O MIS - Museu da Imagem e do Som; em Fortaleza, capital cearense; recebeu na noite do último domingo dia 29 de maio de 2022 a apresentação e lançamento, sob Aula Magna, da Obra do renomado fotojornalista e escritor carioca Ricardo Beliel, "Memórias Sangradas: Vida e Morte nos Tempos do Cangaço" em noite memorável que reuniu uma plateia de aficionados pelas temáticas da fotografia, cinema, jornalismo e... Cangaço.
"Memórias Sangradas" é o resultado de mais de 10 anos de pesquisas pelos sertões nordestinos, solos pisados por Lampião e seus cangaceiros. A obra reúne histórias de 43 personagens; ex-cangaceiros, ex-volantes, ex-coiteiros; remanescentes da época do cangaço que se entrelaçam a partir da sensibilidade aguçada do autor em textos absolutamente sensacionais e fotos autorais extraordinárias.
"O maior presente no desenvolvimento desse trabalho foi poder me aproximar e compartilhar tantas histórias, tantas vivências e tantas emoções com pessoas tão especiais, para elas foi feito esse livro" revela Ricardo Beliel falando da emoção vivida durante a construção do trabalho e dos personagens protagonistas da obra"
Durante a apresentação da noite ainda tivemos a participação da poeta, escritora e ilustradora, Luciana Nabuco; esposa de Beliel; responsavel pelo prefácio do livro, feito "com poesia, amor e afeto" como fala a própria autora. Luciana esteve ao lado do marido em toda concepção, todas as viagens, entrevistas, pesquisas, na construção e finalização da obra.
"Depois de acompanhar os amigos Ricardo e Luciana como também o jornalista Heldemar Garcia, pelos sertões de Conselheiro; Quixeramobim e Quixadá; a convite do Festival QXAS, com Beto Skeff e Glícia Gadelha, temos a honra de acompanhar esse momento maravilhoso aqui no MIS com o lançamento de Memórias Sangradas, um livro simplesmente extraordinário. Ricardo Beliel esse mais que festejado jornalista, fotografo, escritor, com larga experiência nacional e internacional, nos concede um grande presente através de seu livro, que inclusive estaremos lançando no Cariri Cangaço Piranhas 2022" confirma Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.
Memórias Sangradas; de Ricardo Beliel no MIS, Fortaleza 29 de Maio de 2022
Fotos: José Leomar e Beto Skeff
Ricardo Beliel é graduado em Jornalismo (FACHA) e pós-graduado em Fotografia nas Ciências Sociais (UCAM), em Comunicação e Políticas Públicas (UFRJ) e em Teoria e Prática da Educação de Nível Superior (ESPM). Foi professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), na Universidade Estácio de Sá e no Ateliê da Imagem. Também foi jurado do Prêmio PETROBRAS de Jornalismo, em 2018.
Ricardo Beliel iniciou seu interesse pelas artes quando foi aluno do curso de Gravura, ministrado por Fayga Ostrower, Ana Letycia e Ruddy Pozzati, no MAM do Rio de Janeiro e no Centro de Estudos de Arte Ivan Serpa. Em 1973 começa a fotografar, trabalhando com músicos como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e O Terço. Em 1976, entra para o jornalismo como fotógrafo contratado do jornal O Globo, passando depois pela Manchete, Placar, Fatos e Fotos, Veja, Isto É, agência F-4, Manchete Esportiva, Jornal do Brasil, Greenpeace e O Estado de São Paulo. Foi editor de Fotografia da revista Manchete e subeditor no jornal Lance, do qual participou da equipe fundadora. Durante seis anos, fez parte da agência GLMR & Saga Associés em Paris, produzindo reportagens fotográficas na América Latina e na África. Como jornalista e fotógrafo independente tem trabalhos publicados em Grands Reportages, Figaro Magazine, Time, National Geographic, Victory, San Francisco Chronicle, Houston Chronicle, Colors, Geo, La Vanguardia, Los Tiempos, Ícaro, Terra, Próxima Viagem, Marie Claire, Época, Vice, Nova Escola, Placar, Angola Hoje, entre outras revistas e jornais.
Recebeu da Organização Internacional de Jornalistas o prêmio InterPressPhoto e da Confederação de Jornalistas da União Soviética o prêmio Alexander Rodchenko, ambos em 1991. Foi finalista cinco vezes do Prêmio Abril de Jornalismo, sendo vencedor em três anos consecutivos. Em 1997, foi finalista no Prêmio Esso de Jornalismo, com uma reportagem sobre a expedição da Funai para estabelecer o primeiro contato pacífico com os índios Korubo, na floresta amazônica. Participou de 99 exposições em locais como Kunsthaus, em Zurique; Museo Carillo Gill, na cidade do México; Museo de Bellas Artes, em Caracas; Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural Telemar, Museu de Arte do Rio/ MAR e Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro; e Museu de Arte de São Paulo. Beliel tem obras nos acervos do Museu de Arte do Rio/MAR, do Museu Afro Brasil / SP e da Biblioteca Nacional.
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