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Olho no Olho...
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Dr. Carlos Elydio...
Como vê a questão de gênero dentro do Cangaço?
Que nuances passaram despercebidas pelas abordagens
tradicionais até hoje publicadas?
O que mudou com a entrada das mulheres?
Era inevitável esse fato?
Foi preponderante e decisivo para o fim do cangaço?
Doutor Carlos Elydio Araujo
Caros confrades e amigos... Em princípio é dizer de minha grande felicidade e honra em fazer parte da família Cariri Cangaço e participar humildemente deste novo e desafiador espaço virtual de nosso blog que é o OLHO NO OLHO, a partir das provocações de Severo vou expor aqui minhas elucubrações, auxiliado nos dados históricos pelo meu pai, o Antonio Amaury. Primeiramente faz-se necessário, ainda que de forma sucinta e breve, esclarecermos ao grande público o que, em poucas palavras, é a questão de gênero.
Tomo a referência de gênero como as diferenças entre o masculino e o feminino, não se tratando aqui do sexo, mas, como no entendimento das ciências sociais, os papéis construídos socialmente nos quais percebemos caracteres aceitos, no consenso de um determinado grupo social, como feminino ou masculino, independente do sexo do indivíduo. Tendo esclarecido este pormenor, penso deixar mais fácil discorrer um pouco sobre como se davam estas construções dentro das hostes cangaceiras.
É sabido que, antes de 1930, nunca os cangaceiros haviam recebido a presença feminina (no sentido biológico da palavra) em seus bandos. O primeiro a quebrar esta conduta foi o próprio Rei do Cangaço, Lampião, ao chamar para junto de si Maria de Déa. E, justamente na mesma situação, outra mulher, cunhada de Maria (irmã de seu ex-marido), foi admitida para acompanhar outro cangaceiro, Labareda. Esse foi um dos marcos da história do cangaço, deixando-nos a possibilidade de definir jocosamente a história dele como AM e DM (antes das mulheres e depois das mulheres). Para perceberem-se as mudanças acarretadas por este evento, é necessário saber da organização dos grupos AM.
Todos os cangaceiros, como é sabido, são oriundos de diversas classes sociais que compunham a sociedade do Nordeste de então. Imersos em seus valores patriarcais, observavam na vida cotidiana a divisão de tarefas, os costumes e a rotina ordinárias de então. Basicamente, as mulheres (biologicamente falando) como responsáveis pelos afazeres domésticos, da ordem dos cuidados com a alimentação, vestimentas, limpeza da casa, enfim, nada de muito diverso do que se conhecia em outros lares do país de então. É bom dizer que, no caso das famílias da zona rural, muitas delas ainda labutavam junto dos homens, dentro de suas possibilidades físicas, em uma ou outra atividade ligada à produção agrária. Conforme as posses da família, algumas tantas ficavam na governança de seus lares e administração dos quefazeres domésticos. Esse era o traço típico de então.
Nesta época, a sociedade em geral, e em especial os grotões mais afastados dos grandes centros, tinha muito forte em suas raízes, um "modus operandi" delineado pelos traços do patriarcado. Porém, quando falamos em patriarcado, é quase que unânime a referência de uma sociedade moldada a partir dos valores do masculino, associados ao homem (aqui, no sentido biológico). Mas, salta-nos aos olhos, em um breve levantamento dos fatos que antecederam o ingresso de algumas potestades neste universo bandoleiro, bem como noutros tantos casos em outras organizações sociais, a presença marcante de Matriarcas, cujas influências determinariam algumas biografias notáveis. Para citar, ainda que brevemente, vejamos:
Virgolino Ferreira, o Lampião, tinha em seu pai o papel de um apaziguador (segundo referência de seus conterrâneos e contemporâneos), enquanto sua mãe, esta sim, insuflava nos filhos o desejo de vingança e providências para que se salvaguardasse a honra familiar ainda que as custas da violência.
Conta-se que, ao entrarem em casa, os filhos eram chamados pelo pai para que deixassem suas armas de lado, e que, ao sairem pela cozinha, a mãe lhas entregava.
Caso similar se dá na família de Luiz Padre, primo de Sinhô Pereira (o afamado preceptor de Lampião no mundo do cangaço que, em 1969, nos contou estes pormenores em entrevista a meu pai, a quem recorro hoje), cuja mãe Dona Francisca Pereira (dona Chiquinha) textualmente solicitou aos homens da família (Né Dadu, Manuel e Pedro Pereira) que lavassem a honra dos Pereira as custas do sangue de um dos Carvalho, em represália à morte de seu marido Padre Pereira. Aliás, o ingresso de Maria Déa, nos grupos cangaceiros, deveu-se, em muito, ao apoio de sua mãe, para que essa assim procedesse, tendo em vistas os interesses pessoais na pessoa afamada e cheia de fortuna do Rei do Cangaço.
Carlos Elydio e Antônio Amaury: Filho e Pai...
Ainda podemos citar a ascendência de Dadá sobre seu marido, Corisco, bem como alguns tantos episódios em que as mulheres cangaceiras, através de suas palavras, conseguiram amanhar ou mesmo modificar os rumos das intenções de seus companheiros. E são muitos casos para se expor aqui, em poucas linhas, apesar de estes aspectos ficarem obscuros à margem da história, por não ser dada a atenção devida a estes pormenores, ficando, por assim dizer, como uma maldição (ou seja... mal ditos pela história).O que podemos inferir, destes poucos casos citados, dentre outros tantos, inclusive de outras esferas da sociedade, não só nordestina como de todo o mundo, é que a característica criativa, geracional mesmo, tida como do princípio feminino, ainda que não tenham sido levadas a cabo pelas referidas mulheres, encontram nelas a sua origem, levando-nos a, sob um olhar transcendente, percebê-las como verdadeiras “traidoras” da “tradição” patriarcal (ou seja, da ordem estabelecida). Isto bem nos faz lembrar da velha frase, segundo a qual, por trás de todo grande homem existe sempre uma grande mulher.
Mas, para além destas considerações históricas, ligadas a estes estudos cangaceiros, vale uma citação de uma outra estória, na verdade, um mito, que, como todo mito, usa de uma linguagem poética para contar através de símbolos, um aspecto da Verdade que permeia o ser humano. É o caso de Adão e Eva, que, conclamados a observarem as regras de Deus, infligem estas a partir da sugestão da serpente, acarretando a expulsão dos dois do Paraíso. E o que este mito diz a nós? Vejamos. Para compreender os mitos, é necessário que se entenda a sua linguagem que, grosso modo, é metafórica. Utiliza-se de símbolos para traduzir o que seja a Verdade, intangível de outra forma, abrindo leques de possibilidades de novas compreensões a cada nova leitura. Basicamente o mito nos remete à idéia da saída do homem do estado instintual (o paraíso e a ignorância do bem e do mal) para o estado consciêncial, ao conhecer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, o que lhe põe na condição de exercer seu livre arbítrio (portanto, senhor de sua vida, e sujeito co-criador, ou seja... a imagem e semelhança de Deus). A serpente representa a energia amorfa que, no caso, propulsiona o desejo da mulher Eva. Esta, sugerindo a Adão, instiga-o a agir contra a lei divina, que bem representa a tradição do patriarcado. Nestes termos, a mulher representa a “traição” à “tradição”, ou seja, através do feminino é que se dá a renovação da humanidade. E aqui, portanto, penso deixar claro que a “traição” deixa de ser algo condenável para ser algo, inclusive, desejável, não sem as custas do sofrimento do abandono da inércia da “tradição”.
Isto posto, e voltando aos grupos de cangaceiros AM, é bom que se diga que as atividades tidas como femininas tinham de ser cumpridas por quem quer que fizesse parte dos grupos. Alguém deveria cozinhar, lavar ou mesmo reparar algum dano nos tecidos de suas vestimentas. E assim as coisas se organizavam dentro do grupo, obedecendo a uma escala determinada, os homens se revezavam nas atividades de cozinhar e, se necessário, reparar suas vestimentas. E já que não havia um lar para cuidar, as atividades do gênero feminino estavam restritas a estas. Vemos então que os homens cangaceiros exerciam os papéis de ambos os gêneros (aliás, como todos nós podemos potencialmente fazer, com maior ou menor talento para um ou outro destes aspectos).
Com o ingresso das mulheres para os grupos de cangaceiros, pouca coisa mudou na organização destes.
Os homens continuaram a cozinhar. Eventualmente faziam seus reparos em suas roupas. Já às mulheres foi delegado o papel único e exclusivo de parceiras sexuais, amantes de seus companheiros. Eventualmente costuravam alguma roupa e, pelo que nos consta, por um capricho de Dadá, durante uma gravidez em que ficou acoitada no Raso da Catarina, durante o ano de 1934, passaram a adornar com bordados e outros apliques os "uniformes" dos cangaceiros. E somente estes eram os papéis desempenhados pelas mulheres nos grupos. Não procede a idéia de que as mulheres, mesmo portando armas para defesa pessoal, tivessem conduta guerreira. Antes, pelo contrário, quando da eminência de algum confronto, eram apartadas do grupo, acoitadas em local seguro, protegidas por alguns cabras do grupo. Vale ressaltar que, única excessão a esta regra é o caso digno de nota da cangaceira Dadá, que, por ter seu companheiro Corisco alvejado e inutilizado no uso de seus braços (isto mesmo... os dois de uma mesma feita), viu-se a cangaceira na contingência de defendê-lo através do uso de armas longas.
Muitos falam que este é o primeiro momento em que as mulheres acompanharam seus parceiros nas andanças, porém, em outros momentos da história do cangaço, anterior a Lampião, há referências como a da esposa de um cangaceiro, Adolfo Meia Noite, que o acompanhava sem, porém, (e que isto fique bem claro) viesse a ser tida como cangaceira. Alguns historiadores julgam que este fato, o ineditismo desta forma de conduta, derivou-se de um exemplo, tido e visto pelos cangaceiros quando da marcha da Coluna Prestes, em 1926. É fato que haviam mulheres que acompanhavam os revoltosos em suas andanças pelo país afora. Essa ilação, porém, não encontra eco na lógica, uma vez que a distância entre um episódio e outro é de quatro anos e, para além disto, a motivação de uns e outros eram de ordens completamente distintas e, mais ainda, dentro do próprio universo cangaceiro, como dissemos acima, já havia tido caso de mulher acompanhando um cangaceiro.
A diferenciação fica mais clara ao se saber que houve sim uma afeição e interesse recíproco entre Lampião e Maria. No caso dos integrantes da Coluna Prestes a questão é bem outra, sendo que as vivandeiras, as mulheres que seguiam a Coluna em funções diversas, atuavam diferentes papéis, tais como enfermeiras, namoradas, amantes. Há uma idéia de que as mulheres tenham sido o motivo da derrocada do cangaço. Mas, caso analisemos isto sob a ótica da razão, veremos que tal idéia não procede. É bem verdade que os cangaceiros diminuíram seus confrontos após este fato, evitando, o quanto podiam, os embates com as forças oficiais. Também é fato que as mulheres, ao engravidarem, eram apartadas do grupo quando se avizinhava o momento de dar a luz e observar o resguardo, entregando as crianças para coiteiros ou pessoas de sua confiança para a criação das mesmas, já que não havia possibilidades dos grupos seguirem com os pequenos. Mais uma vez, vemos como o papel do feminino dentro dos bandos ficava restrito a poucas possibilidades (para não dizer a quase somente uma possibilidade... a de parceira sexual e afetiva).
Tania Alves e Nelson Xavier
A diferenciação fica mais clara ao se saber que houve sim uma afeição e interesse recíproco entre Lampião e Maria. No caso dos integrantes da Coluna Prestes a questão é bem outra, sendo que as vivandeiras, as mulheres que seguiam a Coluna em funções diversas, atuavam diferentes papéis, tais como enfermeiras, namoradas, amantes. Há uma idéia de que as mulheres tenham sido o motivo da derrocada do cangaço. Mas, caso analisemos isto sob a ótica da razão, veremos que tal idéia não procede. É bem verdade que os cangaceiros diminuíram seus confrontos após este fato, evitando, o quanto podiam, os embates com as forças oficiais. Também é fato que as mulheres, ao engravidarem, eram apartadas do grupo quando se avizinhava o momento de dar a luz e observar o resguardo, entregando as crianças para coiteiros ou pessoas de sua confiança para a criação das mesmas, já que não havia possibilidades dos grupos seguirem com os pequenos. Mais uma vez, vemos como o papel do feminino dentro dos bandos ficava restrito a poucas possibilidades (para não dizer a quase somente uma possibilidade... a de parceira sexual e afetiva).
Mas, voltando à questão da presença feminina como fator determinante da queda do cangaço, consideramos como improcedente tal assertiva, uma vez que o fenômeno perdurou por pelo menos 10 anos mais (tomando como término do cangaço a morte de Corisco), ou seja, o intervalo de tempo entre um evento e outro é grande demais para estabelecer este nexo. A idéia que subjaz a estas justificativas é a mesma que sustenta a necessidade da concentração de um time de futebol, como se o sexo fosse uma fonte dispersora de energias, ou, no caso específico dos bandoleiros, como sendo os cuidados dispensados para com as mulheres de um efeito fragilizador da organização masculina. Porém, como dissemos, a presença feminina teve o condão de diminuir o número de confrontos dos bandidos, e isto pode ser visto como algo que, antes de tudo, poupava os grupos cangaceiros de se colocarem em risco. Pessoalmente, chego às seguintes conclusões:
A história pode ser atuada e assinada por homens (ou pelo princípio masculino), mas, invariavelmente, a as inovações que propulsionam a evolução da marcha humana advém do espírito feminino que sobre esses atua, sendo que os papéis podem ser exercidos concomitantemente pelos indivíduos, independente de seu sexo biológico. Quanto a este fato ser inevitável (o da entrada das mulheres nos grupos cangaceiros) ou não, penso que a resposta a esta questão seja de ordem muito subjetiva, uma vez que alguns optaram por terem companheiras e outros, execravam esta idéia (como o próprio cangaceiro Balão). O fato é que elas entraram e ficaram por 10 anos junto de seus parceiros. Quanto a possibilidade de este ser um fator determinante para o fim do cangaço, creio ter deixado bem claro acima a minha opinião sobre isto. Claro... São elucubrações, próprias para divagações que tenho o prazer de aqui compartilhar com os pacientes amigos, cabendo a cada um de nós verificar na nossa própria história, o que nos diz a nossa porção mulher sobre o curso de nossa vida pessoal e mesmo das nossas histórias inscritas na sociedade. Este autoconhecimento pode nos redimir e, quiçá, nos libertar de teias fortemente tecidas por causa da mulher! E, para ilustrar e fechar este palavrório um tanto chato, rememoro a bela letra de Gilberto Gil:
" Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher"
Seu amigo,
Carlos ElydioSão Paulo
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8 comentários:
Caro professor Carlos Elydio, parabens pelo excelente texto, suas considerações abalisadas, com o pedigree que é peculiar à sua origem (Antonio Amaury) nos traz mais luz a um assiunto muitas vezes polêmico e pouco explorado.
Concordo com o senhor principalmente quando nos coloca: "Isto posto, e voltando aos grupos de cangaceiros AM, é bom que se diga que as atividades tidas como femininas tinham de ser cumpridas por quem quer que fizesse parte dos grupos. Alguém deveria cozinhar, lavar ou mesmo reparar algum dano nos tecidos de suas vestimentas. E assim as coisas se organizavam..."
Parabens mais uma vez, e parabens ao Severo por mais essa vitoria que é o OLHO NO OLHO.
Professor Mario Helio
Não sei se teria sido preponderante ou não o fato do fim do cangaço está também ligado ao fator um pouco mais sedentário dos grupos cangaceiros a partir da entrada das mulheres, acho que o Cangaço deixou de ser interessante para as elites e daí, foi extirpado!
Abraços a Carlos Elydio e todo o pessoal.
YURI
Severo,
A esplanação de Carlos Elídio sobre a presença da mulher no cangaço foi realmente maravilhosa. Concordo em gênero e grau tudo que ele escreveu em seu artigo. Também podera. "Filho de peixe, peixinho é".
Parabéns Carlos Elídio.
Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo
Se as mulheres não tivessem entrado para os bandos, Lampião teria morrido do mesmo jeito, o cangaço teria se acabado. O futuro vinha chegando a galope, os automóveis, aviões, telefones, rádio, TV, etc; aquele modo de vida ia se tornar anacrônico. Concordo perfeitamente com meu amigo Carlos. É muito salutar que esse tipo de assunto surja. Entramos em outras esferas. Se Carlos não coloca isso em pauta, ficaríamos batendo sempre nas mesmas teclas. Que venham mais assuntos intrigantes.
Aderbal Nogueira
PARABÉNS CARLOS ELYDIO,
ESSE TEXTO MOSTRA O QUANTO VOCÊ APRENDEU COM SEU MESTRE E PAI, O QUERIDO DR. AMAURY.
Um abraço e um feliz natal para toda a família do Cariri-cangaço
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Natal/RN
A Sensibilidade e o olhar diferenciado do Psicólogo Carlos é invariavelmente um ponto a ser considerado neste debate sobre gênero no Cangaço. Parabens pela contextualização, parabens pela clareza e verdade.
Abraços ao cariri,
Fernanda Rego Monteiro
São Paulo
caro Severo e amigos da SBEC, como já disse anteriormente é necessário ressaltar o trabalho dos senhores em prol do nosso nordeste, esse texto do professor Carlos Elydio é a prova de que muito ainda se tem a debater e contribuir com a história do cangaço, poucas pessoas conhecem como viviam os homens e mulheres cangaceiras, o absurdo número de curiosos e admiradores do tema é que agradecem espaços como esse do cariri cangaço.
Quando vier a Petrolina, estaremos a disposição dos amigos.
Francisco Turco
Com certeza o cangaço estava com os dias contados, isso é FATO, mas não tenho dúvidas que a entrada das mulheres acelerou o declínio da ação da grei; a mobilidade e movimentação dos grupos, as preocupações e a negligencia parece que começaram a campear, que digamos Angico.
Gostaria de cumprimentar o dr Carlos, não sabia que se tratava de um filho do Grande Amaury, parabens Carlos, fantastico seu texto.
Marlon
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