Kydelmir, Múcio, Severo, Romero, Vilela
Se eu leio logo
escrevo. Parafraseio Descartes para poder evidenciar dons de Romero para o
exercício da arte de escrever. Proativo, irrequieto, excessivamente curioso,
razão pelo o qual sempre foi um leitor compulsivo. Desde a mais tenra idade
começou a devorar os primeiros livros. Quando aqui residia foi um frequentador
assíduo da minha biblioteca que reúne mais de dois mil livros.
A sua
preferência era pelos livros do gênero cangaço nordestino. Mas, não era somente
livros dessa natureza que despertava o seu interesse. Assim sendo, outros livros
que lhe despertasse curiosidade entravam na sua lista de leitura, logo pedia
para leva-los. Foi sempre assim e assim continua até hoje, com certeza, ao
frequentar outras bibliotecas mundo afora.
É obvio que ler
é a forma mais eficiente para acumular saberes, conhecimentos, bem como, ainda
assimilar estilos. Romero desenvolveu o seu próprio estilo na arte de escrever.
Refiro-me ao seu estilo requintado o que faz prazeroso a leitura dos seus textos. São textos diversificados a
envolver diversas áreas do conhecimento humano. Não restam
dúvidas que a sua insistente leitura de
livros da literatura do cangaço influenciou de forma marcante o seu gosto por
esse segmento literário. Mas, a diversidade dos seus textos e tanta que nos
leva a crê que outras opções literários assimilados, em razão leitura diversificada, da mesma forma o
influenciou, conforme observa-se nas formas e estilos com os quais seus textos
são escritos.
Alem dos textos
sobre a história do cangaço, há outros
que dizem respeito a questão globalização, bem como sobre o precursor da literatura
social do Nordeste, Josué de Castro,
entre outros tantos temas que seria impossível enumera-los aqui. É importante
ressaltar que a maioria dos textos já era do meu conhecimento, pois, acompanho e
leio os seus escritos postos nos diversos portais do estado.
É verdade que
quem lê reúne condições ideais para escrever bem. José Romero é um exemplo a
ser seguido, principalmente pelas novas gerações que pretendem incursionar
nessa importante área, qual seja, escrever e levar conhecimentos a todos que
estejam a precisar particularmente neste momento em que pouca importância se dá
a boa leitura.
Ignácio Tavares
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