10 Anos

Celebração e Festa na Abertura dos 10 Anos de Cariri Cangaço


A noite da última quarta-feira, 24 de julho de 2019, marcou a celebração em grande estilo dos dez anos do Cariri Cangaço. Em noite solene, o Salão de Atos da URCA - Universidade Regional do Cariri, na cidade de Crato, recebeu um qualificado público; representado por diversas autoridades, instituições culturais e educacionais, pesquisadores, escritores, estudantes e admiradores das temáticas nordestinas, vindos de todo o Brasil.
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 Cerimonialista Rossi Magne
Mesa Solene de Abertura
IMAGENS DA ABERTURA DO CARIRI CANGAÇO 10 ANOS NA URCA EM CRATO
POR RAUL MENELEU

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Noite de Abertura - Cariri Cangaço 10 Anos- URCA, Crato
Por: Raul Meneleu - Fonte You Tube

Com o cerimonial sob a responsabilidade do pesquisador e poeta sergipano de Propriá, Rossi Magne, foi formada a mesa solene de abertura que contou com o Reitor da URCA - Universidade Regional do Cariri, Francisco Lima Junior, com o representante do Prefeito do Municipal de Crato, Secretario de Cultura, Wilton Silva, com o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, com o Deputado Inacio Loiola, representando a Assembléia Legislativa de Alagoas, com o Presidente da SBEC, Benedito Vasconcelos; do GECC, Angelo Osmiro; do GPEC, Narciso Dias, além do Presidente do ICC - Instituto Cultural do Cariri, Heitor Feitosa Macedo, da Academia Lavrense de Letras, Cristina Couto, do representante do IHGRN -Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Dr Honorio de Medeiros e da representante do Conselho Alcino Alves Costa, Elane Marques.   
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 Entrada do Estandarte do Cariri Cangaço 10 Anos...
 Célia Maria conduz o Estandarte dos 10 Anos
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Logo após a execução do hino nacional brasileiro houve a entrada solene e festiva do Estandarte comemorativo aos dez anos do Cariri Cangaço, uma confecção da artesã paraibana Célia Maria e um presente do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço. O estandarte celebra os dez anos do Cariri Cangaço como tema principal e apresenta ainda os brasões dos grupos de estudos ligados ao evento: SBEC, GECC, GPEC e GFEC. O estandarte comemorativo entrou no Salão de Atos da URCA sob o som do frevo pernambucano e tendo como testemunha, além dos presentes, de todas as bandeiras de estados nordestinos, dispostas nas laterais do auditório da Universidade.
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 Benedito Vasconcelos, Heitor Macedo, Wilton Silva, Lima Junior, 
Manoel Severo e Inácio Loiola
 Conselheiro João de Sousa Lima
 Manoel Severo e João de Sousa Lima
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O primeiro momento da noite marcou a apresentação do Cariri Cangaço que foi realizada pelo Presidente do IGHPA - Instituto Geografico e Histórico de Paulo Afonso, Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e escritor João de Sousa Lima, que em suas palavras lembrou o inicio do exitoso empreendimento: "Lembro bem quando Manoel Severo esteve ao nosso lado no Seminário de Nascimento de Maria Bonita em Paulo Afonso, isso em 2008, e lá começamos a construir este grande evento que passou a ser o Cariri Cangaço", além disso João de Sousa Lima ressaltou a história e os números expressivos do Cariri Cangaço ao longo de seus dez anos.
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 Neli Conceição e Rossi Magne
 João de Sousa Lima, Neli Conceição e Elane Marques
 João de Sousa Lima e Ivanildo Silveira
João de Sousa Lima e Ângelo Osmiro
João de Sousa Lima e Narciso Dias
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Em seguida o Conselheiro João de Sousa Lima, representando o IGHPA - Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso prestou homenagens a várias personalidades que receberam "Menção Honrosa" pelo IGHPA. Foram agraciados o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, a filha dos ex-cangaceiros Moreno e Durvinha, também Conselheira do Cariri Cangaço, Neli Conceição, o pesquisador potiguar Ivanildo Silveira, o presidente do GPEC, Narciso Dias e o presidente do GECC, Ângelo Osmiro; todos igualmente, Conselheiros do Cariri Cangaço.
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Honório de Medeiros, Cristina Couto, Ângelo Osmiro, Benedito Vasconcelos, Heitor Feitosa Macedo, Wilton Silva, Lima Junior, Manoel Severo, Inácio Loiola, Elane Marques, Narciso Dias, Rossi Magne e João de Sousa Lima; Mesa Solene de Abertura do 
Cariri Cangaço 10 Anos
Reitor Lima Junior e a "honra da URCA receber o Cariri Cangaço"
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O magnífico Reitor da URCA, professor Francisco Lima Junior em suas palavras lembrou o compromisso da URCA com o desenvolvimento e fomento à cultura regional e ressaltou a presença da URCA "desde os primeiro momentos do Cariri Cangaço, ainda em 2009", deu as boas vindas a todos os participantes do evento em nome da Universidade e que era uma grande satisfação receber tão grande evento na celebração de seus dez anos.
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 Deputado Inacio Loiola de Alagoas dá as boas vindas a todos os pesquisadores
Lima Junior, Manoel Severo, Inacio Loiola, Narciso Dias e Rossi Magne
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Em seguida houve a palavra do Deputado Estadual pelo estado de Alagoas, Inácio Loiola, também destacado pesquisador da temática "cangaço" que agradeceu a oportunidade de estar ao lado de tantos amigos neste momento ímpar de celebração do Cariri Cangaço, lembrou ainda sua forte ligação com a região do Cariri, notadamente com Juazeiro do Norte, quando homenageou a figura do pesquisador Daniel Walker, falecido recentemente, como também enalteceu o grande trabalho realizado pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo.
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 Secretário de Cultura de Crato, Wilton Silva
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O Secretário de Cultura, Wilton Silva "Dedê", representando o prefeito Aílton Brasil, disse da alegria de Crato esta sediando de maneira festiva e solene o aniversário de 10 anos do Cariri Cangaço e que em nome do prefeito municipal dava as boas vindas a todos os amigos pesquisadores que vieram de vários estados brasileiros testemunhar a força da cultura regional.
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 Elane Marques representando o Conselho Alcino Alves Costa
 Manoel Severo, homenageado da noite
 Manoel Severo recebe Placa Comemorativa das mãos de Elane Marques
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Representando o Conselho Curador Alcino Alves Costa, a pesquisadora e escritora sergipana, Elane Marques, resgatou um pouco do imenso significado da noite quando falou do grande trabalho desenvolvido pelo Cariri Cangaço em resgatar a memoria e a história sertaneja. Logo em seguida a representante do Conselho passou às mãos do Curador do evento, Manoel Severo, placa comemorativa pelo transcurso dos dez anos do empreendimento, não sem antes convidar a todos para "cantar os parabéns" para o próprio curador Manoel Severo, aniversariante do ultimo dia 18 de julho.

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço dedicou a noite a "quatro gigantes:Alcino Alves Costa, Jonas Luis da Silva de Icapuí, Paulo Medeiros Gastão e Daniel Walker". 

Fonte: YouTube - Canal Raul Meneleu
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Dando prosseguimento a solenidade, Rossi Magne convidou para fazer uso da palavra o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo Barbosa, que em suas palavras de boas vindas, dedicou a noite de abertura do grandioso evento a "quatro grandes personalidades do estudo e pesquisa de temas nordestinos, a quatro gigantes que junto conosco ajudaram a consolidar este sonho chamado Cariri Cangaço e que com certeza festejam de onde estão, a grande festa dos dez anos: Alcino Alves Costa, Jonas Luis da Silva de Icapuí, Paulo Medeiros Gastão e Daniel Walker", Manoel Severo ainda ressaltou o esforço de "muitos parceiros na direção da construção do grande empreendimento,como municípios, instituições, pessoas e sentimentos" e relembrou que foi ali em Crato, juntamente com os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha, que tudo começou ha dez anos atras.
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 Presença qualificada de pesquisadores de todo o Brasil...
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As homenagens da noite seguiram com o curador Manoel Severo Barbosa nomeando as instituições que receberiam na solenidade o Título de "Equipamento Imprescindível a Perpetuação da Memória e Tradições do Sertão". Foram contempladas com a comenda, a URCA-Universidade Regional do Cariri, o ICC - Instituto Cultural do Cariri, a Academia de Cordelistas do Crato e o Museu de Luiz Gonzaga, de Dom Quintino no Crato.
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Manoel Severo comunica as Instituiçoes que receberiam as Comendas na noite 
 Conselheiro Honório de Medeiros, Reitor Lima Junior e Wilton Silva
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O Reitor Francisco Lima Junior recebeu o Diploma das mãos do Conselheiro Cariri Cangaço; na solenidade representando também o IHGRN -Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; escritor Honório de Medeiros e do Secretário de Cultura de Crato, Wilton Silva; o presidente do ICC - Instituto Cultural do Cariri, escritor Heitor Feitosa Macedo recebeu das mãos do representante da Associação Cultural da Pedra do Reino, pesquisador Valdir Nogueira sua comenda.
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 Valdir Nogueira e Heitor Feitosa Macedo, presidente do ICC
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Já a Academia de Cordelistas do Crato, representada pelas cordelistas Anilda Figueiredo e Nezite Alencar receberam das mãos dos Conselheiros Cariri Cangaço, Antônio Vilela e Wescley Rodrigues a comeda do Cariri Cangaço. Por fim o Museu de Luiz Gonzaga, de Dom Quintino no Crato, representado por seu idealizador o jovem Pedro Lucas Feitosa, recebeu de seus pequenos companheiros; Cecília do Acordeon e Pedro Popoff, numa autentica festa infanto-juvenil no Cariri Cangaço o registro de reconhecimento do Cariri Cangaço.
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Conselheiros Antônio Vilela e Wescley Rodrigues passam às mãos de Anilda Figueiredo e Nezite Alencar da Academia de Cordelistas do Crato
  Pedro Popoff, Cecília do Acordeon e Manoel Severo
Pedro Lucas e os agradecimentos ao Cariri Cangaço
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Representando as instituições homenageadas falou o presidente do ICC, escritor Heitor Feitosa Macedo que ressaltou "o lançamento dentro da noite da grande revista Itaytera celebrando o Cariri Cangaço, como também ressaltou a importância da região do cariri cearense para a historia de toda a região nordeste e o trabalho de Severo que consegue agregar tantos amigos em torno de um tema tão forte".
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 Heitor Feitosa Macedo, presidente do ICC fala em nome dos homenageados
Manoel Severo e Salão de Atos da URCA
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O segundo momento de homenagens por parte do Cariri Cangaço apresentou um conjunto de personalidades de destaque na vida cultural, das artes e educacional do cariri cearense. Foram homenageados o médico, pesquisador, escritor e memorialista de Barbalha, Dr Napoleão Tavares Neves; o memorialista Huberto Cabral, o jornalista e radialista Antônio Vicelmo, o festejado artesão  e designer de couro Espedito Celeiro e o jornalista e apresentador Francisco José de Brito.
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 Dra Raíssa Neves, Reitor Lima Junior e Dr Leandro Cardoso: 
Homenagem a Napoleão Tavares Neves.
Geraldo Ferraz e homenagem ao memorialista Huberto Cabral
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O Conselheiro Cariri Cangaço, médico e escritor Leandro Cardoso e sua esposa Dra Raíssa Neves, filha do homenageado, receberam a comenda em representação ao Dr Napoleão Tavares Neves das mãos do Reitor Lima Junior; já o memorialista cratense Huberto Cabral recebeu das mãos do Conselheiro Cariri Cangaço, Geraldo Ferraz; Antônio Vicelmo, uma das legendas do radio cearense recebeu das mãos do Conselheiro Cariri Cangaço Rangel Alves da Costa.
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Antônio Vicelmo e Conselheiro Rangel Alves da Costa
 Antônio Vicelmo e Manoel Severo
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Espedito Celeiro recebeu das mãos de Ingrid Rebouças e o jornalista Francisco Jose recebeu das mãos de Narciso Dias. Chico José falou representando a todos os homenageados, em suas palavras Chico José falou de sua emoção em participar do Cariri Cangaço, "a vida é um eterno aprendizado... nesta noite em aprendi muito, vi que nesta união de pesquisadores o cangaço é muito mais extenso do que nós já conseguimos mostrar."
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 Ingrid Rebouças e Espedito Celeiro
 Espedito Celeiro e Manoel Severo
 Narciso Dias e Chico José
 Chico José e Manoel Severo
VEJA NA ÍNTEGRA A FALA DE FRANCISCO JOSE
Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu
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A próxima apresentação da noite coube a Antônio Ribeiro da Conceição; musico, repentista, escritor e poeta baiano, autor de obras de cordel e considerado um mantenedor das tradições musicais sertanejas da Bahia; subiu ao palco do Cariri Cangaço o consagrado Mestre Bule Bule para em seguida haver um dos momentos mais emocionantes e de grande significação para todos os presentes à noite de abertura dos dez anos do Cariri Cangaço que seriam homenagens  à grandes personalidades que já não se encontram entre nós.
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Mestre Bule Bule na festa de dez anos do Cariri Cangaço
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As homenagens solenes do Conselho Alcino Alves Costa foram para; pesquisador Paulo Medeiros Gastão e Coronel João Bezerra da Silva, ambos; in memoriam; que receberam a Comenda de "Personalidade Eterna do Sertão" e para o escritor Daniel Walker, falecido neste mesmo mês de julho, que recebeu a comenda "Mérito Histórico e Cultural do Sertão".
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Graça Gastão, Juliana Pereira e Patricia Gastão
Patrícia Gastão agradece em nome da família Gastão
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A Conselheira Cariri Cangaço Juliana Pereira, passou às mãos das senhoras Maria das Graças Gastão; viúva; e Patricia Gastão, filha; a comenda ao inesquecível Paulo Medeiros Gastão. O casal Ane Ranzon e Paulo Britto, recebeu em nome de seu pai, Coronel João Bezerra da Silva; o comandante das tropas que mataram o rei do cangaço em Angico; a comenda de Personalidade Eterna do Sertão das mãos dos Conselheiros Cariri Cangaço, Ivanildo Silveira e Professor Pereira. Coube ao Deputado Inácio Loiola passar às mãos da escritora Tereza Neuma; viúva do grande pesquisador e escritor Daniel Walker a sua comenda de mérito histórico e cultural do sertão.
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 Professor Pereira, Paulo Britto e Ivanildo Silveira
Paulo Britto fala em nome de seu pai, Coronel João Bezerra
Deputado Inácio Loiola e Tereza Neuma, viúva de Daniel Walker

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Manoel Severo Barbosa em seguida, empossou os mais novos Conselheiros do Cariri Cangaço. Tomaram posse os pesquisadores; Valdir Nogueira, da cidade pernambucana de São José de Belmonte, Manoel Belarmino, da cidade sergipana de Poço Redondo; João Tavares Calixto Junior, da cidade cearense de Juazeiro do Norte, Quirino Silva, da cidade paraibana de João Pessoa e Jorge Figueiredo, da cidade Baiana de Entre Rios. 

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Jorge Figueiredo, Valdir Nogueira, Calixto Junior, Manoel Belarmino e Quirino Silva, novos Conselheiros do Cariri Cangaço
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Dessa forma, o Conselho Consultivo Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço passa a ter 40 membros  em seus assentos, numa demonstração da enorme força da integração da alma nordestina.

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O poeta sergipano Rossi Magne homenageia o Curador do Cariri Cangaço 
Manoel Severo Barbosa
Emerson Monteiro apresenta a Edição Histórica da Revista Itaytera 
celebrando os 10 Anos de Cariri Cangaço


Calixto Junior apresenta a Revista da Academia Lavrense de Letras


Fonte You Tube Canal Raul Meneleuo


Dois importantes lançamentos ainda estariam na programação da grande noite de abertura do Cariri Cangaço por ocasião de seus dez anos. Coube ao pesquisador e escritor Emerson Monteiro apresentar a mais nova edição da prestigiada Revista Itaytera do ICC - Instituto Cultural do Cariri, edição comemorativa e dedicada inteiramente à temática cangaço e aos dez anos do Cariri Cangaço. Em seguida o mais novo Conselheiro Cariri Cangaço, escritor João Tavares Calixto Junior fez a apresentação da mais nova edição da Revista da Academia Lavrense de Letras, comemorando seus dez anos.
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 Dra Susana, Dra Welma Meneses, Graça Gastão, Patrícia Gastão e Benedito Vasconcelos
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Em seguida o presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; professor Benedito Vasconcelos; dentro da programação de abertura do Cariri Cangaço em Crato, conferiu a Medalha Paulo Gastão à juíza de direito da comarca de Mossoró, Dra Welma Meneses. 
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 Calixto Junior, Dr Marcus Cunha, Fátima Lemos e Cristina Couto
 Professor Jorge Emicles
Heitor Feitosa, Divani Cabral, Marcus Cunha, Jorge Emicles, Otonite Cortez, 
Fátima Lemos e Cristina Couto



Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu
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Finalizando a solenidade na URCA - Universidade Regional do Cariri, a presidente da Academia Lavrense de Letras e Conselheira Cariri Cangaço Cristina Couto, concedeu ao médico Marcus Cunha o Diploma de Sócio Honorário do sodalício lavrense e apresentou a Medalha Fideralina Augusto Lima, no mesmo ato foi concedida a honraria a duas personalidades caririenses, a professora Otonite Cortez, ex-reitora da URCA e Divani Cabral, renomada gestora da SCAC - Sociedade de Cultura Artística do Crato, com apresentação das laureadas pelo pesquisador Jorge Emicles.
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Cordelista Rosário Lustosa encerra a programação com homenagem
 a memória de Paulo Gastão

Cariri Cangaço 10 Anos
Salão de Atos - URCA Universidade Regional do Cariri
Crato, 24 de Julho de 2019
Fotos:Ingrid Rebouças

Missão Velha, o Portal do Cariri, Realiza o Segundo Dia da Festa de 10 Anos do Cariri Cangaço

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O município de Missão Velha; Portal do Cariri; recepcionou o segundo dia da grande festa de 10 anos do Cariri Cangaço. Aqui mesmo na terra abençoada por São José, há dez anos atras aportava este que se tornaria o maior evento de cangaço do Brasil. Tendo na coordenação local do evento o Conselheiro Cariri Cangaço; memorialista, pesquisador e  escritor Bosco André, uma intensa e maravilhosa agenda aguardava a todos os participantes do Cariri Cangaço 10 Anos.
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Localizada a 535km da capital do Ceará, fincada no solo fértil do cariri cearense, Missão Velha ao lado de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha estiveram promovendo o primeiro Cariri Cangaço ainda em 2009. Mais uma vez a celebração com caráter de gratidão reuniu pesquisadores de todo o Brasil para a grande festa na terra dos "Terésios".
 Caravana 10 Anos na Fazenda Cercadinho em Missão Velha
Washington Fechine, Diego Gondim, Hernesto Vasques, Célia Arruda e Manoel Severo
Antônio Vilela, João de Sousa, Manoel Severo e Aderbal Nogueira

Bismarck Maia, Elane Marques e Juliana Pereira
Quirino, Luciano Costa e Célia Maria
Clênio Novaes, Ivanildo Silveira e Sabino Bassetti
Calixto Junior, Manoel Severo e Fátima Lemos

A primeira parada da dinâmica agenda em Missão Velha foi no emblemático Distrito de Jamacaru, o mesmo das terras da Fonte da Pendência e da Gameleira do Pau, da simbólica Serra do Mato e da força do Coronel Santana ! Ali a caravana 10 Anos visitou a Fazenda Cercadinho, propriedade e berço de uma das mais proeminentes familias da região, tendo como patriarca o Coronel Liberato Manuel da Cruz, um dos coronéis mais respeitados do cariri.



Fonte:YouTube , Canal Raul Meneleu

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Ali os convidados do Cariri Cangaço foram recepcionados por familiares e descendentes do Coronel Liberato Manuel da Cruz , quando foi descerrada a Placa Comemorativa e o Marco do Memorial Liberato Manuel da Cruz, dentro da Rota Turística Cariri Cangaço.
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  Família Liberato Cruz e a Placa do Memorial na festa de 10 Anos do Cariri Cangaço
 Momento solene do marco do Memorial Liberato Manuel da Cruz
Geralda Furtado da Cruz, Manoel Severo, por ocasião do descerramento da Placa do Memorial Coronel Liberato Manuel da Cruz dentro da Rota Turística Cariri Cangaço
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Recorremos ao Conselheiro Bosco André :"O Cel Liberato Manuel da Cruz foi Inspetor Escolar , Delegado e Intendente do Município de Missão Velha, substituindo ao não menos importante  Cel. Antonio Joaquim de Santana, no período entre  29-08-1917 a 19-10-1917. Vigésimo filho do casal Manuel Inácio da Cruz e Maria das Dores da Encarnação, casou duas vezes, primeiro com a sobrinha Ana Isabel da Conceição Macêdo e em segundas núpcias com Joana Rodrigues da Cruz (Santinha). Então é uma honra ter os 10 Anos de Cariri Cangaço no Portal do Cariri, Missão Velha, com a homenagem do Município ao ilustre Patriarca da família Liberato – Coronel Liberato Manuel da Cruz."



Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu
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 Clênio Novaes e Manoel Severo
 Cícero Aguiar, Odilon Nogueira e casal Edson Araujo
 Rai Arts, Belarmino, Rose, Junior Almeida e Rangel Alves da Costa
Casal Nivaldo Pereira e Ivanildo Silveira
Rangel Alves da Costa e Gabriel Barbosa
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"Acolhedora Missão Velha, berço dos Téresios: Quando o historiador João Brígido dos Santos, em fins do século dezenove, vasculhava os arquivos da história do Cariri, a esses meus antecedentes já se referia como nucleadores de várias povoações e fazendas de criar, entre todas, sobressaindo‑se aquela denominada Engenho Santa Teresa, fundada pelo capitão Domingos Paes Landim, um dos pioneiros da colonização do Ceará.Núcleo originário e socioeconômico das famílias Terésios, segundo observações dos maiores historiadores do Cariri, a exemplo de Irineu Pinheiro e do Padre Antônio Gomes de Araújo, que pesquisaram as suas origens e os primeiros anos da sua formação, o Engenho Santa Teresa, por séculos afora, manteria acesa a temperatura das suas chaminés." Dimas Macedo
 Fazenda Cercadinho de Manuel Liberato da Cruz
Erasmo Teixeira e Rossi Magne 
Luiz Ruben e Ângela
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"Deles, os Terésios, ocupar-se-ia o historiador Joaryvar Macedo ao traçar as linhas da sua inculcada genealogia, detendo‑se na descendência do Capitão Domingos Paes Landim e da sua mulher Isabel da Cruz Neves, ascendentes dos Terésios que hoje se reúnem para proclamar a glória de Antônio Martins Filho e reconhecer o quanto Joaryvar Macedo é um imenso traço de união entre nós. No seu monumental e não por demais relembrado – A Estirpe da Santa Teresa (Fortaleza: Imprensa Universitária, 1976) –, cuja segunda edição ora se dá à estampa, Joaryvar Macedo desvenda a linhagem dessas famílias e nos leva a intuir o que a trajetória dos Terésios poderia representar como desafio para os his­toriadores e sociólogos do Ceará. Abstraindo‑se o dado genealógico da questão dos Terésios, o que registrou a historiografia sul‑cearense, pertinente aos la­bores nos quais se envolveram muitos dos seus integrantes, a mim me parece constituir algo de substância singular com que a pesquisa histórica e a sociologia política podiam muito bem se entreter.Costumo dizer as pessoas que me abordam acerca dos Terésios, que o conjunto das suas aventuras nos permite cultuar uma tradição familiar que se arraigou na cultura da região do Cariri, por meio da sua mais forte tradição."
Brasões das Família Terésias, fonte: familiavasqueslandim.blogspot.com.br
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Diego Gondim, Nairton Macedo, Manoel Severo e Bosco André
Seguindo a vasta programação Missão-velhense , a caravana 10 Anos foi recepcionada no plenário da Câmara Municipal de Missão Velha. Com as presenças do prefeito municipal Diego Gondim Feitosa e do presidente do legislativo municipal, Nairton Macedo; a manhã se seguiu com as principais homenagens locais à personalidades de destaque no cenário da historiografia do coronelismo no Ceará.
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 Presidente da Câmara, Nairton Macedo
 Secretário de Cultura Moreira Paz
Prefeito Diego Gondim
 Pesquisadores de todo o Brasil presentes em Missão Velha
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Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu

Fizeram uso da palavra para as boas vindas ao Cariri Cangaço 10 Anos, o presidente da Câmara Municipal, vereador José Nairton, o secretário de cultural Moreira Paz, o prefeito Diego Gondim Feitosa e o Conselheiro Cariri Cangaço, Bosco André, todos ressaltaram a grande honra em Missão Velha esta recebendo mais uma vez o Cariri Cangaço, principalmente no momento onde se celebram seus dez anos de realizações.


Fonte: YouTube , Canal Raul Meneleu
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Conselheiro Cariri Cangaço João Bosco André: Boas Vindas aos 10 anos...
Comendador Mariano e Prefeito de Milagres Dr Landim passam às mãos  
do Dr Washington Fechine
Moreira Paz agradece o Diploma de Amigo do Cariri Cangaço
Célia Maria, Charles Cruz e Amelia Linard
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Em seguida o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, comandou a entrega dos Diplomas de "Amigo do Cariri Cangaço" quando foram agraciados com a comenda; o prefeito Diego Gondim Feitosa, o ex-prefeito e médico, Washington Fechine e ainda Charles Cruz e o secretario de cultura Moreira Paz.

O momento alto da manhã na solenidade na Câmara Municipal de Missão Velha marcou a grande homenagem a vultos históricos que escreveram as paginas da historia do cariri cearense na época do "Império do Bacamarte". O primeiro homenageado da manhã foi o Coronel Liberato Manuel da Cruz, comenda recebida pela senhora Geralda Furtado da Cruz e Charles Cruz.

Calixto Junior, Célia Arruda e Honório de Medeiros

Seguindo a programação recebeu a honraria do Cariri Cangaço, dona Célia Arruda; representando o Coronel Menino, Isaias Arruda de Figueiredo; a comenda foi entregue pelos Conselheiros Honório de Medeiros e João Tavares Calixto Junior; ambos pesquisadores da vida de Isaias Arruda, um dos mais celebres coronéis do sertão nordestino. 

José Ivo Dantas Filho fala em nome da Família Dantas

Uma das mais proeminentes figuras históricas da região caririense e um dos grandes líderes de Missão Velha da república velha, Sinhô Dantas ; foi o próximo homenageado da manhã de 10 Anos do Cariri Cangaço. Em nome da família Dantas, recebeu José Ivo Dantas Filho. 

Hernesto Vasques, Noadia Costa, Manoel Belarmino, Aelio Vasques e Bosco André
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Os Conselheiros Cariri Cangaço; Bosco André e Manoel Belarmino, além da pesquisadora Noádia Costa; passaram às mãos de Aélio Vasques e do vereador Hernesto Vasques a comenda de reconhecimento ao Bravo Caririense, Quinco Vasques, um dos personagens mais emblemáticos de toda região caririense e do vale do salgado,protagonista de episódios marcantes da historiografia do coronelismo sertanejo do inicio do século passado.

Conselheiro Cariri Cangaço, 
João Tavares Calixto Júnior

Fonte: YouTube, Canal Raul Meneleu

Usaram a palavra para os agradecimentos o vereador Hernesto Vasques, José Ivo Dantas Filho e Aélio Vasques; um dos grandes incentivadores do Cariri Cangaço em Missão Velha, que agradeceu "ao grande amigo Severo, toda a atenção e homenagens prestadas ao avô Quinco Vasques e a toda história de Missão Velha".

Aélio Vasques e as palavras de agradecimento em nome da Família Vasques
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Fonte: YouTube - Canal Raul Meneleu

Uma surpresa ainda estava reservada a todos os presentes, o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, convidou a espetacular Cecília do Acordeon, 11 anos; Pedro Lucas Feitosa, 14 anos e Pedro Popoff; 13 anos, para apresentarem a composição especial do forró que homenageia os dez anos de cariri cangaço, uma composição a tres mãos: Letra de Manoel Severo e Paula Sampaio e musica de Cecília do Acordeon. Uma verdadeira festa da Alma Nordestina.


Fonte: YouTube Canal Raul Meneleu
Pedro Popoff, Manoel Severo, Cecília do Acordeon e Pedro Lucas

O sol já ia alto no firmamento quando a caravana Cariri Cangaço "apeou" para o almoço na sede da ACOAFA de Missão Velha, ali além do mais autentico cardápio sertanejo para manter os cangaceiros e volantes de pé; ainda houveram mais dois lançamentos com os cordelistas Ernane Tavares de Juazeiro do Norte e Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.

Cariri Cangaço 10 Anos
Missão Velha - Fazenda Cercadinho e Camara Municipal
25 de Julho de 2019
Fotos:Ingrid Rebouças e Louro Teles

Cariri Cangaço 10 Anos, Avante ! Todos a Missão Velha...


A tarde avançava firme e a caravana Cariri Cangaço 10 Anos seguiu para a sede do Sítio Barreiros, outrora propriedade de Padre Cícero e já há muito tempo pertencente à família Dantas do emblemático Sinhô Dantas, ali, dez anos atras o mesmo cenário foi visitado na primeira edição do Cariri Cangaço em 2009. O anfitrião foi José Ivo Dantas Filho. A Fazenda Padre Cícero (Sítio Barreiros) , imponente propriedade rural encravada a pouco mais de 6 Km do centro de Missão Velha; construída ainda em 1908 por Padre Cícero e administrada por algum tempo por seu braço direito, Floro Bartolomeu; depois pertencente ao Clã dos Dantas, valorosa família de coronéis de Missão Velha; mais uma vez anfitrionou a caravana do Cariri Cangaço nesta grande festa dos 10 Anos em Missão Velha.
 Caravana Cariri Cangaço 10 Anos na Fazenda Padre Cícero , terra dos Dantas...
Tradicionais torneiras da fazenda Padre Cícero
Comendador Mariano
Caravana Cariri Cangaço 10 Anos na Fazenda Padre Cícero , terra dos Dantas...

Ali, sob a orientação do grande historiador João Bosco André, os convidados e participantes puderam conhecer mais de perto um dos mais espetaculares capítulos da história recente do cariri cearense, a partir dos embates envolvendo os coronéis de barranco que disputavam o poder deste lado do estado do Ceará. A fazenda Padre Cícero pertenceu ao Cel. Dantas, destituído "as custas de bala" da prefeitura de Missão Velha, pelo coronel Isaias Arruda, de Aurora. Quem visita o fantástico casarão ainda pode ver as inúmeras "torneiras" usadas pelos defensores do lugar.


José Ivo Dantas Filho recebe o Cariri Cangaço 10 Anos
 Louro Teles 
 Junior Almeida, Clênio Novaes, Richard Pereira e Edson Araujo
Bosco André, Bismarck Oliveira, Padre Agostinho, Com Mariano e Ângelo Osmiro

A próxima parada seria na Fundição Linard, uma das mais tradicionais empresas da região caririense. Aqui, o resgate de um dos episódios mais pitorescos da historiografia do cangaço no cariri. Quando na Serra do Mato; famosa fazenda do grande Cel. Santana, o Capitão Lampião precisou de um ferreiro para limpar seu armamento, foi logo que trouxeram a sua presença o jovem Antonio Linard; ao final do ofício realizado o mesmo não cobrou nada ao Capitão, entretanto o líder cangaceiro fez passar por entre seus cabras, o chapéu da aba viada e ali cada um colocou a justa paga; desse episódio nasceu a história do primeiro torno das industrias Linard, um dos mais tradicionais grupos empresariais do cariri. Na tarde desta quinta-feira, 25 de julho, mais uma vez e agora celebrando seus 10 Anos, a caravana Cariri Cangaço esteve visitando o famoso torno e as instalações das industrias Linard.


Família Linard e a Comenda ao patriarca Antônio Linard
Patriarca Antônio Linard, homenageado nos 10 Anos de Cariri Cangaço
Família Linard recebe comenda em festa dos 10 Anos

Padre Agostinho abençoa as instalações das Industrias Linard

Alônio Linard, neto de seu Antônio, conta como foi o inicio da vida do homenageado: "Vovô não sabia idiomas, então recebia catálogos da Inglaterra, da Alemanha e ia traduzindo com um dicionário e ia montando os moldes, as peças..." e assim se construiu uma das mais festejadas usinas de nosso Ceará. Sem falar no inusitado e marcante episódio já comentado acima, de seu encontro com Virgulino Lampião nos idos entre 1926 e 1927, quando dali surgiu seu primeiro torno, o "Torno de Lampião", também visitado dentro da programação.
Caravana 10 Anos em visita aos Linard 
O famoso "torno de Lampião" relíquia mantida pela família Linard

A recepção teve à frente o patriarca da família e presidente das Industrias Linard; Maraton Linard, sua esposa, dona Eailce, e os filhos: Amélia, Alônio e Monalice; que receberam das mãos do curador do Cariri Cangaço a comenda em reconhecimento ao espirito empreendedor do fundador da industria, Antônio Linard.
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Quirino Silva, Manoel Severo, Alonio e Maraton Linard e Luiz Forró
 Maraton Linard e Manoel Severo
Manoel Severo, Luiz Ruben, Ivanildo Silveira, Narciso Dias, Jorge Figueiredo, Edson Araujo, Louro Teles e Clênio Novaes
Monalice e Alônio Linard
Hernesto Vasques, Jorge Figueiredo e Renato Bandeira

A visita às instalações da Fundição Linard e ao mais "famoso torno do Brasil", aconteceu tendo a frente Alônio Linard, neto de seu Antônio e administrador do empreendimento. "Já estamos reservando um espaço especial aqui na Linard para montarmos um Memorial onde estarão todas as peças e relíquias ligadas à nossa origem" afirma Monalice Linard, neta de seu Antonio Linard.


Dr Leandro Cardoso e Luiz Ruben
 Rangel Alves da Costa, Edvaldo Feitosa e Jose Irari
 Paulo de Tarso
Quirino Silva, Clênio Novaes, Alonio Linard e Joao Andrade
Odilon Nogueira e Carlos Alberto Silva

Cariri Cangaço 10 Anos
Missão Velha - Fazenda Barreiros - Fundição Linard 
25 de Julho de 2019
Fotos:Ingrid Rebouças e Louro Teles

Quinco Vasques e a Grande Festa dos 10 Anos de Cariri Cangaço


O final da tarde no Portal do Cariri emoldurava com luxo a programação em Missão Velha. A caravana Cariri Cangaço 10 Anos se deslocava da Fazenda Padre Cícero até a emblemática Carnaúba dos Vasques e ao memorável Casarão de Quinco Vasques, o Bravo Caririense. Quem se desloca a partir de Barbalha para o município de Missão Velha, sentido sul/norte, vai encontrar cerca de 4 km antes da entrada da cidade um entroncamento onde vamos visualizar a placa: Carnaúba dos Vasques. Trata-se de um entroncamento entre a CE que leva ao centro do município e a outra que vai até o aeroporto de Juazeiro do Norte.Ali se encontra uma das mais tradicionais fazendas de Missão Velha, berço da família Vasques.

Patriarca Quinco Vasques ao lado de seus 10 filhos na Casarão dos Vasques

O Casarão imponente e ímpar; não só pela sua arquitetura de beleza incomum; mas e principalmente por toda a história e tradição que guarda por trás de suas espessas paredes, o casarão da Carnaúba dos Vasques, de Quinco Vasques, viria a ser a morada do famoso "bravo caririense" depois do desenrolar dos episódios da invasão a Lavras da Mangabeira em 1910.

"Nossa gratidão eterna a Severo por esse momento de homenagens a Quinco Vasques pelo Cariri Cangaço"Aélio Vasques 
Quirino Silva, Aelio Vasques, Manoel Severo, Hernesto e Mabel Vasques, Bosco André
 Lisbela, Eliana Pandini, Ingrid Rebouças e Rosália Freire
Neli Conceição e Célia Maria

Joaquim Vasques Landim; mais conhecido por Quinco Vasques. Patriarca de uma das mais tradicionais famílias de nosso cariri, do seio dos Terésios, de Santa Teresa; a família Vasques Landim; que protagonizou uma enormidade de episódios pitorescos e importantes dentro da história do coronelismo do sul do Ceará no inicio do século passado foi homenageado pelo Cariri Cangaço 10 Anos quando na Câmara Municipal de Missão Velha recebeu "in memoriam" a comenda de "Personagem Histórico do Sertão". 

 Visita da Caravana Cariri Cangaço 10 Anos ao Casarão dos Vasques
 Aélio Vasques, Manoel Severo e Bosco André
Família Vasques Landim na festa dos 10 Anos do Cariri Cangaço
Sousa Neto, Neli Conceição e Ivanildo Silveira
Clênio Novaes e Moreira Paz
Ivanildo Silveira e Nivaldo Pereira

"Quinco Vasques, tratava-se de homem de descomunal bravura, natural do sítio Santa Teresa, Missão Velha, e residente, então, na Serra de São Pedro, sítio Bico de Arara, atual município de Caririaçu. Viveu ainda em Aurora, no sítio Tipi, onde foi vaqueiro do casal Marica Macêdo e Cazuzinha, de quem era primo legítimo. Alguns de seus filhos, da união com Maria da Luz de Jesus (Marica), foram nascidos no sítio Tipi, a saber: Antônio Joaquim Vasques Landim, nascido aos 6 de setembro de 1898, e Joanna Vasques Landim, nascida aos 22 de maio de 1900. Justifiquemos: “Aos cinco de agosto de mil e novecentos, na matriz de Aurora, batizei solenemente a Joanna, nascida aos vinte e dois de maio deste ano, filha legítima de Joaquim Vasques Landim e Maria da Luz de Jesus, naturais de Missão Velha. Foram padrinhos José Antônio de Macêdo e Joanna de Jesus Landim, casados. E para constar mandei fazer este termo que assino. Pe Augusto Barbosa de Menezes” (Livro de Registro de Batismos da Paróquia do Menino Deus de Aurora, 1897-1904, p. 112).


A caravana Cariri Cangaço foi recepcionada na Carnaúba dos Vasques pelos descendentes do Bravo Caririense, tendo a frente Aélio Vasques e Hernesto Vasques, respectivamente neto e bisneto do coronel caririense. "Para nós é uma grande honra receber o Cariri Cangaço aqui na Carnaúba dos Vasques, no momento em que os pesquisadores prestam esta grande homenagem a Quinco Vasques, hoje é dia histórico" revela um entusiasmado Aélio Vasques.

 Louro Teles

"Um dos episódios que ficaria marcado no panteão caririense foi sem dúvidas o ataque de Quinco Vasques a cidade Lavras da Mangabeira, quando enfrentou o poderoso clã dos Augustos, tendo a frente a não menos emblemática Dona Fideralina. Era o mês de abril de 1910. A madrugada do dia 06 para o dia 07 guardava os preparativos para empreitada do bravo caririense rumo as terras da matriarca do clã lavrense dos Augustos. No poder em Lavras se encontrava o cel. Gustavo Augusto Lima, filho de Dona Fideralina. Quinco Vasques e seu grupo, cerca de cinquenta homens bem armados, partiram da serra de São Pedro no atual município de Caririaçu, mas precisamente do sítio Bico da Arara. Ao longo do caminho outros homens se uniram à empreitada para a tomada de poder em Lavras, perfazendo um total estimado entre 150 a 200 homens em armas sob o comando de Quinco Vasques..."


Depois da tarde histórica no Casarão dos Vasques a caravana Cariri Cangaço 10 Anos ainda haveria de fazer uma última visita dentro da Programação de Missão Velha. Já eram quase dezoito horas quando tomando o rumo das terras dos Terésios, chegamos a Engenho Santa Teresa, sendo recebidos pelo proprietário, Dr Cícero Landim Cruz. 


Manoel Severo, Cicero Landim e Quirino Silva
  Beto Sousa
 "Os vastos campos de cana de açúcar, o cheiro forte do mel e melaço, o tacho fumegante e todas as cores características das moagens do sertão, mataram a saudade de muitos e trouxeram experiencias novas a quem ainda não havia conhecido. Um momento inesquecível de contato com o combustível que move o sertão. Ali o proprietário Cícero Landim da Cruz mostrou e ensinou cada processo dentro da fabricação do mel, da rapadura, do alfenim..."

Ingrid Rebouças, Bosco André. Joisa e Manoel Severo
Louro Teles, Odilon Nogueira e Manoel Severo

Cariri Cangaço 10 Anos 
Missão Velha - Carnaúba dos Vasques, Engenho Santa Teresa 
25 de Julho de 2019
Fotos:Ingrid Rebouças e Louro Teles

Fundação da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço na Festa de 10 Anos do Cariri Cangaço


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Um dos momentos marcantes da Programação Oficial do Cariri Cangaço 10 Anos, foi o lançamento da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço. O momento histórico aconteceu na noite do dia 25 de julho de 2019 no auditório do Hotel Lagoa Lazer, hotel oficial do Cariri Cangaço 10 Anos na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará.
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As palavras de boas vindas aos acadêmicos fundadores coube ao presidente da recém criada academia, pesquisador e escritor sergipano Archimedes Marques, que apresentou a primeira diretoria como também os principais pontos do estatuto do sodalício
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 Archimedes Marques, Presidente da recém criada ABLAC
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A ABLAC apresentou como acadêmicos fundadores representantes de oito estados da federação, sendo o estado de Pernambuco com 6 membros: Ana Lucia Granja de Souza, Luiz Ruben F. de A. Bonfim, Antônio Vilela de Souza, Euclides José de Almeida Junior, Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho e Lourinaldo Teles Pereira Lima, Sergipe com 5 membros: Archimedes José Melo Marques, Elane Lima Marques, Raul Meneleu Vasconcelos, Osvaldo Abreu e Rangel Alves Costa.
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Se seguem os estados do Ceará também com 5 componentes: Aderbal Simões Nogueira, Ângelo Osmiro Barreto, Juliana Pereira, Manoel Severo Gurgel Barbosa e Severino Neto de Souza, Bahia com 4 integrantes: Gilmar Teixeira Santos, João de Sousa Lima, José Bezerra Lima Irmão e Voldi Ribeiro, Paraíba com 3 - Bismarck Martins de Oliveira, Jorge Remígio e Narciso Aparecido Dias, o estado do Rio Grande do Norte com 2 membros: Ivanildo Alves da Silveira e Francisco Honório de Medeiros Filho, o estado de São Paulo com 1, José Sabino Bassetti como também o estado do Piauí com 1:Leandro Cardoso Fernandes.


RESUMO DA ATA DE FUNDAÇÃO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO – ABLAC




Aos vinte e cinco dias do mês de julho do ano de dois mil de dezenove (27/07/2019), na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, fazendo parte da programação oficial do evento Cariri Cangaço 10 anos, fora fundada a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO – ABLAC – cuja regularização e legalização se dará na cidade de Aracaju-SE. Inicialmente o proponente da criação da Academia, historiador ARCHIMEDES JOSE MELO MARQUES, solicitou da plateia que se respeitasse um minuto de silêncio em respeito ao recente falecimento do historiador DANIEL WALKER, que convidado e radiante de alegria seria um dos membros desta Academia. Em seguida explicou a motivação e os objetivos de tão importante instituição, dizendo inclusive que a ideia inicial da sua criação ocorreu há anos atrás, por intermédio do historiador PAULO MEDEIROS GASTÃO, então Presidente da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço), ideia essa que infelizmente não vingou, entretanto agora é o seu sonho transformado em realidade, sendo este o motivo principal da escolha deste grande historiador como PATRONO OFICIAL e IMUTÁVEL da Academia, escolha essa confirmada por unanimidade dos seus membros. Dando continuidade aos trabalhos deliberou-se por ACLAMAÇÃO absoluta de votos dos membros Acadêmicos Fundadores a sua primeira Diretoria, a saber: Presidente: Archimedes José Melo Marques; Vice-presidente: Aderbal Simões Nogueira; Secretária-geral: Elane Lima Marques; Tesoureiro: Raul Meneleu Vasconcelos; Diretor de Propagação Cultural e Artística: João Paulo Araújo de Carvalho; Diretor Técnico: Ivanildo Alves da Silveira. Cuja Diretoria conduzirá os destinos da Academia por quatro anos. Deliberou-se que a Academia concederá periodicamente os Diplomas “CANTIL PRATEADO” e “CANTIL DOURADO”, partilhados individualmente ou alternadamente, os quais passam a ser as suas mais altas Comendas, entregues periodicamente somente aos membros de qualquer categoria da Academia, que se tenham distinguido em atividades literárias, científicas, artísticas em geral, pesquisas ou culturais a eles afeitas ou incumbidas, ocorridos antes ou depois da sua fundação. Deliberou-se que a Academia concederá periodicamente os Prêmios “PAULO MEDEIROS GASTÃO” e “ALCINO ALVES COSTA”, partilhados individualmente, os quais passam a ser as Láureas Oficiais da instituição, destinados a escritores, poetas, artistas plásticos em geral, cineastas, teatrólogos e musicistas que estejam relacionados aos temas específicos desta entidade, ofertados as pessoas em geral que se destaquem, inclusive aos seus próprios membros, ocorridos antes ou depois da sua fundação. Deliberou-se que os Patronos das Cadeiras individuais dos membros ACADEMICOS FUNDADORES, da categoria ACADEMICO TITULAR serão os seguintes: Archimedes José Melo Marques (Patrono: Felipe Borges de Castro), Elane Lima Marques (Patrono: Ilda Ribeiro de Souza – Sila), Aderbal Simões Nogueira (Patrono: Benjamim Abrahão Botto), Ana Lucia Granja de Souza (Patrono: João Gomes de Lira), Angelo Osmiro Barreto (Patrono Gustavo Barroso), Antonio Vilela de Souza (Patrono: José Domingos de Morais – Dominguinhos), Bismarck Martins de Oliveira (Patrono: José Lins do Rego), Euclides Jose de Almeida Junior – Junior Almeida (Patrono: Rui Facó), Francisco Honorio de Medeiros Filho (Patrono: Raimundo Nonato da Silva), Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho (Patrono: Optato Gueiros), Gilmar Teixeira Santos (Patrono: Tadeu Rocha), Ivanildo Alves da Silveira ( Patrono: Joaryvar Macedo), João de Sousa Lima (Patrono: Rogaciano Leite), José Bezerra Lima Irmão (Patrono: Ranulfo Prata), Jorge Farias Remigio (Patrono: Jorge Amado), José Sabino Bassetti (Patrono: Euclides da Cunha), Juliana Pereira (Patrono: Melquiades Rocha), Leandro Cardoso Fernandes (Patrono: Willian Palha Dias), Luiz Ruben F. de A. Bonfim (Patrono: Ariano Suassuna), Manoel Severo Gurgel Barbosa (Patrono: Jonas Luiz da Silva, de Icapuí), Narciso Aparecido Dias (Patrono: Silvio Romero), Osvaldo Abreu Mendes (Patrono: Leandro Gomes de Barros), Rangel Alves da Costa (Patrono: Alcino Alves Costa), Raul Meneleu Vasconcelos (Patrono: Câmara Cascudo), Severino Neto de Souza – Souza Neto (Patrono: Floro Bartolomeu da Costa), Voldi Ribeiro (Patrono: Delmiro Augusto da Cruz Gouveia), Lourinaldo Teles Pereira Lima (Patrono: Manoel Cavalcanti de Souza – Neco de Pautília). Deliberou-se que os temas centrais da Academia serão: o cangaço em todas as suas ramificações e os sertões em todas as suas ramificações, a exemplo do Messianismo, Misticismo, Coluna Prestes, Canudos, Quilombos, as revoltas Praieira, Balaiada, Cabanagem e Quebra-Quilos, personagens como Padre Cícero, Delmiro Gouveia, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro dentre outros que compõem a raiz da verdadeira História do nosso Nordeste, Música Popular Nordestina, enfim, tudo aquilo que for ligado ao sofrido, mas inteligente sertanejo, excetuando as manifestações políticas atuais e vindouras que fogem do nosso propósito. Após, finalizadas as questões da pauta, o membro Acadêmico Fundador, então Presidente aclamado, ARCHIMEDES JOSE MELO MARQUES, entregou a primeira Comenda da ABLAC, uma estatueta da sua autoria, representando o grande forrozeiro JOSÉ DOMINGOS DE MORAIS (DOMINGUINHOS) ao colega Membro Acadêmico Titular ANTÔNIO VILELA DE SOUZA que agradeceu a honraria emocionadamente. Após a distribuição de souvenirs pela Secretária-Geral Elane Lima Marques, fora por todos brindado com champagne a fundação da ABLAC, cujos objetivos iniciais serão: a) Promover o estudo, a pesquisa e a divulgação dos temas centrais, abrangendo as áreas da literatura, da música, da cultura, das artes plásticas e artes cênicas; b) Incentivar os escritores e demais artistas nos seus respectivos trabalhos relacionados aos temas centrais da instituição; c) Estimular os novos talentos nestas mesmas vertentes; d) Valorizar e preservar as diversas culturas regionais presentes em nosso Brasil, em especial em nosso Nordeste; e) Estimular as diversas manifestações literais e artístico-culturais, observadas a liberdade de expressão e a criação popular; f) Discutir e programar ações conjuntas nas diversas áreas de ação cultural; g) Estabelecer políticas de obtenção de recursos junto a instituições públicas e privadas; h) Promover periodicamente encontros, simpósios, palestras, seminários, debates e outros eventos similares nos âmbitos Regional, Estadual e Municipal, sobre temas contemporâneos das suas áreas e pertinentes aos objetivos gerais da entidade; i) Estabelecer intercâmbio com órgãos públicos federais, estaduais e municipais ou mesmo privados vinculados à Cultura, Literatura e as Artes; j) Reivindicar o aperfeiçoamento do direito, das instituições e das ações governamentais com respeito ao amparo e à igualdade dos escritores e artistas. k) Filiar-se a entidades congêneres que atuem nos planos regional, estadual, nacional e até internacional; l) Homenagear nas pessoas dos seus atuais familiares, os historiadores que deixaram os seus legados na Cultura pertinente aos temas centrais dessa instituição; m) Homenagear nas pessoas dos seus atuais familiares os remanescentes das guerras do Cangaço especificados no Regimento Interno da instituição; n) Aglutinar, através dos seus membros e colaboradores, o pensamento criativo, a fim de que, fortemente representado, ganhe em difusão e implementação à elevação dos temas centrais da Academia, para uma melhor divulgação à nível nacional e internacional.

Cariri Cangaço 10 Anos
Lançamento da ABLAC
Hotel Lagoa Lazer, Juazeiro do Norte-CE
25 de Julho de 2019

O Tiro que Matou Lampião na Festa dos 10 Anos de Cariri Cangaço

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A segunda noite de Cariri Cangaço 10 Anos marcou também um dos mais eletrizantes debates acerca dos eternos "Mentiras e Mistérios de Angico" como dizia o Mestre Alcino Alves Costa. Com apresentação do Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e colecionador potiguar, Ivanildo Silveira e uma mesa qualificada que contou ainda com os Conselheiros Cariri Cangaço, Leandro Cardoso e Aderbal Nogueira, além do pesquisador e escritor Sabino Bassetti, mais uma vez a comunidade de pesquisadores se debruçou sobre um dos mais polêmicos e debatidos episódios da historiografia do cangaço.

Acompanhe na íntegra a Conferência de 
Ivanildo Silveira em Juazeiro do Norte

Fonte: You Tube , canal Aderbal Nogueira

Ivanildo Silveira comandou a noite de Conferência e Debates 
sobre o "Tiro que matou Lampião"

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Por mais de uma hora os convidados do Cariri Cangaço 10 Anos que estiveram no auditório do Hotel Lagoa Lazer em Juazeiro do Norte puderam mais uma vez aprofundar o debate sobre as principais polêmicas que cercam o episódio mais comentado da historiografia do cangaço com destaque para o ponto específico do autor e das circunstâncias do tiro que acabou com a vida do rei dos cangaceiros.

 
 
Uma platéia formada por alguns dos mais destacados pesquisadores da temática cangaço, no Brasil, estiveram presentes a Conferência sobre o "tiro que matou lampião" dentro da programação do Cariri Cangaço 10 Anos.
Manoel Severo, Ivanildo Silveira, Aderbal Nogueira, Leandro Cardoso, 
Sabino Bassetti e João de Sousa Lima

Cariri Cangaço 10 Anos
Conferência e Debate: O Tiro que Matou Lampião
Hotel Lagoa Lazer, Juazeiro do Norte-CE
25 de Julho de 2019

Cariri Cangaço 10 Anos Chega em Grande Estilo a Lavras da Mangabeira

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Lavras da Mangabeira é um município encantador. Encravado na região sul do estado do Ceará, um dos grandes do Vale do Rio Salgado, acolheu ainda em 2013 a primeira Avante Première do Cariri Cangaço, iniciando uma jornada que levaria a marca Cariri Cangaço para mais cinco estados da federação além do Ceará. Hoje Lavras da Mangabeira recebe em festa os 10 Anos do Cariri Cangaço com uma programação inédita e dinâmica, resgatando um dos episódios pouco estudados da refrega lampiônica no Ceara: A passagem do bando de Lampião pelas terras dos Augusto em 1927, Fazenda São Domingos.
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Conselheira Cariri Cangaço, Cristina Couto, anfitriã em Lavras da Mangabeira 
José Tavares, Arnaldo Nogueira, Manoel Severo, Valdir Nogueira, Herton e Fatima Cabral
José Tavares, Sabino Bassetti, Professor Pereira e Richard Pereira
Dona Ângela
Ivanildo Silveira, Valdir Nogueira, Cicero Aguiar, Jose Irari, Urbano Silva, José Tavares, 
Gilmar Teixeira e Manoel Severo
Ingrid Rebouças e Zilda Lima
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"Depois de Percorremos de Juazeiro do Norte a Lavras da Mangabeira pela BR 230, continuamos nela por mais alguns quilômetros e entramos numa estrada vicinal onde rodamos mais um longo trecho, em busca da Estrada Real, hoje intransitável, com seus marcos de concreto, até pararmos e descermos das vans para percorremos um trecho de uns dois quilômetros dentro da caatinga até o local que Lampião, cerca de 30 cangaceiros e mais 3 reféns capturados pelos bandidos para pedirem resgate, acamparam. Os bandidos vinham fugindo do combate à cidade de Mossoró onde foram escorraçados pelos bravos moradores comandados por seu Prefeito, Rodolfo Fernandes. Os coronéis de Lavras da Mangabeira, considerada a 2ª cidade a ter mais coronéis no ano de 1927 no Ceará, juntos empreenderam uma caçada a Lampião que fugiu novamente." Conselheiro Raul Meneleu sobre a chegada da Caravana Cariri Cangaço 10 Anos à Fazenda São Domingos.
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A espetacular Caranava Cairi Cangaço 10 Anos chega a Fazenda São Domingos
 Nivaldo Pereira, Manoel Belarmino e Dra Amelia Cardoso
Comendador Mariano, Emmanuel Arruda e Ana Lucia
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 A caatinga brava da fazenda São Domingos recebe o Cariri Cangaço
Louro Teles

Veja na íntegra a apresentação do pesquisador e escritor João Tavares Calixto Junior, Conselheiro Cariri Cangaço, na Fazenda São Domingos
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Fonte: YouTube, Canal Raul Meneleu
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Lavras da Mangabeira, Sede do Cariri Cangaço 10 Anos...
"20 de maio de 1816, quando o povoamento de São Vicente Ferrer das Lavras desmembrou-se da Vila do Icó, através da Carta Régia e o Alvará de Funcionamento, assinada, pelo então, Príncipe Regente Dom João VI, com um vasto território que compreendia os povoamentos de São Caetano, hoje, Várzea Alegre, Umary e A Venda, atual, Aurora possuía uma vida econômica, social e cultural latente, atraindo para si a fama de Município próspero até o seu centenário, em 20 de maio de 1916, Lavras era o Município mais afortunado do Cariri. Muitos migraram para estas terras em busca de uma vida melhor. Naquele começo de século tudo acontecia nas terras de São Vicente das Lavras. Começando com a construção da estrada de ferro que ligava o Cariri a capital cearense. Durante anos na estação de Lavras desembarcavam passageiros e cargas, e depois, seguiam em lombos de animais para seus destinos. O Município crescia em tamanho, grandeza e intelectualidade."
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Conselheiro Cariri Cangaço Calixto Junior e a apresentação aos presentes do episodio da Fazenda São Domingos
Manoel Severo agradece a Lavras da Mangabeira
Seu José e fragmentos da passagem de Lampião em 1927 
Raimundinho Augusto e os acontecimentos que envolveram seus ancestrais
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Estacionamos na Estrada Real, uma das mais proeminentes vias da região no idos do final do século XIX para o inicio do século XX. Percorridos cerca de 2 km caatinga à dentro, a partir do marco principal da outrora estrada real o Cariri Cangaço estacionou na conhecida "curva do S" local onde se deu a refrega entre Lampião e os homens do coronel Raimundo Augusto em 1927, episódio apresentado aos presentes pelo Conselheiro Cariri Cangaço Calixto Junior e ainda Raimundinho Augusto e senhor José.

Bismarck Oliveira, Narciso Dias, Juliana Pereira e Emmanuel Arruda
A isso chamo Cariri Cangaço
Medeiros, Junior Almeida, Jose Tavares e Richard Pereira
Josué Santana, Jose Irari e Jair Tavares

"O Cariri Cangaço é indescritível um elo que vai além da pesquisa, transborda em amizades. Esse extravasamento é contínuo, alargando o rio da fraternidade. São pesquisadores, escritores extraordinários, não, apenas pelo suas produções literárias, mas, pelos seus carismas. Forte abraço e parabéns a todos" pesquisador Gurgel Feitosa de Juazeiro do Norte.

Conselheiro Cariri Cangaço, Ângelo Osmiro
Manoel Severo, Valdir Nogueira, Manoel Serafim, Gurgel Feitosa e De Assis
José e Quirino Silva
Ingrid Rebouças e Luiz Forro

Andei na Curva do S
Pisando na Estrada Real
Sob a caatinga coberta
Do antigo tempo ancestral.

Dos coronéis, chão batido,
E onde pisou Lampião
Em rebuliço, em campo,
Por este imenso sertão.

Oh terras do São Domingos
Das Lavras da Mangabeira
Da Dona Fideralina,
Valente mulher guerreira!
Manoel Belarmino, Conselheiro Cariri Cangaço

Rosane e Geraldo Ferraz...
Sabino Bassetti, Ivanildo Silveira...
 Carlos Alberto Silva, Jorge Remigio e Urbano Silva...
Voldi Ribeiro, Bismarck Oliveira e Luiz Ruben 
Vilela, Ana Lucia Souza... 
Luciano Costa 
Tereza Rachel, Calixto Junior e Joao Andrade
Marco da Estrada Real

Cariri Cangaço 10 Anos
Passagem de Lampião pela Fazenda São Domingos
26 de Julho de 2019, Lavras da Mangabeira

Coronel Gustavo Augusto Lima e Fazenda Pau Amarelo no Cariri Cangaço 10 Anos - Lavras da Mangabeira


O segundo momento da programação Cariri Cangaço 10 Anos em Lavras da Mangabeira nos proporcionou um visita histórica e única à Fazenda Pau Amarelo, berço de um dos mais proeminentes membros do Clã dos Augustos, filho de Dona Fideralina, o poderoso Coronel Gustavo Augusto Lima. A propriedade, hoje pertencente aos descendentes nos anfitrionou com o casal; Dr Franklin e dona Telma, o ex-prefeito Gustavo Augusto Bisneto, a escritora Rejane Augusto , dentre outros ilustres familiares desse que sem dúvidas foi um dos maiores coronéis de barranco do Ceará.
"Gustavo Augusto Lima, é nascido em 23 de agosto de 1861 no seio de uma das mais importantes famílias do Cariri. Filho, neto e bisneto de coronéis, teve desde a mais tenra idade convivência com a cultura do poder e as relações entre os latifundiários e seus cabras e escravos. Não se conhecem relatos nesse sentido, mas é quase certo que na sua infância de menino de engenho nos campos do sítio Tatu, símbolo dos domínios de sua mãe, teve muitas oportunidades de brincar no lombo dos escravos e subjugar os cabras da propriedade, numa relação que embora não o sendo de fato, era bem próxima à servidão medieval. Uma das características mais marcantes da educação que recebeu de sua mãe, dona Fideralina Augusto Lima, foi o esmero pela instrução formal. Dizia a matriarca do clã dos Augustos que a próxima geração exerceria o poder a partir da força da caneta, não do bacamarte, como era na sua própria época, de sorte a que teve especial zelo com a educação dos seus filhos e netos (COUTO, 2018).
Dr Franklin e Manoel Severo
 Vilela, Zé Tavares, Jose Irari,Jair Tavares, Manoel Serafim, 
Divonildo Sobreira e Archimedes Marques
 José Carlos Nascimento
Archimedes Marques, Urbano Silva, Gilmar Teixeira e Tereza Rachel
Rossi Magne, Erasmo Teixeira e José
Neli Conceição e Rejane Augusto
Jorge Remígio e Valdir Nogueira

A programação constava de um banquete sertanejo servido aos convidados do Cariri Cangaço na própria Casa Grande da Fazenda Pau Amarelo, seguida de recepção que nos transportou no tempo e no espaço quando ali e nas terras do Tatu; boa parte da politica e dos destinos da toda região eram traçados pelo poderoso clã dos Augusto. A Conselheira Cariri Cangaço e presidente da Academia Lavrense de Letras, Cristina Couto ressaltou a importância do momento: "Desta vez resolvemos fazer uma programação em Lavras que pudesse resgatar essa figura lendária do coronel Gustavo, filho de Fideralina, então trouxemos o episódio da Fazenda São Domingos e agora essa espetacular visita a Fazenda Pau Amarelo com a Conferência do pesquisador Jorge Emicles".


Calixto Junior, Dr Tavinho e Manoel Severo
Vilela, Zé Tavares, Richard Pereira, Sabino Bassetti, Cicero Aguiar, Irari e Jair Tavares
 Arnaldo Nogueira e Lorena Hybis
Rossi Magne e Sulamita Buriti
Manoel Belarmino, Cicero Aguiar, Zé Tavares, Raimundinho Augusto, Tiago Augusto, Calixto Júnior, De Assis e Divonildo Sobreira

Logo após o almoço os convidados participaram de uma Conferência com o pesquisador, escritor e membro do Instituto Cultural do Cariri, Jorge Emicles, sobre a vida e o legado do Coronel Gustavo Augusto Lima. Por mais de uma hora a caravana Cariri Cangaço 10 Anos pôde aprofundar seus conhecimentos sobre o mais destacado filho da matriarca mais famosa do sertão cearense.

"O Coronel Gustavo não era o primogênito de dona Fideralina, mas o seu quinto rebento. De início não foi preparado para assumir a chefia do clã, lugar antes destacado para seu irmão mais velho, Honório, contra quem haveria de protagonizar um dos mais peculiares episódios do coronelismo caririense. Mesmo assim, foi enviado para estudar no tradicional Colégio do Padre Inácio de Souza Rolim, em Cajazeiras, onde também estudaram José Marrocos e o próprio padre Cícero Romão Batista.Mas a sua vocação era para a política, o que bem cedo o levou ao protagonismo de famosa rixa com seu irmão mais velho." Pesquisador JORGE EMICLES...


 Dona Telma e Dr Franklin, Manoel Severo e Ingrid Rebouças
 Familia Augusto recebe o Cariri Cangaço 10 Anos
Ângelo Osmiro, Rejane Augusto, Dr Tavinho e Fátima Lemos 

"Antes mesmo de tomar as rédeas do poder em Lavras da Mangabeira, exerceu vários cargos de honor, naturalmente sempre através das firmes mãos de sua matriarca. Antes de 1907 já havia exercido o cargo de coletor das rendas provinciais, membro do Conselho da Intendência Municipal e já ostentava a patente de coronel da Primeira Companhia do Batalhão da Guarda Municipal. Foi em 26 de novembro de 1907 (MACEDO, 2017) que se deu o episódio, de longe, mais marcante de sua vida, que iria definir seu destino no mandonismo local, mas também na sua própria desgraça. Também é evento profundamente marcante na vida de dona Fideralina, cujas consequências retumbaram até a hora de sua morte. Pode-se dizer também que o passamento mesmo do coronel Gustavo, quase vinte anos depois, foi inevitável desdobramento desse terrível episódio de relevância política, sem dúvidas, mas sobremaneira marcante para todo o clã dos Augustos." Pesquisador JORGE EMICLES...

 Ingrid Rebouças
Voldi Ribeiro e Louro Teles
Manoel Serafim, Edvaldo Feitosa, Carla Mota e Zilda Lima
Cecília do Acordeon e Lisbela Pandini
Ivanildo Silveira, Ângelo Osmiro e Sabino Bassetti
Dr Franklin, Nivaldo e Fátima Pereira

"Era tão poderoso o mandonismo exercido pela tradição da família AUGUSTO, que somente outro membro dela poderia desafiar as ordens da matrona. Ou pelo menos tentar. Foi exatamente o que fez o filho Honório Correia Lima, cuja descendência desboca no atual prefeito da capital do Ceará, Roberto Cláudio. Foi Honório o primeiro a dissentir da orientação política da mãe e por esforços próprios chegou a galgar a posição de líder do Partido Governista em Lavras. Dona Fideralina, contudo, não admitia que ninguém brilhasse mais que ela mesma, o que a levou a tomar sérias providências. Após firme recusa do filho em ceder o lugar conquistado, resolveu toma-lo pelas armas. Valendo-se de seus destemidos cabras e sob a liderança de Gustavo, fez apear do poder não somente do partido, como da própria Intendência Honório. Foi o momento áureo da ascensão definitiva de Gustavo ao poder local, posto que foi no lugar do irmão. Uma das histórias mais replicadas da velha Fideralina remonta exatamente a essa ocasião quando, ainda no alpendre do sítio Tatu, dirigiu aos cabras liderados por Gustavo a sentença de que “aquele que derramasse o sangue de Torto morreria” (MACEDO, 2017). Torto era o epíteto de Honório.Dali em diante a família nunca mais se reunificaria, replicando aquela rusga original em vários outros episódios, que ao termo conduziram à própria morte de Gustavo." Pesquisador JORGE EMICLES...

O pesquisador de João Pessoa, membro do GPEC, Jorge Remígio; Conselheiro Cariri Cangaço; reforça: "Sem dúvidas o Cariri Cangaço 10 Anos é o maior Seminário da Cultura Sertaneja: Cangaço, Messianismo, Coronelismo, Religiosidade, Musica, Artes e uma confraternização das amizades conquistadas ao longo dessa grande caminhada, 2009 a 2019,espetacular!" Já a pesquisador e historiadora Ana Lucia Souza, de Petrolina; Conselheira Cariri Cangaço; confirma:"Quero aqui agradecer a maravilhosa acolhida nesses dias que passamos juntos em mais um Cariri Cangaço de muito sucesso. A Severo e Ingrid, essas pessoas que amo muito e aos amigos que participaram, o meu muito obrigada e que Deus sempre nos abençoe em todas as caminhadas e passos que teremos que fazer em nossa trajetória de vida. Parabéns a todos"

 Pedro Lucas e Antônio Feitosa
Sabino Bassetti e Dra Amelia Cardoso
Comendador Mariano
Dr Herton Cabral, José Irari e Zé Tavares
 
Raul Meneleu, Ivanildo Silveira, Luiz Ruben, Elane e Archimedes Marques

"Grato por ter participado desse evento do Cariri Cangaço 10 Anos, no Cariri cearense, pois, teve destaque: coletividade, formação, informação, turismo, cenários, organização, etc., que, contribuiu para solidificar a identidade do povo do Sertão nordestino, que maravilha!" observa o pesquisador da capital potiguar, Carlos Alberto Silva. Já o pesquisador e escritor Gilmar Teixeira de Paulo Afonso, assevera: "O Cariri Cangaço proporciona alegria e amizades verdadeiras e duradouras, abraços a todos aqueles que fazem parte da família Cariri Cangaço."

"Tanto Honório quanto seu irmão Gustavo eram casados com duas primas legítimas, ambas filhas de uma irmã de Fideralina, Dulcéria Augusto de Oliveira, conhecia por Pombinha. Naquele episódio, Pombinha tomou as dores de Honório, tendo se arregimentado a ele na indignação pela desfeita de Fideralina. Daí nasce a inimizade e oposição perpétua levada a cabo pelas irmãs até o final de suas vidas. Consta que já no leito de morte, Fideralina chamou a irmã para proceder às pazes, ao que Pombinha retrucou que não iria, que se fosse para perdoar, faria isso à distância mesmo (MACEDO, 2017). Uma vez que Honório se retirou para Fortaleza (jamais tendo retornado a Lavras), a liderança da oposição coube a Pombinha.Outra cena folclórica, também decorrente desse episódio, se deu quando, a partir da queda da oligarquia de Nogueira Accioly, começaram a ser nomeados os novos Intendes municipais adversários dos coronéis. A indicação para a Intendência de Lavras teve o patrocínio de Pombinha (tendo recaído na pessoa de seu genro, conhecido por Zé Burrego), que em cumprimento a promessa atravessou todo o largo da Matriz da cidade de joelhos, indo assim até o altar, em louvor pela graça alcançada, que era a aparente derrocada política e sua irmã (MACEDO, 1990). Mas aquele foi apenas um hiato passageiro do poderio absoluto de dona Fideralina, seu filho Gustavo e a horda de cabras que lhes garantia o mandonismo."Pesquisador JORGE EMICLES...

Fonte: YouTube, Canal Raul Meneleu

Manoel Severo e as boas vindas aos participantes 
Dr Gustavo Augusto Lima Bisneto e a honra de receber o Cariri Cangaço 10 Anos 


Valdir Nogueira, Medeiros, Richard Pereira, Cicero Aguiar e Gilmar Teixeira

Com a palavra doutor Gustavo Augusto Lima Bisneto:"Estivemos desde o primeiro momento do Cariri Cangaço em Lavras, ainda em 2013, ao lado dessa grande e importantíssima iniciativa. Quero dizer da honra de nossa família Augusto em receber mais uma vez o meu querido amigo Manoel Severo e todos os pesquisadores do Cariri Cangaço, de todo o Brasil, e parabenizar a esta grande presidente da Academia Lavrense de Letras Cristina Couto, hoje é um dia muito especial para todos nós".

"No Cariri cearense, o fenômeno do coronelismo teve cores bem marcantes e violentas. Enquanto no âmbito nacional vigia a Velha República, no plano estadual foi o tempo do reinado despótico de Nogueira Accioly, que ganhou nas armas e nos cabras dos coronéis locais uma de suas forças mais consideráveis. Embora as fraudes eleitorais garantissem a vitória da situação em todo os pleitos, o poder nesse rincão era tomado a bala. A lei e a ordem prometidos pela autoridade maior da oligarquia Accioly de quase nada valiam. Para ascender ou se manter no poder era imprescindível o fogo do bacamarte e a força dos cabras, arregimentados entre os trabalhadores braçais dos coronéis ou alugados quando era necessário fortalecer o regimento.

Nesse período, houve alteração no mando dos coronéis em quase todas as cidades caririenses. Sempre arregimentados pelo poder da bala, os inimigos simplesmente cercavam, dominavam o opositor e o depunham. Não houve um único caso de reação por parte do poder do Estado. A postura do comendador Nogueira Accioly sempre foi a de consagrar na Intendência municipal o coronel vencedor do embate (MACEDO, 1990). Assim caiu o coronel Belém, em Crato, Neco Ribeiro em Barbalha e Antonio Roseo em Missão Velha. Um dos episódios mais marcados pela violência foi a chamada questão de 8 (porque ocorrido no ano de 1908), em Aurora, que antes da deposição do poder local do coronel Totonho Leite, deu azo à terrível chacina do Taveira, uma emboscada a mando do coronel Totonho e com a participação de homens do governo do Estado, que resistida, levou ao poder outra famosa matrona caririense, dona Marica Macedo, ou Marica do Tipi (MACEDO, 1990)." Pesquisador JORGE EMICLES...

Jorge Emicles, Louro Teles e Manoel Severo
Conferencista Jorge Emicles trouxe a vida do Coronel Gustavo Augusto Lima 

VEJA NA ÍNTEGRA A CONFERENCIA DE JORGE EMICLES, IMAGENS 
DE RAUL MENELEU

Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu
Jorge Emicles


"Esse derradeiro episódio teve reflexos indiretos no acontecimento de 1910 em Lavras da Mangabeira, onde no curso da sequência de levantes do poder local, também tentaram apear do poder o coronel Gustavo Augusto. O acontecido teve vez em oito de abril de 1910, quando aproximadamente cento e cinquenta cabras, liderados por Quinco Vasques (Joaquim Vasques Landim), proveniente da serra de São Pedro (hoje Caririaçu), tomou as ruas de Lavras e apeio fogo de bacamarte contra a residência do coronel Gustavo Augusto Lima, que avisado com antecedência do ataque, havia arregimentado seu pessoal, o que possibilitou que resistisse com sucesso. Esgotada a munição do agressor, forçado foi a bater em retirada. CALIXTO JÚNIOR (2017) em obra específica sobre esse acontecimento não consegue identificar as razões precisas que teria Quinco Vasques para entregar-se a tão perigosa empreitada. Aduz, contudo, que “foi atribuída pelo Pe. Alencar Peixoto a responsabilidade do ataque a Lavras (...) aos mandões do Crato” (CALIXTO JÚNIOR, 2017, p. 55). Também em outra passagem do mesmo trabalho, conclui ter havido algum tipo de atrito entre Gustavo e Vasques desconhecido, contudo, das fontes históricas." Pesquisador JORGE EMICLES...

Jorge Emicles, Manoel Severo e Cristina Couto
 Júnior Almeida
 Raimundinho e Tiago Augusto, Lisbela Pandini
Ivanildo Silveira, Gilmar Teixeira, Luiz Forró e Antonio Vilela
 Jorge Emicles
 Caravana Cariri Cangaço 10 Anos na Fazenda Pau Amarelo
"Do inquérito que foi instaurado para apurar tal ocorrido, o próprio Quinco Vasques confessa que ao cabo de sua missão deveria entregar a intendência a José Augusto de Oliveira, o Zé Burrego, por sua vez filho de Pombinha e cunhado do coronel Gustavo. Também, antes de invadir a vila de Lavras, Vasques pernoitou na propriedade do major Eusébio Tomás de Aquino, primo de Gustavo. Já na urbe, invadiram a casa do irmão de Gustavo, coronel Francisco Augusto Correia Lima. Apesar do parentesco com a vítima do ataque, ambas as personagens eram seus inimigos políticos, partidários da dissidente Pombinha (MACEDO, 1990). Por sua vez, há evidências de que os derrotados de oito, em Aurora, intentavam fortalecer sua posição através da nova Intendência de Lavras, o que facilitaria a retomada de seu poder em Aurora. Conforme vaticina MACEDO (1990, p. 122), é preciso se considerar “as profundas vinculações de parentesco e amizade de José Augusto de Oliveira, ou seja, José Borrego, e José Leite de Oliveira com os Leites e Gonçalves de Aurora, os quais (...) haviam sido escorraçados, com seu chefe, o coronel Antônio Leite Teixeira, vulgo, Totonho Leite. Portanto, o ataque era claramente uma tentativa de substituir o poder de um coronel por outro, dessa feita com peculiaridade de serem os pretensos depositor e deposto membros da mesma família. Claro revide à deposição anos antes do coronel Honório. Só que dessa vez, foi vencedora a resistência, no único episódio no Cariri de manutenção do mesmo potentado após os ataques dos inimigos." Pesquisador JORGE EMICLES...

A recepção da família Augusto ao Cariri Cangaço 10 Anos, viria a marcar um dos momentos mais importantes de programação que celebrava essa grande história sertaneja. A partir das fazenda do Tatu; visitada pelo Cariri Cangaço em duas outras edições; e da fazenda Pau Amarelo, muitos dos principais episódios que envolveram o mandonismo local na época do bacamarte foram planejados e perpetuaram ao longo dos tempos, tempos em que a tradição e a força do Clã de Dona Fideralina era  a própria lei.
 Emerson Monteiro, Manoel Severo e Angelim de Icó
Juliana Pereira e Emerson Monteiro
Vamos recorrer ao grande pesquisador e escritor Emerson Monteiro para nos trazer mais episódios da Saga dos Augustos: "Por volta das 12h do dia 09 de janeiro de 1922, se registrara em Lavras da Mangabeira, no pleno centro da cidade, uma luta armada que redundaria na morte de Simplício Augusto Leite, José Leite Filho e do major Eusébio Tomás de Aquino, restando ferido o prefeito municipal coronel Raimundo Augusto Lima. Essa data vincou a tradição do lugar como o dia do barulho, pela monstruosidade e repercussão que produziu na política cearense, vistos os detalhes a seguir consignados. Eram as primeiras décadas do século XX e nas comunas do Nordeste interior famílias de senhores feudais detinham o poderio de mando, arrebanhando tropas de cabras armados de rifles, mosquetões, bacamartes e fuzis, impondo, à força bruta, seus domínios. Em Lavras, as coisas não se dariam de outro modo. A hegemonia política da localidade coubera a dona Fideralina Augusto Lima, que mandara e desmandara, no sabor de seus humores, até sua morte em 1919, cuja herança contemplou, sobretudo, aos filhos, genros e outros parentes próximos.
O prefeito Raimundo Augusto Lima, neto da matriarca, no dia aziago, instigado pela agressividade de um irmão, Gentil, viu-se face a face com os mentores principais da facção rival, de armas em punho. Por pouco escapou de ser fulminado de morte nas escaramuças, recebendo balaço de raspão no curso das costas ao crânio, em disparo de rifle, depois de negacear o corpo ao contato do cano da arma adversária. Dentre outros que participaram do tiroteio figuravam Anselmo, Dori e Luiz Teixeira Férrer, vulgo Lela, este que depois contrairia núpcias com Maria, filha de Gustavo Augusto e viúva de José Leite Filho, tombado no conflito. Apesar das perdas em vida registradas, o grande perdedor da refrega, no entanto, seria, a posteriori, o coronel Gustavo Augusto Lima, filho de Fideralina e pai dos dois envolvidos Raimundo e Gentil Augusto, então deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado, ausente da cidade naquele dia sangrento. Devido à morte do major Eusébio Tomás de Aquino, seus filhos Roldão e Raimundo Augusto de Aquino, vulgo Raimundo de Eusébio, juraram vingança ainda sobre o corpo do pai. Escolhido por objeto da vindita, o coronel Gustavo era também o padrinho de batismo de Roldão, um dos filhos de Eusébio. Visto isso, restou a Raimundo o papel de perpetrar o ato premeditado."
Dona Fideralina Augusto Lima
Passados, pois, um ano e dias do ocorrido no centro de Lavras, a 28 de janeiro de 1923, em Fortaleza, na Praça do Ferreira, ocasião em que o coronel Gustavo, ao lado de duas filhas, Luisinha e Maria Luísa, tomava assento no bonde do Outeiro para se deslocar à sua residência na Avenida Dom Manuel, e tombaria vítima de disparos de revólver deflagrados por Raimundo de Eusébio. A data lavraria greve golpe na família Augusto pelas sérias consequências impostas ao mando político, abalo multiplicado logo adiante na história com as ações desarmamentistas da Revolução de 30 e outras providências de dissolução dos feudos estabelecidos desde os primórdios da colonização." Pesquisador e escritor EMERSON MONTEIRO.

Jorge Emicles, Manoel Serafim, Juliana Pereira e Emmanuel Arruda
 Manoel Severo, Dr Tavinho e Sabino Bassetti
 Paulo de Tarso e Rejane Augusto
Calixto Junior, Zé Tavares e Antônio Vilela

Cariri Cangaço 10 Anos
Almoço na Fazenda Pau Amarelo
26 de Julho de 2019, Lavras da Mangabeira

Para Sempre Fideralina... Cariri Cangaço 10 Anos em Lavras!

Calixto Junior, Manoel Severo e Cristina Couto

Existem personagens verdadeiramente marcantes, desses que mesmo que não se deseje, acabamos sempre tendo que nos render e reverenciar sua força. O sertão, terra de gente de raiz, força e fé, nos reserva alguns desses extraordinários personagens e do sertão do Ceará, no Vale do Salgado, surge com uma força incomum a figura lendária de uma mulher; um mulher que contrariou as regras e as leis de seu tempo, uma mulher inigualável que numa época em que ser do sexo feminino era quase não existir ousou ser a governadora do sertão ! Fideralina Augusto Lima, ou simplesmente, dona Fideralina de Lavras, Lavras da Mangabeira.

 Calixto Junior, Fátima Lemos, Cristina Couto, Manoel Severo, Ângelo Osmiro
 Cristina Couto e Fátima Lemos


"Primeira filha de Isabel Rita de São José e do major João Carlos Augusto, antigo deputado à Assembleia Provincial cearense, nasceu Fideralina Augusto Lima em Lavras da Mangabeira (CE), aos 24 de agosto de 1832. Apesar de jamais ter vivido fora do seu município, sua fama de mulher destemida e audaz correu mundos, sendo considerada uma das maiores simbologias do mandonismo e uma das grandes expressões políticas do Ceará e do Nordeste.
Conhecida como figura de destaque do coronelismo, cujo espírito encarnou com a sua armadura de guerreira, Fideralina sempre levou às últimas consequências as vinditas com os seus adversários, ganhando ou perdendo as demandas com as quais se envolveu. Falecida aos 16 de janeiro de 1919, foi casada com o major Ildefonso Correia Lima, e entre os fatos marcantes da sua trajetória podem ser enumerados: a detenção do poder político supremo, em Lavras da Mangabeira, e a derrubada do seu próprio filho, Honório Correia Lima, da chefia da Intendência local.
Senhora de vastos domínios territoriais e de grande vocação para o exercício da política, em Lavras estabeleceu residência em casarão localizado na então Rua Grande, hoje Major Ildefonso, e sua vivenda de campo foi construída no sítio Tatu do mesmo município, ostentando, além da casa-grande, a senzala, a capela e o engenho, símbolos máximos da autonomia do sistema latifundiário. Vastíssima tem sido a crônica histórica a seu respeito, valendo destacar algumas opiniões de abalizados conhecedores da nossa história política, selecionadas entre a complexa bibliografia que regista a sua trajetória. Em torno de sua pessoa disse Antônio Barroso Pontes: “Dona Fideralina, que na sua época dominou toda a região sul do Ceará”. E Joaryvar Macedo: “Mulher forte, Dona Fideralina tornou-se uma das maiores expressões da política cearense do seu tempo”. 
DIMAS MACEDO

O último momento do Cariri Cangaço 10 Anos na acolhedora Lavras da Mangabeira iria marcar o reconhecimento por parte do Conselho Alcino Alves Costa à trajetória dessa extraordinária personagem que durante tanto tempo ditou e marcou os destinos de sua região, "à ferro e fogo" e a partir de Lavras legou uma prole que se destaca em vários segmentos da sociedade ate os dias de hoje.


Mesa solene de abertura

Rossi Magne, Ivanildo Silveira, Nivaldo e Fátima Pereira, Sulamita Buriti
 Elane e Archimedes Marques
Gilmar Teixeira, Luiz Ruben, Ângela, Elane Marques, Rossi Magne, 
Paulo Sérgio e Paulo de Tarso
Banda Municipal Zuza Vasques

Saindo do banquete sertanejo na Fazenda Pau Amarelo a caravana Cariri Cangaço 10 Anos  chegaria a Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira, quando sob a presidência de Cristina Couto; Conselheira Cariri Cangaço e presidente da Academia Lavrense de Letras, inicio-se sessão solene em homenagem aos 10 anos do Cariri Cangaço e o ciclo de descentralização do evento, inaugurado justamente em Lavras da Mangabeira em 2013.

Quirino Silva, Rangel Alves da Costa e Célia Maria

Recepcionados pela Banda de Música Municipal Zuza Vasques, que brindou  todos com "dobrados" sertanejos, trazendo Dominguinhos e Luiz Gonzaga , o plenário do legislativo municipal ainda iria testemunhar uma extraordinária apresentação dos artistas paraibanos, Quirino Silva; Conselheiro Cariri Cangaço e Célia Maria, numa performance inédita da dupla, homenageando o vaqueiro sertanejo.

 Quirino Silva e Célia Maria

Em suas palavras o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, ressaltou a importância de mais uma vez, pela quarta vez; o Cariri Cangaço esta em Lavras da Mangabeira, "foi aqui em Lavras, no ano de 2013, ao lado de Cristina Couto, Dr Tavinho e uma equipe extraordinária, que viria a dá um de seus passos mais ousados, aqui iniciamos a descentralização de nossos eventos, até ali, ocorrendo apenas na região do cariri. A partir daquela nossa experiência de 2013 em Lavras o Cariri Cangaço ganhou o nordeste, configurando-se hoje como uma das mais ousadas iniciativas do gênero e já presente em 24 municípios de 6 estados nordestinos ".

"Assim opinaram Antônio Martins Filho e Raimundo Girão: “Valente espírito feminino a quem muito interessava a política cearense”. Já para Hugo Victor Guimarães foi Dona Fideralina uma “mulher extraordinária como expressão de bravura e coragem” e “uma das mulheres que tiveram maior projeção na vida política do Ceará”.
Para o pesquisador João Alves de Albuquerque, foi Dona Fideralina a “respeitável senhora que durante longos anos dirigiu a política de Lavras, cuja chefia lhe fora arrebatada pela morte, pois, só assim, lhe seria abatido o grande prestígio que sempre desfrutou em sua terra”. O poeta Gentil Augusto Lima, em conferência proferida na Associação de Imprensa da cidade de Campos (RJ), em 1955, assim se manifestou sobre ela: “Mais brava e de muito mais valor do que Bárbara de Alencar, e ainda do que Anita Garibaldi”. Já o historiador Valdery Uchoa afirmou ser Dona Fideralina uma “mulher notável pelo seu destemor e pela sua bravura”. João Clímaco Bezerra, em artigo estampado na revista Manchete (em 1976), buscando um paralelo para Marica Lessa, que inspirou o romance – Dona Guidinha do Poço –, de Oliveira Paiva, assim expressou o seu ponto-de-vista: “uma dessas mulheres que dominaram os sertões no tempo do império e que passaram ao lendário cearense como Dona Fideralina das Lavras da Mangabeira”. O historiador fluminense João Medeiros, em passagem de um dos seus livros, registrou que Dona Fideralina era uma mulher que, pela coragem e atitudes matriarcais, merecia o respeito em toda uma vastidão rural. E argumentou, em seguida: “Daí ser acatada sua palavra nos pronunciamentos políticos da região, pois conseguia ter seus filhos na representação do governo municipal, Assembleia Estadual e Câmara Federal”.E mais, revelou João Medeiros que o Padre Cícero, certa feita, chegou a ponderar que “não se podia escrever a história do Cariri sem se deter  na pessoa dessa digna matrona”.
Rachel de Queiroz

O testemunho mais lúcido sobre Dona Fideralina, no entanto, fica por conta de Rachel de Queiroz, que, em artigo estampado na revista O Cruzeiro, de 07 de agosto de 1976, depois de afirmar que essa destemida matriarca lavrense foi “a mais famosa dona do Nordeste, e a senhora de mais cartaz do seu tempo”, acrescenta que Dona Fideralina “foi uma espécie de rainha sem coroa, foi uma legenda”. Ainda segundo as palavras de Rachel, “Das margens do São Francisco aos seringais do Amazonas a palavra de Dona Fideralina era lei. Sendo de corpo uma fraca mulher como nós todas, tinha, entretanto, uma alma de varão, e como varão era não apenas reconhecida, mas temida”.
E prossegue a autora de O Quinze: “Como toda pessoa que cai no folclore, acontece que a figura de Dona Fideralina foi algumas vezes deformada, envenenada, pois a boca do povo sempre altera o que repete, para o bem e para o mal. E assim, porque Dona Fideralina não tinha medo de ninguém, porque sendo apenas uma mulher, sabia fazer-se respeitada como um coronel de bigodes; porque, num tempo em que o cangaço era a lei única e nem o exército podia direito com um bando de jagunços (exemplo: Canudos, Juazeiro, Princesa), Dona Fideralina também se cercava de cabras armados para a defesa dos seus e da sua casa”.Na fase mais criativa da maturidade, ao publicar a sua obra-prima,Memorial de Maria Moura (São Paulo, Editora Siciliano, 1992), Rachel de Queiroz foi incisiva ao dizer que se tratava de um romance à clef, inspirado na vida de Dona Fideralina Augusto. E mais: chegou a publicar um folheto intitulado: Dona Fideralina das Lavras (Rio, UFRJ, 1990).O Cego Aderaldo, num dos seus poemas em que historia a Revolução de 1914, que derrubou o Governo Franco Rabelo, no Ceará, dá-nos igualmente a dimensão dessa ilustre matrona sertaneja, quando diz: “Goesinho rolou no chão / temendo a bala ferina / mas quando ele conheceu / que ali havia ruína / correu com medo dos cabras / de Dona Fideralina”.DIMAS MACEDO

Voldi Ribeiro e o Nascimento de Maria Bonita

Ainda na programação na Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira, o pesquisador e escritor Voldi Ribeiro lançaria seu mais novo livro: "Lampião e o Nascimento de Maria Bonita" quando estabelece a real data de nascimento da Rainha do Cangaço;  cantada em prosa e verso como sendo 8 de março ; Dia Internacional da Mulher; isso do ano de 1911 . Em 2011 o sociólogo Voldi Ribeiro, depois de incansáveis pesquisas encontrou o registro de nascimento da Maria Déa, era o dia 17 de janeiro de 1910.

Veja a Apresentação de Voldi Ribeiro

Imagens de Raul Meneleu; canal YouTube 
A derradeira parada da caravana Cariri Cangaço foi na emblemática Casa de dona Fideralina Augusto Lima, o lendário casarão logo ali no centro de Lavras da Mangabeira, na esquina que leva o nome de seu falecido marido, Major Ildefonso, a 100 metros da praça da matriz. 

Para a presidente da Academia Lavrense de Letras e Conselheira do Cariri Cangaço, pesquisadora e escritora Cristina Couto: " Lavras da Mangabeira não poderia ficar fora desse grande evento, e, foi a atitude da Academia Lavrense de Letras, a disponibilidade e atenção de Manoel Severo e da família Cariri Cangaço, além, da grande contribuição da Família Augusto que fez nossa passagem por Lavras da Mangabeira uma linda e grande festa. Dr. Gustavo Augusto Lima Bisneto e Fátima Rodrigues Augusto, Franklin Augusto e Telma Augusto, Cibele Augusto, Rejane Augusto e Luisinho Gonçalves, João Augusto Neto e João Augusto Lima, Sheila Augusto e Milton Queiroz que como todo bom Augusto sabe receber. Elegância, fartura e simpatia fizeram parte do nosso almoço na fazenda Pau Amarelo. A Câmara Municipal nos recebeu ao som da Banda de Música Zuza Vasques, obrigada Lula, o competente maestro e seus músicos, agradecendo também, ao secretário Hélio Sarmento. Depois, esta nossa ida ao Casarão da lendária Fideralina Augusto Lima, lá recepcionados por Magnólia Férrer , o café da tarde oferecido pelos os descendentes da velha matriarca foi mesmo coisa de anfitriões requintados e bem educados como é tradição da família. Obrigada a todos que fizeram o Cariri Cangaço 10 Anos."


Rossi Magne, Luiz Forró, Manoel Severo, Jorge Remígio, Narciso Dias e Fátima Lemos
João Tavares Calixto Junior, Raul Meneleu, Ingrid Rebouças e Jorge Remígio
Luiz Forró e Rossi Magne

Com a palavra o pesquisador potiguar , Carlos Alberto Silva: "Um dos dinamismos do Cariri Cangaço, permite aos seus partícipes, uma dinâmica de aprendizagem: leitura prévia, palestra, visita técnica ao cenário e a volta da leitura dos livros, com isso, ganhando qualidade de compreensão e conhecimento dos fenômenos e fatos sociais da história do Sertão nordestino.
A afirmativa acima foi contemplada no evento dos 10 Anos do Cariri Cangaço (de 24 a 28/07/2019), no Sul do Ceará, especificamente no dia 26/07/2019, sexta-feira, a visita ao Casarão da Matriarca, em Lavras da Mangabeira-CE.
Foi muito salutar conhecer uma das residências de atuação de Fideralina, a da urbe, e, a explanação da pesquisadora Cristina Couto. Dois fatos, chamaram atenção, que, envolveu dois membros da família da Matriarca: o filho e o neto, de nomes Ildefonso, ambos foram médicos, então, já na utilização da caneta e não do bacamarte, ou seja, o filho atestou na Questão de Juazeiro(1), de 1889, como causa sobrenatural, e, a morte do neto, na Vila de Princesa-PB, em 1902.

Existe uma ampla bibliografia, de pesquisadores locais, inclusive, de descendentes da genealogia fideraliniana, como Joaryvar Macedo, Melquíades Pinto Paiva, Dimas Macedo, Rejane Monteiro, Émerson Monteiro, Cristina Couto, João Tavares Calixto Júnior, Rui Martinho Rodrigues e além de Outros."

(1) A Questão de Juazeiro: segundo os pesquisadores do tema, na sexta-feira santa, de março de 1889, o Padre Cícero administrou a comunhão, ao inserir a hóstia na boca da Beata Maria de Araújo, a mesma, teve a presença de sangue, com repetição em outros momentos. Logo, foi classificado como um acontecimento sobrenatural. A cúpula da Igreja Católica abriu o primeiro processo e o médico Ildefonso Augusto Lima (*1860,+1911) atestou e classificou o episódio como de origem metafisica. Tudo isso foi sintetizado e denominado de Questão de Juazeiro.




Os presentes foram convidados a uma visita guiada que teve como anfitriã a pesquisadora e escritora Cristina Couto, a cada passo, a cada imagem, a cada comodo, Cristina ia apresentando e aprofundando a espetacular história do Clã dos Augustos e a personalidade marcante de Dona Fideralina.


Casarão de Dona Fideralina
Urbano Silva e Comendador Mariano
Cristina Couto em visita guiada pela Casa de Dona Fideralina
Dona Fátima e Dr Herton Cabral

Um dos pontos altos da visita à Casa de Dona Fideralina foi a entrega das comendas feitas pelo Conselho Alcino Alves Costa, do Cariri Cangaço. Foram contemplados a Matriarca dos Augusto; à Dona Fideralina foi concedida a comenda "Personalidade Eterna do Sertão", já o atual proprietário do imóvel, deputado estadual Heitor Ferrer; responsável pela restauração e manutenção desse patrimônio, recebeu a comenda do Mérito Cultural .


 Ivanildo Silveira, Manoel Severo, Magnólia Ferrer e Cristina Couto

Palavra do Curador do Cariri Cangaço, 
Manoel Severo
Fonte:YouTube Canal, Raul Meneleu

"A sua participação na Revolução de 1914, conhecida por Sedição de Juazeiro, foi das mais decisivas para a vitória do Movimento. De uma só empreitada, segundo Floro Bartolomeu, ela teria colocado cinco mil cartuchos à disposição dos que lutavam contra o Governo de Franco Rabelo. Otacílio Anselmo, que se refere a esse episódio, no seu livro Padre Cícero: Mito e Realidade (Rio, Editora Civilização Brasileira, 1968); e bem assim historiadores como João Brígido e Joaryvar Macedo atribuem um papel político de destaque a Dona Fideralina Augusto, diante da Sedição de Juazeiro e ao tempo da Primeira República.Manteve Dona Fideralina relações de amizade com o Padre Cícero, e com os maiores coronéis do Cariri, colocando-se contra ou a favor dos que rezavam ou não rezavam pela sua cartilha, mandando e desmandando nas coisas da política sempre que achava que assim devia proceder. E o vulgo popular compreendeu, e a literatura de cordel assim registrou que ela, Dona Fideralina, diferente dos grandes coronéis do Cariri, queria mandar no mundo inteiro e não apenas na política da sua região.Na sua terra de berço, jamais admitiu que alguém tivesse mais poder do que ela, vivendo sempre às turras com o Monsenhor Meceno, político cearense da maior expressão e que foi vigário de Lavras durante o apogeu do seu mandonismo. Fidera vasculhou de tal forma a vida desse sacerdote, que terminou descobrindo, em Tauá, um deslize por ele cometido, dando ciência do feito a seus paroquianos, através de um panfleto bastante audacioso. Na primeira década do século precedente, tomou partido em várias refregas memoráveis verificadas no Sul do Ceará, e de todas essas refregas saiu-se Dona Fideralina muito bem, fazendo, em Lavras da Mangabeira, o casamento da sua filha Josefa com o Juiz de Direito da Comarca, ameaçando-o com uma severa imposição, e tal forma que o magistrado se mudou depois para o Amazonas, não regressando mais ao Ceará. 
Em 1902, como registra Joaryvar Macedo, em Império do Bacamarte(Fortaleza, Casa de José de Alencar, 1990), a velha matriarca de Lavras determinou a invasão de Princesa, no Estado da Paraíba, para vingar a morte do seu neto, Ildefonso Augusto, constituindo, na época, o Batalhão de Dona Fideralina, comandado por Zuza Febrôncio e que ali cumpriu fielmente a sua decisão. Em Lavras, investiu-se com todas as prerrogativas no poder local, fazendo o jogo dos interesses políticos com a posição da Intendência; e, não conseguindo demover o seu filho, Honório Correia Lima, do cargo de Intendente, em 26 de novembro de 1907, retirou o mesmo do poder pela força do velho bacamarte, cobrindo-se depois de luto e se enfurnando em sua fazenda, durante certo tempo.O fato , como bem salientou o historiador Joaryvar Macedo, trouxe consequências funestas, não somente para os membros da família Augusto, da qual Dona Fideralina era o pedestal máximo de referência, mas para todo o município de Lavras da Mangabeira."
DIMAS MACEDO 

 Manoel Severo, Emmanuel Arruda, Cristina Couto, Juliana Pereira, 
Fátima Lemos e Luiz Ruben
 Raul Meneleu e Manoel Severo
 
Raimundinho Augusto, Voldi Ribeiro e Manoel Severo

A Conselheira Cariri Cangaço e presidente da Academia Lavrense de Letras, Cristina Couto e a escritora Fátima Lemos, Receberam a comenda em nome em nome da matriarca mais famosa dos sertões cearenses; entregaram a honraria os Conselheiros Cariri Cangaço, Emmanuel Arruda, Juliana Pereira e Luiz Ruben, já a senhora Magnólia Ferrer recebeu em nome de seu irmão; deputado Heitor Ferrer a comenda das mãos de Cristina Couto.

"Seu pai, João Carlos Augusto, antigo Deputado Provincial, fez-se, em toda a região do Vale do Salgado, um dos maiores líderes políticos do seu tempo. Afilhado e tido como filho natural de um governador do Ceará (o Barão de Aracati), trazia do berço, o Major João Carlos, os requintes da aristocracia; e como bom guerreiro e líder político do seu povo, chefiou as tropas que libertaram a Vila de Lavras dos asseclas de Pinto Madeira. Em 1832, ano em que Dona Fideralina nasceu, a Capital do Médio Salgado encontrava-se dominada por esse grande caudilho de Jardim, que espalhava terror e sobressalto em todas as ruas do lugar, às vezes, até em parceria com o Padre Verdeixa, o vigário lavrense de então.  Esse desmiolado Padre Verdeixa, conhecido pela alcunha de Canoa Doida, foi quem batizou Fideralina Augusto, aos 19 de setembro de 1832, na Igreja Matriz de São Vicente Ferrer, recebendo ela, na pia batismal, o nome que o seu pai achava muito próximo dos ideais federalistas e da forma de Estado nos quais acreditava, e pelos quais os seus familiares lavrenses haviam lutado bravamente.
O entorno familiar de Fideralina Augusto fez-se, todo ele, cercado de tragédias e acontecimentos que chamam de plano a atenção: seu tio-avô, pelo lado materno, José Joaquim Xavier Sobreira, vigário da freguesia de Lavras e político de grande atuação em todo o Ceará, foi envenenado; sua tia, pelo ramo paterno, Cosma Francisca de Oliveira Banhos, assim como seu pai, João Carlos Augusto, e o seu irmão, Ernesto Carlos Augusto, foram assassinados; e seu primeiro neto a formar-se em Medicina, Ildefonso Augusto de Lacerda Leite, foi trucidado de forma violenta na Vila de Princesa, em 1902. 
Mas Dona Fideralina, com os fulgores da sua fortaleza, sobreviveu a todas as tragédias, à ferrenha oposição da sua irmã, Dulcéria Augusto de Oliveira, e a todas as circunstâncias difíceis da sua trajetória. Teve que tomar decisões que lhe fizeram sangrar o coração, tal aquela de optar por um filho, o Coronel Gustavo, e ter que derrubar o outro do poder político pelo uso da força. Episódios verificados na cidade de Lavras entre 1907 e 1910 e, especialmente, entre 1911 e 1914, trouxeram-lhe vários dissabores, e dividiram definitivamente os descendentes da família Augusto, ao preço de assassinatos memoráveis, tal aquele perpetrado contra o seu próprio filho, o célebre Coronel Gustavo. Como nenhum mandatário do seu tempo, Dona Fideralina encarnou as instituições vigentes em sua época, juntando, ao seu patrimônio de latifundiária, várias possessões de terras do município, e garantindo a sobrevivência do feudo com o trabalho servil de base escrava, que jamais aboliu nas cercanias das suas fazendas e na casa-grande do sítio Tatu." DIMAS MACEDO

Louro Teles
Jorge Remígio
Erasmo Teixeira, Célia Maria
Gurgel Feitosa, Zé Carlos Nascimento, Quirino Silva e Antônio Vilela
De Assis, Manoel Severo, Cícero Aguiar e Rangel Alves da Costa
Gurgel Feitosa, Manoel Severo e Josué Santana
Dr Herton Cabral e Gilmar Teixeira
 Edvaldo Feitosa, Ingrid Rebouças e Rosália Freire
Emmanuel Arruda, Quirino Silva e Jorge Figueiredo


A tarde noite foi encerrada com o autêntico Café Colonial na casa de dona Fideralina, ali, sob a mistica e o magnetismo dos Augusto, a todo momento nos deparávamos com os fragmentos dos muitos episódios que  tiveram como cenário o emblemático Casarão de Dona Fideralina.

"O seu esposo, Ildefonso Correia Lima (16.3.1928 a 27.12.1876), natural de Várzea Alegre, exerceu, na Vila de São Vicente das Lavras, preponderante atuação política, tendo ali ocupado os cargos de membro da Guarda Nacional, juiz municipal, delegado de polícia, vereador e presidente do Poder Legislativo, o que correspondia na época ao cargo de Prefeito. Além do seu marido, todos os seus filhos, genros e cunhados protagonizaram de tal modo o poder político em sua terra, que se torna difícil, na história de Lavras, encontrar um cargo de chefia do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário (estadual ou municipal) que não tenha sido por um deles monopolizado, isto desde quando ela resolveu encarnar a política como vocação, somente deixando de reinar após a sua morte, em 1919.
Conhecida igualmente por Fidera, ou Didinha, como ainda hoje lhe fazem referências alguns membros da família, o certo é que Dona Fideralina Augusto tem presença assegurada na história das transformações políticas por que passou o Ceará nas primeiras décadas da República Velha." DIMAS MACEDO

Cristina Couto e Ingrid Rebouças

Rosália Freire, Junior Almeida, Zé Tavares, Valdir Nogueira, 
Richard Pereira e Louro Teles


Cariri Cangaço 10 Anos

Câmara Municipal de Visita a Casa de Dona Fideralina

Lavras da Mangabeira, 26 de Julho de 2019



Brejo Santo e o Último Dia da Grande Festa do Cariri Cangaço 10 Anos


Brejo Santo, uma das mais tradicionais cidades da região sul do estado do Ceará, localizada a 500 km da capital alencarina, Fortaleza, recebeu o último dia do grande Cariri Cangaço 10 Anos. Com forte vocação desenvolvimentista, Brejo Santo é uma das cidades polos do Cariri cearense, tornando-se ponto de referência para toda região. Atualmente com cerca de 51 mil habitantes possui uma história forte e peculiar ligada ao fenômeno do cangaço e coronelismo dos finais do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Para resgatar um pouco dessa memória recebeu o Cariri Cangaço em um dos momentos mais importantes de sua festa de 10 anos.

Público recorde lota as dependências do Cine Teatro Professor Júlio Macedo Costa
 Brejo Santo recebe com festa o Cariri Cangaço 10 Anos 
IMAGENS DA ABERTURA DO CARIRI CANGAÇO 10 ANOS EM BREJO SANTO POR RAUL MENELEU

Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu

Cine Teatro Professor Júlio Macedo Costa; um dos mais bonitos equipamentos culturais do sul cearense; acolheu a manhã solene de abertura do último dia do Cariri Cangaço 10 Anos. Com suas dependências completamente lotadas, pesquisadores de todo o Brasil puderam conhecer mais de perto um pouco da história e dos muitos episódios marcantes que tiveram em Brejo Santo seu principal cenário.  

A Mesa solene da abertura contou com as presenças da prefeita municipal, Teresa Landim, do deputado estadual Guilherme Landim, do vice-prefeito Bosco Sampaio, da presidente da câmara municipal, vereadora Carmem Martins; do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo; do secretário municipal de cultura Dr Miram Basílio, dentre outras autoridades. Com cerimonial do jornalista Faria Junior, o evento teve seu inicio com Hino Nacional Brasileiro para logo em seguida haverem as falas das autoridades, representadas pela prefeita Teresa Landim e pelo deputado estadual Guilherme Landim.

Em suas palavras a prefeita Teresa Landim falou da "satisfação e a honra do Cariri Cangaço escolher Brejo Santo para compor a programação de seus 10 anos" e completou: "Hoje é um dia mais que especial, Brejo Santo recebe o mais qualificado e respeitado evento sobre o cangaço, de todo o Brasil, para nós é motivo de muita alegria".

Fonte: YouTube, Canal Raul Meneleu


A manhã de festa seguiu com as apresentações artísticas de dança, xaxado, cordel e poesia, além do mais autêntico forró de raiz sertanejo, os destaques ficaram por conta da bailarina Glícia, de Brejo Santo, do casal Quirino Silva e Célia Maria, de João Pessoa; do artista mirim Pedro Popoff - "O menino do cordel e do baião" de Bauru, São Paulo e Luiz Forró de Natal.


"As apresentações artísticas são parte integrante das programações do Cariri Cangaço. Elas promovem a integração das artes e da cultura dos vários rincões sertanejos, assim sempre que viajamos com nosso Cariri Cangaço, levamos nossos artistas e recebemos os artistas da terra, isso é muito bacana" revela a Conselheira Cariri Cangaço, pesquisadora Juliana Pereira.


Quirino Silva e Célia Maria na festa do Cariri Cangaço em Brejo Santo

"O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no início dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos"
 Quirino Silva e Célia Maria na festa do Cariri Cangaço em Brejo Santo


O Autêntico xaxado nordestino...





Pedro Popoff - "O menino do cordel e do baião"; 13 anos, é um dos astros mirins do Cariri Cangaço. Paulista de Bauru e neto de Russos, Pedrinho é um apaixonado pela cultura do sertão e apresentou um conjunto de cordéis na manhã solene em Brejo Santo. "O Cariri Cangaço tem essa força, é incrível como contagia a todas as gerações e idades. Temos nossos artistas mirins representados pelo Pedrinho Popoff, a querida Cecília do Acordeon, o Pedro Lucas do Museu, a Deisiely do Acordeon, a linda Francine Maria, essas crianças estão sempre viajando o nordeste inteiro acompanhando o Cariri Cangaço, isso é maravilhoso" confessa o Conselheiro Cariri Cangaço Manoel Serafim, de Floresta, Pernambuco.
Pedro Popoff - "O menino do cordel e do baião"; 13 anos, é um dos astros mirins do Cariri Cangaço. Paulista de Bauru e neto de Russos, Pedrinho é um apaixonado pela cultura do sertão...






 Pedro Popoff e a festa do Cariri Cangaço 10 anos em Brejo Santo

Fonte:YouTube, Canal Raul Meneleu

A manhã ainda reservava o lançamento do livro do escritor Dr Wanderlei Landim, "Voo do Zabelê", a obra do autor e renomado brejossantense que teve a apresentação do médico Dr. Welilvan Landim. Na oportunidade o Sr. Wanderley Landim foi agraciado com comenda de Honra ao Mérito Cultural, pelos relevantes serviços prestados à Cultura do Cariri. 


DrWanderlei Landim e o lançamento de "Voo do Zabelê"

A solenidade seguiu com um conjunto de homenagens prestadas pelo Conselho Alcino Alves Costa, do Cariri Cangaço; representado por Manoel Severo. Receberam os Diplomas de "Amigo do Cariri Cangaço" ,  a prefeita Teresa Landim, o deputado Guilherme Landim, a presidente da câmara Municipal, Carmem Martins e o secretário de Cultura, Dr . Miram Basílio.

 Prefeita Teresa Landim e diploma de "Amiga do Cariri Cangaço"
Ex-deputada Gislaine Landim recebe em nome do filho, deputado Guilherme Landim e presidente da câmara Carmem Martins
Secretário de cultura Dr Miram Basílio e Manoel Severo

"O Diploma de Amigo do Cariri Cangaço é uma distinção à personalidades que se destacam no fomento e defesa da cultura e tradições nordestinas; o Cariri Cangaço sente-se honrado em poder prestar essas homenagens através do Conselho Alcino Alves Costa", revela o Conselheiro Cariri Cangaço Narciso Dias, de João Pessoa.

 Manoel Severo: "Quanta honra chegarmos à querida Brejo Santo..."
 Manoel Severo:"Brejo é sem dúvidas uma das cidades mais tradicionais e fortes de nosso Ceará"
Manoel Severo:"Meu amigo Miram Basílio é o grande responsável por essa grande festa"
Manoel Severo e o ex-prefeito José Landim

Em suas palavras o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo ressaltou "a grande força e a tradição de Brejo Santo" como também falou do grande apoio por parte da Prefeitura Municipal de Brejo Santo através da prefeita Teresa Landim e toda sua equipe, e finalizou: "Temos aqui que ressaltar o espetacular trabalho do Secretario de Cultura, Turismo e Eventos, meu amigo Miram Basílio, na verdade o grande responsável por este grandioso Cariri Cangaço 10 anos em Brejo Santo" 

Manoel Severo e a concessão das Comendas aos "Personagens Históricos do Sertão" 

Seguindo-se a programação foi a vez do Cariri Cangaço prestar homenagens a grandes vultos e personalidades da história de Brejo Santo que tiveram destaque dentro da historiografia do cangaço e coronelismo. Receberam a Comenda "Personagem Histórico do Sertão" ; o coronel Chico Chicote, o capitão Arlindo Rocha, o lendário Antônio da Piçarra, Antônio Gomes Grangeiro, a família do Major José Inácio do Barro e o ex-cangaceiro Moreno, do bando de Lampião.


Djalma Inácio de Lucena recebe a Comenda em homenagem a Chico Chicote da Guaribas
"Chico Chicote era tido como desordeiro contumaz; quando bebia quase sempre acabava se envolvendo em problemas. Por seu temperamento difícil ,já tinha sobre seus ombros vários crimes e um número sem fim de inimigos. Dentre esses se destacava a família Salviano, mentora da tragédia de Guaribas.Entre Chico Chicote e Lampião sempre houve um respeito mútuo , apesar da distância; Lampião que até ali não tinha inimigos no estado do Ceará, acabou sendo o álibi perfeito para o início da trama que daria cabo a vida de Chico Chicote.A manhã daquele primeiro de fevereiro de 27, avançava nas Guaribas. A força comandada pelo tenente José Gonçalves Bezerra, após o assassinato do grupo de Antônio Gomes Granjeiro em Salvaterra e Antônio Marrocos no terreiro de Chico Chicote, iniciava um dos mais terríveis cercos da história do cangaço. De dentro de casa, acompanhado apenas pela esposa, Dona Geracina, da filha Josefa, do filho Vicente Inácio, e os cabras Sebastião Cancão e Mané Caipora; Chico Chicote numa das resistências mais célebres do sertão, sustenta uma verdadeira chuva de bala de seus oponentes, que mantinham Guaribas quase que totalmente cercada."

 Dona Mundinha Grangeiro e Mano Grangeiro recebam a Comenda 
de Antônio Gomes Grangeiro "in memoriam"
 Mano Grangeiro e palavras de gratidão ao Cariri Cangaço
Dona Mundinha, prefeita Teresa Landim e Mano Grangeiro
Monumento em homenagem a Antônio Grangeiro no local de sua morte

"Hoje neste dia 27 de julho de 2019 aqui no Cine Teatro de Brejo Santo, eu e mamãe, Raimunda Grangeiro Neves, recebemos, das mãos do meu querido amigo, Manoel Severo Barbosa, Presidente do Conselho Curador do Cariri Cangaço, a Comenda de Personagem da História do Sertão, concedida ao meu avô materno, Antônio Gomes Grangeiro (In Memoriam). Meu avô morreu no histórico e trágico acontecimento conhecido como "Fogo das Guaribas", assassinado pelo famigerado Tenente Zé Bezerra, que estava à frente da volante das forças policiais do Ceará, em 2 de fevereiro de 1927. Quatro meses depois do bárbaro assassinato de vovô, minha avó, Celina Grangeiro, dava à luz aquela que viria a ser minha mãe, hoje nonagenária, e única filha viva de Antonio Grangeiro. Gratidão ao Cariri Cangaço pelo reconhecimento. Foi muito emocionante pra nós." Confessa um emocionado Mano Grangeiro.

 Manoel Severo, Wilton Santana Filho, Arlindo Rocha Filho e esposa
Arlindo Rocha Filho e as palavras de gratidão em nome do pai, Tenente Arlindo Rocha
"Arlindo Rocha veio a ser um dos principais perseguidores dos bandos cangaceiros; participou de muitos combates contra os bandos, um desses foi o famoso combate da Serra Grande no dia 26 de novembro de 1926 que a época pertencia a Flores-PE, e hoje ao município de Calumbi-PE, saindo Arlindo com um ferimento no queixo, outros episódios marcantes onde o militar estava entre os protagonistas foram o cerco à Guaribas de Chico Chicote e o cerca à Piçarra, quando foi baleado e morto o cangaceiro Sabino das Abóboras"

"O Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço presta justas homenagens a estes verdadeiros ícones da historiografia do cangaço e do sertão. Personagens como o grande tenente Arlindo Rocha, o lendário Antônio da Piçarra, o Major Zé Inácio do Barro, os protagonistas e vítimas de uma das maiores chacinas do sertão; Chico Chicote e seu Antônio Grangeiro, sem falar no ex-cangaceiro Moreno, um dos mais destacados do bando de Lampião, aqui não fazemos homenagens ao banditismo ou a cangaceiros, apenas registramos as figuras lendárias e personagens históricos" confirma o Conselheiro Cariri Cangaço Ivanildo Silveira, de Natal.

 Dr Miram Basílio passa às mãos de dona Ivanilda Leite e Vílson, a comenda em homenagem ao lendário Antônio da Piçarra.
Wilton Santana Filho, ou simplesmente Vílson da Piçarra, como é conhecido o neto que foi criado por Antônio da Piçarra que com emoção fala do momento especial da homenagem ao avô e o respeito e admiração ao Cariri Cangaço.
"...Muito se tem falado sobre o meu avô Antônio da Piçarra, mas poucos sabem da real e verdadeira história de sua ligação com Lampião. Veja: Minha avó tinha fortes ligações com a família de José Saturnino de Vila Bela, no Pajeú e meu avô acabou tendo essa forte ligação com Virgulino, é a vida! Agora sobre o cerco e a morte de Sabino aqui na Piçarra, meu avô não pôde fazer nada, a volante estava em sua casa e mantinha sob ameaça sua esposa e filhos, não tinha saída, teve que levar os homens ao local onde estavam os cangaceiros..."Vílson da Piçarra

 O Conselheiro Cariri Cangaço , secretário de cultura da cidade de Barro, Sousa Neto, autor da festejada obra "Major Zé Inácio do Barro" entrega a Comenda a Maria do Socorro Martins Cardoso , representante da família...
Manoel Severo e Dra Socorrinha
Dra. Socorrinha, ex-primeira dama da cidade de Porteiras, lembra a presença do Cariri Cangaço em Porteiras por duas vezes e a homenagem à sua família
Major Zé Inácio do Barro
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O último registro da manhã foi a entrega da Comenda de "Personagem Histórico do Sertão" ao ex-cangaceiro Moreno; representado por seus filhos; Neli Conceição e Inacinho; primos, sobrinhos e outros familiares. "Moreno nasceu em Tacaratu; Pernambuco, mas passou sua infância e adolescência em Em Brejo Santo. Na última vez que veio a Brejo Santo por ocasião das gravações do filme "Os últimos cangaceiros" na conversa com os parentes, entre risos, lágrimas e versos improvisados, reviveu a sua adolescência sofrida marcada por um ardente desejo de ser soldado de Polícia. O destino, entretanto, lhe foi cruel. Terminou levando uma surra da Polícia de Brejo Santo, sob a acusação injusta de ter roubado um carneiro. Quando saiu da cadeia, matou o homem que o denunciou e que era o verdadeiro ladrão do carneiro. A partir daí virou uma fera. Matou e castrou alguns dos seus perseguidores. Ele nega estes crimes, dizendo que não assassinou ninguém em Brejo Santo. Mas, a própria família confirma as atrocidades praticadas por Moreno que, com 19 anos, fugiu para a Paraíba. Em Cajazeiras, matou mais um. Fugiu para Alagoas, onde já chegou com a fama de valente, dai entrar no cangaço foi um pulo." revela Antônio Vicelmo.
Neli e Inacinho recebem Comenda de "Personagem Histórico do Sertão"
Inacinho, filho de Moreno e Durvinha no registro de Personagem da História do Sertão a seu pai, ex-cangaceiro Moreno.
Conselheira Cariri Cangaço, Neli Conceição e a Comenda de Personagem da História do Sertão a seu pai, ex-cangaceiro Moreno 
Neli Conceição, Manoel Severo e Inacinho
 Neli Conceição, Louro Teles e Inacinho
Neli Conceição, Louro Teles e Inacinho
Aline Melo, Juliana Pereira e Junior Almeida

"A caravana Cariri Cangaço fiel ao propósito de desbravar as entranhas da história e cultura nordestina! Salve salve a brilhante iniciativa e os seus fazedores. Pelas vias do fazer cultural, somos todos construtores de um processo educacional que evidencia a cultura nordestina em seus detalhes outrora repousados em cada espaço que ocorreu. Cenários e personagens revistos no Cariri, um momento promissor para a historiografia nordestina. Avante! Cariri Cangaço no Ceará, edição de 10 anos de fundação da instituição. Conhecer cenários, personagens e histórias fortalecem a cultura e o fazer educacional, que entra nas trilhas do nordeste. Momentos de celebração e sempre renovados aprendizados. Viva a cultura sertaneja" festeja o pesquisador Urbano Silva de Caruaru, Pernambuco.

 Luiz Forró e Glícia no autentico forró de raiz sertaneja
Fonte: You Tube - Canal Raul Meneleu

A última etapa da programação no Cine Teatro de Brejo Santo marcou a entrega de troféus de honra ao mérito cultural por parte do Secretário de Cultura, Turismo e Eventos, historiador Miram Basílio à várias personalidades da vida cultural e educacional de Brejo Santo, num autentico reconhecimento ao trabalho desenvolvido em defesa da  cultura regional.

Secretário de Cultura, Turismo e Eventos, historiador Miram Basílio; grande responsável pelo Cariri Cangaço em Brejo Santo


"As terras localizada no sopé da Chapada do Araripe, eram habitadas pelos índios Kariri, antes da chegada das entradas no interior brasileiro durante o século XVII. Os integrantes das entradas, militares e religiosos, mantiveram os primeiros contatos com os nativos, estudaram todas a região dos Cariri, catequizaram os indígenas e os agruparam em aldeamentos ou missões.Os resultados destes contatos e descobrimentos desencadearam notícias que na região tinha ouro em abundância e em seguida desencadeou-se uma verdadeira corrida para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com as riquezas de terras inexploradas e com a esperança de encontrar o minério, que as levariam a aumentar o seu patrimônio material, além de aumentar o seu prestigio pessoal com a corte portuguesa. A busca do metal precioso, nas ribanceiras do rio salgado, trouxe para a região do sertão do cariri, a colonização e com consequência a doação de sesmarias, o que permitiu o surgimento de lugarejos e vilas. Brejo Santo como núcleo urbano surgiu neste contexto, ao redor de uma fazenda."
o
Brejo Santo fica a 500 km da capital do Ceará, Fortaleza
"No ano de 1858 existia, onde hoje se situa a cidade de Brejo Santo, duas casas: uma propriedade do Coronel Aristides Cardoso dos Santos e uma pertencente a viúva de Antonio José de Sousa, Senhorinha Pereira Lima, onde o tropeiro se abastecia de farinha, arroz, fumo, bebida, descansava os animais e depois partia em rumo de Jardim. Neste mesmo ano, chegou a Brejo Santo, o Coronel Clementino Cavalcanti, José Francisco da Silva, sua esposa Ana Maria Gomes da Silva e seus filhos. Pouco a pouco, o povoado foi crescendo, surgindo novas casas, bodegas e com uma tendência sempre ascendente de desenvolvimento, foi concedido os Foros do Distrito."
Coronel Basílio Gomes da Silva
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"Por iniciativa de Basílio Gomes da Silva, filho de José Francisco da Silva, foi enviada uma carta ao Dr. Antônio Luiz dos Santos solicitando a criação da freguesia de Brejo dos Santos. Com a Lei Provincial numero 1.708, de 25 de julho de 1876, criou-se a paróquia, separando, assim, das paróquias de cidades vizinhas, entretanto, somente em 02 de setembro de 1877 é que o Padre Francisco Lopes Abath chegou a cidade. Com a frequente expansão populacional e comercial, Brejo dos Santos tornou-se vila pelo decreto numero 49, de 26 de agosto de 1890, de autoria do Governador do Estado, Coronel Luiz Antônio Ferraz, criando, assim, a "Villa de Brejo dos Santos”. Finalmente, a vila passou a cidade pelo Decreto-Lei Estadual numero 448, de 20 de dezembro de 1938, com o topônimo simplificado de Brejo Santo. A cidade de Brejo Santo somente tomou a configuração física dos dias atuais com a Lei numero 1.153, de 22 de Novembro de 1951, ficando, por conseguinte, assim constituído: Brejo Santo (Sede do Município) São Felipe e Poço (Distritos), perdendo com a referida lei o distrito de Porteiras, que passou a configuração de cidade."

Carla Mota e Pedro Popoff
Vilson da Piçarra, Kael Rocha e Paulo de Tarso
Voldi Ribeiro 

A grande festa da família Cariri Cangaço 10 Anos na cidade de Brejo Santo
 Manoel Belarmino, Rose Souza, Rangel Alves da Costa, Ingrid Rebouças, Rubelvan Lira, Maria Oliveira e Voldi Ribeiro.
Bruno Yacub, Ingrid Rebouças e Manoel Severo
Zé Tavares, Geraldo Ferraz e Jorge Figueiredo
David Junior e Manoel Severo
Ze Tavares e Bismarck Oliveira
A isso chamo Cariri Cangaço !!!
 Rangel Alves da Costa, Ingrid Rebouças e Rubelvan Lira
Kael Rocha, Junior Almeida, Arlindo Rocha Filho, Ze Tavares e Calixto Junior

Luiz Antonio, Quirino Silva, Clênio Novaes, Ze Irari, Ivanildo Silveira, Ze Tavares, 
Noadia Costa e Jorge Remigio
Daniel Cruz e Rubelvan Lira
 Narciso Dias, Junior Almeida e Vilson da Picarra
 Jose Irari, Arnaldo Nogueira, Clenio Novaes e Quirino Silva
Junior Almeida, Elane Marques, Sabino Bassetti e Juliana Pereira 
 A grande festa do Cariri Cangaco em Brejo Santo...
 Sulamita Buriti
Urbano Silva e Abreu Mendes
Valdir Nogueira, Ivanildo Silveira, Ze Tavares, Noadia Costa,e casal Bismarck Oliveira



Cariri Cangaço 10 Anos
Cine Teatro Professor Júlio Macedo Costa
27 de Julho de 2019
Brejo Santo, Ceará

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