A tarde do último dia 28 de abril de 2018; um sábado de sol
na capital do Ceará, testemunhou a chegada em grande estilo do Cariri Cangaço a
um dos mais preciosos templos da intelectualidade nordestina. Nos salões nobres da
Academia Cearense de Letras; no majestoso Palácio da Luz; aconteceu o terceiro
dia do Cariri Cangaço Fortaleza 2018.
Pesquisadores e escritores dos temas cangaço,coronelismo e messianismo promoveram um encontro antológico com o templo das letras da capital alencarina. O cordel, a xilogravura, as artes plásticas, a poesia, a cantoria, o som precioso do acordeon, enfim; celebravam no Cariri Cangaço Fortaleza o encontro da verdadeira alma nordestina.
"A Academia Cearense de Letras, fundada em 15 de Agosto
de 1894, é a mais antiga de todas as academias de letras do País, anterior
mesmo a Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897.Sua sede é o Palácio da
Luz, possivelmente o mais antigo prédio público de Fortaleza, feito ao redor de
1781. Com palaciana arquitetura, foi a sede do Governo do Estado do Ceará, por
mais de um século e meio. A entidade
abriga quatorze outras entidades do gênero literário, do Estado, que não
possuem sede própria, havendo-se tornado, portanto, em movimentado centro
cultural. Possui excelente estrutura acadêmica, a qual foi restaurada e
requalificada , com auditórios, salões de honra, importante
biblioteca com 25.000 livros, área externa para encontros literários;, chamada
de Jardim dos Poetas; importantes obras de arte, quadros de pintores famosos
etc.Por ela tem passado, seja como patronos, seja como sócio efetivos, filhos
ilustres, tais como José de Alencar, Farias Brito, Clóvis Bevilacqua,
Capistrano de Abreu e Rachel de Queiroz, entre tantos outros." José Augusto
Bezerra,
acadêmico e ex-presidente.
O Cariri Cangaço Fortaleza reservou uma programação
especialíssima para seu terceiro dia. O evento reservou para a Academia
Cearense de Letras; conferências, lançamentos de livros, feira de cordel e de
literatura do cangaço e nordestina, além de várias apresentações artísticas das
mais variadas naturezas da cultura nordestina, seguido de coquetel aos
presentes, em seu encerramento. Antes mesmo da abertura oficial do evento, todos os presentes foram acolhidos por espetacular performance teatral do grande ator cearense Aldo Anísio.
Pedrinho Popoff, Cecília do Acordeon, Deisielly do Acordeon, Francine Maria e
Pedro Lucas nas boas vindas aos convidados
Grande Festa na abertura do Cariri Cangaço Fortaleza nos salões da
Academia Cearense de Letras
C onstruído com o auxilio de mão-de-obra indígena, o Palácio da Luz serviu inicialmente de residência ao capitão-mor Antônio de Castro Viana. Pertenceu posteriormente à Câmara Municipal, sendo depois vendido ao Estado para abrigar o Governo, pela Provisão Régia de 27 de julho de 1814;edificação do século XIX, o Palácio é um polígono com frentes para a rua Sena Madureira, Praça General Tibúrcio e Rua do Rosário e fundos para a rua Guilherme Rocha- Centro da cidade de Fortaleza. A parte oriental do edifício, onde funcionava o gabinete do Presidente, é de um andar em consequência da depressão do terreno, e a parte ocidental, que é térrea, era destinada à Secretaria do Interior. O lado sul da edificação era ocupado pela residência dos Presidentes do Estado.
Ainda na primeira metade do século XIX, a edificação passou por várias transformações, em 1839, foram realizados alguns acréscimos que levaram a edificação até a rua de baixo, atual Rua Sena Madureira. Em 1847, o Presidente Ignácio Correia de Vasconcelos, construiu uma muralha de 384 palmos de extensão para sustentar o aterro do largo do palácio (a conhecida Praça dos Leões). Com essa medida, o largo se transformou numa espécie de passeio público, pois foram levantados pilares na referida muralha, guarnecendo-a de assentos e gradaria de ferro e no centro uma escadaria para dar passagem para a rua de baixo. O Palácio foi, por 162 anos (1808-1960), a sede do Governo do Ceará. Nesse majestoso prédio, construído na época do Brasil Colônia, passaram mais de 100 governantes e seus familiares, os quais presenciaram os momentos supremos da história do estado do Ceará. Como disse Gustavo Barroso: “Ele por si só representa uma peregrinação ao passado, em 1989, o então presidente da Academia Cearense de Letras (a mais antiga instituição do gênero no país, fundada a 15 de agosto de 1894), acadêmico Cláudio Martins, conseguiu junto ao governador
Tasso Jereissati o Palácio da Luz para ser a sede da Academia Cearense de Letras.
Os salões da Academia Cearense de Letras recebe a imensa família Cariri Cangaço
A Mesa solene contou com o curador do Cariri
Cangaço, Manoel Severo; com a representante da Academia Cearense de Letras,
escritora Regina Fiúza; com o presidente do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, escritor Ângelo Osmiro; com o presidente do Instituto dos Advogados do Ceará, João de
Lemos; com o presidente da Sociedade Cearense de Geografia e Historia, jornalista
Vicente Alencar; com a presidente da Academia Lavrense de Letras, escritora Cristina Couto e com o presidente da Academia Canindeense de Letras, poeta Klevisson Viana.
Regina Fiuza, Manoel Severo, Angelo Osmiro, Vicente Alencar e João de Lemos
João de Lemos, Vicente Alencar, Ângelo Osmiro, Manoel Severo, Regina Fiúza e Klevisson Viana
O primeiro momento da solenidade foi a entrega dos Diplomas
de "Amigo do Cariri Cangaço" a personalidades do universo cultural do
estado do Ceará e do nordeste, os agraciados receberam das mãos dos
Conselheiros; Jorge Remígio, Archimedes e Elane Marques e ainda da historiadora
Noádia Costa. Os diplomas foram concedidos à pesquisadora e escritora Luitgarde
Oliveira Cavalcanti Barros, à escritora Regina Fiúza, ao cineasta Jonas Luis da
Silva, de Icapuí, ao jornalista Vicente Alencar, às educadoras Fátima Lemos e
Nenenzinha Mangueira e ao advogado Rômulo Alexandre Soares. Na mesma oportunidade o Cariri Cangaço concedeu o Diploma à Academia Maria Ester de Leitura e Escrita, pelos relevantes serviços prestados a cultura e formação dos jovens cearenses.
Manoel Severo apresenta os agraciados com o Diploma do Cariri Cangaço
Archimedes e Elane Marques, Jorge Remídio e Noádia Costa;
responsáveis pela entrega dos Diplomas
Luitgarde Barros recebe seu Diploma de "Amiga do Cariri Cangaço"
O reconhecimento do Cariri Cangaço à grande Dama da pesquisa de temas nordestinos, Luitgarde Barros
Jornalista e radialista Vicente Alencar, presidente da
Sociedade Cearense de Geografia e História
Cineasta e educador Jonas Luis da Silva, de Icapuí, ao lado de Jorge Remígio
Noadia Costa e escritora Regina Fiúza, diretora administrativa da
Academia Cearense de Letras
Dr Rômulo Alexandre Soares da Câmara Brasil-Portugal ao lado de Archimedes Marques
Educadora Fátima Lemos, diretora do colégio Maria Ester e membro da Academia Lavrense de Letras, e Educadora Isabele Pinheiro, coordenadora da Academia Maria Ester de Leitura e Escrita, recebem das mãos de Elane Marques.
Educadora Nenenzinha Mangueira, ex-secretária de educação de Lavras da Mangabeira, diretora do colégio Dom Quintino e membro da Academia Lavrense de Letras; entusiasta do Cariri Cangaço, recebeu das mãos da historiadora Noádia Costa.
Em seguida a Academia Lavrense de Letras, através de sua presidente, escritora Cristina Couto, concedeu o Título
de Sócio Honorário e de Honra ao Mérito a várias personalidades de destaque do
universo das letras e cultura do nordeste. Os agraciados; Professor Benedito
Vasconcelos, escritor Ângelo Osmiro, advogado Paulo Quezado, advogado Rômulo Alexandre e Poeta Geraldo Amâncio, foram saudados
pela presidente da Academia; e ainda por Fátima Lemos, Manoel
Severo, Linda Lemos, Nenenzinha Mangueira e João de Lemos.
Presidente da Academia Lavrense de Letras e Conselheira Cariri Cangaço, escritora Cristina Couto apresenta os agraciados da tarde
Senhora Renata Soares e Dr Rômulo Alexandre Soares
Fátima Lemos entrega o Título a Dr Rômulo Alexandre Soares
Presidente do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, escritor Ângelo Osmiro, recebe das mãos dos acadêmicos Juarez Leitão e Regina Fiúza o Título da ALL.
Poeta Barros Alves e educadora Nenenzinha Mangueira entregam Título
ao Dr Paulo Quezado
Presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, Dr João de Lemos
saúda o poeta Geraldo Amâncio
João de Lemos, Geraldo Amâncio e Cristina Couto
A primeira conferência da tarde teve como tema, "Padre
Cícero Romão Batista" sob a responsabilidade de uma das maiores
autoridades na temática, do Brasil; Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, do Rio de Janeiro. A seu
lado tres legendas do estudo do santo padre nordestino; poeta Barros Alves, de Fortaleza, escritor e pesquisador Daniel
Walker, de Juazeiro do Norte e escritor e pesquisador Urbano Silva, de Caruaru, protagonizaram um dos mais importantes momentos de todo o Cariri Cangaço em sua edição alencarina.
Professora Luitgarde Oliveira Cavalcante Barros e a figura mítica de
Padre Cícero Romão Batista
Sem sombras de dúvidas uma das mais significativas e ao mesmo tempo polêmicas personalidades de nosso nordeste e porque não dizer do Brasil, foi o santo padre do Juazeiro do Norte, o cearense do século. O Cícero Romão Batista nascido no Crato, ordenado em Fortaleza e que realizando sua Missão sacerdotal no antigo "Tabuleiro Grande" viria a se tornar a figura mais estudada do clero brasileiro, com mais de cinco centenas de publicações a seu respeito, despertando amor e ódio entre todos aqueles que entraram em contato com sua controversa historia e legado.
Dentre os muitos e muitos episódios marcantes na vida de Padre Cícero que vieram a se tornar emblemáticos para a história não só do Ceará, mas do nordeste como um todo, a mesa presidida por Luitgarde Barros destacaria os mitos e as verdades do polêmico episódio da concessão da "patente de capitão" a Virgulino Ferreira em 1926. "Só aquele que desconhece totalmente a história e não buscou realizar uma pesquisa séria e criteriosa poderá creditar a Padre Cícero essa infame patente de capitão a um bandido".
Pesquisador, poeta e comunicador, professor Urbano Silva de Caruaru e a força do Ceará a partir de seus tres grandes mitos: Padre Ibiapina, Antônio Conselheiro
e Padre Cícero
Pesquisador e escritor Daniel Walker de Juazeiro do Norte, uma das maiores autoridades do país tratando-se da pesquisa sobre Padre Cícero
Comunicador, pesquisador, poeta e escritor Barros Alves, de Fortaleza: "Beato de meu padim desde criança"
Na oportunidade e dentro da programação do Cariri Cangaço Fortaleza a professora Luitgarde Oliveira Cavalcante Barros realizou o lançamento da mais nova edição de uma de suas mais festejadas obras sobre a literatura do tema cangaço, "A Derradeira Gesta - Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão." Apoiada na literatura antropológica sobre o cangaço, em acervos de documentos e entrevistas, Luitgarde Barros conta que Lampião era membro de uma família de pequenos proprietários e que entrou na vida do crime ainda na adolescência.
"O cangaço não é de origem pobre, mas nasce de proprietários remediados, comerciantes e donos de tropas de cavalos e burros. O próprio Virgulino Ferreira, antes de tornar-se Lampião, possuía terras e animais. Mas ainda jovem, em 1916, começou a agir como cangaceiro, sendo cabra dos Porcino, uma família criminosa que agia em Alagoas", afirma, referindo-se ao grupo dos irmãos Pedro, Antonio e Manuel Porcino.
Dando prosseguimento à programação, o médico e escritor Helvécio Feitosa, lançou seu livro A Raposa do Pajeú, que contou com a apresentação do também médico, Roger Murilo Soares. Helvécio Feitosa em sua fala nos aproximou um pouco deste espetacular personagem Capitão Simplício Pereira da Silva, "a obra trata-se de uma pesquisa histórica, biográfica e genealógica, que tem como personagem central o Capitão, e depois Tenente-Coronel da Guarda Nacional, Simplício Pereira da Silva, figura lendária no sertão pernambucano."
"O cangaço não é de origem pobre, mas nasce de proprietários remediados, comerciantes e donos de tropas de cavalos e burros. O próprio Virgulino Ferreira, antes de tornar-se Lampião, possuía terras e animais. Mas ainda jovem, em 1916, começou a agir como cangaceiro, sendo cabra dos Porcino, uma família criminosa que agia em Alagoas", afirma, referindo-se ao grupo dos irmãos Pedro, Antonio e Manuel Porcino.
Luitgarde Barros autografa a mais nova edição de "A Derradeira Gesta- Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão..."
"No seu livro de maior impacto a professora Luitgarde presta relevante serviço à memória nacional, desmistificando o suposto heroísmo do bando de Lampião. Vale a pena reproduzir o comentário da professora Lena Medeiros de Menezes, titular de História da UERJ: Analisando o cangaço a partir de suas entranhas, a autora coloca toda a sua erudição, seu rigor científico e sua emoção, trilogia que garante a excelência da obra, na construção de uma história vista de baixo, que permite colocar em foco a luta entre Ferreiras e Nazarenos em um quadro mais amplo de significados."
Dando prosseguimento à programação, o médico e escritor Helvécio Feitosa, lançou seu livro A Raposa do Pajeú, que contou com a apresentação do também médico, Roger Murilo Soares. Helvécio Feitosa em sua fala nos aproximou um pouco deste espetacular personagem Capitão Simplício Pereira da Silva, "a obra trata-se de uma pesquisa histórica, biográfica e genealógica, que tem como personagem central o Capitão, e depois Tenente-Coronel da Guarda Nacional, Simplício Pereira da Silva, figura lendária no sertão pernambucano."
Dr Roger Murilo Soares apresenta "Raposa do Pajeú" de Helvécio Feitosa
Luitgarde Barros e Helvécio Feitosa
Helvécio Feitosa e Manoel Severo
E continua Helvécio, "o Capitão Simplício, também conhecido entre os desafetos pela alcunha de “Peinha de Mão” (uma referência à sua baixa estatura), participou de todas as lutas importantes da época em que viveu (primeira metade do século XIX), na Ribeira do Pajeú de Flores e no Cariri cearense. Foi o Senhor absoluto de “famosas legendas guerreiras e árbitro da elegância beliciosa de seu tempo”. Não se tem conhecimento de outro sertanejo mais célebre em sua época do que Simplício Pereira, cuja história e estórias não têm fim no sertão. Não há registro de nenhuma rebelião, de nenhuma luta famosa em sua época, da qual o Capitão Simplício Pereira não tenha tomado parte, a começar pelas brigas em sua fazenda Cachoeira, com os índios Mináus, Xocós ou Cariris."
Fádina e Istvan Major entregam a Manoel Severo na Academia Cearense de Letras
um exemplar da arte em miniatura do artista plástico Istvan Major, representando um pequeno cangaceiro montado.
Uma das mais espetaculares e sangrentas sagas nordestinas se
fez presente no Cariri Cangaço Fortaleza 2018 com o lançamento de O Império dos
Rifles, do pesquisador e escritor exuense, Bibi Saraiva. Sensacional
obra que nos traz a história de um dos mais emblemáticos conflitos familiares
do Brasil: Alencar x Sampaio e Saraiva, nas terras de Exu, no Araripe
pernambucano.
Considerado pelo jornal New York Times dos Estados Unidos como a mais longa, sangrenta e famosa luta familiar da América do Sul, a “síndrome de Exu”, “hecatombe de Exu” ou simplesmente “Guerra de Exu”, protagonizada pelas famílias Alencar, Sampaio e Saraiva e seus agregados, surgiu durante as primeiras lutas nativistas no interior do Nordeste em um duelo travado pelo general Sampaio, governador das Armas do Ceará e Bárbara Pereira de Alencar, cognominada heroína da Revolução Pernambucana de 1817. Esse histórico pugilato, se estendeu até meados da década de 80, ganhando notoriedade no meio do jornalismo policial mundial.
Escritor Francisco Robério Saraiva Fontes, ou Bibi Saraiva e o seu Império dos Rifles
O Império dos Rifles; de Bibi Saraiva; já com sua mais nova edição; revisada e ampliada; no forno, terá o prefácio luxuoso da pesquisadora Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, que revelou: "Tenho contato com essa história da luta de Exu já há muito tempo e agora o Cariri Cangaço me coloca diante do ilustre escritor Bibi Saraiva que me pede para prefaciar a mais nova edição de seu livro; meu Deus !!! Como são as coisas deste mundo, desafio aceito."
Cristina Couto e o lançamento de "Tragédia de Princesa: O caso Dr. Ildefonso Augusto de Lacerda Leite"
Cristina Couto, pesquisadora e escritora, presidente da
Academia Lavrense de Letras e Conselheira do Cariri Cangaço, lançou sua obra A
Tragédia de Princesa: O caso Dr. Ildefonso Augusto de Lacerda Leite que procura elucidar, através de um trabalho exaustivo de pesquisa, um dos mais clássicos casos de assassinato nos sertões nordestinos, quando o neto de
uma das mais proeminentes matronas sertanejas, dona Fideralina Augusto, de
Lavras da Mangabeira no Ceará é barbaramente morto nas terras de outro grande
potentado sertanejo, coronel José Pereira; em Princesa Isabel, Paraíba.
Poeta Geraldo Amâncio e o lançamento de "Fideralina - A matriarca de ferro"
A pequena Francine Maria e a apresentação do cordel de Geraldo Amâncio sobre a vida e a morte de Antônio Conselheiro
A programação do Cariri Cangaço Fortaleza ainda reservaria surpresas para a tarde noite na Academia Cearense de Letras. Um dos mais importantes ícones da cantoria e poesia popular nordestina; ao lado de Cego Aderaldo e Patativa do Assaré; o poeta de Cedro, Geraldo Amâncio realizou o lançamento de sua obra "Fideralina a Matriarca de Ferro" e brindou aos presentes com algumas de suas antológicas composições.
Chico Pedroza, Geraldo Amâncio e Manoel Severo no Cariri Cangaço Fortaleza
"Geraldo Amâncio, cearense de Cedro, é um dos grandes da poesia e da cantoria, expressão das mais sofisticadas das artes do povo. Esse admirável cantador tem a sagacidade repentista de um Pinto do Monteiro, a erudição de João Martins de Athayde e Leandro Gomes de Barros, a aura mítica e o empreendedorismo de um Cego Aderaldo, a jocosidade de um Louro Branco e a consciência social de um Patativa do Assaré. A história desse artista do povo mescla-se, assim, com a melhor herança cultural nordestina. É um multicampeão em festivais e congressos de cantoria, obtendo mais de 150 primeiros lugares, em mais de 200 festivais competitivos de que participou. Tal fato demonstra que, além da inspiração e da grande capacidade de improviso, é dono de memória e domínio da técnica de cantoria realmente extraordinários."
Rosemberg Cariry
Ian Fermon, lança seu primeiro cordel dentro da programação do
Cariri Cangaço Fortaleza
Nos momentos finais deste terceiro dia de Cariri Cangaço
Fortaleza 2018, a Academia Cearense de Letras ainda iria testemunhar a
apresentação de outro pequeno artista da cultura do nordeste, o jovem Ian
Fermon de Fortaleza, um pesquisador mirim, dedicado a historiografia do
cangaço e as coisas do sertão, lançou um seu primeiro cordel, mostrando a todos o talento da mais nova geração de artistas do Ceará. "Era um grande sonho me apresentar no Cariri Cangaço, sonho agora realizado, foi emocionante, apesar de todo meu nervosismo" revela um animado Ian Fermon.
Cariri Cangaço Fortaleza
Terceiro dia, Academia Cearense de Letras
Palácio da Luz
Um comentário:
Sensacional meu amigo, o deguste da cultura cearense em meio a grandes amigos de nomes consagrados não tem precp.
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