Como Historiadora que sou, interesso-me por todo tipo de fato histórico, porém, minha paixão é História do Brasil, a qual leciono em diversas escolas e cursinhos aqui em Santa Catarina. Meu amor por Lampião veio ainda menina, quando minha mãe, que é cearense, contava-me histórias a respeito e como todos corriam e se trancavam em suas casas com medo de Lampião e seu bando. Já minha avó contava-me que quando era criança Padre Cícero falou sobre Antônio Conselheiro, que ele era como se fosse um semideus para os que o seguiam. Diante de tanta história comecei a me apaixonar por esses temas e a me indagar, as razões de tudo isso; com tantas dúvidas a serem respondidas, não havia outra faculdade a fazer que não fosse História. Confesso que a princípio fiz somente por Hobby, mas percebi a importância de me tornar professora, então em 2008 comecei a lecionar e adoro o que faço.
Bom voltando ao assunto dos cangaceiros, quando comecei a pesquisar percebi que a postura deles se insurgia contra algo, talvez primeiramente a defesa, afinal o Brasil estava prestes a se tornar república e tudo começava a mudar e como sempre o nordeste também sofreria fortes consequencias e injustiças. Vendo todo esse conjunto de circusntâncias poderia nos ajudar a entender tudo o que aconteceu.
Quando comentava com alguns amigos historiadores meu interesse pelo cangaço, alguns riam, outros achavam interessante, pois essa é uma fase importantíssima da história brasileira a ser estudada, pois marca o inicio da república no Brasil. Até mesmo essa parte da História é vista com certo preconceito, infelizmente até mesmo por nordestinos, que em vez de pesquisar sobre o assunto, simplesmente acreditam em tudo que lhe é passado, como se fosse verdade absoluta.
Foi com muita surpresa e alegria que conheci o Seminário Cariri Cangaço, fiquei muito feliz em saber que existe um grupo de excelentes profissionais com disposição de pesquisar o assunto e dividir esse conhecimento com todos. Conheci através de um blog que une historiadores do Brasil inteiro, então mandei email para Manoel Severo, que gentilmente me respondeu, desde lá sempre que dá, nos comunicamos. Além disso, não passo uma semana sem visitar o site http://cariricangaco.com/ esse site é maravilhoso, e fala dessa parte da História com um olhar diferente, como se olhassemos o cangaço por todos os ângulos. Parabéns ao fundado Manoel Severo e demais colaboradores, espero que neste ano de 2011 eu faça parte do seminário.
Quando comentava com alguns amigos historiadores meu interesse pelo cangaço, alguns riam, outros achavam interessante, pois essa é uma fase importantíssima da história brasileira a ser estudada, pois marca o inicio da república no Brasil. Até mesmo essa parte da História é vista com certo preconceito, infelizmente até mesmo por nordestinos, que em vez de pesquisar sobre o assunto, simplesmente acreditam em tudo que lhe é passado, como se fosse verdade absoluta.
Foi com muita surpresa e alegria que conheci o Seminário Cariri Cangaço, fiquei muito feliz em saber que existe um grupo de excelentes profissionais com disposição de pesquisar o assunto e dividir esse conhecimento com todos. Conheci através de um blog que une historiadores do Brasil inteiro, então mandei email para Manoel Severo, que gentilmente me respondeu, desde lá sempre que dá, nos comunicamos. Além disso, não passo uma semana sem visitar o site http://cariricangaco.com/ esse site é maravilhoso, e fala dessa parte da História com um olhar diferente, como se olhassemos o cangaço por todos os ângulos. Parabéns ao fundado Manoel Severo e demais colaboradores, espero que neste ano de 2011 eu faça parte do seminário.
Isabel Zastani - Historiadora
Joinvile, Santa Catarina
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2 comentários:
Ao contrário do que hoje infelizmente ainda preconiza a chamada história oficial - podemos muito bem afirmar que a verdadeira história escrita pelos oprimidos e injustiçado não tem fronteira... E aqui cabe muito bem o exemplo do canagaço nordestino, basta ver o que escreve com muita sapiência a professora Isabel dos confins catarinenses.
Torço para que a nobre pesquisadora possa está conosco no CC 2011.
Um forte abraço fraternalmente lampiônico e caririense,
José Cícero
Secretário de Cultura de Aurora-CE.
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www.aurora.ce.gov.br
www.blogdaaurorajc.blogspot.com
Izabel Zartini:
Sou um humilde estudante do cangaço, e até hoje não me canso de visitar as páginas do Cariri Cangaço, Lampião Aceso e demais blogs com credibilidade no tema.
Tenho acompanhado os diversos escritores e pesquisadores do cangaço, os quais são tantos, e não tenho caracteres disponíveis para citar um por um, mas com certeza, você é conhecedora de todos.
Em 2008 fiz alguns trabalhos por curiosidade, e logo tomei gosto sobre o tema, encontrando em meu caminho o amigo Francisco das Chagas do Nascimento, sendo este membro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, aqui em Mossoró, o qual me fez ficar iludido pelas boas histórias sobre os cangaceiros.
Não sei o porquê de não ter escolhido o curso de “História” quando fiz faculdade, e que na verdade, nunca gostei do curso de Letras, passando trinta anos em sala de aula, fazendo o que realmente eu nunca gostei. Lecionar Português.
Tudo sobre história é além de fantástico, e principalmente quando se tem tempo suficiente para acompanhar esses cangaceiros pelas caatingas do Nordeste.
Observando os seus coitos, as suas invasões, tiroteios, covardias de alguns cangaceiros e cangaceiras. Presenciar uma bronca de Lampião com um dos seus comandados. Acompanhar o mensageiro até a fazenda de um latifundiário com um bilhete solicitando valores. Participar dos bailes perfumados que os cangaceiros e cangaceiras faziam nas caatingas. Fugir com eles quando a polícia não dava trégua. Decepar cabeças de policiais quando eram mortos pelos cangaceiros. Participar de acampamentos lá no Raso da Catarina. Tudo isso é fascinante.
Digo assim porque todos nós, loucos, como nos chama o escritor Alcindo Alves da Costa, apesar de várias décadas passadas, para nós estudantes, escritores e pesquisadores, é como se tudo isso estivesse acontecendo nos dias atuais.
A literatura lampiônica mudou a minha maneira de viver, pois se me tirarem das pesquisas sobre o cangaço, é como se estivessem me enterrando vivo.
José Mendes Pereira – Mossoró-RN.
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