Nadja Claudino é Gente que Faz no Cariri Cangaço Personalidade, AO VIVO no Instagram

A professora e historiadora Nadja Claudino marcou a sua estreia no mundo literário com uma obra acadêmica de grande valia para todos aqueles que se interessam por história contemporânea, sobretudo na formação social dos sertões nordestinos na primeira metade do século XX, com movimentos próprios, como o cangaço, fruto de infinitos estudos e pano de fundo para romances, cordéis, etc.

Nadja Claudino nos trouxe através de seu livro "Maria Bonita: entre o punhal e o afeto" novas e importantes percepções sobre a história da Rainha do Cangaço; companheira de Virgulino Ferreira - o Lampião, Maria Gomes de Oliveira (1910-1938), mais conhecida como Maria Bonita, a pesquisadora paraibana , aborda em sua obra, discursos, histórias e movimentos sobre o cangaço, além de curiosidades sobre a mais famosa de todas as cangaceiras.

Para falar de seu trabalho e de sua pesquisa sobre o universo feminino dentro do Cangaço, Nadja Claudino é a convidada especial de Manoel Severo desta noite, ao vivo, no programa Cariri Cangaço Personalidade na plataforma Instagram: @cariricangaço.


Para Nadja, "uma novidade acerca da imagem de Maria Bonita é perceber como ela era interpretada pelo olhar majoritariamente masculino e sobre o papel feminino na sociedade da época. “A partir de Maria Bonita podemos perceber como as mulheres foram – e são – representadas pelos discursos masculinos. Procuro fazer isso no meu livro, lançar esse olhar sobre a história que vem sendo contada há mais de 80 anos por jornais, cordéis e outros livros”

Ainda segundo Nadja Claudino, as cangaceiras – apesar de passarem por conflitos através do contexto em que viviam – se portavam, na maioria dos aspectos, como as outras sertanejas, devendo obediência e fidelidade ao seu companheiro e sem tanto poder nas decisões de grupos. “As mulheres quando escolheram o cangaço ou quando foram levadas para essa vida involuntariamente, perceberam que seus papéis não eram mais os mesmos de quando viviam no seio da sociedade sertaneja”, analisa. “Essas mudanças não se deram apenas no âmbito social: o papel da mulher mudou nas questões ligadas à maternidade e também à feminilidade. As mulheres cangaceiras pariam, mas não maternavam seus filhos, pois o ambiente do cangaço já havia inserido as mulheres mas nunca foi espaço para crianças, frutos das relações amorosas dos cangaceiros. Deixar de ser mãe, no sentido do cuidado com seu filho, subverteu a lógica de uma feminilidade que só seria completa com a maternidade."

CITAÇÕES:http://www.arribacaeditora.com.br/livro-lanca-um-olhar-feminino-sobre-a-historia-de-maria-bonita/

HOJE AO VIVO EM NOVO HORÁRIO 19H30

NO INSTAGRAM DO CARIRI CANGAÇO

Nenhum comentário: