As Mulheres no Cangaço e Theophanes Ferraz em Manha de Cariri Cangaço Princesa 2015


A manhã do terceiro dia de Cariri Cangaço Princesa 2015, dia 21 de março, trouxe aos salões do Acqua Parque em Princesa Isabel duas primorosas Conferencias, com os renomados pesquisadores e escritores; João de Sousa Lima de Paulo Afonso e Geraldo Ferraz de Recife. A abertura ficou a cargo do curador do Cariri Cangaço Manoel Severo que deu as boas vindas a todos os participantes e ressaltou a importância dos dois temas: "É extremamente importante termos um olhar dedicado a este importante e vital recorte da historiografia do cangaço que é sem dúvidas a entrada das mulheres a partir de Maria Bonita e ninguém melhor que o pesquisador João de Sousa Lima, dedicado rastejador das coisas do sertão e que vem lá do berço da morena da terra do condor, para nos contar essa história; e no ano em que comemoramos os 100 anos da prisão de um dos cangaceiros mais famosos, Antonio Silvino, ninguém menos que o grande Geraldo Ferraz, neto de Theophanes Torres, personagem principal desse episódio para  nos brindar a todos aqui em Princesa Isabel".

João de Sousa Lima
 Geraldo Ferraz
 Aderbal Nogueira
Ivanildo Silveira
Wescley Rodrigues

"E o que dizer de Maria de Déa, a Rainha do Cangaço, que ousou deixar um marido com quem se casara ainda adolescente, rompeu os paradigmas de sua época, abandonou os costumes, tradições e feriu a honradez da família ao optar em acompanhar Lampião e viver uma vida de confrontos com a polícia, fugas pela caatinga, sem a paz suficiente para manter vivos em seu ventre os filhos gerados e poder sequer ser a mãe presente na vida de sua menina, Expedita, criada por amigos?  Como compreender essa mulher quando mandou de volta o irmão que queria entrar no cangaço a ela é atribuída a frase: "desgraçada por desgraçada aqui, basta eu"... revela João de Sousa Lima, o  pesquisador de Paulo Afonso.

"Nos alegra momentos como esse, somos uma grande família e ela está sempre crescendo, em conhecimento, qualidade, respeito, e em número de membros...Manoel Severo com sua generosidade impar, foi o idealizador e dividiu com todos os pesquisadores, não só o sonho... mas também a realização... e desde então, não paramos mais, e cada conquista, e olha que já foram muitas e muitas ainda estão por vir, comemoramos e agradecemos a todos que tem compartilhando conosco esta história fantástica que é o Cariri Cangaço. Este evento de Princesa extraordinário..." Fala a pesquisadora Juliana Pereira. 

 Tomaz Cisne, João de Sousa Lima, Manoel Severo e Neli Conceição
 Valmir Pereira, Manoel Severo e Roberto Soares
 Almeida Junior e Professor Pereira
 André Vasconcelos
Elane Marques e Patrícia Brasil
Luana Lira, Gerlane e Alcides Carneiro

"Uma das maiores emoções de minha vida foi conhecer Durvinha, pela qual me apaixonei profundamente, paixão que hoje transferi para sua filha, nossa querida Neli" confessa João de Sousa Lima.

André Vasconcelos, de Triunfo ressalta, "para mim é sempre motivo de alegria participar do Cariri Cangaço e seus debates, reencontrar amigos como Manoel Severo, Rostand Medeiros e tantos outros, além de ter a oportunidade de visitar locais que formam a identidade histórica e cultural do nosso sertão nordestino. Sempre volto renovado, entusiasmado e embriagado de sertão. Valeu !!!" 

Geraldo Ferraz a partir de um minucioso trabalho de pesquisa trouxe os principais pontos sobre a personalidade de seu avô, um dos mais brilhantes comandantes de volantes da ápoca do cangaço, Theofanes Ferraz, protagonista da prisão de Antônio Silvino.

Lamartine Lima 
Carlos Alberto
Juliana Pereira, Freira Francinalda Lima e Aderbal Nogueira
 
 José Bezerra Lima Irmão, Jair Tavares e Ezequias Aguiar
 Narciso Dias, Geraldo Ferraz e Ivanildo Silveira
Thiago e Rosane Pereira

Completa Geraldo Ferraz: "Em agosto de 1914, Theophanes e seus companheiros foram informados que havia estourado, no Velho Continente, uma grande guerra, a primeira entre várias nações, que muito transformaria o panorama mundial. No segundo trimestre daquele mesmo ano, com 19 anos, foi nomeado, novamente, delegado de polícia de Vila Bela, onde teve a oportunidade de impor a lei e promoveu a prisão de alguns bandoleiros que já possuíam uma certa fama. Em setembro daquele mesmo ano, quando da sua nomeação como delegado de Taquaritinga, estava para acontecer a realização de um dos seus sonhos - a captura do mais famoso cangaceiro daquela época, o temível Antônio Silvino, também conhecido como "Rifle de Ouro" ou "Governador do Sertão". Com aquela formidável prisão, conseguiu por fim a uma carreira de mais de 15 anos de terror no Sertão. Por conta daquele ato de bravura foi promovido ao posto de tenente e nomeado delegado de Limoeiro."

Para a neta do coronel Zé Pereira, Rosane Pereira, "ficamos felizes em saber que agora fazemos parte desta família Cariri Cangaço, e pegarem os as estradas com muita alegria e voltaremos todas as vezes com a bagagem mais pesada de conhecimentos e amigos." Já o casal Alcides e Gerlane Carneiro, de Serraria,"ainda deslumbrados com tantos momentos maravilhosos, queremos, de coração, agradecer tanta gentileza . Jamais esqueceremos a maneira carinhosa como fomos recebidos pelo Cariri Cangaço aqui em Princesa ! Foram dias que curtimos esta cultura que nos deixou encantados com tanta riqueza de detalhes . Nossos sinceros agradecimentos e o compromisso de voltarmos para outros eventos."

 Oleone Fontes, Abreu Mendes e Manoel Severo
Sousa Neto, Manoel Serafim, Roberto Soares e Luana Lira
 Angelo Osmiro e Rostand Medeiros
 Abreu Mendes, Ana Lucia Souza e Neli Conceição 
Celsinho Rodrigues e Ingrid Rebouças
Vagner Ramos, Alexandre França, Washington Rosa e Lívio Ferraz
Manoel Severo e Carmelo Mandu

Novamente os salões do Acqua Parque ficaram repletos de expectadores para mais um momento de palestras do Cariri Cangaço Princesa. Pesquisadores e escritores de todo o Brasil, tinham ali a oportunidade de reencontrar amigos, estreitar laços e aprofundar conhecimentos. "Tão importante quanto as Conferencias e as Visitas são estes momentos de "bastidores" quando trocamos idéias com os muitos amigos de todo o Brasil, realmente uma rara oportunidade que o Cariri Cangaço nos proporciona" fala Narciso Dias, de João Pessoa.

"Na qualidade de um dos Conselheiros do Cariri Cangaço, gostaria de agradecer ao Prefeito Dominguinhos pela grande receptividade a todos nós que fazemos essa grande familia de pesquisadores, assim como, pela elegância do evento que está sendo coroado de êxito. Tenho plena certeza que Princesa encantou todos os participantes e sem dúvida ficará para sempre na minha memória como dos maiores eventos que já participei. Parabéns  reforça o pesquisador e escritor Archimedes Marques, de Aracaju. Já o Prefeito de Princesa Isabel confirma: "fico feliz em ser o prefeito nessa ocasião e poder colaborar para a vinda desse evento para o nosso município. Aqui temos gente de diversos lugares do pais, pessoas do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte de outras unidades da federação. Aqui estamos resgatando a cultura e história. Princesa é uma cidade inserida no contexto da história da cultura da Paraíba e do Brasil. Isso é muito gratificante”

 Aguiar Caçula, Raimundo Candido, Humberto Paz e Manoel Severo
 Manoel Severo e Angelo Osmiro
 Rostand Medeiros e Manoel Severo
 Sonia Jacqueline e Wescley Rodrigues
 Archimedes e Elane Marques
Manoel Serafim e Maria Amélia

Ao final da manha de palestras nos salões do Acqua Parque de Princesa Isabel os convidados do evento participaram de um coquetel e logo após puderam acompanhar a sensacional apresentação de Teatro do Grupo Sound Chash de Princesa Isabel com o espetáculo contando a vida de Virgulino Ferreira.

Fotos: Pedro Bruno e Ingrid Rebouças
Gravura: Cristiane Campos

Cariri Cangaço Princesa
21 de Março de 2015
Princesa Isabel, Paraíba

Visita ao Palacete de Zé Pereira

Cariri Cangaço visita Palacete dos Pereira em Princesa Isabel

Eram cerca de 15 horas da sexta-feira, dia 20 de março, quando a Caravana Cariri Cangaço retornou a Princesa Isabel, dentro da programação: A visita ao emblemático Palacete do coronel José Pereira Lima, bem no centro da cidade, em frente a praça onde o próprio José Pereira ergueu uma estátua em homenagem ao líder político Epitácio Pessoa. A recepção ficou a cargo dos descendentes do grande coronel; seu bisneto Thiago Pereira, por duas vezes prefeito de Princesa Isabel e seus pais, Rosane Pereira e Roberto Soares.

A edificação com arquitetura clássica do inicio do século XX , construída em 1923 pelo artesão e construtor José Ferreira Dias o famoso “Ferreirão”, que já havia sido o responsável por importantes obras na região, como é o caso da igreja de Triunfo; a mando de Epitacinho Pessoa de Queiroz por ocasião, hospede do coronel José Pereira, em Princesa. Tempos depois o palacete foi dado de presente a Luiza Pereira Lima, filha do coronel José Pereira, sendo chamado de "Palacete dos Pereira".

 Manoel Severo, Thiago e Rosane Pereira: Recepção ao Cariri Cangaço no Palacete
 Caravana Cariri Cangaço acompanha explanação de Thiago Pereira

Por cerca de 30 minutos Thiago Pereira apresentou para todos os presentes a origem e todas as histórias ligadas à bela edificação. A cada instante uma pergunta, a cada instante um esclarecimento e a certeza da grandiosidade histórica do Palacete. "São 46 portas e janelas, o piso mosaico foi trazido da Áustria. Aqui era onde ocorriam as muitas reuniões políticas, o transito de pessoas era imensa, também foi hospital na época da guerra de Princesa e tempos depois haviam bailes também no palacete, e mesmo assim o piso permanece impecável" assevera Thiago Pereira.

Já Rosane Pereira enfatiza:"Saber que a minha cidade Princesa Isabel e a historia da Revolução de 30, tendo como cenário todo esse universo que amo tanto e como personagem principal o meu avô Cel. José Pereira vão ser reconhecidas honradamente e cada vez mais por aí afora nos deixa muito felizes."

 Os detalhes dos afrescos e do mosaico, vindo da Áustria e do fogão da época do coronel

Pelos salões do Palacete dos Pereiras, por décadas a fio foram tomadas as mais importantes decisões da politica paraibana. Por ali passaram as mais destacadas personalidades nordestinas, coronéis de barranco, lideres e os mais destacados produtores rurais da região, todos sob o comando do mitológico coronel José Pereira Lima.

"Nessa edificação grandiosa e charmosa, construída na década de 20 do século passado, residiram membros das famílias mais importantes do Nordeste. Hospedaram-se ou foram recebidas figuras ilustres como coronéis, governadores, prefeitos, artistas, empresários, políticos diversos e personalidades valorosas, como Alcides Carneiro, Canhoto da Paraíba e Ariano Suassuna.Sua história é maior e mais admirável que suas curvas e desenhos arquitetônicos." Completa Thiago Pereira.

 No detalhe a partir do espelho de cristal do Palacete,flagrante dos participantes da visita
  Manoel Severo e Andrade Júnior

Cariri Cangaço Princesa 
20 de Março de 2015
Princesa Isabel, Paraíba

Um Coronel e o seu Palácio Por:Thiago Pereira

 
 Thiago Pereira

Nada é mais significante para um regime monárquico que a relação soberana entre a figura regente e o seu palácio. Mais ainda quando o mesmo é sinônimo de bravura e força imperial (ou política). No Território Livre de Princeza não foi diferente. A coragem do seu povo e a ousadia de seu líder maior são, atualmente, representados pela imponência de um palacete de extrema beleza arquitetônica e inestimável valor histórico.

O “Palacete dos Pereiras”, como é conhecido, acomoda não apenas mosaicos austríacos e imensos janelões, entre paredes grossas e terraços exuberantes. Nele reside, principalmente, a história de uma família que dedicou sua vida pelo desenvolvimento da terra natal.

 Palacete do coronel José Pereira em frente a Praça Epitácio Pessoa

Tudo começou quando o membro de uma das principais famílias nordestinas, o senhor Epitácio Pessoa de Queiroz (Epitacinho), sobrinho do ex-Presidente da República, o senhor Epitácio Pessoa, cometeu um crime passional, na capital do estado de Pernambuco, assassinando o médico Bandeira de Melo, casado com uma prima legítima do senhor João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que seria, depois, Presidente da província paraibana. Epitacinho, após o ato delituoso, refugiou-se em Princeza, sob a proteção do amigo próximo, o Coronal José Pereira Lima. É necessário lembrar que este crime e a atitude solidária do coronel tocaram, profundamente, a família do ex-Ministro e ex-Governador paraibano, João Pessoa, que, já prevendo suas intenções proclamou o seguinte:

- Se um dia eu vier a governar a Paraíba, acabarei com o prestígio de três famílias: os Dantas, de Teixeira; os Santa Cruz, da cidade de Monteiro; e os Pereira, da cidade de Princesa.
O Coronel, de forma cortês, como era seu costume, informou ao hóspede (assim como ao seu irmão, compadre do Coronel, o industrial José Pessoa de Queiroz), que receberia o foragido, da melhor maneira possível, até que o crime fosse julgado. Naturalmente, como adiantou o coronel, a depender da sentença final, transitada em julgado, o amigo permaneceria (ou não), em suas terras. Epitacinho e a família, seguros dos seus direitos, aceitaram as condições.

Epitácio Pessoa
 Coronel José Pereira Lima
José Pessoa de Queiroz

Em sua estada nas terras princesenses, o visitante, para seu melhor conforto e sob orientação do seu irmão, resolveu construir uma casa, segundo o seu estilo e de acordo com suas expensas, que não eram poucas. Contratou o artesão/construtor José Ferreira Dias, conhecido como “Ferreirão”, famoso em toda a região, por ter construído obras importantes, como a belíssima igreja de Triunfo - PE.

Ergueu-se, assim, um palacete com 46 (quarenta e seis) portas e janelas, piso em mosaico trazido da Áustria (em baixo relevo), 05 (cinco) quartos, salas de refeições, terraços, salas de recepção, cozinha, área de serviço e garagem externa, duas vezes maior à área construída.Após alguns anos, Epitacinho foi absolvido do crime, e resolveu retornar a sua terra natal, Recife – PE, mas guardou consigo o patrimônio nas terras revolucionárias paraibanas. Depois de algum tempo, o seu irmão José Pessoa de Queiroz, julgando desnecessária a manutenção do imóvel em nome da família e determinado a restituir o enorme favor prestado pelo seu amigo, o Coronel José Pereira, resolveu presentear, com o palacete, a sua afilhada, Luiza Pereira Lima, filha primogênita do coronel e irmã mais velha do ex-Deputado Estadual e ex-Secretário de Estado da Saúde, o médico Aloysio Pereira Lima.

 
Utensílios pertencentes ao coronel José Pereira Lima

Dona Luizinha, como era conhecida, foi uma dedicada dona de casa e habitou com o seu esposo no palacete até sua morte, em 27 (vinte e sete) de maio de 2002. O seu amado companheiro, Gonzaga Bento, faleceu após três meses, em 05 (cinco) de setembro do mesmo ano. Gonzaga foi vereador do município por dois mandatos, foi vice-prefeito, Prefeito da cidade de Tavares (sua terra natal), e ainda três vezes Prefeito de Princesa. Nunca perdeu uma eleição e (como bem pronunciou Hermosa Pereira Sitônio) “apesar de não ter o sangue, foi Pereira tanto quanto os que tinham, pois nunca deixou ser derrubada a bandeira política de seu sogro, o Coronel Zé Pereira”.

Após a morte dos proprietários, o Palacete e todo o espólio foram repassados aos herdeiros Rosane e Humberto, filhos de Gonzaga e Luizinha. Posteriormente, em conseqüência da conclusão da Ação de Inventário, a casa foi registrada em nome de Rosane Pereira de Sousa Soares, atual proprietária, que vem a ser, portanto, neta do Coronel José Pereira Lima e sua esposa Alexandrina Pereira Lima (Dona Xandú).

Coronel José Pereira e seus homens durante a Revolta de Princesa

Além de residência do Coronel José Pereira, por um breve período após a anistia, o Palacete, durante a famosa guerra ocorrida em de 1930, que alguns chamam de “Revolta de Princeza”, serviu de Hospital de Sangue, onde se salvaram inúmeros combatentes princesenses, além de membros da Polícia paraibana, que o coronel ordenava tratar com enorme respeito e atenção. Esse procedimento fez com que muitos aderissem à causa daquele povo sertanejo, que se insurgia contra o governo paraibano.O “Palacete dos Pereiras”, apesar das intempéries e da utilização ininterrupta, mantém-se erguido e majestoso, mas precisa, naturalmente, de atenção e carinho.

Nessa edificação grandiosa e charmosa, construída na década de 20 (vinte), do século passado, residiram membros das famílias mais importantes do Nordeste. Hospedaram-se ou foram recebidas figuras ilustres como coronéis, governadores, prefeitos, artistas, empresários, políticos diversos e personalidades valorosas, como Alcides Carneiro, Canhoto da Paraíba e Ariano Suassuna.Sua história é maior e mais admirável que suas curvas e desenhos arquitetônicos. Está ligada à memória do povo brasileiro e por isso desfez-se o seu caráter pessoal, individual, particular. O objetivo primordial de sua existência é público, coletivo, devendo ser amado, preservado e compartilhado, sob a égide dos Poderes Públicos, especialmente, Estadual e Federal, pois possuem recursos disponíveis.


O Palacete do Coronel José Pereira, em Princesa Isabel – PB, transpira história e arrepia, quase sempre, os seus visitantes. História verdadeira. História brasileira. História de um povo, constantemente, esquecido no alto sertão nordestino, mas que permanece aguerrido, lutador, trabalhador e vivo, como a sua memória.

Thiago Pereira de Sousa Soares
Bisneto do Coronel José Pereira Lima
Cariri Cangaço Princesa 2015
Princesa Isabel, Paraíba