Nos bastidores...

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Por dentro do Diário de
Aristéia Soares...

Damaris, Roberto e Pedro Soares

Qual o preço de um sorriso num mundo onde as pessoas desaprenderam a sorrir? Sorrisos, gentilezas, generosidade, atenção, amor... Não têm preço. Essas são as principais lembranças que levamos quando vamos visitar a residência da ex-cangaceira Aristéias Soares, em Delmiro Gouveia, Alagoas, quase na divisa com Paulo Afonso, Bahia.

Ali  moram além de Aristéia; a querida "Vó", como toda família a chama; Pedro Soares, seu filho, sua nora Damaris e os netos. A atmosfera do ambiente é facilmente percebida logo que se entra na sala de visita. Uma energia acolhedora simplesmente incrível, ali se respira alegria e contentamento, tendo como a grande maestra: Damaris Soares.

Quem não conhece Damaris, não se preocupe, é só chegar e logo vai ser acolhido com um super sorriso! A atenção e o cuidado dela com Aristeía e com todos que ali chegam, é algo incomum, chega a comover a todos que compartilham de seu dia a dia. Pedro com certeza tem uma grande esposa, mas Aristéia não ganhou apenas mais uma nora, ganhou uma encantadora filha.

A você grande Damaris, o reconhecimento da família Cariri Cangaço, por ser essa pessoa especial.

Manoel Severo
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5 comentários:

José Mendes Pereira disse...

Segundo o Diário de Pernambuco, a cidade de Delmiro Gouveia, em Alagoas, a 301 quilômetros de Maceió, abriga Aristéia Soares, uma das últimas remanescentes do cangaço.
Aristéia diz que passou menos de um ano como integrante de um dos bandos de Lampião, e ainda afirmou ao jornalista que viveu neste período, coisas que nem o diabo quer, e que não sentia, jamais, saudade do cangaço.
Aristéia ficou oculta durante décadas, até ser descoberta, em maio de 2007, pelo historiador João de Souza Lima. Antes, vivia na Fazenda Lajedo do Boi, no povoado Capiá da Igrejinha, em Canapi (AL).
Em 20 de fevereiro de 1938, ela soube da morte da irmã Eleonora, havia sido morta e a cabeça levada decepada pelas volantes. Praticamente um mês depois, no dia 20 de março de 1938, viu o seu companheiro Cícero Garrincha, o Catingueira, dar o último suspiro depois de atingido por uma bala que deixou o coração exposto. Antes de morrer, Catingueira pediu ao chefe Moreno que não a abandonasse, e a levasse de volta à sua família, residente na Fazenda Lajeiro do Boi, em Canapi (AL). Foi presa por vontade própria, se entregando à polícia de Santana do Ipanema-AL.
No final do mês de julho de 1938, ainda prisioneira, soube que o rei Lampião havia sido abatido. A ex-cangaceira afirmou a João de Sousa Lima que nunca chegou a ver pessoalmente o casal de cangaceiros Lampião e Maria Bonita. Ela era do grupo de Antonio Moreno, companheiro de Durvinha. Por essa razão, nem mesmo dentro das caatingas, nunca se encontrou com o grupo de Lampião.
Ela afirmou a Jamylle Bezerra que acompanhou o cangaceiro Catingueira, não por amor, mas por necessidade.
Outras duas suas primas: ¨Sebastiana e Quitéria, também se tornaram mulheres de cangaceiros, acompanhantes de Moita Brava e Pedra Roxa.

José Mendes Pereira - Mossoró-RN.

CARIRI CANGAÇO disse...

Caro amigo Zé Mendes, vc como sempre; preciso e oportuno, grande abraço.

Manoel Severo

Helio disse...

Dona Damaris, parabens por essa dedicação a grande senhora, que é Aristea.

Professor Mario Helio

CARIRI CANGAÇO disse...

Hélio, vc é conhecedor do respeito que temos por essas pessoas maravilhosas que muitas vezes de forma anonima ajudam a construir a história de nosso sertão, obrigado ao amigo pela constante visita em nossa página na internet. Damaris e seu esposo Pedro, são realmente pessoas maravilhosas.

Seve

João de Sousa Lima disse...

minha amiga Damaris talvez seja um anjo disfarçada de gente, sua bondade, realmente, é uma coisa impressionante, além de que é uma amiga que se pode contar para qualquer eventualidade,
tenho orgulho de ser amigo dela.