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A primeira vítima da sinistra Comissão foi o Coronel Joaquim Aires Cavalcante Wolney (foto ao lado), assassinado em 23 de dezembro de 1918 por soldados de uma escolta, na fazenda Buracão, mesmo sem ter o coronel oferecido a menor resistência, aliás se entregou dizendo: -Não me matem, estou entregue! Depois vieram os Nove, no curso dos acontecimentos que a História registra com detalhes.
Diante da iminente ameaça de um ataque para vingar o assassinato do Coronel Wolney o Juiz Celso Calmon cuidou de salvar a pele. Fugiu apressadamente deixando a vila de São José do Duro entregue às autoridades locais com a proteção de cerca de 40 policiais sob o comando de oficiais desesperados que, para tentar evitar ao ataque, tomaram nove reféns, que acabaram sendo fuzilados e sangrados pela polícia. Em ordem alfabética, um breve resumo biográfico de cada um deles, vítimas da inominável monstruosidade.
Foram mortos nove membros da Família do Cel. Joaquim Wolney: Benedito Pinto de Cerqueira Póvoa, filho de Joaquim Cerqueira, era Capitão da Guarda Nacional, um dos homens mais ricos do lugar; João Batista Leal, genro do Coronel Joaquim Wolney ,era Major da Guarda Nacional; Joca Póvoa, era filho de Benedito Póvoa; João Santana, era capitão da Guarda Nacional, tendo dois filhos entre os reféns, não desejando testemunhar a execução deles, pediu para ser executado antes. Os carrascos fizeram o contrário e ele, desesperado, fechou os olhos mas não pôde deixar de ouvir os gritos desesperados dos filhos; Joaquim Filho (Wolneyzinho) - Filho do Coronel Joaquim Wolney, estudante de Medicina no Rio de Janeiro, tinha vindo visitar os parentes quando os fatos começaram a ganhar gravidade. Tomado como refém foi fuzilado pela polícia; Messias Rocha, era ourives e casado com Aurora Cerqueira, sobrinha de Benedito Póvoa, filho de José Pinto de Cerqueira Póvoa e Ana Lino Pereira. Quando a polícia prendeu os reféns e colocando seus deles no tronco, teve um gesto nobre quando pediu que o colocassem no tronco em lugar de Benedito Póvoa, seu tio por afinidade; Nasário do Bonfim, morava na fazenda Água Boa, de João Santana para quem trabalhava. Foi tomado como refém junto com o patrão e dois filhos deste; Nilo Santana e Salvador Santana, filhos de João Santana, o cadáver do primeiro se achava ao lado dos restos mortais do pai.
OS NOVE Texto do Professor Osvaldo Rodrigues Póvoa
FONTE: www.dianopolis.to.gov.br
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4 comentários:
Severo, mais uma vez parabens por retornar com um tema tão marcante como a Chacina dos Nove, depois se o amigo poder, poderia nos trazer o episódio do combate entre Abílio Wolney e Sinho Pereira.
Abração
Professor Mario Helio
Gostaria de saber como adquirir o livro "Quinta-feira Sangrenta".Um abraço.
acabei de assistir o filme o tronco, e estou estudando mais a respeito dessa historia, forte e marcante
Muito triste esse episódio ...
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