A
programação da manhã contou em primeiro lugar com a conferência “Cangaço, Surgimento
e Aspectos Gerais” ministrada pelo Conselheiro Cariri Cangaço e membro do GPEC,
pesquisador e escritor Bismarck Oliveira. Em sua apresentação Bismarck Oliveira
fez uma viagem no tempo e no espaço trazendo os principais aspectos da formação
do povo e da região nordeste desde a época da colonização até o início do século
passado, aprofundando a partir de uma análise técnica os principais fatores que
influenciaram o surgimento do fenômeno do cangaço no sertão nordestino. Para o
Conselheiro Cariri Cangaço, Luiz Ferraz, que fez parte da Mesa de Debates, “o
escritor Bismarck nos presenteou com uma aula verdadeiramente sensacional sobre
o surgimento do cangaço e todos os fatores que colaboraram com sua consolidação
por mais de um século, foi um momento único”.
Quem
opina é o jornalista João Costa, um dos mentores do Simpósio Cariri Cangaço
Serra da Borborema e também participante da Mesa de debates; “entre acadêmicos
há um analogia jocosa que diz: entre os gregos, simpósio era a 2ª parte de um
banquete em que os convivas bebiam e ouviam músicas; com o tempo, simpósio
passou significar encontro no qual diversos oradores debatem determinado tema
perante um auditório – e foi o que ocorreu durante o Simpósio cariri Cangaço
Serra da Borborema, aqui no auditório do CCJ da Faculdade de Direito da UEPB,
em Campina Grande, sensacional”.
O segundo período continuaria com a mesma intensidade. O primeiro conferencista da tarde foi o pesquisador João de Sousa Lima, Conselheiro Cariri Cangaço que abordou o tema “Nos Caminhos do Cangaço – A Força da temática cangaço para o turismo local” quando trouxe a partir de suas próprias experiências ao longo de mais de vinte anos de pesquisa principalmente no município de Paulo Afonso, as grandes transformações no segmento do turismo local com destaque para a restauração do Museu Casa de Maria Bonita e os vários roteiros desenvolvidos na cidade a partir da saga cangaceira.
”A conferência do pesquisador João de Sousa só confirmam
nossa convicção de que as cidades que possuem histórias do cangaço tem que
olhar com mais zelo o desenvolvimento desses roteiros de turismo de conhecimento,
que é um turismo diferenciado, com certeza além de manter viva a história, ainda
movimenta de forma muito positiva a economia local, temos vários exemplos, cito
a própria Paulo Afonso, Piranhas, Mossoró, enfim” conclui o Conselheiro Cariri
Cangaço, pesquisador e livreiro, Professor Francisco Pereira.
A tarde seguiu com a apresentação da conferência “A História do Cangaço no Município de Ingá”, ministrada pelo pesquisador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Ingá, professor Alexandre Ferreira. Em sua apresentação o professor Alexandre ressaltou a importância e o imenso protagonismo de Ingá dentro das ações do bando de Antônio Silvino por ocasião de suas incursões pelas terras da Borborema, destacando a serra do Serrão como seu maior e mais importante coito em toda região, cenário por demais destacado de episódios marcantes da época.
“A conferência do professor Alexandre Ferreira, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Ingá foi muito proveitosa porque nos trouxe vários elementos que nos permitem aprofundar o estudo da presença forte de Antônio Silvino no local.” Revela o pesquisador Bismarck Oliveira, Conselheiro Cariri Cangaço.
Encerrando
o primeiro dia de conferências e debates, o poeta, cordelista e escritor
Kydelmir Dantas, Conselheiro Cariri Cangaço da cidade de Nova Floresta
apresentou a vasta e preciosa bibliografia sobre a vida cangaceira de Antônio
Silvino com destaque especial para o gênero do cordel.
A Festa do Cariri Cangaço em Campina Grande...
Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba recebeu no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, em Campina Grande, o primeiro dia de conferências e debates do Simpósio Cariri Cangaço Serra da Borborema – A Saga de Antônio Silvino
28 de abril de 2023
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