Dênis Carvalho, pesquisador, membro da Academia Brasileira de Letras e Artes de Cangaço; Floresta, Pernambuco
Li ontem à noite, com toda atenção, seu belo trabalho sobre o “Fogo do Maranduba”. Trata-se de extensa e bem elaborada pesquisa, com a citação das fontes, inclusive complementada com notas e fragmentos de pesquisa oral recolhida diretamente no palco da luta. Já havia lido vários relatos dessa grande e mortal batalha entre Lampião e a volante dos nazarenos e a força baiana. Seu relato, porém, foi além do esperado, conseguindo ser mais preciso e bem documentado, inclusive com fotografias atuais e de época. Consegue transportar o leitor para o centro dos acontecimentos, dando um toque de realidade que vai dos primórdios até o desfecho da luta. O trabalho também evidencia, de modo contundente, que as forças legais padeciam de graves deficiências de comando, estratégia e tática que lhe impediam, neste e em outros importantes recontros da luta contra o cangaceirismo, de usar a vantagem numérica, assim como do melhor armamento e fartura de munições para superar o adversário astucioso e valente. A batalha de Maranduba mostrou que não bastava a valentia individual do comandante de volante para vencer Lampião e seus asseclas. Foi uma pena a morte desnecessárias de tantos heroicos policiais e volantes para nada. Parabéns, mestre Severo!
Dr Herton Cabral, pesquisador do cangaço e nordeste
Fortaleza, Ceará
Meu amigo, que preciosidade! Todo o encadeamento dos episódios que culminaram na (no?) Maranduba. Inclusive as entrelinhas da dissimulação de forças políticas, familiares em tênue equilíbrio. Esse texto merece publicação com livro. Sugiro ao amigo dividí-lo em capítulos e publica-lo. Texto extremamente necessário ao pesquisador realmente comprometido.
Leandro Cardoso Fernandes, pesquisador e escritor, Conselheiro Cariri Cangaço;Teresina, Piauí.
Junho de 2020
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