1º Encontro Nacional dos Filhos de Aurora

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Vem aí a maior festa popular da história de Aurora

1º Encontro Nacional dos Filhos e Amigos de Aurora

Dias: 16 e 17 de julho: a alegria será geral... E você é o nosso convidado especial.
Sexta-feira, dia 16(das 8 às 17 h) - A Defensoria Pública promove o ‘Mutirão da Cidadania’ na quadra poliesportiva do Araçá com muita prestação de serviços à população.
Ainda, durante todo o dia na praça Pe. Cícero ao lado da estação acontece a 1ª Feira de Artesanato do município.

Sábado, dia 17 (ás 6:30 h) – Recepção aos visitantes: filhos e amigos de Aurora, no Centro Social Urbano(CSU), na Vila Paulo Gonçalves.
Às 8:00 h – Passeio ecológico pontos turísticos de Aurora, saindo da praça da Estação.
16:00h – 1º Passeio dos Motociclistas Aurorenses, saindo da Escola técnica ao lado da Policlínica no Araçá. Com sorteio de prêmios para os participantes. As inscrições já estão abertas na sede da Secretaria de Cultura(Seculte).
17:00h – Palestra sobre Educação no Trânsito ministrada pelo Defensor Público - Dr. Fco. Pereira Torres na praça da Matriz.
17:30h – Missa campal pelo vigário e padres filhos da terra na praça da matriz.
19:30h – Festa Popular com várias atrações artísticas na praça da matriz.
22:00 h – Baile da Saudade animado pela banda ‘Arquivos’ para os visitantes e convidados filhos e amigos de Aurora no clube Bayankara Hall na vila Freire.
1º Encontro Nacional dos Filhos e Amigos de Aurora!
Uma Festa que vai ficar na história....Participe!!!

Realização:
Associação dos Filhos e Amigos de Aurora – AFA.
Prefeitura Municipal de Aurora
Secretaria de Cultura, Turismo e Desporte – Seculte.

NOTA CARIRI CANGAÇO: O Cariri Cangaço se solidariza com a Prefeitura Municipal através da Seculte e com a AFA, pelo brilhantismo da iniciativa, com certeza plena de êxito, quando reuniremos os filhos de Aurora neste primeiro Encontro Nacional. Ao amigo Zé Cícero e toda a equipe da AFA, nosso abraço desejando o sucesso deste grande evento.
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O Homem voltou com Força Total

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Paulo Gastão e Aderbal Nogueira


Neste domingo estivemos eu e Lívio, representando os sócios da SBEC no Ceará, visitamos o nosso mestre Paulo Gastão, o qual está se recuperando plenamente de sua Angioplastia, e manda agradecer o carinho de todos. Ele está tão bem que nós não pudemos nem transmitir direito as mensagens dos amigos, porque não nos sobrou tempo para falar durante as três horas que estivemos com ele. Só ouvimos; é um bom sinal, não?

Lívio Ferraz e Paulo Gastão

Um grande abraço a todos, e estamos realmente muito felizes pelo pronto reestabelecimento do amigo Paulo Gastão.


Aderbal Nogueira
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Capitão Virgulino Ferreira na Cuba de Fidel Por:Francisco Felix Teixeira Filho

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Virgulino; de Vila Bela para o Mundo...

Srs. Integrantes do Cariricangaço e estudiosos do Cangaço, sou um adimirador do tema Cangaço, tendo lido diversos livros a respeito do assusnto, sendo o último: "Lampião o Invencível - Duas vidas duas Mortes" do Autor Jose Geraldo Aguiar. Do CARIRICANGAÇO gostaria de ouvir a opinião a respeito do mesmo. O meu e-mail não é por acaso, e é com muito orgulho que narro para voces o fato ocorrido comigo no mes passado, quando estive em visita turística à Ilha do Comandante Fidel.

Andando eu pelas ruas de Havana com uma das várias camisetas que tenho com foto de Lampião e do cangaço, mais precisamente na Praça do Capitólio, antigo Congresso daquele pais na época do Governo Fulgencio Batista, "derrubado" pela Revolução Cubana, liderada por Fidel e Che, em 1959, quando ouço alguem gritar, "Cangaceiro"! A principio não me dei conta do que eu havia ouvido, mas curioso, perguntei a minha mulher que caminhava ao meu lado, se ela havia ouvido o que eu tinha ouvido. "Cangaceiro"!. Diante de sua afirmação, dei meia volta e me dirigi à pessoa que havia proferido aquele chamado, indagando se ele(homem), havia dito cangaceiro, no que foi confirmado. Perguntei como ele conhecia Lampião e o cangaço, tendo o mesmo respondido que era através de filmes e documentários.

Che e Fidel


Continuamos o dialogo e o que mais me impressionou foi o fato de que o mesmo me apresentou detalhes do Cangaço, mencionando as décadas do ocorrido e, guardado as propoções, fazendo comparações entre a luta de Lampião no Cangaço e a revolução Cubana. E essa não foi a única vez que o povo cubano demonstrou conhecer o Cangaço Brasileiro. Em uma outra rua de Havana ouvi, já com outra camiseta, Lampião e Maria Bonita, outra pessoa proferir a mesma palavra, "cangaceiro". Porém como a rua estava muito cheia, e a pessoa estava do outro lado da rua, não foi possível manter contato com a mesma.

Os fatos acima mencionados, vem mostrar para os brasileiros o quanto o tema cangaço deve ser estudado e divulgado para nós, que somos carente de conhecimento acerca do assunto. Parabens a todos os integrantes e estudiosos do Cangaço!!!

Francisco Félix - Cap. Virgulino, como alguns me chamam no trabalho.
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Paulo Gastão Vencendo mais Uma!

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Caros Sócios e amigos

O nosso querido amigo e sócio, Paulo Gastão, foi submetido nesta sexta feira por volta das 14:00h a uma Angioplastia. A informação colhida junto a familia é confortante. Paulo reagiu a bem a intervenção, já está em recuperação pós operatório e, em breve teremos Paulo junto ao nossso convívio.

Continuemos com nossa corrente de UNIÂO e FÉ para a restauração de nosso amigo.

Abraços,

Lemuel Rodrigues da Silva
SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
Presidente
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Cel José Júlio, o Czar do Jari Parte II

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Numa pequena pausa ao tema cangaço e nordeste; trazemos por indicação do amigo Dário Castro Alves, a apresentação de um grande cearense, que fez história e por isso, está no Cariri Cangaço. A partir do texto de  Douglas Lima, apresentamos o Cel José Julio Andrade, O Czar do Jari, vale a pena conhecer..


José Júlio de Andrade era amigo do jornalista paraense Paulo Maranhão e, como este, inimigo ferrenho do governador Magalhães Barata. O governador mandou um fiscal à Arumanduba e o funcionário público multou o coronel em dez mil contos de réis. Zé Júlio pagou a quantia e deu mais dez mil ao fiscal, dizendo: “Leve mais estes dez mil para o Barata acender o charuto dele”. Noutra ocasião, estando na Argentina, logo após uma de suas desavenças com o governador Barata, escreveu a um amigo dizendo, em um dos trechos da carta: “Estou comendo banana e dando banana para os bananas daí”. Embora casado com Laura Neno, o coronel José Júlio de Andrade era homem de muitas mulheres, figurando Chiquinha Rodrigues entre as suas preferidas, a qual conheceu quando iniciou sua vida empresarial no Jarí. Mesmo assim não teve filhos e sua herança ficou para Maria Laura, filha mais velha de um sobrinho.

Governador Magalhães Barata

O coronel morreu aos 90 anos no dia 24 de junho de 1953, no Rio de Janeiro, e está sepultado no cemitério São João Batista, daquela cidade. Cinco anos antes já havia se afastado por completo dos municípios de Almeirim, Mazagão e Porto de Moz. Vendera sua fazenda do Rio Aquiqui para Michel de Melo e Silva e a Jaripara  para um grupo de portugueses.

Apesar do caudilhismo com que administrou a sua riqueza, uma vez, em 1928, viu-se em apuros diante de empregados e não teve saqueado os depósitos de mercadoria, propriedades suas em Arumanduba, porque recorreu ao poder de persuasão, o que, aliás, tinha de sobra. Trata-se do episódio titulado pelo escritor Cristóvão Lins no livro Jarí - 70 anos de história como “A revolta de Cezário”. Vitoriosa, a rebelião teve como principal troféu a prisão de Duca Neno, cunhado e um dos principais e cruéis capatazes do coronel. A revolta eclodiu porque Duca Neno assediou amorosamente a esposa do aviado José Cezário de Medeiros, um rio-grandense-do-norte que sabia ler e escrever muito bem, tendo, inclusive, passado pelo Exército, e que no meio dos empregados de Zé Júlio surgiu como um verdadeiro líder. Cristóvão Lins conta que a mulher de Cezário, muito bonita, adoeceu e precisou ir a Arumanduba, a fim de seguir a Belém, para tratamento.

Vista aérea do Complexo Jari; resultado da visão e empreendedorismo de José Júlio

Uma versão diz que Duca Neno a colocou numa casa sem o mínimo conforto, tendo embaixo do assoalho um chiqueiro de bodes. A outra versão diz que Duca simpatizou com a hóspede e como a mesma não o quis, passou a massacrá-la para ver se conseguia o intento. Cezário recebeu uma carta da esposa narrando o que ela vinha passando nas mãos do capataz. O aviado,  arquitetou a revolta que chegou a bom termo, inusitadamente, sem haver qualquer delação. O povo abandonou as casas e criações para seguir o líder. A revolta foi tão bem planejada e sigilosa que a filial de Pacanari, abaixo da Cachoeira de Santo Antônio, a uns cinco quilômetros de distância, só teve conhecimento da mesma quando o seu chefe, capitão Filomeno, foi preso por Cezário.

Desde o dia 17 de junho, o jovem líder começou a reunir todo o povo em Cachoeira de Santo Antônio, à espera do navio que deveria chegar no dia 5 de julho, como aconteceu. De Cachoeira não saía ninguém e os que chegavam também ficavam detidos. Até a chegada do navio, Cezário ajustou contas com algumas pessoas poderosas na região, como o velho Monsão, chefe da filial de São João do Iratapuru, que antes da revolta havia ordenado que surrassem um rapaz, vindo este a falecer devido ao espancamento. O líder da revolta mandou prender Monsão e obrigou-o a cavar a sepultura do rapaz até chegar o caixão, para em seguida colocar a terra de novo na cova.

Vista da Fábrica, a partir do Rio Jari

Entre adultos e crianças, Cezário arregimentou aproximadamente oitocentas pessoas. Ao iniciar a revolta, o chefe da filial de Cachoeira, de nome Loureiro, foi preso. O navio Cidade de Almeirim, que quinzenalmente levava rancho às filiais e recebia os produtos explorados, foi tomado e comandado pelos revoltosos até Arumanduba.
Perto dessa localidade, a marcha da embarcação foi reduzida e as luzes apagadas. Cezário ficou perto do comandante, chamado Jararaca, fazendo-lhe a seguinte ameaça: “Se perder a atracação, vai perder a cabeça”. Jararaca era bom mestre e não teve problema para atracar o Cidade de Almeirim no trapiche de Arumanduba. Imediatamente, Cezário desceu com o pessoal e prendeu Duca Neno, amarrando-o e colocando-o no porão do navio. Em seguida cortou os fios do telégrafo para evitar comunicação com Belém ou outro local.

Os revoltosos quiseram saquear os depósitos de mercadoria, mas o coronel José Júlio chegou naquele momento e disse: “Sei que aqui tem muito cearense, mas sei também que aqui não tem ladrão”. Dito isso, o pessoal afastou-se e José Júlio autorizou que tirassem o que fosse preciso para a viagem até Belém. Cezário então removeu o povo para o navio Cidade de Alenquer, maior que o Cidade de Almeirim e foi iniciada a viagem para Belém, com Duca Neno preso, para ser entregue às autoridades. Após a saída dos revoltosos de Arumanduba, o telégrafo foi consertado e a notícia transmitida para Belém. Uma corveta da Marinha interceptou o navio e este foi levado escoltado ao porto da capital paraense. Cezário e os companheiros foram alojados nos quartéis e Duca Neno solto, pois José Júlio já havia providenciado a libertação.

Em Jarí - 70 anos de história, o escritor Cristóvão Lins diz que a revolta foi o fato mais depreciativo de toda a história do Jarí e do próprio José Júlio de Andrade. O interessante, porém, é que, com poucas exceções, como Cezário, os revoltosos voltaram para o Jarí e foram recebidos pelo coronel, sem ressentimentos, pelo menos na aparência.



Imagens do Palecete Bibi Costa, inaugurado em 1906 e morada do Cel José Júlio a partir do ano de 1910. Tinha fama de ser mal assombrado. 

Em meio ao muito que se fala do coronel José Júlio de Andrade, aparece o rigor com que tratava os seus empregados, na maioria das vezes ditado da rede esticada na ampla varanda do seu casarão em Arumanduba. Foram violências e arbitrariedades que seus capatazes praticaram, como narra o já falecido escritor e historiador santareno João Santos ao abordar o caso do trabalhador Jacinto Lopes, que caiu na besteira de pedir a conta ao coronel para visitar familiares no Ceará, sua terra natal. O episódio faz parte da história do extrativismo da balata no Médio Amazonas, região onde o produto alcançou o seu maior apogeu. Conta João Santos que, certo dia do ano de 1928, Jacinto Lopes, bom explorador de balata, produto este ainda pouco conhecido e que o coronel explorava sem competidores, pensou em dar uma volta no Ceará e pediu a conta.

Fazer o que fez Jacinto nas propriedades de Zé Júlio era ato de autodestruição. Ninguém saía das terras do coronel levando saldo ou devendo conta. Para isto tinha o lugar de ajuste chamado Paga-dívida, onde o trabalhador que cometesse a ousadia de tentar deixar o trabalho escravo encontrava o fim nas balas de um rifle.
Jacinto percebeu o erro cometido, mediu as conseqüências e resolveu fugir protegido pela escuridão da noite, subindo o Rio Paru. Armou-se de um rifle e terçado, colocou um pouco de farinha e outros mantimentos em um saco e partiu pensando chegar em Monte Alegre. O capiau trabalhara vários anos na extração do breu e castanha e por último na da balata.

Conhecia os mistérios da mata como poucos e confiava nos índios do Alto Rio Paru. Sabia que a tentativa era um desafio, mas preferia aceitá-lo do que morrer no Paga-dívida nas mãos dos capatazes do coronel. Depois de vários dias de estafante caminhada, perseguido pelo verdugo Luiz Gomes e asseclas, enviados de Zé Júlio e moradores de Paraguai, no Rio Jari, de onde ocorrera a fuga, Jacinto alcançou a maloca dos índios apalaís, onde pernoitou, e pela madrugada, depois de orientado pelos nativos, partiu em direção ao Rio Maicuru, caminho mais fácil para se ir à cidade de Monte Alegre. Por volta do meio-dia, a turma de Luiz Gomes chegou à maloca indígena, todos armados de rifles e sofregamente procurando pelo cearense. Foram logo intimando os índios a revelar a presença do fugitivo, por onde andava e para onde tinha ido. Os índios do Paru conheciam perfeitamente os homens que chegaram à maloca. Eram os mesmos que roubavam seus produtos e impunham condições pesadas sem remuneração, que os escravizavam, fazendo o mesmo com trabalhadores. Encobriram a fuga de Jacinto, apontando a direção oposta, como se o cearense tivesse tomado o rumo do Amapá. A mentira dos apalaís salvou o fugitivo e contribuiu para que Monte Alegre, através dele, tomasse conhecimento da existência de grandes balatais em suas terras. Exausto e faminto, Jacinto alcançou o Rio Maicuru caminhando pelas suas margens, quando possível, e nadando em outras ocasiões. Chegou à outra maloca dos apalaís, próxima à foz do Maicuru. Na dura e penosa caminhada, foi encontrando exuberantes balatais. Os nativos lhe revelaram outros.

Refazendo as forças, Jacinto começou a cortar algumas balateiras. Precisava levar alguma coisa para vender e conseguir dinheiro para chegar ao Ceará. Juntou alguns blocos de balata. Conseguiu uma canoa dos índios e partiu para Monte Alegre descendo o Rio Maicuru até encontrar o Rio Paituna. Por este chegou ao Curaçu, onde encontrou um comerciante, homem calmo, de falar macio, cearense também, chamado Henrique Vieira de Souza. Jacinto contou sua história ao dito comerciante e na companhia deste viajou para Monte Alegre, aonde chegou no dia 21 de setembro de 1928, levando os poucos blocos de balata. Assim, o nome de Jacinto Lopes ficou ligado para sempre à economia daquele município paraense. 

Douglas Lima

Cortesia de Dário Castro Alves
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Confraria de Amigos Por: Alcino Alves Costa

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Alcino, entre Vilela e Rubinho Lima


Estimado Severo

Feliz é um mundo que ainda tem pessoas com o espírito tão elevado como o seu. Que bom se a humanidade soubesse o valor imenso que é o amor, a irmandade, a fraternidade, o respeito e a consideração tomando conta, envolvendo e dominando as ações, a mente e o espírito das pessoas. Fico a me perguntar: Quantos Severos existem neste mundo de tanto desamor. Poucos, Muitos poucos.

Adorei fazer a palestra no Juazeiro de Padre Cícero. Muito obrigado meu amigo.

Meu querido amigo, abraços em você, Daniele e Gabriel.

Alcino Alves Costa
Caipira de Poço Redondo
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Pawlo Cidade; o mais novo Imortal da Academia de Letras de Ilhéus

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Pawlo Cidade

Hoje o Cariri Cangaço presta uma justa homenagem ao amigo Pawlo Cidade, o mais novo Imortal da Academia de Letras de Ilhéus, ocupando a cadeira de número 13, que já teve os honrados Jorge Amado e depois sua esposa, Zélia Gatai como ocupantes. O Cariri Cangaço se une a comunidade intelectual de Ilhéus e da Bahia e abraça o amigo Pawlo Cidade por mais essa conquista. Parabéns. A posse de Pawlo deverá acontecer entre Julho e Agosto.

Pawlo Cidade, graduado em Pedagogia, pós-graduado em Metodologia da Educação Ambiental. Ator, produtor, autor e diretor de Teatro, com 28 espetáculos montados; Consultor de Políticas Públicas para a Arte e a Cultura; Escritor, com três livros publicados; colunista do jornal Diário de Ilhéus; Concebeu e coordenou diversos projetos em Arte-Educação pelo município de Ilhéus; é funcionário público municipal.

Quer conhecer um pouco mais de seu trabalho: comunidadetiamarita.blogspot.com

Manoel Severo
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Cordel: Patrimônio Imaterial do Brasil

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A sociedade civil, através da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, recentemente entrou com representação junto ao Instituto do Patrimônio Artístico Nacional para reconhecer o cordel como Patrimônio Imaterial do Brasil. Trata-se de reconhecer, na lei, o que já acontece na prática há mais um século: a presença do cordel, em todas as linguagens relacionadas (como a cantoria) na cultura brasileira. Não restam dúvidas quanto à legitimidade deste pedido e estamos usando este espaço para pedir apoio de todos. Basta apenas o abaixo-assinado eletrônico. Veja os termos do pedido encaminhado ao IPHAN e participe votando no link ao final.


To: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Ao Presidente do IPHAN
SBN Quadra 2, Edifício Central Brasília - 6º andar, Brasília, DF, Brasil
http://www.iphan.gov.br/
Referência: Registro do Cordel como Bem Cultural de Natureza Imaterial

Considerando o que dispõe o Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000 sobre o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro;
considerando que o registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial se fará em livro específico;
considerando que o cordel se enquadra na descrição do Livro de Registro dos Saberes, onde são inscritos conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades;
considerando que o cordel se enquadra, igualmente, nas características descritas para o Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;
considerando a continuidade histórica do cordel e sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira;
considerando o pedido de registro feito pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), solicitamos ao IPHAN o Registro do Cordel como Bem Cultural de Natureza Imaterial.

petitiononline.com/cordel/petition
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Mensagem enviada por: TANIA PEIXOTO
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União e Fé, viva Paulo Gastão!

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Paulo Gastão, entre as Meninas do Cariri Cangaço, Ingrid e Mabel

NOTA OFICIAL DA SBEC

Caros sócios e amigos,

O Nosso amigo de todas as horas e infortúnios Paulo Gastão nos deu um grande susto neste final de semana. Sentiu um leve mau estar e, depois de exames de cateterismo foi constatado a necessidade de uma pequena intervenção cirúrgica nas artérias coronárias.

Soube do ocorrido hoje por intermédio de Aderbal, pois estava ausente de Mossoró. Achei estranho ficar quatro dias sem falar com Paulo, haja vista ele me ligar em média quatro vezes por dia. Um verdadeiro silêncio e um vazio.

Logo em seguida conversei com Paulo e o mesmo me tranquilizou afirmando que estava tudo bem e se preparando para a cirurgia que ocorrerá ainda esta semana. Conhecemos Paulo e sabemos que irá superar mais um obstáculo em sua vida.

É um homem de fé, valente, confiante, positivo. Ama a todos e a si próprio e já demonstrou esse amor em várias ocasiões. Paulo, Boa sorte. Estamos numa corrente de fé pela sua saúde. Que sua recuperação seja rápida, pois temos que ir a Cajazeiras/PB e para o Cariri Cangaço.
 
Lemuel Rodrigues - Presidente
Sócios e Amigos da SBEC

NOTA CARIRI CANGAÇO: Em nome de nossa família, Danielle e nossos filhos e de toda família Cariri Cangaço; unimos nosso coração às orações pela pronto reestabelecimento da saúde do estimado amigo Paulo Gastão; com certeza mais uma vez, esse cabra macho prá danar, vencerá mais um desafio. Dona Marias das Graças e toda família receba nosso abraço de fé e conforto.

MANOEL SEVERO
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Um pouco do que nos espera no Cariri Cangaço... Por:Dihelson Mendonça

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Acima, um pouco do que nos espera
no Cariri Cangaço 2010, a partir das lentes e do olhar privilegiado do fenomenal artista e parceiro do Cariri Cangaço,
Dihelson Mendonça.
Agora é arrumar as malas
e esperar agosto chegar...
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Cel José Júlio, o Czar do Jari Parte I

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Numa pequena pausa ao tema cangaço e nordeste; trazemos por indicação do amigo Dário Castro Alves, a apresentação de um grande cearense, que fez história e por isso, está no Cariri Cangaço. A partir do texto de  Douglas Lima, apresentamos o Cel José Julio Andrade, O Czar do Jari, vale a pena conhecer...

José Júlio de Andrade, personagem controvertido da história da Amazônia, montou um império envolvendo terras nos municípios paraenses de Almeirim e Porto de Moz, além de Laranjal do Jarí e Mazagão, no Estado do Amapá, conseguindo assim a distinção de ter sido um dos maiores latifundiários do mundo, com propriedades que atingiram mais de três milhões de hectares.

O coronel Zé Júlio, como ficou conhecido, conseguiu a patente graças à compra junto a então Guarda Nacional. Foi senador da República por vários anos, sem nunca ter perdido uma eleição em Almeirim, onde ficava a localidade Arumanduba, sede de suas atividades. Ele conheceu vários países do mundo falando apenas o português, gabando-se de ter se banhado quatro vezes no Rio Jordão, onde João Batista batizou Jesus.

Para Cláudio Bastos, ex-agente social da região do Jarí, na divisa entre os Estados do Pará e Amapá, este território sempre esteve envolvido por uma aura de megalomania, tendo parte destas terras tornado-se propriedade de Zé Júlio no final do século XIX, o primeiro coronel a enriquecer extraindo e exportando produtos amazônicos. Ele ficou rico com o extrativismo e exportação de castanha, andiroba, borracha, o que era prática comercial corrente.

José Júlio de Andrade nasceu em julho de 1862, em São Francisco de Uruburetama, no Estado do Ceará, chegando ao Norte aos 17 anos de idade, passando por Benevides, no Pará, onde trabalhou na agricultura, protegido por um tio que ali residia. A chegada do então desconhecido nordestino na região do Jarí ocorreu em 1882. Como muitos peões que ali viviam, Zé Júlio trabalhou como seringueiro e coletor de castanha, vendendo o que produzia para os regatões, embarcações muito comuns na época, cujos proprietários faziam comércio na região, adquirindo produtos em troca de gêneros de primeira necessidade e até de tecidos estrangeiros.

É falado na região que o coronel mantinha o império dele com mão-de-ferro, praticando hediondos castigos àquele que se insurgia contra os seus interesses, utilizando capatazes e pessoas de confiança como executores. Duca Neno, cunhado de Zé Júlio, foi um dos mais cruéis destes algozes. Mas o coronel é pintado com nuances mais brandas por Cristóvão Lins no livro Jarí - 70 anos de história, que relata uma coletânea dos mais diversos assuntos do local onde José Júlio de Andrade ditou ordens por quase cinco décadas.

O ex-agente Cláudio Bastos conta que era comum o coronel Zé Júlio passar em algum de seus domínios, ver uma garota bonitinha e falar “ó, compadre, tal ano eu volto aqui”, o que queria dizer que ele assumia a responsabilidade por aquela criança até que ficasse jovem, quando ela estaria pronta para servi-lo, inclusive sexualmente, em uma de suas fazendas. Cristóvão Lins, contrapondo-se ao que se sabe do personagem através de relatos dos mais antigos moradores do Jarí e alguns historiadores, diz que Zé Júlio era “pessoa fina, educada, que não falava palavrões, despido totalmente de vaidade, dando a mão ao seu empregado mais humilde”.

O coronel, além de viver da extração da borracha, castanha e outros produtos, era também proprietário de frota de barcos e criava gado. É citado por Cristóvão Lins como portador de uma grande paixão por crianças. Em um dos trechos do livro diz que José Júlio criou muitas crianças, inclusive um casalzinho de índios da tribo caiapó. Os entrevistados no livro falam da paixão do coronel por crianças e que os índios, ao terem notícia de sua chegada à Arumanduba, vinham pedir presentes, chamando-o de Papai Grande. Cristóvão Lins diz que José Júlio tinha apenas o curso primário e amealhou a sua fortuna em apenas 20 anos, em lances dignos de mérito, muitas das vezes, entretanto, através de métodos reconhecidamente “extravagantes”.
 

Na verdade, ele precisou de um empurrão para se tornar rico. O sogro Manuel Maia da Silva Neno, intendente do município de Almeirim, lhe deu um título de propriedade, a partir do qual conseguiu terras e mais terras, favorecido por benesses de sucessivos governadores paraenses, de maneira que o império latifundiário tornou-se tão grande que o patrimônio da cidade de Almeirim ficou muito reduzido.Antes da ajuda do sogro, entretanto, Zé Júlio já tinha uma extensa área, na localidade Prazeres, à margem esquerda do Jarí, adquirida numa jogada de pura esperteza: trocou o terreno com linha de pesca, tecidos e mais algumas mercadorias.

Zé Júlio percorreu palmo a palmo as suas vastas terras. Depois que viu que não poderia mais ser enganado, deixou capatazes tomando conta de tudo, dando-se ao luxo de passar a maior parte do tempo em viagens pelo Brasil e exterior. O coronel montou residência em Belém e no Rio de Janeiro. Ao Jarí ia apenas para reger o início e o término das safras. Entre as excentricidades do coronel está a de levar cunhãs (moças) do Jarí para servi-lo em suas residências em Belém e no Rio de Janeiro, apenas para embalá-lo na rede, embora dormisse em cama, tarefa na qual as garotas se revezavam dia e noite. Certo dia, no retorno de uma de suas viagens ao exterior, alguém lhe perguntou como ele se virava no estrangeiro falando somente o português. Respondeu de pronto: “Eu tenho um dicionário no bolso que me resolve problemas em todas as línguas”, mostrando a carteira de dinheiro.

Continua...

Douglas Lima 

NOTA DÁRIO CASTRO ALVES: Este é mais um cearense que saiu pelo mundo a ganhar a vida e fazer história. A vida dele foi muito interessante , porém pouco divulgada. Era o dono das terras onde hoje é o projeto Jari. Tem ligações fortes com a familia de minha mãe que o conheceu no casarão que o mesmo possuía em Santa Teresa (RJ).

Abraços, Dario.
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Projeto Sertão da Tradição

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Nesta quinta, dia 8 de julho, às 20h, no Palco sobre a Passarela (Espaço Rogaciano Leite Filho ) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, será lançado o Kit multimídia Sertão da Tradição, onde estão reunidos valiosos registros das manifestações tradicionais da cultura cearense e em especial da cultura que resiste e se renova nos assentamentos de reforma agrária. O material é composto pelo livro O Vasto Mundo dos Assentados, de Oswald Barroso; por dois cordéis com os temas Sertão, Tradição, Reisado e Reforma Agrária, um CD ; um DVD com cinco vídeos-documentários, que serão exibidos, às 19h, no Auditório do Dragão do Mar. Após o lançamento, o público poderá conferir ainda a apresentação do Reisado da Família Ramos de Ipueira da Vaca, de Canindé, um dos grupos participantes do projeto, além da participação do cordelista Arlando Marques e da intervenção do grupo Teatro de Caretas – Riso Brincante.

Além de registrar a diversidade dos grupos de reisado e Dança de São Gonçalo, através da suas historias, da musica e da dança os produtos que compõem o kit multimídia visam à preservação e revitalização do patrimônio imaterial das manifestações da cultura popular tradicional produzidas no sertão do Ceará. O material é resultado do projeto Sertão da Tradição: registro e difusão de manifestações culturais tradicionais em assentamentos da reforma agrária do sertão cearense, contemplado pelo Programa Petrobrás Cultural.

Divulgação nos enviada por nossa querida amiga Nívia Uchoa
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