Honório e o debate na noite Cariri Cangaço na Saraiva...

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Honório de Medeiros e Manoel Severo


Esse é um debate que eu gostaria de ter participado: de um lado a idéia de que a suposta ausência do Estado propiciou o ciclo do cangaço; do outro, a idéia de que as volantes se fizeram presentes em nome do Estado, mesmo com seus excessos, para combater o cangaço.


Na verdade a ídéia de que "houve" a ausência do Estado revela, como pano de fundo, a concepção liberal de Estado enquanto instrumento de paz social, pouco condizente com a realidade que vivemos, de muita presença e muita injustiça.O que houve, e a história o demonstra, é a presença marcante de "um certo tipo de Estado", que refletia a realidade política de sua época: coronéis feudais como ponta-de-lança de um Estado patriarcal, dos quais as volantes, os jagunços, os cangaceiros, os místicos, foram algumas de suas várias faces.Para ser ainda mais preciso, esse Estado, e suas faces expostas ou ocultas, nada mais foi que a cristalização da Sociedade daquela época e sua forma de se auto-organiza em termos de Poder.

Um grande abraço ao Comendador e meu querido amigo Aderbal Nogueira.

Honório de Medeiros

4 comentários:

Anônimo disse...

Professor Honório sempre muito lúcido.

Marcos Assunção

PEDRO LUÍS disse...

Prezado Honório,
concordo com sua análise do Estado, e de seus "fatores reais de poder".
Acredito não ser possível falarmos em "evolução" do sistema estatal, mas sim de característica próprias de cada estado, em ocasiões específicas de nossa história.
forte abraço!!!!

Anônimo disse...

Amigo Honório quando nos fará uma visita ? grato pelos comentários - saúde - abração. Alfredo Bonessi - GECC - SBEC

Honório de Medeiros disse...

Caro Bonessi,

Ando me programando para lhes fazer uma visita e ver e ouvir, de perto, o belo trabalho que vcs andam fazendo em Fortaleza.

Um grande abraço,amigo.

Honório de Medeiros