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VENDA DE UMA ESCRAVA, ATRAVÉS DE ESCRITURA PÚBLICA, LAVRADA NAS NOTAS DO TABELIÃO PÚBLICO LÚCIO AURÉLIO BRÍGIDO DOS SANTOS (LIVRO Nº 1-A, FLS. 5-V. E 6 – 1º Cartório de Missão Velha):
“Lançamento de um documento de Manoel Saraiva da Cruz: “Digo, eu abaixo assignado, João da Cruz de Moraes, que sou Senhor e possuidor de uma escravinha de nome Maria, cabra, idade de oito anos mais ou menos, filha natural de minha escrava Antonia, cuja escravinha existe livre e desembargada de dívida ou hipoteca e assim existindo, vendo com todos os seus achaques presentes e futuros ao Senhor Manoel Saraiva da Cruz pela quantia de oitocentos mil réis, que em moeda legal recebo da mão do comprador na pessoa de quem traspasso todo domínio e senhorio e do que lhe dou plena quitação de paga. Em firmeza do que mandei fazer a presente em que me assigno, ficando obrigado em todo e qualquer tempo fazer escritura pública obrigando-se o comprador a todos os impostos da lei a que estiver sujeito a presente venda. Missão Velha, onze de outubro de mil oitocentos e setenta assinados) João da Cruz de Moraes. Como testemunhas Raimundo Euzébio de Sá Cavalcante. Rozio Jamacaru. Reconheço as firmas supra por dellas pleno conhecimento. Dou fé. Missão Velha, onze de outubro de mil oitocentos e setenta. Eu, Lúcio Aurélio Brígido dos Santos – Tabelião Público assignei. Em testemunho da verdade estava o signal público – O tabelião Público Lúcio Aurélio Brígido dos Santos. Estava estampilhas com o valor de oitocentos réis. E nada mais se continha em dito documento Dou fé e assigno e me reporto. Missão Velha, 14 de outubro de 1870. O Tab. Pco. Lúcio Aurélio Brígido dos Santos.”
Cortesia de Bosco André
Memorialista - Missão Velha
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