O ano de 1927 foi sem dúvidas, à exclusa de 1938; em função de Angico; um ano a ser esquecido por Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, Rei do Cangaço. Imperador absoluto dos carrascais e caatinga sertaneja entre o Ceará e a Bahia, Lampião haveria de, no ano de 1927, amargar seus mais infelizes revesses... Foi em Maio de 1927 que recebeu uma "corsa" na cidade Uiraúna; sertão paraibano; em junho do mesmo ano a mais notável de todas as derrotas: Mossoró de Rodolfo Fernandes, desta vez no oeste potiguar e ainda em Fevereiro do mesmo ano a pequena Ipueira dos Xavier no município de Serrita, Pernambuco, também colocaria seu nome no rol daqueles que não se rederam à sanha do bando cangaceiro.
Ipueira dos Xavier, berço e morada do clã Xavier que tinha no coronel Pedro Xavier seu patriarca e grande referência e que possuía fortes e intimas ligações familiares com outro clã poderoso dos sertões pernambucanos, o do coronel Chico Romão. Ali nas Ipueira dos Xavier, no inicio de fevereiro de 1927, capitão Virgulino Ferreira seria rechaçado pela força, coragem e tenacidade desses sertanejos liderados pelo patriarca e familiares. Ao final de um cerco e um fogo de cerca de tres horas, Lampião havia perdido um de seus melhores "fuzis", o cangaceiro Tempero, e teve que ordenar uma retirada diante da iminente derrota anunciada.
Coronel Pedro Xavier, patriarca do Clã Xavier
Para contar essa historia; a ligação dos coronéis do sertão de Pernambuco e do próprio coronel Pedro Xavier da Ipueira dos Xavier com o chefe dos cangaceiros, as razões, circunstâncias e o desfecho desse histórico episódio, Manoel Severo , curador do Cariri Cangaço recebe os pesquisadores; descendentes do clã de Pedro Xavier; Audízio Xavier e a escritora Maria do Socorro Xavier num "Ao Vivo" eletrizante...
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