Belo Monte Por Mucio Procopio


Não sei o autor dessa tela que compartilhei de Dally Rocha, atraves do facebook, e crio na minha imaginação esse cenário como uma representação da defesa do Belo Monte onde se retrata a inclemência do sol, que pela sua cor amarelada já se aproxima do ocaso, mas permite se observar a silhueta das plantas da caatinga como o cactus conhecido como palmatória e árvores sem folhas com a presença do Conselheiro protegido pelas tropas de defesa, talvez ali conduzida pelo grande estrategista Pajeú, que pode ser o primeiro de chapéu estilo cangaço que viria em 1917, vinte anos depois do fim da guerra em 1897.

Atrás do seu comandante Pajeú o corpo da tropa, tudo observado pelo mentor espiritual Antônio Conselheiro que na verdade não participava das incursões de ataques nem na ação defensiva, a sua rotina de orações nem na guerra foi interrompida, segundo relato dos irmãos Antônio e Honório Vila Nova que abandonaram O Belo Monte, a pedido do Conselheiro que não queria que a história do Belo Monte desaparecesse, como os que ali, estavam, sem que o mundo soubesse da possibilidade de uma conivência pacífica com base na religiosidade com ordem e trabalho como tinha vivido entre junho de 1893 a setembro de 1897. Graças a essa visão do Conselheiro hoje conhecemos um pouco mais daquela grande e ousada experiencia comunitária.

Mucio Procopio, pesquisador
Conselheiro Cariri Cangaco
Natal RN

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