Era o começo da tarde do dia 09 de setembro quando saímos do centro histórico de Água Branca rumo a sua zona rural, nosso destino: Fazenda Cobra do grande coronel Ulisses Luna, uma das maiores lideranças do coronelismo alagoano nos primeiros idos do século passado. Foram cerca de 9 quilômetros por uma estrada de terra castigada pelas últimas chuvas de setembro, a comitiva do Cariri Cangaço comandada pelo Conselheiro Edvaldo Feitosa, formada por cerca de 25 veículos e mais de 100 participantes teriam a oportunidade de conhecer e voltar no tempo a partir da visita a Fazenda Cobra.
O Espetacular conjunto arquitetônico da Fazenda Cobra em Água Branca
Ingrid Rebouças e Camilo Lemos
Passo a passo a Família Cariri Cangaço adentrava no cenário
cheio de tradição e historia
Junior e Ranaise Almeida
Fred Parente, Manoel Severo, Claudia Helena e Renan Benevides
Jorge Remígio e Louro Teles
Keyla Teles e Ingrid Rebouças
A casa grande; uma das mais belas de todo o sertão alagoano; a seu lado as ruínas do velho engenho e a capela imponente, nos transportam ao cenário emblemático do começo do século XX , onde foram decididos os destinos da região e onde pisou, acolhido pelo coronel Ulisses Luna, o já famoso e incomparável Delmiro Gouveia. Ulisses Luna e os potentados de Água Branca ditavam da fazenda Cobra os rumos da politica e da economia de toda Alagoas. Por sua fazenda e engenho Cobra, passavam além de colonos, almocreves e comerciantes e políticos, as principais decisões que interferiam na vida de boa parte daquela região.
A partir de nossa chegada íamos nos perdendo por entre a grandeza histórica do cenário, por entre os cômodos da casa grande, o patamar e o interior da capela e as ruínas do engenho Cobra até sermos convocados pelo coordenador do evento, Conselheiro Cariri Cangaço, Edvaldo Feitosa que da suntuosa varanda nos apresentar a fazenda Cobra e seu mentor: Ulisses Luna.
A partir de nossa chegada íamos nos perdendo por entre a grandeza histórica do cenário, por entre os cômodos da casa grande, o patamar e o interior da capela e as ruínas do engenho Cobra até sermos convocados pelo coordenador do evento, Conselheiro Cariri Cangaço, Edvaldo Feitosa que da suntuosa varanda nos apresentar a fazenda Cobra e seu mentor: Ulisses Luna.
Coronel Ulisses Luna
"...homem de extremo poder político, mantinha ainda um pequeno exercito de jagunços a sua inteira disposição na Cobra..."
Cariri Cangaço e a Arte do Encontro...
O mago das imagens, Aderbal Nogueira
"...homem de extremo poder político, mantinha ainda um pequeno exercito de jagunços a sua inteira disposição na Cobra..."
Celsinho Rodrigues, Manoel Severo, Elane Marques e Camilo Lemos
Cariri Cangaço e a Arte do Encontro...
O mago das imagens, Aderbal Nogueira
Conselheiro Cariri Cangaço Edvaldo Feitosa e a apresentação da Fazenda Cobra e Ulisses Luna aos convidados do Cariri Cangaço 2017
Padre Cícero... Lili, Tassio Sereno, Luciano Costa e Quirino: Pisando chão sagrado...
Cláudia Helena, Renan Benevides e Quirino Silva
Tássio Sereno, Luciano Costa e Quirino Silva
Alunos da rede pública de Água Branca
Célia Maria
Rita Pinheiro
A casa de estilo colonial, a partir de suas imponentes colunas que a circundam, seus grandes salões e sótão, mostram a imponência do lugar, sua rica mobília datada do século 19, foi transferida pela família para o Rio de Janeiro. A capela onde um dia jaziam os corpo do coronel Ulisses Luna e familiares se mantém como centro de oração para os atuais moradores do local, o assentamento sem-terra.
Não podemos dizer que o coronel Ulisses Luna não teve uma vida cheia de muitas emoções. Homem de extremo poder político, mantinha ainda um pequeno exercito de jagunços a sua inteira disposição na Cobra, foi casado por quatro vezes e acabou ficando viúvo de tres de suas esposas e teve 18 filhos...Na Cobra acolheu e impulsionou o visionário Delmiro Gouveia.
Delmiro Augusto da Cruz Gouveia (1863-1917) nasceu na Fazenda Boa Vista, em Ipu, Ceará, no dia 5 de junho de 1863. Filho de Delmiro Porfírio de Farias e Leonilda Flora da Cruz Gouveia. Seu pai lutou como voluntário na Guerra do Paraguai e não mais voltou. Sua mãe foi para o Recife onde casa-se com o advogado Meira Vasconcelos, seu patrão. Em 1878, Delmiro fica órfão de mãe e com quinze anos arranja seu primeiro emprego, como condutor e bilheteiro do bonde que ia de Apipucos para o Recife. Em 1881, trabalha como caixeiro. Em 22 de agosto de 1883, casa-se com a filha do tabelião da cidade de Pesqueira, interior de Pernambuco, Anunciada Candida (Iaiá),
com apenas treze anos de idade.
Aderbal Nogueira e Maristela Mafuz
Aderbal Nogueira, testemunhas da historia na fazenda Cobra
Célia Maria e Tássio Sereno e o Prefeito de Água Branca José Carlos, anfitrião do Trilogia
Voldi Ribeiro e todas as facetas de Delmiro Gouveia
Cláudia Helena e Ingrid Rebouças
Idas e vindas num cenário deslumbrante bem no meio do sertão alagoano
Rita Pinheiro e Jorge Figueiredo
Foi ali na fazenda Cobra que o coronel Ulisses Luna em 1902 depois de uma bem engendrada trama entre a aristocracia rural alagoana recebeu o não menos lendário Delmiro Gouveia, logo depois que o mesmo havia raptado Carmela Eulina, que viria ser sua esposa. O coronel Ulisses Luna criou as condições favoráveis para que o empreendedor e visionário Delmiro Gouveia pudesse se estabelecer e consolidar novamente seu império, desta vez a partir do povoado da Pedra no sertão alagoano, atual cidade de Delmiro Gouveia.
Carmela Eulina do Amaral Gusmão
"Em 1902, rapta Carmela Eulina do Amaral Gusmão, então com 15 anos, vive com ela rumoroso caso passional. O escândalo desencadeou um processo judicial por rapto e sedução de menor. Para escapar à ordem de prisão, embarcou incógnito num navio com destino ao antigo porto fluvial de Penedo (AL), às margens do São Francisco. Em 1903, desembarcou na pequena estação do povoado da Pedra.
Delmiro foi bem recebido pela oligarquia local e logo se estabeleceu no ramo que melhor conhecia, o negócio de couro de bois e pele de cabras. Sem alarde, foi comprando todas as terras do entorno da estação até o São Francisco. Aos poucos, foi se firmando como um dos maiores latifundiários da região, com terras que alcançavam a cachoeira de Paulo Afonso. Em fevereiro de 1903, obteve um habeas corpus que o manteve em liberdade, mas a decisão de permanecer na Pedra
já estava tomada."
Cariri Cangaço Trilogia
Fazenda Cobra, Zona Rural
09 de Setembro de 2017, Água Branca-Alagoas
3 comentários:
Depois do meu casamento e depois dos nascimentos dos meus 4 FILHOS, foi um dos melhores finais de semana que eu passei. Muito bom participar da Família Cariri Cangaço. Vou até rimar: Sempre que puder, irei aonde ela estiver.
Abraços de SerTão Nordestino.
Um dia maravilhoso repleto de história e nordestinidade! Viva o Cariri Cangaço!
Será que o Sr. Ulisses Luna é meu parente?
Sou da Família Luna!
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