenas quatro dias um manancial inesgotável de história, tradições e cultura, mas e principalmente o desafio de mais uma vez unir almas que olham na mesma direção, de norte a sul, de leste a oeste, mais uma vez o Brasil de alma nordestina 
cumpriu o seu papel...


Manuel Dantas Suassuna, filho do Mestre Ariano,
A enigmática Ilumiara da Pedra do Reino no Cariri Cangaço
Imagens e Produção de Aderbal Nogueira
Fonte: YouTube

"Sem desmerecer outros seminários Cariri Cangaço, destaco o de Belmonte um dos mais aconchegantes e rico em tradições locais. O momento do reencontro com os Vaqueiros da História, não tem preço. Sei das dificuldades enfrentadas pelo comandante Severo, mas, declaro que a missão foi cumprida. Parabéns primos! As aulas de campo, por vocês ministradas, me deixou cheio de orgulho e emocionado. Ótima oportunidade para reviver o papel do Theophanes Ferraz Torres e sua luta, incansável, pela paz social em nossos sertões. Espero que os estudantes locais façam bom uso dos livros doados. Boa leitura! Viva o Cariri Cangaço!" Confirma o pesquisador escritor Geraldo Ferraz, de Recife, Conselheiro do Cariri Cangaço.


A alma e o coração do nordestino!
 Eu não sei se minha alma é nordestina,
Só sei que o coração viveu na adrenalina.
Não sei se falo a linguagem do meu sertão,
Sou nordestino, minha alma canta o coração.
 Estou de regresso, lá em São José de Belmonte,
Vivi momentos inesquecíveis entre poeira e monte.
Obrigado Cariri Cangaço. O amigo é oásis nessa fonte.
Eu renovei as amizades e trouxe a essência do horizonte.
Rossi Magne
24/10/2018

Os esforços de Valdir Nogueira, Clécio e Clênio Novaes, Edízio e Ernesto Carvalho, Mestre Régis, as briosas; Associação Cultural Pedra do Reino e Associação de Bacamarteiros da Pedra do Reino, o poder público e tantos outros valorosos Belmontenses coroaram de êxito e fizeram valer o grande encontro, recebam dessa forma o nosso respeitoso reconhecimento e o nosso mais absoluto e sincero muito obrigado.



Os cenários às vezes épicos, ás vezes lúdicos, às vezes inacreditáveis , nos transportavam para as mais variadas sensações. A mistura de cores e sons, a natureza exuberante temperada com a amabilidade de todos os anfitriões nos davam a certeza que estávamos em casa, em nossa casa, em mais uma casa do Cariri Cangaço: São José de Belmonte. 


Muitos pensam que no Cariri Cangaço temos uma "varinha de condão" que nos permite num piscar de olhos realizar grandes e complexos eventos, entretanto é importante esclarecer que nossa varinha de condão tem nome e sobrenome: Trabalho, dedicação, honestidade, respeito e acima de tudo, gratidão.


Com produção e imagens de Aderbal Nogueira: Pesquisadora e escritora 
Débora Cavalcantes no Cariri Cangaço São José de Belmonte
CASTELO ARMORIAL
Fonte:YouTube


"O Cariri Cangaço é mais que um evento, é um sentimento..." Sinceramente, me encontro sem palavras para descrever cada momento vivido em São José do Belmonte-PE, e levo para o Rio Grande do Norte o desejo de muito em breve estar com todos outra vez!" comenta a potiguar Cris Silva. Já a artista plástica e caricaturista gaúcha, Eliane Giolo, revela: "Foram Fortes emoções neste Cariri Cangaço, como todos, mais um que entrou para a história, mais um para ficar guardado no coração de todos nós!" e Nerizangela Silva de Nova Floresta; Paraíba, completa: "Um evento belíssimo, que terminamos com as energias renovadas. Parabéns a família Cariri Cangaço e todos de São José do Belmonte que não mediram esforços para nos agraciar com o melhor."


De todos os cantos do Brasil recebemos os apaixonados pela cultura do sertão num congraçamento típico de uma grande família celebrando um grande reencontro. O Conselho Cariri Cangaço; composto por personalidades inteiramente identificadas com nosso sentimento, nossa causa e nossos objetivos; esteve presente em peso consolidando ainda mais o sentimento desta grande construção coletiva: Aderbal Nogueira, Archimedes e Elane Marques, Bosco André, Cristina Couto, Edvaldo Feitosa, Professor Pereira, Geraldo Ferraz, Ivanildo Silveira, Jorge Remígio, Juliana Pereira, Junior Almeida, Kydelmir Dantas, Lili Conceição, Louro Teles, Luiz Ruben, Manoel Serafim, Narciso Dias, Rangel Alves da Costa, Raul Meneleu, Sousa Neto e Wescley Rodrigues; a vocês minha gratidão eterna por juntos termos testemunhado tudo isso.


A Origem do Movimento Armorial: De 1969 a 1974, Suassuna atuou como Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).Foi com apoio desse Departamento que Suassuna, ao lado de outros artistas, criou o movimento armorial em 18 de outubro de 1970.Na ocasião, realizada na Igreja de S. Pedro dos Clérigos no centro da cidade de Recife, houve uma exposição de artes populares e ainda, um concerto.A ideia central do movimento era criar uma arte erudita a partir de elementos populares. Nessa perspectiva, o sertão nordestino é valorizado mediante a riqueza de valores culturais e artísticos.Embora tenha sido iniciado no âmbito acadêmico, o movimento se expandiu. Posteriormente, teve apoio da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco.O objetivo central era criar uma arte brasileira singular baseada nas raízes populares.Idealizado pelo escritor paraibano Ariano Suassuna, essa manifestação abrangeu a literatura, música, dança, teatro, artes plásticas, arquitetura, cinema.  Fonte-https://www.todamateria.com.br/movimento-armorial/


Para o pesquisador e Conselheiro Cariri Cangaço Jorge Remígio, de João Pessoa:"O Cariri Cangaço é isso aí. Nove anos em defesa da história do nosso Nordeste, do nosso Sertão. Parabéns!" Já o poeta e pesquisador de Propriá, cerimonialista do Cariri Cangaço; Rossi Magne confessa: "Eu confesso: Sou movimento e sentimento, não sei viver sem essa essência da vida. Portanto, eu agradeço a Deus e a todos do Cariri Cangaço, por ser parte integrante dessa grande família. Obrigado."


Estivemos compartilhando momentos e momentos. Cada um deles cheios de muito significado. Costumo dizer que "se o Cariri Cangaço não promovesse uma só palestra, uma só conferência, já se fazia valer a pena por nos permitir a cada instante grandes encontros", é o que chamamos de "o Cariri Cangaço dos bastidores". Nas pousadas, nos cafés, nos restaurantes, nas praças, nas calçadas, nos contatos pré e pós a toda programação...


São nesses bastidores que as idéias e as percepções se aguçam, ali os pensamentos e os resultados de anos e anos de pesquisa muitas vezes é traduzido, as inconfidências, diante da divergência a busca pela convergência respeitosa, as mentiras e os mistérios se agigantam diante de uma temática tão forte e que tantos nos encanta.

A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados. ”Ariano Suassuna ;Jornal de Semana, 20 de maio de 1975


Pesquisadores, escritores, apaixonados pelo cangaço, curiosos; todos sem exceção unidos em torno da terra das "duas torres"; quinze estados da federação representados, de Pernambuco, além dos anfitriões belmontenses amigos de todos os lugares, dentre ilustres presenças: Rodrigo Honorato e Valéria Alencar, Luiz Ferraz Filho, Cícero Aguiar, Débora Cavalcantes, Augusto e Conceição Martins, Betinho Numeriano, Ana Gleide Leal, Amélia Araujo, Elisete Alencar, Waguinho Ferraz, Mabel Nogueira, Aninha Ferraz, Divanildo Gonçalves, Tony Alysson, Ranaíse e Yasmin Almeida, Leonardo Gominho, Rosane Ferraz, Raimundo Lourenço, João Calado, Otávio Cardoso, Ione Sampaio, Veridiano Dias e Nete, Márcia Filardi e Neliton.


o
Grande Mestre Ariano Suassuna 
por Francine Maria

Fonte: YouTube

Ah Grande e apaixonante nordeste...Muitos e muitos acorreram ao Cariri Cangaço, entre esses muitos e queridos amigos: Do Piauí; Noádia Costa e Francimary Oliveira; do Rio Grande do Norte; pesquisadores; Carlos Alberto Silva, Luiz Forró, Abimael Silva, Irani Medeiros, Cris Silva, Nivaldo Pereira e Maria de Fátima, da Paraíba; Jair Tavares, Quirino Silva e Célia Maria, Luiz Antônio, José Irari, João Andrade, Arthur Holanda e Nerizangela Silva, do Ceará nomes como; Daniel Walker, Wilton Silva, Rúbia Lóssio, Aglézio de Brito, Espedito Sobrinho, Comendador Mariano, Dra Amelia Cardoso, Divonildo Sobreira, Beto e Kévyla Souza, Afrânio Gomes, Neidinha, Antônio Feitosa, Francivaldo Romão e Maria Júlia, Tereza Raquel e os pequenos e talentosos, Cecília do Acordeon, Francine Maria e Pedro Lucas Feitosa.



Das Alagoas; Gustavo Farias, Camilo Lemos, da Bahia; Rita Pinheiro, Renato Bandeira, Antônio Edson, Fred Santos e Cleonildes, Jorge Figueiredo, Lisbela e Eliana Pandini, Levy Pandini e Daniele Silva, de Sergipe; Robério Santos e Nininho, Edson Araujo, Rossi Magne, Maria Oliveira, Vera Costa, Milla Ferreira, Manoel Belarmino e Rose Sousa, José Carlos Nascimento e Rosane Prado, Luciano e Vanessa Costa, do Distrito Federal, Getúlio Bezerra,do Rio de Janeiro; Josué Santana, de Minas Gerais; Afrânio Oliveira e Thiago Gontijo e do Rio Grande do Sul, Eliane Giolo. Avante sempre Família Cariri Cangaço...



Sonho de liberdade e de dias melhores. Fantasia Medieval em pleno sertão. Mouros e Cristãos. O Azul e o Encarnado. Dom Sebastião. Viola, sanfona, cordel e forró. Alvorada, tiros de bacamarte, cavaleiros, cavalgada, cavalhada. Armadura, capa e espada. Rei e Rainha. Castelo Armorial. Pereira e Carvalho. Cangaço. CARIRI CANGAÇO. Sinhô Pereira, Luiz Padre, Lampião e Padre Cícero. Trabalhadores Rurais de ontem e de hoje. Ariano Suassuna. Um clássico da literatura Brasileira. A Cultura Popular. São José do Belmonte, uma cidade que se redescobre ao valorizar a sua própria História. Religiosidade e Cultura nordestinas. A tradição lusitana na colônia. A História do Brasil. A formação da Identidade Sócio-cultural Brasileira simbolizada numa pedra: 
A PEDRA DO REINO .

 
 

"Costumo dizer que cada evento que Manoel Severo Barbosa e os amigos do CARIRI CANGAÇO empreendem FICA MELHOR QUE O ANTERIOR. Esse evento em São José do Belmonte foi impar em tudo! O foi pela história da saga desse grande povo em desbravar esse chão maravilhoso, o foi pela hospitalidade que recebemos, o foi pelas visitas a locais onde se deram os fatos históricos e também pelo grande número de novos amigos que fizemos que pareciam que eram tão velhos como os que reencontramos. Juntando todos, tornamos--nos mais fortes ainda e a alegria contagiante espalhou-se por toda a cidade. São José do Belmonte, cidade acolhedora e amiga, parabéns" afirma o Conselheiro Raul Meneleu Mascarenhas, de Aracaju, Sergipe.


 
Cariri Cangaço São José de Belmonte
11 a 14 de Outubro de 2018
Mais que um evento, um sentimento...

Um comentário:

Biagio Grisi disse...

Sem dúvida uma bela iniciativa. Parabéns aos que fazem o CARIRI CANGAÇO.