Só mais um pouquinho de Angico Por: José Mendes

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Replicamos o Comentário do companheiro José Mendes Pereira sobre o excelente artigo do confrade Capitão Alfredo Bonessi, também neste mesmo blog. Dái... só mais um pouquinho de Angico...

Este é um texto (artigo de Alfredo Bonessi) que na verdade nos dá bons conhecimentos sobre a derrota de Lampião em Angico. Em relação à morte do cangaceiro Luis Pedro, fico um pouco com dúvida, quando o policial Mané Véio afirmou aos repórteres que foi ele quem o assassinou. Mané Véio contou que no final do tiroteio da chacina de Angico, quando descia um dos riachos da Grota, sem menos esperar, viu um cangaceiro caminhando em sua direção. Ele procurou se ocultar por detrás de uma enorme pedra a espera do bandido. Lá, se admirou do luxo e da riqueza do assecla.

Luiz Pedro e sua companheira Nenem

Suas roupas pareciam uma verdadeira mina. O chapéu era enfeitado de estrelas. Os dedos repletos de anéis e alianças. Lenços e jabiracas em quantidade e da melhor qualidade. O cangaceiro mais parecia uma casa de jóias. Mesmo com toda riqueza que o assecla carregava, percebeu que não era Lampião. Sabia que o rei era amorenado. E o que vinha em sua direção, era um pouco sarará. Veio-lhe a lembrança que poderia ser Corisco.

Sobre a morte de Luis Pedro, em minha opinião, Mané Véio já o encontrou morto, pois onde havia duas, três ou mais metralhadoras, seria muito difícil saber quem matou quem.

O escritor Paulo Gastão disse na revista Jornal de Fato, da Edição 315/2008 – exemplar “DOMINGO”: “Se a volante possuía duas metralhadoras não ficava um pé de macambira para contar a história” É mais do que verdade. Imagine três ou quatro! O cangaceiro Balão, apesar de ter fantasiado as suas respostas à Revista Realidade, em novembro de 1973, mas ele fala o seguinte: “As balas batiam nas pedras soltando faíscas e lascas, ouviam-se os gritos por toda parte, um inferno. Luis Pedro ainda gritou: "Vamos pegar o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião" Não conseguiu, caiu atingido por uma rajada. Corri até ele, peguei seu mosquetão e com Zé Sereno, consegui furar o cerco.

A afirmação do cangaceiro Balão contraria a versão de Mané Véio, que pelo dizer do assecla, Luiz Pedro foi morto por rajada de balas disparada por uma metralhadora, e não por balas de mosquetão. Veja. “-Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato”. Com o dizer de Balão, eu que não sou nenhuma autoridade no que diz respeito ao assunto, mas fico na dúvida e me perguntando. Quem matou Luiz Pedro foi Mané Véio ou foi quem estava com a metralhadora em mãos?

José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.
Fontes de Pesquisas: “Lampião Além da Versão –Ment...” – Alcindo Costa.
Revista Jornal de Fato, da Edição 315/2008 – exemplar “DOMINGO”: - Paulo Gastão.
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3 comentários:

José Mendes Pereira disse...

Confrade Severo:
Quando você me envolve com esses cangaceiros, eu fico além de feliz, por ter a honra de participar desses belos trabalhos que o Cariri Cangaço apresenta.
Grato pela sua generosidade.

Continuo desejando a você e os seus familiares: “UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO”.

José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.

CARIRI CANGAÇO disse...

José Mendes, receba o abraço de toda família Cariri Cangaço, vc que sem dúvidas é o campeão de comentários; sempre lúcidos, mesmo quando provocativos, rsrsrsrs,na direção da construção da verdade histórica.

Feliz Natal e um ano novo cheio de paz, e com um compromisso: Venha nos visitar no Cariri Cangaço 2011.

Manoel Severo

José Mendes Pereira disse...

Confrade Severo:
Obrigado pelas felicitações a mim enviadas.

José Mendes Pereira - Mossoró-RN.