O Último Apito chega ao Cariri Cangaço

Manoel Severo

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Em mais um grande evento, o Cariri Cangaço ao lado do Café Patriota apresentaram na noite deste último dia sete de maio, terça-feira, a exibição seguida de debate, do documentário "O Último Apito" do cineasta Aderbal Nogueira. O documentário; resultado de mais de dez anos de pesquisa e gravações; mostra o relato forte e emocionante de ex-ferroviários, resgatando aspectos históricos; desde a implantação da estrada de ferro no fim do século XIX até a desativação do trem de passageiro na década de 1980.

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 Manoel Severo e as boas vindas aos convidados Cariri Cangaço-Café Patriota

Aderbal Nogueira e a apresentação do Último Apito

Público lotou as dependências do Café Patriota

Dra Maria Amélia, Ingrid Rebouças e Maristela Mafuz

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A noite teve seu inicio com as boas vindas do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo que lembrou: "Já trouxemos ao Café Patriota, Virgulino Ferreira, o episodio de Angico, a Literatura do Cangaço, Luiz Gonzaga e Dominguinhos e hoje estamos tendo a satisfação de invadir este salão com o último apito, um documentário espetacular sobre a historia da estrada de ferro no Ceará "; em seguida convidou ao diretor do documentário, Aderbal Nogueira para fazer a apresentação do documentário.

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Por mais de uma hora os expectadores puderam conhecer as histórias curiosas que envolvem essa apaixonante saga ferroviária no estado do Ceará. Aderbal Nogueira confessa: "o sonho de produzir um documentário sobre a história da ferrovia no Ceará teve origem na minha infância. Meu avô , João Nogueira de Freitas, era funcionário da antiga Rede Viação Cearense (RVC), era condutor de trole puxado a motor no serviço de agentes e diretores da companhia em trabalho de fiscalização e inspeção entre as estações, daí as viagens de trem estão na minha memória, eu precisava realizar esse trabalho e homenagear aos ferroviários, verdadeiros apaixonados pela estrada de ferro."

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Marciano Girão, Manoel Severo e Comendador Mariano

Dra Maria Amélia, Alvaro Neto, Sara Saraiva e Nalu Souza 

Marcelo Leal, Nair Lima e Suely

Arnaldo Nogueira e Manoel Severo

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Com o Salão Nobre totalmente lotado o Café Patriota testemunhou fragmentos de uma das mais emocionantes historias de desenvolvimento do Ceará. A estrada de ferro foi sem dúvidas um grande e importante indutor de desenvolvimento para as inúmeras cidades e regiões por onde passava. Além do transporte vital de cargas, a estrada de ferro promovia a aproximação das pessoas em uma época em que pouco se ouvia falar de ônibus ou de qualquer outro transporte coletivo rodoviário.

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 Manoel Severo, Hamilton Pereira e Aderbal Nogueira

 Afrânio Gomes, Tomaz Cisne e Manoel Severo

Carlos Guillard, Comendador Mariano e Aderbal Nogueira

Henrique Fontenelle, Manoel Severo e Aderbal Nogueira

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"O Último Apito" nos traz a história da implantação da estrada de ferro desde os tempos do império nos idos de 1870, passando por seu primeiro ramal: Fortaleza até o bairro da Parangaba, a partida da primeira composição de 1873, retratando o inicio da gloriosa vida da Maria-Fumaça, depois pela chegada até Baturité descendo ao sul e invadindo o sertão central até chegar à rica região do Cariri cearense em 1927.

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Aderbal Nogueira ressalta o trabalho dedicado de uma equipe comprometida de dez técnicos que realizou inúmeras viagens por várias cidades do interior do Ceará, buscando os elos perdidos dessa espetacular historia. Cenários, personagens, situações, tudo foi cuidadosamente sendo montado a partir da memoria e a emoção dos remanescentes, como também  de documentos e registros oficiais históricos, na construção desse resgate .
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Manoel Severo, Hamilton Pereira e Aderbal Nogueira

 Hamilton Pereira e Aderbal Nogueira

Manoel Severo e poeta Paulo de Tarso

Marcelo Leal

 Manoel Severo, Livio Ferraz, Hamilton Pereira e Aderbal Nogueira

 Roberto Gomes, Manoel Severo e Galdino Freitas

Herton Cabral, Manoel Severo, Marcelo Leal e Alberto George 

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Quem acompanhou a exibição do "Último Apito" no Cariri Cangaço-Café Patriota, testemunhou a grande emoção que reinava entre todos os entrevistados, funcionários da estrada de ferro; ex-ferroviários, maquinistas, mecânicos, foqueiros, chefes de escritório, engenheiros, enfim; muitos deles chegando às lágrimas quando retornavam no tempo e a saudade do badalar do sino das estações e o apito da Maria-Fumaça tomava conta do coração de cada um deles, espetacular !

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Herton Cabral, Paulo de Tarso, Marciano Girão, Ingrid Rebouças, Manoel Severo, 

Alvaro Neto e Nalu Souza

Carlos Guillard, Manoel Severo e Leo Henriques

Sara Saraiva, Ingrid Rebouças e Nalu Souza

Dhayana e Daniel Cruz

Sandro e Carlos Guillard

Marcelo Leal e Ingrid Rebouças

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Após a exibição do documentário, Manoel Severo convidou novamente o produtor Aderbal Nogueira e o convidado especial da noite, engenheiro da estrada de ferro, Dr. Hamilton Pereira, para um debate com a participação dos convidados. "A chegada do trem nas estações do interior era um verdadeiro acontecimento, toda a cidade reunia para aguardar a chegada dos passageiros. O charme estava presente desde o uniforme do responsável pela composição passando pelas moças bem vestidas do lugar, os chapéus e fraques dos cavalheiros, tornando aqueles momentos inesquecíveis. A última viagem aconteceu no ano de 1988." Confirma Hamilton Pereira.

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Arlindo Barreto, Hamilton Pereira e Aderbal Nogueira 

Maria Moura, Ingrid Rebouças e Nalu Souza

Ingrid Rebouças e Hamilton Pereira

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"O primeiro trem no Ceará saiu de Fortaleza em direção a Pacatuba em 30 de novembro de 1873. A Estação de Trem de Fortaleza, conhecida por Central, foi construída em 1880 e a denominação oficial de Estação João Felipe, em homenagem ao ministro cearense, no governo republicano de Floriano Peixoto, ocorreu em 1946. Atribui-se a padre Cícero a intenção de que a ferrovia não seguisse até a cidade de Crato. O fim da linha férrea seria em Juazeiro do Norte." 
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O documentário "O último apito" tem imagens de Aderbal Nogueira, Wilson Freires, Izaías de Lima, Marcos André Rodrigues e Willam Lima. Reportagens de Lívia Fersernache e Vânia Galceran. A edição é de Marcos André Rodrigues e Wellington Julião. A fotografia é de Aderbal Nogueira e Wilson Freires, e fotos do arquivo de Hamilton Pereira, Assis Lima, Nirez e da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
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O Último Apito
Cariri Cangaço-Café Patriota
07 de Maio de 2019, Fortaleza,CE