Triunfo e a Caravana Cariri Cangaço Por:Manoel Severo

Teatro Guarani em Triunfo, Pernambuco

O Ceará acordou debaixo d’água neste sábado de carnaval. A chuva torrencial caindo desde a madrugada acabou fazendo do transito, já cedinho da manhã, um desafio a ser vencido, mas para quem se preparava para enfrentar os mais de 3.500km de chão, a “garoa alencarina” não haveria de ser empecilho. 
   
O sertão central, desde Quixadá, onde nos encontramos com Júlio e Juliana Ischiara; passando por Banabuiu e sua espetacular barragem, Solonópolis, Orós, Lima Campos, Iguatu, Cedro, Lavras, e por fim a belíssima serra de Caririaçu antes de chegarmos a nosso Cariri, viscejava com o verde das recentes chuvas que brindavam momo. De Crato, já com o companheiro Pedro Luiz, partimos para Pernambuco; São José de Belmonte, Bom Nome, Serra Talhada até chegarmos a nosso primeiro pouso: Triunfo.

Aderbal Nogueira e Manoel Severo
Lívio Ferraz, Diana Rodrigues e Pedro Luiz

A bela e aconchegante Triunfo se destaca em todo o vale do Pajeú, com seus mais de 1.200 metros de altitude nos proporciona uma temperatura média em torno de 19 graus. Chegamos por volta das 19 horas e já fomos provocados a nos unir aos blocos do carnaval de rua da suíça pernambucana; que percorriam as ruas, desde o majestoso Teatro Guarani circundando toda a área do açude até a entrada da cidade. O som das marchinhas de um carnaval de pierrôs e colombinas enchia a noite da serra de uma nostalgia fantástica, mas, a Caravana Cariri Cangaço já bastante atrasada precisava prosseguir, então chegamos à casa da historiadora Diana Rodrigues.

Valentim Antunes
Afrânio Marmita

Pesquisadora de Padre Ibiapina e dos Caretas, apaixonada pelo cangaço e pelo xaxado, a mantenedora do Grupo de Xaxado Luiz Pedro, é a mais pura manifestação do acolhimento do povo de Triunfo. Entusiasta do Cariri Cangaço, Diana que esteve conosco por duas das três edições do evento, nos permitiu sentirmo-nos em casa em sua casa, que por sinal, já seria um ponto turístico sem igual, precisam conhecer; é como Múcio Procópio destilou “é como um museu de arte dentro de uma casa de bonecas”.

Manoel Severo

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