Durante a noite Cariri Cangaço - GECC, tendo como personagem principal a ex-cangaceira Sila; o pesquisador e escritor Ângelo Osmiro, um dos expoentes do debate; nos trouxe um apanhado de registros que se encontram nos diversos livros que contaram com a colaboração da mesma; na oportunidade do debate o trabalho apresentado por Ângelo acabaria sendo um dos pontos referenciais e que agora transcrevemos abaixo:
"Angicos, eu sobrevivi" Autor:SilaPÁG. 25: SILA DIZ QUE ZÉ BAIANO A PROCUROU, ENTRETANTO FOI MORTO, E EM SEU LUGAR APARECEU ZÉ SERENO. (MOTIVO: MORTE DE ZÉ BAIANO)
PÁG. 26:DIZ QUE NÃO FOI A FESTA (ORGANIZADA PELOS CANGACEIROS); EM OUTROS LIVROS DIZ QUE DANÇOU A NOITE TODA COM LUIZ PEDRO.
EM “SILA UMA CANGACEIRA DE LAMPIÃO” DIZ QUE ZÉ SERENO FOI SEU “PAR INSEPARAVEL” DURANTE O BAILE.
PÁG. 27:CONTA EPISÓDIO DO ENCONTRO, ONDE CAIU NO RIACHO, FICOU TODA MOLHADA. O ENCONTRO SERIA COM ZÉ SERENO. EM “SILA NO DIVÔ CONTA O MESMO EPISÓDIO SENDO O PERSONAGEM ZÉ BAIANO (PRIMEIRO ENCONTRO)
PÁG. 28:“[...] RESPONDI-LHE QUE SÓ POSSUIA VESTIDOS NA BAGAGEM”; SILA EM VÁRIOS DEPOIMENTOS, DIZ QUE FOI (PARA O CANGAÇO) SOMENTE COM A ROUPA DO CORPO.
PÁG. 29:“SENTIA-ME COMO EM OUTRO MUNDO. TRISTE, ISOLADA DE MINHA FAMÍLIA, DESILUDIDA E AMEDONTRADA, POR NÃO CONHECER TODA AQUELA GENTE ESTRANHA...”
PÁG. 30:“[...] MULHERES, APENAS DUAS: NENEN E EU. NOVO TEMPO, MERGULHÃO, MARINHEIRO ERAM OS TRES NOVOS CANGACEIROS”. (NENEN MORREU LOGO NOS PRIMEIROS DIAS, SEUS IRMÃOS SÓ ENTRARIAM DEPOIS)
PÁG. 38:REPETE INFORMAÇÃO ACIMA (DESTA VEZ EM UM ENCONTRO NA CASA DE UM COITEIRO)
PÁG.53:“[...] NO MEIO DOS CANGACEIROS PASSARAM A ME CHAMAR MARIA BONITA”. PALVRAS DE MARIA BONITA PARA SILA, SEGUNDO ELA.
PÁG. 54:DIZ QUE O GRUPO ESTAVA CONSTITUIDO DE CINCO PESSOAS.
PÁG. 60:AINDA CONTANDO A MESMA HISTÓRIA DIZ QUE O GRUPO ERA CONSTITUIDO DE 10 PESSOAS.
“Gente de Lampião, Sila e Zé Sereno”
Autor: Antônio Amaury
PÁG. 50:AMAURY NARRA ENCONTRO DE SILA COM OS CANGACEIROS: “OCORREU O ENCONTRO COM ZÉ BAIANO, ELE FICOU DE VOLTAR PARA PEGÁ-LA, NESSE INTERIM FOI MORTO EM ALAGADIÇO E SERENO VOLTOU E PEGOU SILA” CONTINUA AMAURY: “POUCOS MESES DEPOIS EM FINS DE 1936 OU EM JANEIRO DE 1937 OS IRMÃOS DE SILA RESOLVERAM ENTRAR NO GRUPO DE CANGACEIROS”.
PÁG. 50:AMAURY NARRA ENCONTRO DE SILA COM OS CANGACEIROS: “OCORREU O ENCONTRO COM ZÉ BAIANO, ELE FICOU DE VOLTAR PARA PEGÁ-LA, NESSE INTERIM FOI MORTO EM ALAGADIÇO E SERENO VOLTOU E PEGOU SILA” CONTINUA AMAURY: “POUCOS MESES DEPOIS EM FINS DE 1936 OU EM JANEIRO DE 1937 OS IRMÃOS DE SILA RESOLVERAM ENTRAR NO GRUPO DE CANGACEIROS”.
PÁG. 107:“A ESCURIDÃO DA NOITE ENVOLVIA AS DUAS; [...] SOMENTE SE AVISTAVA PONTOS VERMELHOS DE CIGARRO QUE AS DUAS FUMAVAM”. JÁ SERIAM MAIS DE 21:00 HORAS QUANDO FORAM DORMIR”
PÁG. 108:“[...] SILA CORRIA JUNTO COM CANDEEIRO”. “[...] A MULHER DE CAJAZEIRA, ENEDINA, JUNTOU-SE AO GRUPO QUE FUGIA”
"Sila, uma cangaceira no divã" Autor:Daniel Lins
PÁG. 13:A PRÓPRIA SILA SEGUNDO DANIEL FALA VEZ QUE NASCEU EM 1919 E OUTRA EM 1924.
PÁG. 16:SURGE UMA TERCEIRA DATA DITA POR SILA, EM ENTREVISTA: “EM 1927, AOS SEIS ANOS”. ENTÃO AÍ TERIA NASCIDO EM 1921.
PÁG. 23:DIZ TER APENAS DEZ ANOS QUANDO O PAI MORREU.
PÁG. 35:“[...] AOS TREZE ANOS, SILA CONHECE AS PRIMEIRAS EMOÇÕES”; DIZ SILA: “ERA BASTANTE DESENVOLVIDA PARA MINHA IDADE; MAS O OLHO DE MEU PAI ESTAVA PRESENTE EM TODOS LUGARES”. (O PAI NÃO TERIA MORRIDO QUANDO ELA TINHA DEZ ANO?)
PÁG. 36:“[...] AOS DOZE ANOS DE IDADE OUVI FALAR DO CANGAÇO. MEU PAI TEMIA OS CANGACEIROS, UMA VEZ INFORMADO QUE O BANDO ESTAVA PRÓXIMO DE POÇO REDONDO, ESCONDEU TODOS OS FILHOS, PROTEGENDO-NOS CONTRA QUALQUER PERIGO”
PÁG. 93:“NINGUEM ROUBAVA, PEDIA. NINGUEM ENTRAVA NA CASA DOS OUTROS PARA ROUBAR”. “EU PESSOALMENTE AJUDEI MUITOS POBRES”.
PÁG. 97:“CANDEEIRO PEDIA-ME PARA NÃO DEIXÁ-LO ALI. BALEADO NA PERNA O CANGACEIRO IMPLORAVA AJUDA”.
“Sila memórias de guerra e paz" Autor:Sila
PÁG. 19:SILA DIZ QUE NÃO ACEITOU AS JÓIAS QUE ZÉ BAIANO A PRESENTEOU. (EM OUTROS LIVROS DISSE QUE RECEBEU)
PÁG. 20:DIZ QUE ZÉ SERENO VOLTOU NO DIA SEGUINTE. (EM OUTROS LIVROS DIZ CERCA DE UM MÊS) REVELA O MOTIVO DE ZÉ BAIANO NÃO LEVÁ-LA E SIM ZÉ SERENO; FOI UM DESENTENDIMENTO ENTRE OS DOIS. (EM OUTROS LIVROS DIZ QUE NUNCA SOUBE O MOTIVO)
PÁG. 24:DEIXA EVIDENTE QUE OS IRMÃOS NÃO A ACOMPANHOU DE IMEDIATO.
PÁG. 29:“EU NÃO TINHA NENHUMA NOTÍCIA DOS MEUS FAMILIARES” (EM OUTROS LIVROS TAMBÉM DIZ QUE OS IRMÃO ESTAVAM COM ELA?)
“[...] IAMOS PARA POÇO REDONDO E ENCONTRAMOS MEUS IRMÃOS. ELES DISSERAM A JOSÉ QUE ESTAVAM SENDO PERSEGUIDOS PELOS SOLDADOS DESDE QUE EU ENTRARA NO BANDO” JOSÉ RESPONDEU: “SE VOCÊS QUISEREM ENTRAR PARA O CANGAÇO, ENTREM”.
PÁG. 30:“LAMPIÃO DIRIGIU-SE A ELES E DISSE: DU FICA SENDO CHAMADO NOVO TEMPO, GUMERCINDO MERGULHÃO E ANTÔNIO DE MARINHEIRO”. FIQUEI MUITO SATISFEITA DE AGORA EM DIANTE TER MEUS IRMÃOS JUNTO DE MIM”
PÁG. 50:"SILA DIZ QUE ZÉ SERENO ACABARA DE CONHECER PEDRO DE CANDIDO E NA MESMA PÁGINA DIZ QUE ZÉ SERENO “NÃO GOSTAVA DAQUELE COITEIRO”.
PÁG. 51:"PEDRO DE CANDIDO VOLTOU AO COITO DIA 16 DE JULHO (DEVE SER ERRO DE IMPRESSÃO)"
PÁG. 52:REPETE A HISTÓRIA DA LUZ
PÁG. 57:“FOI LIDO UM OFÍCIO DO PRESIDENTE GETULIO VARGAS DECLARANDO ANISTIA A TODOS OS CANGACEIROS QUE SE ENTREGASSEM (NA CIDADE DE JEREMOABO)”.
PÁG. 59:REPETE HIST. OFÍCIO DE ANISTIA.
PÁG. 89:“FOMOS LANÇAR NO JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO, LUGAR QUE LAMPIÃO TANTAS VEZES ANDOU”.
“Sila uma cangaceira de Lampião"
Autor: Israel Araujo e Sila
PÁG. 21:“AOS NOVE ANOS PERDI MEU PAI” ( TAMBÉM DIZ QUE PERDEU AOS 10, AOS 9 E AOS 13 AINDA ESTAVA VIVO)
PÁG. 27:“ZÉ SERENO MEU PAR INSEPARAVEL” (NO BAILE DE DESPEDIDA) (EM OUTRAS OBRAS DIZ SER LUIZ PEDRO)
“PÁG. 28:DIZ QUE SEUS IRMÃOS A ACOMPANHARAM DESDE O PRIMEIRO DIA.(EM OUTRAS OBRAS: MESES DEPOIS OU DIAS DEPOIS)
PÁG. 36:TENENTE ZÉ RUFINO DA POLÍCIA DE SERGIPE.
PAG. 42:EM CONVERSA COM MARIA BONITA ELA TERIA DITO SER CHAMADA MARIA DÉA; QUANDO ENTROU NO GRUPO PASSOU A SER CHAMADA MARIA BONITA. REUNIÃO COM CHEFES DE GRUPO COM A PRESENÇA DE ZÉ SERENO E ZÉ BAIANO EM NOVEMBRO DE 1936, ZÉ BAIANO FOI ASSASSINADO NO DIA 07 DE JULHO DE 1936.
PÁG. 43:O CORONEL NOGUEIRA QUERIA SE APOSSAR DAS TERRAS DE ZÉ FERREIRA, DAÍ VIRGULINO ENTROU NO CANGAÇO
PÁG. 57:“LAMPIÃO INVADE NAZARÉ E QUEIMA AS CASAS DOS NOGUEIRA”
PÁG. 59:“[...] A POLÍCIA CERCOU A CASA DO PAI (ZÉ FERREIRA) JUNTAMENTE COM ZÉ SATURNINO A MÃE DE VIRGULINO NÃO SUPORTA E MORRE DO CORAÇÃO”.
PÁG. 64:“APÓS A MORTE DE LAMPIÃO OS COMPANHEIROS SOBREVIVENTES ESCOLHERAM ZÉ SERENO PARA COMANDANTE”
PÁG. 70:“[...] BOTEI O FUZIL NO OMBRO, CARTUCHEIRA ENTUPIDA DE BALAS E TOQUEI...” (ARMA GRANDE)
PÁG. 73:“[...] DESCANSEI O FUZIL NO MEU COLO...”
PÁG. 75:“[...] DEI UM SALTO E ARREBENTEI A CORONHA DO MOSQUETÃO NA CABEÇA DO SOLDADO”.
PÁG. 76:“COSTUMEIRAMENTE PASSAVAM ALGUNS DIAS CONOSCO, LUIZ PEDRO, NENEN E ZÉ BAIANO”. (NENEN NÃO MORREU NOS PRIMEIROS DIAS?)
MORTO LAMPIÃO, ZÉ SERENO ASSUME O COMANDO DE 200 HOMENS, INCLUSIVE CORISCO E DADÁ, “APESAR DE ESTAREM AFASTADOS DE LAMPIÃO POR DIVERGENCIAS”.
PÁG. 77:IDENTIFICA ADÍLIA COMO ENEDINA.
PÁG. 80:CONFESSA TER PRESENCIADO EXECUÇÃO
PÁG. 96:“[...] O SOL DESBANCAVA NO HORIZONTE QUANDO MARIA BONITA ME CHAMOU PARA TROCARMOS DOIS DEDOS DE PROSA...”
PÁG. 98:“[...] CAMINHEI EM DIREÇÃO A TOLDA, VI NOVAMENTE A MESMA LUZ...”“[...] SE EU LHE HOUVESSE FALADO SOBRE AQUELA LUZINHA, TUDO TERIA SIDO DIFERENTE”.
“UM PRIMEIRO TIRO ECOOU MATANDO UM COMPANHEIRO”.
“SEGUREI NA MÃO DE ENEDINA E ARRASTEI PARA O MEU LADO”.
“[...] CANDEEIRO BALEADO NA PERNA, PEDIR-ME QUE NÃO O DEIXASSE ALI, O CANGACEIRO IMPLORAVA AJUDA”.
PÁG. 102:ENTREGAS: DULCE, ADÍLIA E EU PERMANECEMOS EM JEREMOABO. (ADÍLIA DIZIA TER SE ENTREGADO EM PROPRIÁ-SE).
PÁG. 118:EM ENTREVISTA PERGUNTOU AO IRMÃO JOÃO PAULO: “VOCÊ FICOU TRISTE QUANDO MARINHEIRO, NOVO TEMPO E MERGULHÃO SAIRAM PARA NOSSA COMPANHIA?
Ângelo Osmiro
Presidente do GECC, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço
19 comentários:
Venho parabenizar o brilhante trabalho do amigo Ângelo e do amigo Bonessi. Conheço muito bem todos esses relatos. Porém insisto.
Quando alguém mente é para esconder algo ou lucrar alguma coisa. Correto?
O que Sila ganharia dizendo que Caandeeiro levou um tiro na perna e não no braço, já que foi ela que o socorreu?
O que ela queria esconder em não reconhecer a foto dos irmãos já que ela sempre disse que os irmãos foram cangaceiros e isso é um fato conhecido por todos e sempre repetido por ela?
Qual vantagem ela teria em mentir ao dizer que se entregou em cidade A ou B?
E por aí vai.
Temos que saber discernir entre uma mentira e um engano. Entre uma mentira e uma falha de memória. E, principalmente, sabermos quem realmente escreveu aqueles relatos. Foi Sila ou foram pessoas descomprometidas com a história?
Escrevi um e-mail para o amigo Bonessi falando de nossa reunião. Que foi nota 10, e espero que todas as outras sejam iguais, pois é assim que aprendemos, discutindo e tirando dúvidas. Vou pedir sua autorização para publicar no Blog.
Só para concluir. Mentira era se perguntássemos a Zé Sereno: "- Diga um nome de um Coronel que os ajudavam", e ele responder. "-Nunca conheci um Coronel". Diga o nome de alguém que fornecia arma para o grupo", e ele responder. "-Ninguém nunca nos forneceu armas". Isso é mentir.
Aderbal Nogueira
Aos amigos que acompanham o Blog do Cariri Cangaço: Sobre as anotações postadas; obviamente não se trata de trabalho literário, são simples anotações feitas para nos dar suporte no debate, que depois nos foram solicitadas por Severo para publicação no blog.
Obrigado.
Angelo Osmiro Barreto
Fortaleza-CE
Parabens ao grande escritor Angelo Osmiro pelas pérolas e parabens ao Aderbal pelo reflexão lucida e verdadeira e principalmente ao Severo, maestro mor dessa turma toda, valewww Gecc e cariri cangaço
Gisa
O mais importante nessa história é ver prosperar o trabalho sério da parceria GECC /Cariri Cangaço. Pelo que percebo não existe antagonismo nas colocações de Aderbal e Angelo, apenas uma forma mais compreensiva de aceitar o testemunho da ex-cangaceira. A verdade é que os depoimentos de Sila devem ser entendidos com bastante precaução. Todos os ex-cangaceiros, imediatamente ao largar a vida criminosa, escondiam seu passado com receio de serem presos, ou sofrerem vingança de suas vitimas e herdeiros. Com o passar do tempo, surgiu a argumentação de que o cangaceiro seria tanbém, uma vitima das circunstâncias, somado a popularidade que o cangaço alcançou, virando tema de filmes, ganhando notoriedade em programs de TV, alguns ex- cangaceiros, passaram a sentir-se verdadeiras estrelas. Trocaram o medo pelo orgulho. É compreensivel que para valorizar sua participação na história, um ou outro, use um colorido mais forte ao falar de suas aventuras. O caso mais sugestivo desse exagero, na minha opinião, é do casal Sila e Zé Sereno. Sila viu luzes quando conversava com Maria na noite de 27/07/1938, antes de irem dormir. Zé Sereno viu um furo de agulha na garrafa da bebida que o coiteiro Pedro levou para o coito. Acredito que tudo isso seria um exagero do casal, para promover seus personagens.
A dupla Angelo e Aderbal, são dos mais experientes pesquisadores que conheço, acima de tudo comprometidos com a verdade e a ética. Parabéns aos dois e ao Cariri Cangaço por dar essa “canja” para quem está distante.
C Eduardo
Olá!
Embora Sila tenha permanecido pouco tempo no cangaço,é inegavel que ela tem sua história, porém, com muito respeito ao ponto de vista de todos pesquisadores, acho que Sila tanto se confunde como não diz a verdade em suas declarações.Isso, só considerando aquilo que ela própria escreveu, sem contar aquilo que narrou a outros autores.
Também não podemos dizer que ela foi a única ou foi a que mais distorceu os fatos, pois, ela perde de goleada para a Dadá.
Abraço a todos.
Sabino Bassetti
Continuando o debate: Quanto a pergunta do amigo Aderbal em relação "pra que mentir?" Respondo: em muitos casos para se valorizar e a seu companheiro, quando diz que "quando Lampião foi morto, 200 cangaceiros se reuniram e escolheram Zé Sereno como lider, inclusive Corisco e Dadá".
A respeito ainda do que ganharia (Sila), tirando a questão acima exposta, o que queremos demonstrar com esse debate, é que as informações (maioria) prestadas pela ex-cangaceira Sila são inconcistentes, contraditórias, daí a grande desconfiança que se tem quanto aos seus relatos. Se ela escreveu ou não os livros, não posso atestar, entretanto atesto que ela assinou pelo menos Três e os outros dois, conforme depoimentos dos autores foram baseados em seus depoimentos (ou e ainda mais o depoimento de Zé Sereno, seu companheiro durante e depois do cangaço, no caso do livro do Dr. Amaury).
Angelo Osmiro
Fortaleza-CE
VERDADE SEJA DITA. AS SUPOSTAS MENTIRAS ATRIBUIDAS A Sra. SILA NÃO ALTERA EM NADA A HISTORIA. ROBERTO PAIVA. PE.
MINHA PRIMEIRA VEZ NESSE BLOG.
Deveras proveitoso tudo que se escreveu sobre as verdades ou inverdades debitadas na conta histórica de Sila.
Acho maravilhoso essa troca de opiniões e esse e aquele desencontro de registrosn muitos deles, é uma verdade, ditos por Sila, não importando que tenha sido mentira ou lapso de memória. O que interessa é que muitos estão nos presenteando com suas opiniões e seus pontos de vista.
Que bom se os estudiosos e pesquisadores desse tão apaixonante tema puxasse por seus conhecimentos e suas deduções e mostrassem ao Brasil as razões discordantes das, segundo a minha doentia obsessão, mentiras e mistérios de Angico?
Infelizmente a minha frágil mente, e meu vaidoso proceder, em relação a esse melindroso assunto não é levado em consideração.
Parabéns, meus amigos Aderbal, Ângelo e Bonessi, vocês são verdadeiros "vaqueiros da história".
Abraços,
Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo - SE
Parabens pessoal, o trabalho de vocês é fantastico. Parabens Severo , aderbal, senhor alfredo, juliana, angelo osmiro, nota 10!
Marilia Lemos
Sensacional o apanhado do Presidente Ângelo Osmiro, parabens aos vaqueiros da história, parabens Alcino e volte logo ao nosso Cariri.
Pedro Brito
Cratinho de açucar
Parabenizo ao amigo Angelo Osmiro pelas excelentes colocações e aos comentaristas do Cariri Cangaço que complementam a idéia das tantas informações desencontradas quanto a cangaceira Sila.
O que já deu para notar muito bem é que alguns remanescentes do cangaço que escreveram livros, na verdade não escreveram nada, até porque eram pessoas rudes e de pouca cultura, a exemplo da própria Sila que teve como pano de fundo para os seus livros um ou dois escritores misteriosos que fantasiaram e mudaram as suas histórias. Tais fatos, comprovam muito bem as tantas informações desencontradas e contrarias, daí quando outros estudiosos e pesquisadores a entrevistavam para sanar tais dúvidas, ela ficava perdida e sem saber o que dizer, por vezes comprovando um ou outro erro ou acerto.
Pelo que parece, o que aconteceu com Sila que foi transformada em escritora, aconteceu com Volta Seca que foi transformado em compositor, cangaceiro esse que foi o que mais deu informações desencontradas nas suas tantas entrevistas, por vezes por conveniencia própria, por vezes, quem sabe, em troca de algum dinheirinho para a sua sobrevivencia.
Abraços a todos que fazem a familia Cariri Cangaço.
Archimedes Marques
O CANGAÇO PASSADO A LIMPO..
SIM, É ISSO QUE ESTÁ ACONTECENDO...
O ANGELO, O ADERBAL, O GECC/CARIRI-CANGAÇO ESTÃO DE PARABÉNS PELO EXCELENTE NÍVEL DOS DEBATES...
A CADA DIA VEJO, QUE ALGUNS MITOS/FATOS DO CANGAÇO ESTÃO CAINDO, NÃO SUPORTANDO UMA FORTE ANÁLISE CRÍTICA DESSA PLÊIADE DE RENOMADOS ESTUDIOSOS DO TEMA..
O CAMINHO ESTÁ ABERTO....É SÓ SEGUIR A TRILHA...RUMO, E COLOCAR NA VITRINE DOS ESTUDIOSOS OUTROS FATOS E FENÔMENOS DO CANGAÇO, QUE ERAM TIDOS COMO ABSOLUTOS...PARA ALGUNS..!!
Abraço a todos
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Membro do conselho Cariri-cangaço
Natal/RN
Bem, já que o debate se estendeu até o blog..., vamos lá!
Em relação aos questionamentos suscitados por Aderbal..., convenhamos que não é uma tarefa das mais fáceis discernir entre engano, mentira e falha de memória, principalmente em se tratando de uma personagem tão controversa como foi Sila.
A priori, mantenho meu posicionamento de antes, não tenho conhecimento de nenhum fato importante ou relevante que Sila tenha participado, bem como é fato que nada que ela tenha falado, seja verdade ou mentira, engano ou falha de memória, seja relevante para os rumos das pesquisas ou para a história.
Não é possível mensurar quem mais mentiu ou menos mentiu, quem mais se enganou ou teve falha de memória. O fato é que a imparcialidade não é um artifício fácil de ser usado quando se analisa um personagem histórico.
Sempre que algo vai de encontro à linha de pensamento do pesquisador, este, não sendo imparcial , sempre verá como resposta ao que está posto o saber discernir, separar o que é real da fantasia. Do contrário, aquilo que comunga de seu pensamento é tido como uma verdade inalterável e lógica.
Em síntese, não conheci Sila pessoalmente, o que sei sobre ela é resultado do que li, vi e ouvi da própria nas diversas entrevistas concedidas por ela.
Sila não nasceu com oitentas anos, ela chegou aos oitenta, por isso não se pode dizer que todas as coisas dissonantes ditas por ela são fruto de uma falta de memória.
Ao que me consta, desde muito cedo Sila Julgava-se uma artista, tanto que adotou outro nome, por achar que seu nome de batismo não soava bem para o mundo midiático... estranho isso, como pode uma pessoa tão ingênua que sequer corrigia os livros que eram assinados como sendo dela, tivesse uma noção tão boa de marketing.
Como pode uma mulher que sempre foi reta, correta e que só tenha contado uma mentirinha aqui, outra acolá, tenha se enganado aqui e falhado a memória ali, tenha sabido tirar proveito da situação de ex-cangaceira? São questionamentos que vagarão a ermo à procura de um lugar na história.
Juliana Ischiara
Mestre Alcino - obrigado pelas suas palavras gentis. Sendo elogiado por voce já me basta e me anima a continuar estudando, comprometido sempre com a verdade, simpatias e antipatias deixadas de lado em nome e respeito ao tema. Obrigado por lembrar desse seu admirador humilde.Abraço - Alfredo Bonessi -Professor-Pesquisador e membro fundador do GECC - SBEC
Nossa muito bom acho que essa controvesia todo pode tter acontecido porque ela nao era alfabetizada naqueles tempo era muito ruim em meio de bala morte acho que eu mim atrapalhava tbem
una maraviillosa historia, tan importante de conocer para poder evaluar y decdodificar las caracterìsticas de la època y las caracterìsticas viscerales de la lucha de clases... sumamente interesante.
Olá. Venho humilde, distante (sou do extremo sul do Brasil), e um tanto ignorante no assunto "cangaço"... Mas não menos apaixonado pelos relatos desse movimento, que durante o restante da história da humanidade, renderá o que falar. Sobre as declarações de Sila, em meu paupérrimo discernimento, não percebi má fé, em nenhum momento em que assisti suas entrevistas, nos mais variados canais da mídia... Enganos, lapsos de memória acontecem até em gente jovem, quem dirá de pessoa já, com vetusca idade, contaminada por sentimentos pós traumáticos, perseguida e assombrada, pelos rigores das experiências aterrorizantes do passado? João Alguém - Sul do Brasil.
minha mãe dizia que viu a cabeça de LAMPIÃO...na sua triste fúnebre jornada.
Se eu tivesse ouvido os relatos da Senhora Sila e sua vivência no Cangaço, debaixo de uma árvore qualquer, ou na mesa de um restaurante ou em bate papo trivial, eu entenderia isso como uma experiência de vida, como muitas outras que já ouvi. Porém, no caso dos Cangaceiros, o nosso interesse é sobre o Cangaço e, subsequentemente, sua vida após, pois foi esse fato que os transformaram em figuras públicas. Para tanto, compro seu livro. Verdade! O autor ganha pouco, e ao preço final do livro é acrescentado o valor da editora e impostos. A soma disso ( valor alto) sai do bolso do leitor. Posto isso, é pelo livro que ocorrerá a interação entre obra e leitor, sendo que é a partir do processo da leitura que a obra se constitui como tal. Portanto, o leitor é um caçador que percorre terras alheias. Apreendido pela leitura, cuja história da leitura supõe, em seu princípio, esta liberdade do leitor que desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor.
A partir disso, suponho que o livro não existe sem o leitor, visto que a sua existência pode ser apenas como objeto, porém, sem leitor, o texto é virtualidade. O mundo do texto só passa a existir quando alguém dele se apossa, inscrevendo-o na memória e o transformando em experiência, adquirindo conhecimento. O livro nos conta, relata, narra a verdade do outro num mundo que desconhecemos. Sendo assim, o justo seria, pelo menos, ser mais verdadeiro possível com o leitor. Porque sua verdade revelada ou não, tornar-se parte da leitura. No caso dos livros autobiograficos, a grosso modo, um gênero literário em que uma pessoa narra a história da sua vida. Uma biografia escrita ou narrada pela pessoa biografada, que, supostamente, o faz de livre e espontânea vontade. ( da qual como leitora fiz a minha parte, paguei pelo livro o preço solicitado, a procura, de no mínimo, um relato confiável, pois não se trata de obra de ficção. "O livro, coisa escrita, entra no mundo, onde cumpre seu papel: transformação, negação, critica ou decepção. E cabe ao leitor, de acordo com suas experiências de vida e vívidas, total direito de tecer seus comentários, determinando, se para ele e somente para ele, se a obra foi relevante ou não. Portanto, como LEITORA me inquieta e, MUITO, tantas contradições ( relatadas tanto em vídeo gravado onde a própria Sila se contradiz) e pesquisadores que defendem isso, esquecendo-se de nós: os leitores da obra que PAGAM. Parabéns, Angelo Osmiro! Belo trabalho
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