Marconino Diniz, o "Caboco Marcolino"
O Poderoso coronel José Pereira, de Princesa
Nascido das casas abastardas e herdeiras do poder colonial, esses personagens tinham na grande maioria a imagem de patriarcas intocáveis, protetores de sua gente de seus domínios, admirados e exaltados; a esses era garantida também muitas vezes, a administração das "coisas do estado", uma vez que o mesmo se mantinha distante dos rincões intermináveis da nação. Ali começava a se formar a essência do que décadas depois viria a ser conhecido como o "Coronel". A Figura basicamente surge inicialmente com a criação da Guarda Nacional, ainda na época das Regências, e se consolida ate o final da velha república.
A Guarda Nacional foi criada para manter a ordem nas mãos dos que tinham força e poder. Homens entre 21 e 60 anos que tivessem renda de 200 mil-réis nas quatro maiores cidades e 100 mil-réis no resto do país estavam credenciados para fazer parte da tropa, já os cargos superiores, o oficialato era nomeado pelo ministro da Justiça com a indicação dos mandatários das províncias, seus presidentes; nasciam os Coronéis !
Podemos destacar os presidentes, Campos Sales; entre 1898 e 1902; e seu sucessor Rodrigues Alves; entre 1902 a 1906; consolidadores da famigerada “políticas dos governadores”, instituto que ensejou por todo o país a expansão e fortalecimento das oligarquias rurais, daí viríamos a conhecer um dos mais sombrios e violentos períodos da história de nosso sertão, do norte a sul, de leste a oeste.
Coronel Veramundo Soares; o poder em Salgueiro
O mandatário principal tornar-se-ia coronel, esse era o cargo e posto mais elevado da Guarda Nacional, depois por ordem de hierarquia o poder passava pelo tenente-coronel, a seguir o major e e assim por diante. A Guarda que havia nascido para compor um poder ligado à segurança acabou produzindo na verdade chefes e chefetes políticos com amplo poder diante das esferas estaduais e federais, dai a ligação com os destinos do sertão e com tudo que lhes dizia respeito passou a ser uma constante, inclusive diante da mais polêmica e perigosa de todas as ligações: Coronéis e o Cangaço.
Nomes como Coronel Santana, da Serra do Mato, no cariri cearense; Antônio da Piçarra, também do sul cearense; Zé Pereira, de Princesa e Marcolino Diniz de Patos de Irerê na Paraíba e Veramundo Soares de Salgueiro em Pernambuco são os nomes dos personagens principais dos Grandes Encontros Cariri Cangaço OPINIÃO e para entendermos melhor essa relação supostamente simbiótica, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço recebe os pesquisadores: Vilson da Piçarra, do Ceará; José Tavares de Araújo Neto, da Paraíba e Cícero Aguiar de Pernambuco nesta próxima quarta-feira, dia 15 de setembro de 2021, AO VIVO, ÁS 19H30 no canal do YouTube do Cariri Cangaço.
Imagens da prévia do programa realizada na tarde desta terça-feira, 14 de setembro
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